O
estatuto do 17º capítulo de Levítico proibia a apresentação de
sacrifícios fora do tabernáculo.
E
quem o fizesse deveria ser morto.
Antes
da construção do tabernáculo era permitido aos chefes de família agirem como
sacerdotes, oferecendo sacrifícios em altares, que eram construídos por eles.
Mas
desde que o culto foi regulado pela Lei, nenhum sacrifício poderia ser feito
sem a presença do sacerdote, e fora da área do tabernáculo.
O
Senhor apresenta uma razão principal para tal determinação: os israelitas não
teriam mais liberdade para oferecerem sacrifícios aos demônios.
É bem
provável que demônios tivessem deturpado a apresentação dos sacrifícios, que
eram apresentados pelos patriarcas, desde Abraão, desviando o direcionamento
deles para Deus, para as formas de divindades, que
lhes foram exibidas por tal inspiração demoníaca.
É
importante lembrar que Satanás teve a ousadia de exigir adoração do próprio
Senhor Jesus, e não seria de se admirar que seus agentes não exigissem tal
adoração dos israelitas.
Então,
a antiga liberdade de oferecimento havia dado ocasião à
idolatria, que o Senhor estava proibindo agora, com
a construção do tabernáculo.
Para
o mesmo propósito de evitar as práticas pagãs de adoração, no
meio de Israel, o Senhor proibiu o comer sangue, que era uma coisa que os
pagãos costumavam fazer na adoração de seus deuses.
Assim,
Deus confirmou na Lei de Moisés esta proibição que Ele fizera desde os dias de
Noé (Gên 9.4).
Mas, ao
mesmo tempo em que evitaria uma prática do paganismo, apontou diretamente para
a verdade de que nenhuma expiação de pecados seria feita sem sangue, uma vez
que o sangue representava a vida, e a oferta do sangue simbolizava a oferta da
própria vida (v 11).
Nisto
está revelado que a expiação da culpa do pecador seria feita pela vida de um
outro, e viria a ser revelado claramente no Novo Testamento, que isto seria
feito por Jesus.
Como
a sentença determinada para o pecador é a morte, então a expiação do pecado exigiria
a sua morte, e por isso a morte de Cristo é considerada por Deus como sendo a
morte do próprio pecador.
Então,
aquele que crê em Cristo, é aceito por Deus, porque é visto como estando também
morto, especialmente para o pecado e para a condenação da Lei, na sua
identiricação, pela fé, com a morte do Senhor, que carregou os nossos pecados
sobre Si, e que se fez maldição no nosso lugar, para que fôssemos resgatados da
maldiçao da Lei.
Por
isso lemos em Rom 6.2-4:
”Como
viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou porventura,
ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na
sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também
andemos nós em novidade de vida.”
“1
Disse mais o Senhor a Moisés:
2
Fala a Arão e aos seus filhos, e a s todos os filhos de Israel, e dize-lhes:
Isto é o que o Senhor tem ordenado:
3
Qualquer homem da casa de Israel que imolar boi, ou cordeiro, ou cabra, no
arraial, ou fora do arraial,
4 e
não o trouxer à porta da tenda da revelação, para o oferecer como oferta ao
Senhor diante do tabernáculo do Senhor, a esse homem será imputado o sangue;
derramou sangue, pelo que será extirpado do seu povo;
5 a
fim de que os filhos de Israel tragam os seus sacrifícios, que oferecem no
campo, isto é, a fim de que os tragam ao Senhor, à porta da tenda da revelação,
ao sacerdote, e os ofereçam por sacrifícios de ofertas, pacíficas ao Senhor.
6 E o
sacerdote espargirá o sangue sobre o altar do Senhor, à porta da tenda da
revelação, e queimará a gordura por cheiro suave ao Senhor.
7 E
nunca mais oferecerão os seus sacrifícios aos sátiros, após os quais eles se
prostituem; isso lhes será por estatuto perpétuo pelas suas gerações.
8
Dir-lhes-ás pois: Qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que
entre vós peregrinam, que oferecer holocausto ou sacrifício,
9 e
não o trouxer à porta da tenda da revelação, para oferecê-lo ao Senhor, esse
homem será extirpado do seu povo.
10
Também, qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam
entre eles, que comer algum sangue, contra aquela alma porei o meu rosto, e a
extirparei do seu povo.
11
Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar,
para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que faz expiação,
em virtude da vida.
12
Portanto tenho dito aos filhos de Israel: Nenhum de vós comerá sangue; nem o
estrangeiro que peregrina entre vós comerá sangue.
13
Também, qualquer homem dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam
entre eles, que apanhar caça de fera ou de ave que se pode comer, derramará o
sangue dela e o cobrirá com pó.
14
Pois, quanto à vida de toda a carne, o seu sangue é uma e a mesma coisa com a
sua vida; por isso eu disse aos filhos de Israel: Não comereis o sangue de
nenhuma carne, porque a vida de toda a carne é o seu sangue; qualquer que o
comer será extirpado.
15 E
todo homem, quer natural quer estrangeiro, que comer do que morre por si ou do
que é dilacerado por feras, lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será
imundo até a tarde; depois será limpo.
16
Mas, se não as lavar, nem banhar o seu corpo, levará sobre si a sua iniquidade.”
(Lev 17.1-16).
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