Como Salomão havia cumprido todas as ordenanças de
Deus, relativas ao culto determinado por Ele, desde os dias de Moisés, e as
instruções que Ele dera a Davi, seu pai, quanto à planta do templo, que ele
havia acabado de construir, para manifestar o Seu agrado e aceitação da obra
que havia sido feita e da disposição deles em guardarem os Seus mandamentos,
fez com que a Sua glória enchesse o templo, numa espessa nuvem, que impedia que
os sacerdotes pudessem estar de pé em Sua presença, realizando o seu ofício (I
Reis 8.11).
O grande ensino que contém esta porção das
Escrituras é que não podemos experimentar todo o esplendor da glória de Deus,
enquanto estamos neste corpo, que foi feito do pó da terra, e que a manifestação
da glória do Senhor numa nuvem, que obscurece muito de todo o seu brilho, é
para o nosso próprio benefício, para que não sejamos consumidos por uma
intensidade de esplendor, que não suportaríamos em nossa presente condição
terrena.
A mensagem que o Senhor estava passando para os
israelitas, nos dias de Salomão, quando manifestou a Sua glória a eles, é que
Ele estava dando a Si mesmo, o Seu amor, a Sua justiça, santidade, bondade,
misericórdia.
A glória de Deus invadiu o templo de Salomão como
uma mensagem para os cristãos que são o templo do Espírito Santo, de que esta
mesma glória habita na vida deles na medida em que caminhem em conformidade com
a Sua santa vontade.
Tal como ele fizera em relação ao templo de
Salomão, pois houve um dia em que a Shekiná do Senhor abandonou o templo, e
isto foi visto pelo profeta Ezequiel, porque o povo havia dado as costas para
Deus; Ele advertiu o próprio Salomão seriamente quanto a isto, pois não seria
aquele templo que garantiria a Sua presença, e consequentemente da Sua glória,
no meio do Seu povo, mas o fato de andarem na verdade, guardando os Seus
mandamentos.
Tanto que o teor da oração que foi dirigida por
Salomão a Deus, na ocasião da consagração do templo, conforme a lemos neste
capítulo, era em suma um pedido de misericórdia, favor e perdão de Deus para
todos os que orassem naquela casa que ele construíra, ou então quando voltados
para a sua direção.
E o Senhor deixou claramente revelado a ele quando
lhe apareceu de noite, depois de encerrados os quatorze dias que gastaram na
consagração do templo, sendo que os sete últimos corresponderam à festa dos
tabernáculos, que o pedido de Salomão seria atendido não por causa do templo
propriamente dito, mas por causa do arrependimento deles e por andarem na Sua
presença.
Nós temos esta resposta que foi dada por Deus a
Salomão, com maiores detalhes, no texto paralelo de II Crôn 7.13-22.
Eles viram a glória de Deus se manifestar uma vez
mais, naquele dia em que haviam colocado a arca da aliança no Santo dos Santos,
pois o Senhor manifestou a Sua presença a eles quando Salomão acabou de orar,
fazendo com que descesse fogo do céu, que consumiu os sacrifícios e o
holocausto, e mais uma vez encheu o interior do templo com a Sua glória, de
modo que os sacerdotes não podiam entrar nele por causa da glória do Senhor, e
isto foi visto por todos os israelitas, tanto o fogo que desceu do céu, quanto
a glória de Deus sobre o templo, e se encurvaram com o rosto em terra, para
adorar e louvar ao Senhor (II Crôn 7.1-3).
Nós podemos imaginar o tom de alegria, reverência,
adoração, louvor que tais manifestações da presença de Deus produziram no meio
do povo naqueles quatorze dias que estiveram na presença de Deus, participando
daquele grande banquete de holocaustos e ofertas pacíficas, em que foram
oferecidos por Salomão: 22.000 bois e 120.000 ovelhas (II Crôn 7.5).
Era imensa a concentração de pessoas na cidade de
Jerusalém e no monte Moriá e nas suas cercanias naqueles quatorze dias, que o
povo foi alegrado pelo Seu Deus com a manifestação da Sua presença entre
eles.
Mas nós temos esta palavra de II Crôn 7.13-22, que
foi dirigida pelo Senhor a Salomão, quando cessaram os festejos.
São palavras que descrevem o modo de o povo do
Senhor andar na Sua presença, para garantir a manifestação do Seu favor.
Elas falam de humilhação, de arrependimento
sincero, de busca contínua da face do Senhor, como sendo absolutamente
essenciais, para se ter uma vida abençoada por Ele.
Não são festejos que garantem a bênção. Não é a
pompa de um templo e de milhares de sacrifícios que podem garantir o Seu favor,
mas um viver em santidade pela obediência à Sua Palavra.
O
versículo 27 deste oitavo capítulo de I Reis, que estamos comentando, afirma
que os céus e até o céu dos céus não podem conter a Deus.
Isto
foi dito por Salomão, se referindo ao templo que construíra para habitação do
Senhor.
O
local da habitação do Senhor é infinitamente distante da terra, pois está além
do universo visível, está no chamado terceiro céu.
Ali
estão todos os anjos, os cristãos que morreram, os querubins, os 24 anciãos, e
é um lugar infinitamente grande, mas agora pense nisto, Deus é maior do que
tudo o que criou.
Não
pode ser contido pela criação.
No
entanto, o terceiro céu é o lugar da morada de Deus.
Estamos
sendo treinados na terra para o céu.
As
falhas que cometemos em nosso aprendizado na terra não poderiam ser praticadas
no céu, porque é um lugar de absoluta santidade e perfeição.
Por
isso, existe uma grande distância entre a terra e o terceiro céu, onde Deus
habita.
Por
isso, Deus criou a terra e colocou nela o homem.
Mas
ninguém pense pelo muito pecado e injustiças que vê na terra, que há alguma
sombra destas coisas no céu.
Ou
que o céu não exista de fato em face do mal que existe na terra.
Exatamente
o contrário, em razão de haver terra, primeiro, segundo e terceiro céu,
prova-se que de fato Deus é santo e não habita em Sua morada eterna onde exista
o pecado, portanto, não há outra alternativa para quem deseja ir para o céu,
senão a de santificar a sua vida.
A
retirada da Sua glória do templo de Jerusalém, na visão que fora concedida a
Ezequiel, prova que Ele não permanece onde predomina o pecado, assim como
ocorrera com a nação de Judá nos dias do profeta.
O
próprio Deus vem ao encontro do pecador que se arrepende, para torná-lo santo e
habilitado para viver no céu (Is 57.15). Mas nenhuma impureza, nenhum pecado
pode penetrar no Seu céu (Apo 21.27; 22.15).
Por isso
semeia-se neste mundo corpo natural que morre, pela corrupção do pecado, mas ressuscita-se
ou colhe-se corpo espiritual (I Cor 15.44).
Semeia-se em
fraqueza, conforme nossa natureza terrena, e ressuscita em poder, conforme a
glória do corpo que teremos no céu (I Cor 15.43).
Que nunca
esqueçamos que dentre os muitos significados que possam ter os rostos dos
querubins, em suas formas de leão, boi, águia e homem, que eles nos falam
sobretudo do caráter que deve ser encontrado nos filhos de Deus, da mesma forma
que se encontram em Cristo.
Os cristãos
devem ter a força, a coragem, a ousadia e a majestade do leão, especialmente em
sua luta contra os poderes da trevas e do pecado, assim como elas se encontram
em Cristo; devem também ao mesmo tempo ter a mansidão, o serviço, a humildade,
o sacrifício representados no boi; assim como estão em Cristo e que nos ordena
que o imitemos em Sua mansidão, humildade e serviço; devem ainda ter a
perseverança da águia que voa contra a tempestade, vencendo assim todas as
tentações e tribulações, assim como Cristo venceu o mundo; e finalmente tendo
as características essenciais da perfeita humanidade assim como nos foram
reveladas em Cristo, em sua misericórdia, ternura, amor, bondade, alegria,
enfim, em todos os atributos que recebemos do próprio Deus, pois que fomos
criados à Sua imagem e semelhança.
O pecado
desfigurou tal imagem corrompendo a natureza terrena, que está sendo
reconstruída em nós, por meio da semelhança com Cristo, através da
coparticipação em sua natureza divina (II Pe 1.4), a partir do novo nascimento.
Nosso Rei é
santo e é a própria verdade e a vida.
Sejam
portanto, sinceras as nossas palavras em Sua presença.
Ele abomina
a mentira e a falsidade.
O nosso
coração deve ser rasgado diante dEle e devemos segredar-lhe tudo o que de fato
sentimos, pensamos e fazemos, pois nada escapa aos Seus olhos. É vã a tentativa
de esconder alguma coisa do Senhor.
Nunca
devemos esquecer as palavras que Ele dirigiu a Salomão em II Crôn 7.13-22,
depois que orou na consagração do templo fazendo-lhe várias petições. Porque
estas palavras sempre nos alertarão sobre a necessidade de uma vida
santificada, para que vejamos as nossas petições atendidas.
Os filhos de
Deus, que foram livrados da condenação por meio de Jesus Cristo, não são
chamados para se aproximarem do trono do juízo final, mas do trono da graça.
É por isso
que nossas orações, ainda que imperfeitas, ainda que sejam um gemido, não são
rejeitadas por Deus, porque não estamos diante de um trono de juízo, mas de um
trono de graça.
Jesus
intervém como nosso Advogado e Sacerdote e faz com que nossas orações
imperfeitas cheguem perfeitas à presença de Deus.
É por este mesmo
princípio que nossa adoração imperfeita, pecadores que somos, chega perfeita ao
trono de Deus. Deus lê os desejos do nosso coração e não necessariamente o que
não conseguimos expressar adequadamente com palavras. Ele lê a fala do nosso
espírito.
Se é um trono de
graça, todas as necessidades dos que se aproximam serão supridas. O Rei não
exige presentes e nem sacrifícios para atender as nossas petições, porque o seu
trono é de graça. Não é um trono para receber tributos mas para dispensar dons.
A graça está
entronizada atualmente, porque Cristo completou a sua obra e penetrou nos céus.
A graça é o atributo
de Deus que reina presentemente.
A graça reina por
meio da justiça para a vida eterna, e é por meio dela que somos tornados
coparticipantes da natureza de Deus e da Sua glória.
E o apropriar-se
desta graça e glória demanda um viver de acordo com aquilo que Cristo nos tem
ordenado, em plena comunhão com Ele.
“1 Então congregou Salomão diante de si em
Jerusalém os anciãos de Israel, e todos os cabeças das tribos, os chefes das
casas paternas, dentre os filhos de Israel, para fazerem subir da cidade de
Davi, que é Sião, a arca do pacto do Senhor:
2 De maneira que todos os homens de Israel se
congregaram ao rei Salomão, na ocasião da festa, no mês de etanim, que é o
sétimo mês.
3 E tendo chegado todos os anciãos de Israel, os
sacerdotes alçaram a arca;
4 e trouxeram para cima a arca do Senhor, e a tenda
da revelação, juntamente com todos os utensílios sagrados que havia na tenda;
foram os sacerdotes e os levitas que os trouxeram para cima.
5 E o rei Salomão, e toda a congregação de Israel,
que se ajuntara diante dele, estavam diante da arca, imolando ovelhas e bois,
os quais não se podiam contar nem numerar, pela sua multidão.
6 E os sacerdotes introduziram a arca do pacto do
Senhor no seu lugar, no oráculo da casa, no lugar santíssimo, debaixo das asas
dos querubins.
7 Pois os querubins estendiam ambas as asas sobre o
lugar da arca, e cobriam por cima a arca e os seus varais.
8 Os varais sobressaíam tanto que as suas pontas se
viam desde o santuário diante do oráculo, porém de fora não se viam; e ali
estão até o dia de hoje.
9 Nada havia na arca, senão as duas tábuas de
pedra, que Moisés ali pusera, junto a Horebe, quando o Senhor, fez u pacto com
os filhos de Israel, ao saírem eles da terra do Egito.
10 E sucedeu que, saindo os sacerdotes do
santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor;
11 de modo que os sacerdotes não podiam ter-se em
pé para ministrarem, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor enchera a
casa do Senhor.
12 Então falou Salomão: O Senhor disse que
habitaria na escuridão.
13 Certamente te edifiquei uma casa para morada,
assento para a tua eterna habitação.
14 Então o rei virou o rosto, e abençoou toda a
congregação de Israel; e toda a congregação ficou em pé.
15 E disse Salomão: Bendito seja e Senhor, Deus de
Israel, que falou pela sua boca a Davi, meu pai, e pela sua mão cumpriu a
palavra que disse:
16 Desde o dia em que eu tirei do Egito o meu povo
Israel, não escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel para se edificar
ali uma casa em que estivesse o meu nome; porém escolhi a Davi, para que
presidisse sobre o meu povo Israel.
17 Ora, Davi, meu pai, propusera em seu coração
edificar uma casa ao nome de Senhor, Deus de Israel.
18 Mas o Senhor disse a Davi, meu pai: Quanto ao
teres proposto no teu coração o edificar casa ao meu nome, bem fizeste em o
propor no teu coração.
19 Todavia, tu não edificarás a casa; porém teu
filho, que sair de teus lombos, esse edificará a casa ao meu nome.
20 E o Senhor cumpriu a palavra que falou; porque
me levantei em lugar de Davi, meu pai, e me assentei no trono de Israel, como
falou o Senhor, e edifiquei uma casa, ao nome do Senhor, Deus de Israel.
21 E ali constituí lugar para a arca em que está o
pacto do Senhor, que ele fez com nossos pais quando os tirou da terra de Egito.
22 Depois Salomão se pôs diante do altar do Senhor,
em frente de toda a congregação de Israel e, estendendo as mãos para os céus,
23 disse: Ó Senhor, Deus de Israel, não há Deus
como tu, em cima no céu nem em baixo na terra, que guardas o pacto e a
benevolência para com os teus servos que andam diante de ti com inteireza de
coração;
24 que cumpriste com teu servo Davi, meu pai, o que
lhe prometeste; porque com a tua boca o disseste, e com a tua mão o cumpriste,
como neste dia se vê.
25 Agora, pois, ó Senhor, Deus de Israel, faz a teu
servo Davi, meu pai, o que lhe prometeste ao dizeres: Não te faltará diante de
mim sucessor, que se assente no trono de Israel; contanto que teus filhos
guardem o seu caminho, para andarem diante e mim como tu andaste.
26 Agora também, ó Deus de Israel, cumpra-se a tua
palavra, que disseste a teu servo Davi, meu pai.
27 Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis
que o céu, e até o céu dos céus, não te podem conter; quanto menos esta casa
que edifiquei!
28 Contudo atende à oração de teu servo, e à sua
súplica, ó Senhor meu Deus, para ouvires o clamor e a oração que o teu servo
hoje faz diante de ti;
29 para que os teus olhos estejam abertos noite e
dia sobre esta casa, sobre este lugar, do qual disseste: O meu nome estará ali;
para ouvires a oração que o teu servo fizer, voltado para este lugar.
30 Ouve, pois, a súplica do teu servo, e do teu
povo Israel, quando orarem voltados para este lugar. Sim, ouve tu do lugar da
tua habitação no céu; ouve, e perdoa.
31 Se alguém pecar contra o seu próximo e lhe for
exigido que jure, e ele vier jurar diante do teu altar nesta casa,
32 ouve então do céu, age, e julga os teus servos;
condena ao culpado, fazendo recair sobre a sua cabeça o seu proceder, e
justifica ao reto, retribuindo-lhe segundo a sua retidão.
33 Quando o teu povo Israel for derrotado diante do
inimigo, por ter pecado contra ti; se eles voltarem a ti, e confessarem o teu
nome, e orarem e fizerem súplicas a ti nesta casa,
34 ouve então do céu, e perdoa a pecado do teu povo
Israel, e torna a levá-lo à terra que deste a seus pais.
35 Quando o céu se fechar e não houver chuva, por
terem pecado contra ti, e orarem, voltados para este lugar, e confessarem o teu
nome, e se converterem dos seus pecados, quando tu os afligires,
36 ouve então do céu, e perdoa o pecado dos teus
servos e do teu povo Israel, ensinando-lhes o bom caminho em que devem andar; e
envia chuva sobre a tua terra que deste ao teu povo em herança.
37 Se houver na terra fome ou peste, se houver
crestamento ou ferrugem, gafanhotos ou lagarta; se o seu inimigo os cercar na
terra das suas cidades; seja qual for a praga ou doença que houver;
38 toda oração, toda súplica que qualquer homem ou
todo o teu povo Israel fizer, conhecendo cada um a chaga do seu coração, e
estendendo as suas mãos para esta casa,
39 ouve então do céu, lugar da tua habitação,
perdoa, e age, retribuindo a cada um conforme todos os seus caminhos, segundo
vires o seu coração (pois tu, só tu conheces o coração de todos os filhos dos
homens);
40 para que te temam todos os dias que viverem na
terra que deste a nossos pais.
41 Também quando o estrangeiro, que não é do teu
povo Israel, vier de terras remotas por amor do teu nome
42 (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua
forte mão, e do teu braço estendido), quando vier orar voltado para esta casa,
43 ouve do céu, lugar da tua habitação, e faze
conforme tudo o que o estrangeiro a ti clamar, a fim de que todos os povos da
terra conheçam o teu nome, e te temam como o teu povo Israel, e saibam que pelo
teu nome é chamada esta casa que edifiquei.
44 Quando o teu povo sair à guerra contra os seus
inimigos, seja qual for o caminho por que os enviares, e orarem ao Senhor,
voltados para a cidade que escolheste, e para a casa que edifiquei ao teu nome,
45 ouve então do céu a sua oração e a sua súplica,
e defende a sua causa.
46 Quando pecarem contra ti (pois não há homem que
não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares ao inimigo, de modo
que os levem em cativeiro para a terra inimiga, longínqua ou próxima;
47 se na terra aonde forem levados em cativeiro
caírem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro te suplicarem,
dizendo: Pecamos e procedemos perversamente, cometemos iniquidade;
48 se voltarem a ti de todo o seu coração e de toda
a sua alma, na terra de seus inimigos que os tenham levado em cativeiro, e
orarem a ti, voltados para a sua terra, que deste a seus pais, para a cidade
que escolheste, e para a casa que edifiquei ao teu nome,
49 ouve então do céu, lugar da tua habitação, a sua
oração e a sua súplica, e defende a sua causa;
50 perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti,
perdoa todas as transgressões que houverem cometido contra ti, e dá-lhes
alcançar misericórdia da parte dos que os levarem cativos, para que se
compadeçam deles;
51 porque são o teu povo e a tua herança, que
tiraste da terra do Egito, do meio da fornalha de ferro.
52 Estejam abertos os teus olhos à súplica do teu
servo e à súplica do teu povo Israel, a fim de os ouvires sempre que clamarem a
ti.
53 Pois tu, ó Senhor Jeová, os separaste dentre
todos os povos da terra, para serem a tua herança como falaste por intermédio
de Moisés, teu servo, quando tiraste do Egito nossos pais.
54 Sucedeu pois que, acabando Salomão de fazer ao
Senhor esta oração e esta súplica, estando de joelhos e com as mãos estendidas
para o céu, se levantou de diante do altar do Senhor,
55 pôs-se em pé, e abençoou em alta voz a toda a
congregação de Israel, dizendo:
56 Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu
povo Israel, segundo tudo o que disse; não falhou nem sequer uma de todas as
boas palavras que falou por intermédio de Moisés, seu servo.
57 O Senhor nosso Deus seja conosco, como foi com
nossos pais; não nos deixe, nem nos abandone;
58 mas incline a si os nossos corações, a fim de
andarmos em todos os seus caminhos, e guardarmos os seus mandamentos, e os seus
estatutos, e os seus preceitos, que ordenou a nossos pais.
59 E que estas minhas palavras, com que supliquei
perante o Senhor, estejam perto, diante do Senhor nosso Deus, de dia e de
noite, para que defenda ele a causa do seu servo e a causa do seu povo Israel,
como cada dia o exigir,
60 para que todos os povos da terra, saibam que o
Senhor é Deus, e que não há outro.
61 E seja o vosso coração perfeito para com o
Senhor nosso Deus, para andardes nos seus estatutos, e guardardes os seus
mandamentos, como hoje o fazeis.
62 Então o rei e todo o Israel com ele ofereceram
sacrifícios perante o Senhor.
63 Ora, Salomão deu, para o sacrifício pacífico que
ofereceu ao Senhor, vinte e dois mil bois e cento e vinte mil ovelhas. Assim o
rei e todos os filhos de Israel consagraram a casa do Senhor.
64 No mesmo dia o rei santificou o meio do átrio
que estava diante da casa do Senhor; porquanto ali ofereceu o holocausto, a
oferta de cereais e a gordura das ofertas pacíficas, porque o altar de bronze
que está diante do Senhor era muito pequeno para nele caberem o holocausto, a
oferta de cereais, e a gordura das ofertas pacíficas.
65 No mesmo tempo celebrou Salomão a festa, e todo
o Israel com ele, uma grande congregação, vinda desde a entrada de Hamate e
desde o rio do Egito, perante a face do Senhor nosso Deus, por sete dias, e
mais sete dias (catorze dias ao todo).
66 E no oitavo dia despediu o povo, e todos
bendisseram ao rei; então se foram às suas tendas, alegres e de coração
contente, por causa de todo o bem que o Senhor fizera a Davi seu servo, e a
Israel seu povo.” (I Rs 8.1-66).
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