Nós vemos em Números 23, que para demonstrar uma falsa devoção, Balaão mandou Balaque edificar sete altares e que oferecesse um novilho e um carneiro em cada um deles como holocausto.
Se
Balaão fosse de fato um verdadeiro profeta do Senhor ele seria instruído por
Deus que desde que foi construído o tabernáculo, nenhum sacrifício seria aceito
pelo Senhor, a não ser os que fossem apresentados segundo as suas instruções na
presença do sacerdote no tabernáculo dos israelitas.
O
pior de tudo, aqueles sacrifícios foram apresentados pelo próprio Balaque, que
servia a Baal, em três ocasiões diferentes, conforme relatado neste capítulo.
Balaão
era um profeta infiel, mas as palavras que ele
proferiu nestes capítulos de Números procederam de fato da boca de Deus.
O
profeta era falso, mas a mensagem era verdadeira.
Assim
como os fariseus não eram fiéis representantes de Deus, mas falavam muitas
coisas que estavam em plena conformidade com a Lei do Senhor.
Suas
obras não deveriam ser imitadas porque não viviam o que ensinavam.
Assim
são todos os hipócritas que proferem com os lábios o que não está de fato no
coração. Eles não amam de fato a Palavra do Senhor, mas se usam dela para se
fazerem respeitáveis diante dos homens.
É uma
grande honra ser profeta do Senhor. Mas qual é a vantagem em ser profeta quando
a vida e o coração não são retos para com Deus? A maior juízo estará sujeito
porque conhecia a vontade do Senhor e não a praticou (Lc 12.47).
É
também neste sentido que Paulo repreendeu a igreja de Corinto.
Não
porque estivesse repleta dos dons do Espírito Santo, inclusive o de profecia,
mas porque não estavam vivendo retamente diante de Deus, e estavam se deixando
guiar pela natureza terrena, pois estavam vivendo como cristãos
carnais em divisões, ciúmes e contendas.
Balaão
falou coisas maravilhosas quando profetizou acerca de Israel e das nações,
conforme lhe foi ordenado por Deus, mas para o aumento da sua própria ruína, em
face do seu caráter, que não era segundo o coração de Deus.
Nós
veremos adiante que Balaão foi morto pelos israelitas (Nm 31.8), por
ter aconselhado os midianitas a darem suas mulheres como esposas a eles, de
modo a pervertê-los e conduzi-los a adorarem a Baal.
Israel
era um povo abençoado porque Deus havia prometido a Abraão que abençoaria a sua
descendência, que fosse contada em Isaque e em Jacó.
Como
poderia então, Deus amaldiçoar a quem Ele abençoou?
Por
isso foi esta a Sua Palavra na boca de Balaão, para ser do conhecimento não
somente dos moabitas, mas de todas as nações.
Nós
veremos adiante em outras profecias que foram dadas a Balaão este propósito de
Deus de exaltar Israel para que aterrorizasse as demais nações pagãs, e
revelasse este caráter singular daquele povo que havia sido levantado, para que
o nome do único Deus verdadeiro fosse conhecido e temido em toda a terra.
Esta
primeira profecia de Balaão destaca
ainda que caso um israelita piedoso morresse, isto
não significaria maldição, porque morreria como um justo, e o fim
do justo não significa ruína, mas promoção, então ter o fim de um verdadeiro
israelita é proferido como a grande aspiração que todo ser humano deveria ter
(v. 10).
Assim,
em vez de amaldiçoar, Balaão foi obrigado a abençoar, e Balaque lhe pediu então
que fosse com ele para outro lugar, pensando talvez que o lugar em que estavam
não fosse apropriado para se proferir uma maldição.
Mais
uma vez, a pedido de Balaão, edificou sete altares no
campo de Zofim, no cume de Pisga, e ofereceu um novilho e um carneiro em cada
um deles (v. 11-14).
Balaão
se afastou a um lugar reservado para receber a Palavra do Senhor, e este lhe
pôs na boca as seguintes palavras para serem ditas a Balaque:
“Deus
não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura,
tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá? Eis que recebi
mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar. Não se
observa iniquidade em Jacó, nem se vê
maldade em Israel; o senhor seu Deus é com ele, no meio dele se ouve a
aclamação dum rei. É Deus que os vem tirando do Egito; as suas forças são como
as do boi selvagem. Contra Jacó, pois, não há encantamento, nem adivinhação
contra Israel. Agora se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem feito! Eis que o povo se levanta como leoa, e se
ergue como leão; não se deitará até que devore a presa, e beba o sangue dos que
foram mortos:”
Balaque
estava esperando que o Senhor mudasse de opinião, mas a profecia deixou claro
para ele que Deus não é como o homem para que minta ou se arrependa, e o que
Ele disse se cumprirá (v.19).
Se
Ele mandou abençoar Israel ninguém o poderia revogar.
A
profecia é dirigida aos verdadeiros israelitas, que são circuncidados não
apenas no prepúcio, mas no coração, e assim deles se diz que;
“não
viu iniquidade em Jacó, nem contemplou
desventura em Israel; o Senhor seu Deus está com ele, e no meio dele se ouvem
aclamações ao seu Rei.”
Certamente
esta profecia tinha o propósito não apenas de desencorajar os inimigos de
Israel, como também o de incentivar os próprios israelitas a uma vida de fé e
de santidade.
Deus
não vê iniquidade em seus filhos para efeito de condenação,
porque estão debaixo da justiça que é obtida por meio da cobertura do sangue de
Jesus.
Eles
são justos porque foram justificados.
Portanto
foram resgatados para sempre da maldição, para
serem inseridos na bênção prometida a Abraão.
Deste
modo nem encantamento ou adivinhação vale contra os que estão assim unidos pela
fé ao Senhor, a saber, o verdadeiro Israel de Deus (v. 23).
O
Senhor mesmo é a força do seu povo, e por isso se diz que a força deles é como
a do boi selvagem, e que se levantam como leão e não se deitam, até que devorem
a presa e bebam o sangue dos que forem mortos (v. 24).
Se
Deus é pelo Seu povo quem pode ser contra eles? Quem os acusará? Quem os
condenará? Quem triunfará sobre eles, sendo Deus a sua fortaleza?
Ainda
não satisfeito, Balaque levou Balaão a outro lugar, ao cume de Peor, e
repetiram o mesmo ritual de edificarem altares oferecendo os mesmos
sacrifícios, esperando que dessa vez Deus amaldiçoaria dali aos israelitas (v.
25-30).
O
pecado cega o coração do ímpio e ele não pode compreender qual seja o caráter
santo e justo de Deus.
Por
isso prossegue desejando o mal dos cristãos como
se fosse possível Deus se voltar contra o Seu povo, em favor dos desejos
malignos dos ímpios.
Deus
é amor e ama a justiça, mas o ímpio não compreende qual seja a verdadeira
natureza do amor e da justiça divinos.
Nada
pode separar um verdadeiro israelita do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus.
Nós
veremos no capítulo seguinte qual foi o teor das palavras que Deus dirigiu aos
moabitas, pela boca de Balaão, nesta terceira ocasião.
“1
Disse Balaão a Balaque: Edifica-me aqui sete altares e prepara-me aqui sete
novilhos e sete carneiros.
2
Fez, pois, Balaque como Balaão dissera; e Balaque e Balaão ofereceram um
novilho e um carneiro sobre cada altar.
3
Então Balaão disse a Balaque: Fica aqui em pé junto ao teu holocausto, e eu
irei; porventura o Senhor me sairá ao encontro, e o que ele me mostrar, eu to
direi. E foi a um lugar alto.
4 E
quando Deus se encontrou com Balaão, este lhe disse: Preparei os sete altares,
e ofereci um novilho e um carneiro sobre cada altar.
5
Então o senhor pôs uma palavra na boca de Balaão, e disse: Volta para Balaque,
e assim falarás.
6
Voltou, pois, para ele, e eis que estava em pé junto ao seu holocausto, ele e
todos os príncipes de Moabe.
7
Então proferiu Balaão a sua parábola, dizendo: De Arã me mandou trazer Balaque,
o rei de Moabe, desde as montanhas do Oriente, dizendo: Vem, amaldiçoa-me a
Jacó; vem, denuncia a Israel.
8
Como amaldiçoarei a quem Deus não amaldiçoou? e como denunciarei a quem o
Senhor não denunciou?
9
Pois do cume das penhas o vejo, e dos outeiros o contemplo; eis que é um povo
que habita só, e entre as nações não será contado.
10
Quem poderá contar o pó de Jacó e o número da quarta parte de Israel? Que eu
morra a morte dos justos, e seja o meu fim como o deles.
11
Então disse Balaque a Balaão: Que me fizeste? Chamei-te para amaldiçoares os
meus inimigos, e eis que inteiramente os abençoaste.
12 E
ele respondeu: Porventura não terei cuidado de falar o que o Senhor me puser na
boca?
13
Então Balaque lhe disse: Rogo-te que venhas comigo a outro lugar, donde o
poderás ver; verás somente a última parte dele, mas a todo ele não verás; e
amaldiçoa-mo dali.
14
Assim o levou ao campo de Zofim, ao cume de Pisga; e edificou sete altares, e
ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar.
15
Disse Balaão a Balaque: Fica aqui em pé junto ao teu holocausto, enquanto eu
vou ali ao encontro do Senhor.
16 E,
encontrando-se o Senhor com Balaão, pôs-lhe na boca uma palavra, e disse: Volta
para Balaque, e assim falarás.
17
Voltou, pois, para ele, e eis que estava em pé junto ao seu holocausto, e os
príncipes de Moabe com ele. Perguntou-lhe, pois, Balaque: Que falou o Senhor?
18
Então proferiu Balaão a sua parábola, dizendo: Levanta-te, Balaque, e ouve;
escuta-me, filho de Zipor;
19
Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa.
Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?
20
Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso
revogar.
21
Não se observa iniquidade em Jacó, nem se
vê maldade em Israel; o senhor seu Deus é com ele, no meio dele se ouve a
aclamação dum rei;
22 É
Deus que os vem tirando do Egito; as suas forças são como as do boi selvagem.
23
Contra Jacó, pois, não há encantamento, nem adivinhação contra Israel. Agora se
dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem feito!
24
Eis que o povo se levanta como leoa, e se ergue como leão; não se deitará até
que devore a presa, e beba o sangue dos que foram mortos:
25
Então Balaque disse a Balaão: Nem o amaldiçoes, nem tampouco o abençoes:
26
Respondeu, porém, Balaão a Balaque: Não te falei eu, dizendo: Tudo o que o
Senhor falar, isso tenho de fazer?
27
Tornou Balaque a Balaão: Vem agora, e te levarei a outro lugar; porventura
parecerá bem aos olhos de Deus que dali mo amaldiçoes.
28 Então
Balaque levou Balaão ao cume de Peor, que dá para o deserto.
29 E
Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete
novilhos e sete carneiros.
30
Balaque, pois, fez como dissera Balaão; e ofereceu um novilho e um carneiro sobre
cada altar.” (Nm 23.1-30).
Por isto creio que o Brasil tem jeito. Ninguém vai conseguir tomar o poder das mais do nosso presidente, homem escolhido por Deus. O que Ele abençoou, comunismo não vai prevalecer!
ResponderExcluir