Foi
determinado por Deus que as tribos de Israel deveriam dar 48 cidades aos
levitas, conforme se vê neste capítulo 35º de Números,
sendo que 6 destas cidades seriam designadas como cidades de refúgio, para que
nelas pudessem ser acolhidos os homicidas culposos, isto é, que tivessem tirado
a vida de alguém sem querer, ou seja, não intencionalmente, de modo que
pudessem ser protegidos de qualquer ação vingativa de qualquer parente
ressentido do assassinado, que era chamado em Israel de vingador do sangue, em
hebraico, goel.
O assassino não poderia ser morto, enquanto estivesse na cidade de
refúgio, e lá deveria permanecer até a morte do sumo sacerdote.
Temos nisto uma bela ilustração e figura do fato de que é por
causa do sumo sacerdócio eterno de Jesus que todos os pecadores, que deveriam
morrer por causa do seu pecado, são livrados da morte por acharem refúgio nEle
(Hb 6.18; Fp 3.9; Rom 8.1).
Em Israel, o homicida deveria permanecer na cidade de refúgio
enquanto vivesse o sumo sacerdote, e como o sumo sacerdote da nossa fé vive
eternamente, deveremos também, apesar de sermos pecadores, viver eternamente,
sendo livrados da morte espiritual e eterna por estarmos refugiados nEle.
Mas no caso de crime doloso, isto é, de assassinato intencional, o
criminoso deveria ser julgado com o depoimento de mais de uma testemunha, e ser
sentenciado à morte (v. 16, 30).
Os levitas deveriam receber também arredores em suas cidades para
guardarem os seus rebanhos, no entanto, eles não seriam agricultores e nem
ocupariam todo o seu tempo em atividades seculares, porque tinham recebido o
encargo principal de serem os guardiães da lei em Israel, e assim a maldição de
Jacó relativa à tribo de Levi, de que seriam espalhados em Israel (Gên 49.7),
seria transformada em bênção.
Se todas as pessoas do mundo fossem verdadeiros cristãos, ainda assim, alguns deles deveriam
ser separados para se dedicarem como ministros fiéis, que teriam que cuidar de
todo o rebanho do Senhor.
A função do ministério da Palavra é a mais honrada, elevada e
necessária, que há na terra e assim todos os ministros devem honrar a função em
que foram investidos diretamente pelo próprio Deus, através de uma chamada
específica para cada um deles.
“1
Disse mais o Senhor a Moisés nas planícies de Moabe, junto ao Jordão, na altura
de Jericó:
2 Dá
ordem aos filhos de Israel que da herança da sua possessão deem aos
levitas cidades em que habitem; também dareis aos levitas arrabaldes ao redor
delas.
3
Terão eles estas cidades para habitarem; e os arrabaldes delas serão para os
seus gados, e para a sua fazenda, e para todos os seus animais.
4 Os
arrabaldes que dareis aos levitas se estenderão, do muro da cidade para fora,
mil côvados em redor.
5 E
fora da cidade medireis para o lado oriental dois mil côvados, para o lado
meridional dois mil côvados, para o lado ocidental dois mil côvados, e para o
lado setentrional dois mil côvados; e a cidade estará no meio. Isso terão por
arrabaldes das cidades.
6
Entre as cidades que dareis aos levitas haverá seis cidades de refúgio, as
quais dareis para que nelas se acolha o homicida; e além destas lhes dareis
quarenta e duas cidades.
7
Todas as cidades que dareis aos levitas serão quarenta e oito, juntamente com
os seus arrabaldes.
8
Ora, no tocante às cidades que dareis da possessão dos filhos de Israel, da
tribo que for grande tomareis muitas, e da que for pequena tomareis poucas;
cada uma segundo a herança que receber dará as suas cidades aos levitas.
9
Disse mais o Senhor a Moisés:
10 Fala
aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando passardes o Jordão para a terra de
Canaã,
11
escolhereis para vós cidades que vos sirvam de cidades de refúgio, para que se
refugie ali o homicida que tiver matado alguém involuntariamente.
12 E
estas cidades vos serão por refúgio do vingador, para que não morra o homicida
antes de ser apresentado perante a congregação para julgamento.
13
Serão seis as cidades que haveis de dar por cidades de refúgio para vós.
14
Dareis três cidades aquém do Jordão, e três na terra de Canaã; cidades de
refúgio serão.
15
Estas seis cidades serão por refúgio aos filhos de Israel, ao estrangeiro, e ao
peregrino no meio deles, para que se refugie ali todo aquele que tiver matado
alguém involuntariamente.
16
Mas se alguém ferir a outrem com instrumento de ferro de modo que venha a
morrer, homicida é; e o homicida será morto.
17 Ou
se o ferir com uma pedra na mão, que possa causar a morte, e ele morrer,
homicida é; e o homicida será morto.
18 Ou
se o ferir com instrumento de pau na mão, que possa causar a morte, e ele
morrer, homicida é; será morto o homicida.
19 O
vingador do sangue matará ao homicida; ao encontrá-lo, o matará.
20 Ou
se alguém empurrar a outrem por ódio ou de emboscada lançar contra ele alguma
coisa de modo que venha a morrer,
21 ou
por inimizade o ferir com a mão de modo que venha a morrer, será morto aquele
que o feriu; homicida é. O vingador do sangue, ao encontrá-lo, o matará.
22
Mas se o empurrar acidentalmente, sem inimizade, ou contra ele lançar algum
instrumento, sem ser de emboscada,
23 ou
sobre ele atirar alguma pedra, não o vendo, e o ferir de modo que venha a
morrer, sem que fosse seu inimigo nem procurasse o seu mal,
24
então a congregação julgará entre aquele que feriu e o vingador do sangue,
segundo estas leis,
25 e
a congregação livrará o homicida da mão do vingador do sangue, fazendo-o voltar
à sua cidade de refúgio a que se acolhera; ali ficará ele morando até a morte
do sumo sacerdote, que foi ungido com o óleo sagrado.
26
Mas, se de algum modo o homicida sair dos limites da sua cidade de refúgio,
onde se acolhera,
27 e
o vingador do sangue o achar fora dos limites da sua cidade de refúgio, e o
matar, não será culpado de sangue;
28
pois o homicida deverá ficar na sua cidade de refúgio até a morte do sumo sacerdote;
mas depois da morte do sumo sacerdote o homicida voltará para a terra da sua
possessão.
29
Estas coisas vos serão por estatuto de direito pelas vossas gerações, em todos
os lugares da vossa habitação.
30
Todo aquele que matar alguém, será morto conforme o depoimento de testemunhas;
mas uma só testemunha não deporá contra alguém, para condená-lo à morte.
31
Não aceitareis resgate pela vida de um homicida que é réu de morte; porém ele
certamente será morto.
32
Também não aceitareis resgate por aquele que se tiver acolhido à sua cidade de
refúgio, a fim de que ele possa tornar a habitar na terra antes da morte do
sumo sacerdote.
33
Assim não profanareis a terra da vossa habitação, porque o sangue profana a
terra; e nenhuma expiação se poderá fazer pela terra por causa do sangue que
nela for derramado, senão com o sangue daquele que o derramou.
34
Não contaminareis, pois, a terra em que haveis de habitar, no meio da qual eu
também habitarei; pois eu, o Senhor, habito no meio dos filhos de Israel.” (Nm
35.1-34).
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