A visão
e profecia de Jeremias 24 foi dada por Deus ao profeta quando Zedequias começou
a reinar no lugar de Joaquim, seu sobrinho, que havia sido levado preso para
Babilônia.
Destas
se aprende que há vida quando se obedece a Deus mesmo na terra do cativeiro e
da provação, e que há morte quando se lhe desobedece, ainda que se esteja
liberdade na sua própria terra.
Deus
mostrou em visão a Jeremias, dois cestos de figos bem à frente do templo de
Jerusalém, sendo que um deles continha figos bons para serem consumidos, e o
outro figos completamente estragados.
E o
Senhor disse ao profeta que o cesto com os figos bons representava o povo que
se encontrava no cativeiro em Babilônia, porque alguns entre eles, e toda a sua
descendência seria poupada e retornariam a habitar em Judá, depois de passados
os setenta anos de cativeiro.
Todavia,
o cesto com os figos ruins representava o rei Zedequias, os seus príncipes e o
povo que ainda havia ficado em Jerusalém, porque o Senhor os rejeitaria de
todo, tal como se faz com figos estragados, que para nada servem, e que por
isso são lançados fora.
A
providência de Deus havia agido para que houvesse uma primeira leva de cativos
para Babilônia em 605 a. C., para que pessoas retas como Daniel e seus três
amigos, Mesaque, Sadraque e Abdnego, bem como Ezequiel e tantos outros que se
encontravam com eles, e que descenderiam deles, fossem poupados para retornarem
para Judá, quando Babilônia caísse debaixo do poder dos medos e dos persas em
537 a. C.
Todavia,
os que haviam ficado em Jerusalém, era a pior parte da nação, os que haviam
conspirado com Zedequias, para permanecerem em Judá e em Jerusalém, pensando
que estariam em segurança e debaixo do favor do rei de Babilônia.
Contudo,
eles haviam caído com as suas próprias artimanhas políticas e insídias na
armadilha que o Senhor havia preparado para eles, porque ficariam sitiados e
não somente viriam a ser mortos pela espada dos babilônios, como também
passariam fome, sede, comeriam a seus próprios filhos para sobreviverem e
também morreriam pela peste que tomaria conta da cidade de Jerusalém, que
ficaria por longo tempo cercada pelos babilônios.
Mas dos
que seriam poupados pela misericórdia do Senhor, no cativeiro em Babilônia, é
dito o seguinte:
“6
Porei os meus olhos sobre eles, para seu bem, e os farei voltar a esta terra.
Edifica-los-ei, e não os demolirei; e planta-los-ei, e não os arrancarei.
7 E
dar-lhes-ei coração para que me conheçam, que eu sou o Senhor; e eles serão o
meu povo, e eu serei o seu Deus; pois se voltarão para mim de todo o seu
coração.”
O
Senhor havia prometido que faria o bem a todos que se submetessem ao rei de
Babilônia, se sujeitando ao juízo do cativeiro, que Ele havia determinado.
Desta
forma, aqueles que agissem contra esta vontade específica do Senhor, por
procurarem fazer a própria vontade, tentando manter o status quo de suas vidas,
não poderiam portanto, esperar o bem, senão males.
Por
isso nosso Senhor Jesus Cristo disse que aquele que estiver apegado à sua vida
neste mundo, e por conseguinte, rejeitar a vida do céu por não amar o estilo de
vida celestial, senão o mundano, há de perdê-la, mas todo aquele que desprezar
este estilo de vida mundano, reconhecendo que convém se sujeitar ao que vem de
Deus, que é puro e santo, há de preservar a sua vida.
“1
Fez-me o Senhor ver, e vi dois cestos de figos, postos diante do templo do
Senhor. Sucedeu isso depois que Nabucodonosor, rei de Babilônia, levara em
cativeiro a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e
os carpinteiros, e os ferreiros de Jerusalém, e os trouxera a Babilônia.
2 Um
cesto tinha figos muito bons, como os figos temporãos; mas o outro cesto tinha
figos muito ruins, que não se podiam comer, de ruins que eram.
3 E
perguntou-me o Senhor: Que vês tu, Jeremias? E eu respondi: Figos; os figos
bons, muito bons, e os ruins, muito ruins, que não se podem comer, de ruins que
são.
4 Então
veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
5 Assim
diz o Senhor, o Deus de Israel: Como a estes bons figos, assim atentarei com
favor para os exilados de Judá, os quais eu enviei deste lugar para a terra dos
caldeus.
6 Porei
os meus olhos sobre eles, para seu bem, e os farei voltar a esta terra. Edifica-los-ei,
e não os demolirei; e planta-los-ei, e não os arrancarei.
7 E
dar-lhes-ei coração para que me conheçam, que eu sou o Senhor; e eles serão o
meu povo, e eu serei o seu Deus; pois se voltarão para mim de todo o seu
coração.
8 E
como os figos ruins, que não se podem comer, de ruins que são, certamente assim
diz o Senhor: Do mesmo modo entregarei Zedequias, rei de Judá, e os seus
príncipes, e o resto de Jerusalém, que ficou de resto nesta terra, e os que
habitam na terra do Egito;
9 eu
farei que sejam espetáculo horrendo, uma ofensa para todos os reinos da terra,
um opróbrio e provérbio, um escárnio, e uma maldição em todos os lugares para
onde os arrojarei.
10 E
enviarei entre eles a espada, a fome e a peste, até que sejam consumidos de
sobre a terra que lhes dei a eles e a seus pais.” (Jeremias 24.1-10)
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