Davi ora por livramento dos homens
perversos e violentos cujos corações sempre maquinam iniquidades à busca de
contendas.
Estes não usavam somente a força física
para fazer violência mas especialmente a língua para forjarem falsidades,
injúrias, calúnias e insídias.
Suas línguas carregavam o poder do
veneno mortal das cobras peçonhentas.
Davi pede então ao Senhor que o livrasse
das armadilhas e ciladas que tais homens lhe preparavam às ocultas, ou seja,
sorrateiramente.
Davi sabia que Deus jamais defenderia a
causa dos opressores, senão a dos oprimidos por eles.
Então se entregou inteiramente ao
cuidado de Deus, porque sabia que o direito do necessitado seria garantido por
Deus, e que os justos herdariam a terra, e não os violentos, e que estes justos
renderiam graças ao nome do Senhor, porque habitarão para sempre na Sua
presença.
“Livra-me, SENHOR, do homem perverso, guarda-me do
homem violento, cujo coração maquina
iniquidades e vive forjando contendas.
Aguçam a língua como a serpente; sob os lábios têm veneno de áspide.
Guarda-me, SENHOR, da mão dos ímpios, preserva-me do homem violento, os quais
se empenham por me desviar os passos. Os soberbos ocultaram armadilhas e cordas
contra mim, estenderam-me uma rede à beira do caminho, armaram ciladas contra
mim. Digo ao SENHOR: tu és o meu Deus; acode, SENHOR, à voz das minhas
súplicas. Ó SENHOR, força da minha salvação, tu me protegeste a cabeça no dia
da batalha. Não concedas, SENHOR, ao
ímpio os seus desejos; não permitas que vingue o seu mau propósito. Se exaltam
a cabeça os que me cercam, cubra-os a maldade dos seus lábios. Caiam sobre eles brasas vivas, sejam atirados
ao fogo, lançados em abismos para que não mais se levantem. O caluniador não se
estabelecerá na terra; ao homem violento, o mal o perseguirá com golpe sobre
golpe. Sei que o SENHOR manterá a causa do oprimido e o direito do necessitado.
Assim, os justos renderão graças ao teu nome; os retos habitarão na tua
presença.”
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