Quase
tudo na Palavra de Deus aponta para a grande verdade que a Sua vontade nunca
deve ser negligenciada ou postergada, em prol da realização de qualquer outra
coisa que seja do nosso próprio interesse.
Importa
que o reino de Deus e a Sua justiça sejam sempre buscados prioritariamente em
tudo o que fizermos.
Na
verdade, importa buscar em primeiro lugar o próprio Senhor, porque senão o
nosso trabalho será em vão.
Os
judeus estavam aprendendo esta lição na prática, depois que haviam retornado do
cativeiro em Babilônia, porque em vez de priorizarem as coisas relativas ao
culto do Senhor, com a reconstrução do templo, a par de toda a oposição que
pudessem estar sofrendo, arrumaram a desculpa que não era ainda o tempo de se
edificar a casa do Senhor, porque estavam dando prioridade à reconstrução de
suas próprias casas.
Eles
julgavam que não era ainda tempo para se dedicarem aos interesses do Senhor.
Do
mesmo modo, um bom número de cristãos gastam
quase todo o tempo de suas vidas com os seus próprios interesses, e deixam o
Senhor ficar esperando que eles se voltem para Ele.
Com que
dificuldade conseguem separar míseros dez minutos para orarem por dia, ou para
fazerem o que se refira à obra de Deus.
Todavia,
acham tempo para tudo o mais.
Quando
fazemos isto, seja até mesmo em relação às coisas mínimas, nós invertemos a
ordem de prioridades.
Os cristãos
são ensinados pelo Senhor a serem dependentes dEle para tudo.
Está
edificada sobre a areia e não tem telhado a casa na qual o Senhor não recebe a
devida atenção dos seus membros, na devoção que Lhe é devida, e na busca de auxílio nEle e da Sua presença, em
tudo o que se pretenda fazer.
Assim, os
judeus que haviam retornado de Babilônia, pretendiam ser prósperos no que faziam,
negligenciando a pessoa de Deus e a Sua vontade.
Por
isso nós lemos no primeiro capitulo de Ageu
que eles foram admoestados pelo profeta quanto ao grave erro que estavam
cometendo, e que estava sendo a causa de não estarem sendo bem sucedidos.
“Tendes
semeado muito, e recolhido pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não
vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário,
recebe-o para o meter num saco furado.” (Ageu 1.6)
Por
isso, tanto no verso anterior a este (v.5), quanto no posterior (v.7), o Senhor
chamou os israelitas a considerarem os caminhos deles; para que pudessem
verificar na própria realidade das suas
vidas, que por mais que se empenhassem em seus próprios interesses, não estavam
sendo bem sucedidos, porque lhes faltava a Sua aprovação e bênção.
Se o
Senhor não governar nossas vidas e casas, quem prevalecerá será o Inimigo, tal
como estava ocorrendo com Judá.
A
atitude de considerar o nosso caminho não é para ficarmos lamentando a nossa
triste condição, por esta ausência de Deus e da Sua bênção na nossa vida, mas
para nos levantarmos e ativarmos a devoção que Lhe é devida, quanto aos
interesses da Sua casa, que é a Igreja.
Isto
deve vir primeiro.
Esta
regra se aplica às grandes e às pequenas tarefas do viver diário.
É
preciso gastar tempo na presença do Senhor antes de nos lançarmos à execução de
nossas tarefas, e continuarmos na Sua presença enquanto as executamos.
Então,
depois de ter ordenado que os judeus, se aplicassem de modo prático às coisas
necessárias, para a reconstrução do templo, no verso 8, o Senhor enumerou
alguns dos Seus juízos sobre a negligência dos judeus, para que fossem
despertados para o seu dever.
Então
foi dito aos judeus que procedia dEle as coisas que são referidas nos versos 9
a 11:
“9
Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o
trouxestes para casa, eu o dissipei com um assopro. Por que causa? diz o Senhor
dos exércitos. Por causa da minha casa, que está em ruínas, enquanto correis,
cada um de vós, à sua própria casa.
10 Por
isso os céus por cima de vós retêm o orvalho, e a terra retém os seus frutos.
11 E
mandei vir a seca sobre a terra, e sobre as colinas, sobre o trigo e o mosto e
o azeite, e sobre tudo o que a terra produz; como também sobre os homens e os
animais, e sobre todo o seu trabalho.”
O
governador Zorobabel, e o sumo sacerdote Josué foram encarregados de dizerem as
palavras de Deus, por meio de Ageu, ao povo.
E eles
o fizeram, e o povo se reanimou a reconstruir, em face de terem reconhecido que
ao povo que pertence ao Senhor não resta nenhuma outra alternativa, senão a de
viverem para Ele e para fazerem a Sua vontade.
No entanto, é dito que tanto o governador, o
sumo sacerdote e todo povo foram incitados em seus espíritos pelo próprio Deus,
a fazerem Sua obra.
Disto
aprendemos, que é somente quando nos dispomos a obedecer ao Senhor, que Ele
move os nossos espíritos, pelo poder do Espírito Santo, para que sejamos
encorajados e capacitados a fazer tudo o que Ele nos tem ordenado.
Os
judeus haviam retornado de Babilônia a Judá, por decreto de Ciro, em 537 a.C.,
e no mesmo ano começaram a reconstruir o templo de Jerusalém, que havia sido
destruído por Nabucodonozor.
Mas,
sofreram uma forte oposição dos samaritanos, que foram rejeitados por eles
quanto à participação na reedificação do templo, ficando a obra paralisada por
cerca de 16 anos.
As
obras de reconstrução do templo foram reiniciadas em 520 a C., através das
exortações dos profetas Ageu e Zacarias, sendo o templo concluído 4 anos depois
em 516 a.C.
A
primeira profecia de Zacarias, no segundo ano do rei persa Dario, pode ser
situada, portanto, cerca de 17 anos após o retorno dos judeus à Palestina.
Como se
afirma no primeiro versículo de Zacarias, ele começou seu ministério junto aos
judeus no oitavo mês do segundo ano de Dario; sendo que o profeta Ageu começou
o seu, dois meses antes, a saber, no sexto mês
do segundo ano de Dario, como se vê neste primeiro versículo do seu
livro.
“1 No
segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra
do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, governador de Judá,
filho de Sealtiel, e a Josué, o sumo sacerdote, filho de Jeozadaque, dizendo:
2 Assim
fala o Senhor dos exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o
tempo de se edificar a casa do Senhor.
3 Veio,
pois, a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, dizendo:
4 Acaso
é tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica
desolada?
5 Ora pois,
assim diz o Senhor dos exércitos: Considerai os vossos caminhos.
6
Tendes semeado muito, e recolhido pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis,
mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário,
recebe-o para o meter num saco furado.
7 Assim
diz o Senhor dos exércitos: Considerai os vossos caminhos.
8 Subi
ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me deleitarei, e serei
glorificado, diz o Senhor.
9
Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o
trouxestes para casa, eu o dissipei com um assopro. Por que causa? diz o Senhor
dos exércitos. Por causa da minha casa, que está em ruínas, enquanto correis,
cada um de vós, à sua própria casa.
10 Por
isso os céus por cima de vós retêm o orvalho, e a terra retém os seus frutos.
11 E
mandei vir a seca sobre a terra, e sobre as colinas, sobre o trigo e o mosto e
o azeite, e sobre tudo o que a terra produz; como também sobre os homens e os
animais, e sobre todo o seu trabalho.
12
Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e o sumo sacerdote Josué, filho de
Jeozadaque, juntamente com todo o resto do povo, obedeceram a voz do Senhor seu
Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o Senhor seu Deus o tinha enviado; e
temeu o povo diante do Senhor.
13
Então Ageu, o mensageiro do Senhor, falou ao povo, conforme a mensagem do
Senhor, dizendo: Eu sou convosco, diz o Senhor.
14 E o
Senhor suscitou o espírito do governador de Judá Zorobabel, filho de Sealtiel,
e o espírito do sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e o espírito de todo
o resto do povo; e eles vieram, e começaram a trabalhar na casa do Senhor dos
exércitos, seu Deus,
15 ao
vigésimo quarto dia do sexto mês.”
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