Este salmo foi escrito por Davi quando
já se encontrava reinando. Nos salmos comentados anteriormente ele ainda não
havia assumido o trono de Israel.
Todavia nós o vemos continuando a
recorrer ao socorro de Deus para livrá-lo dos seus inimigos.
O Senhor lhe havia adestrado para a
guerra, porque foi seu escolhido para livrar Israel das opressões que vinha
sofrendo dos povos inimigos, tais como os filisteus, moabitas, amonitas,
edomitas, jebuseus e sírios.
Saul havia falhado nesta missão e então
o Senhor levantou Davi para executá-la, e isto explica em boa parte a razão de
ter sofrido tantas tribulações.
Ele foi bem sucedido porque fizera do
Senhor a sua rocha, fortaleza, refúgio, libertador e escudo.
Vinha também do Senhor a obediência que
o povo de Israel tinha a Davi.
Ele era rei, mas reconhecia que o homem
nada é à vista de Deus.
Que sua vida é como um sopro.
Além disso o homem está corrompido pelo
pecado e somente o Senhor pode resgatá-lo de tal condição de miséria.
De modo, que aqueles que não se
submeterem a tal restauração, serão destruídos.
Davi então se disporia sempre a louvar
ao Senhor, inclusive com o uso de instrumentos de cordas.
Ele continuaria clamando por livramento
e para que o Senhor desse plena provisão ao reino de Israel, não somente em
seus dias, mas em todas as gerações, porque Israel era o povo do Senhor.
Deus tinha demonstrado toda a Sua
bondade para com Israel, especialmente nos dias de Davi, então ele declara que
bem-aventurado era o povo a quem sucede tal cuidado e provisão do Senhor, a
saber Israel, cujo Deus era o Senhor.
“Bendito seja o SENHOR, rocha minha, que me adestra
as mãos para a batalha e os dedos, para a guerra; minha misericórdia e fortaleza minha, meu
alto refúgio e meu libertador, meu escudo, aquele em quem confio e quem me
submete o meu povo. SENHOR, que é o homem para que dele tomes conhecimento? E o
filho do homem, para que o estimes? O homem é como um sopro; os seus dias, como
a sombra que passa. Abaixa, SENHOR, os teus céus e desce; toca os montes, e
fumegarão. Despede relâmpagos e dispersa
os meus inimigos; arremessa as tuas flechas e desbarata-os. Estende a mão lá do alto; livra-me e
arrebata-me das muitas águas e do poder de estranhos, cuja boca profere mentiras, e cuja direita é
direita de falsidade. A ti, ó Deus, entoarei novo cântico; no saltério de dez
cordas, te cantarei louvores. É ele quem dá aos reis a vitória; quem livra da
espada maligna a Davi, seu servo. Livra-me e salva-me do poder de estranhos,
cuja boca profere mentiras, e cuja direita é direita de falsidade. Que nossos
filhos sejam, na sua mocidade, como plantas viçosas, e nossas filhas, como
pedras angulares, lavradas como colunas de palácio; que transbordem os nossos
celeiros, atulhados de toda sorte de provisões; que os nossos rebanhos produzam
a milhares e a dezenas de milhares, em nossos campos; que as nossas vacas andem pejadas, não lhes
haja rotura, nem mau sucesso. Não haja gritos de lamento em nossas praças.
Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Sim, bem-aventurado é o povo cujo
Deus é o SENHOR!”
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