O
início deste capítulo confirma que a intenção da revelação de nosso Senhor a
Daniel, no capítulo anterior era a de apontar para o tempo do fim, nos dias do
Anticristo, e não particular e exclusivamente a Antíoco Epifânio, que em muitos
pontos foi um tipo do Anticristo, e das coisas que ocorrerão no tempo do fim.
Ao
introduzir este capítulo com a citação “Nesse tempo”, e logo em seguida, ao
falar das coisas que se referem aos últimos dias, usando a citação “naquele
tempo” nosso Senhor, vinculou tal tempo aos dias em que se dará a ressurreição
tanto de santos (no arrebatamento) quanto de ímpios (juízo final), não padece
portanto, qualquer dúvida que a profecia se refere à consumação de todas as
coisas, e não particularmente aos dias de Antíoco Epifânio.
Chegou
o momento, conforme prometemos anteriormente, de fazer uma conexão das
profecias de Daniel 9 a 12 com outras profecias escatológicas das Escrituras,
relativas ao período da Grande Tribulação, ao qual se refere profeticamente
esta porção do livro de Daniel, mesmo quando usa as revelações relativas às
intrigas e guerras, por meio das quais os reinos se sucederam no período
babilônico, persa, grego, e romano, especialmente, quanto ao dois grandes
braços resultantes do reino de Alexandre Magno, na Síria (rei do Norte na
profecia de Daniel) e Egito (rei do Sul).
Então,
há o propósito de revelar como estes reinos se estabelecem pelo engano, e como
pelo próprio engano, eles caem.
O engano citado em Mt 24.4,5: “4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos,
que ninguém vos engane. 5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o
Cristo; a muitos enganarão.”, culminará com o maior engano de todos na pessoa
do Anticristo que agirá pela eficácia de Satanás, enganando a muitos, que
depositarão nele inteira confiança para a resolução dos problemas mundiais. Ele
será o último falso salvador que o mundo verá. O último falso messias. Por isso
é chamado de Anticristo, porque é um cristo falso.
O abominável da desolação citado em Mt 24.15 é uma referência à profanação,
pelo Anticristo, do templo que ainda será reconstruído em Jerusalém. Esta é
citada em Daniel 9.27.
Agora o que é o lugar santo? Algumas pessoas dizem que é a terra.
Algumas pessoas dizem que é a cidade de
Jerusalém. O que é o lugar santo? Há somente um outro uso dessa frase em todo o
Novo Testamento e encontra-se em Atos 21:28. E o Lugar Santo era um dos
ambientes do tabernáculo e do templo de Jerusalém.
A profecia de Daniel 11.31 teve um primeiro cumprimento na pessoa de
Antíoco Epifânio, e terá um último cumprimento na pessoa do Anticristo: “Dele
sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o
sacrifício costumado, estabelecendo a abominação desoladora.”. A primeira parte
de Daniel 11 descreve fatos que já tiveram cumprimento na história, e a parte
posterior se refere a coisas que ainda terão cumprimento no tempo do fim. E o
verso 31 trata de um duplo cumprimento, e historicamente já se cumpriu entre
175 e 165 a.C. correspondente ao governo do rei sírio Antíoco.
Ele se chamava Epifânio que quer dizer "o grande.". Ele foi
um grande perseguidor do povo de Israel, sendo assim um tipo perfeito do
Anticristo.
Ele tentou acabar com a religião judaica e matou milhares e milhares
de judeus, inclusive mulheres e crianças.
Ele profanou o templo entrando nele e matando um porco no altar e
obrigando os sacerdotes a comerem a sua carne.
Além disso ele colocou a imagem de um deus grego no templo,
provavelmente Zeus. E com o templo assim profanado os judeus deixaram de
apresentar seus sacrifícios no mesmo. E o sacrifício diário determinado pela
lei foi completamente parado.
E foi exatamente isso que Daniel profetizou cerca de 400 antes, que
ele faria (11:31). E assim o templo ficou desolado, por causa daquela
abominação, isto é, daquele ato detestável aos olhos de Deus e do seu povo.
O Anticristo também profanará o templo que será reconstruído, para
afrontar os judeus e o Deus de Israel, e pelo mesmo efeito de rejeição que isto
produzirá tal como no passado, nos dias de Antioco Epifânio, diz-se que será
uma abominação desoladora. E é por isso que ao se referir à profecia exclusiva
ao Anticristo em 9.26,27, Daniel usa as palavras desolação e abominação para se
referir aos atos do Anticristo.
Em Daniel 9.24-27 temos a conhecida profecia das setenta semanas. São
setenta semanas de anos. Referem-se portanto a 490 anos, sendo que a profecia
estabelece dois períodos distintos, um que vai desde a “saída da ordem para
restaurar e edificar Jerusalém até o Ungido, ao Príncipe” são sessenta e nove
semanas, isto é 483 anos. E depois da morte do Ungido se levantaria um príncipe
que governaria por uma semana (a septuagésima semana) e que faria cessar o
sacrifício e a oferta de manjares no meio da semana (versos 26,27).
A profecia determina então um período “para fazer cessar a
transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a
justiça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos
Santos.” (9.24). Isto está vinculado de fato a duas fases: ao primeiro advento
de Cristo trazendo a graça e a redenção para os habitantes da terra, e ao seu
segundo advento para estabelecer o seu reino de justiça na terra.
Por isso, determinou-se para Daniel o prazo para a primeira vinda de
Jesus, e também o prazo que determinaria a sua segunda vinda, que está
relacionada ao período da Grande Tribulação, que será precipitada no governo de
sete anos do Anticristo, e que corresponde à septuagésima semana da profecia de
Daniel. Esta semana é isolada das demais 69 que se cumpriram no primeiro
advento de Cristo, porque Israel tem permanecido endurecido até hoje à recepção
de Jesus como o Salvador e Messias.
E será exatamente no tempo do fim que se voltarão para o Senhor como
nação para a sua redenção.
Daniel queria saber de Deus quando acabaria o cativeiro de Israel, e
quando este seria firmado como nação e reino sacerdotal, conforme havia sido
prometido por Deus desde Moisés.
E a resposta de Deus foi dada com a profecia das setenta semanas,
porque Daniel pensava que uma vez findo os setenta anos de cativeiro
babilônico, conforme havia sido profetizado por Jeremias, Israel seria
estabelecido como reino de Deus na terra.
Desde a “saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até o
Ungido, ao Príncipe” temos 69 semanas, isto é, 483 anos. O decreto para a
reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém foi baixado em cerca de 450
a.C. A contagem vai portanto até a morte de Jesus, e não até o seu nascimento,
porque somando-se 33 a 450 temos os 483 anos referidos na profecia.
E de fato, “para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos
pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna” conforme se
encontra registrado na profecia, isto somente seria possível com a morte de
Jesus. Por isso a profecia de Daniel faz referência à morte do Senhor.
Mas “para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos
Santos”, conforme está também na profecia de Daniel, haverá necessidade de que
o Senhor volte e estabeleça o seu reino na terra, de maneira que o veremos
assim como Ele é, e o que é em parte será aniquilado.
As visões e as profecias terão tido o seu cumprimento, e já não
andaremos somente por fé, mas também pelo que veremos.
Hoje não há um único ser humano perfeito vivendo na terra, porque
mesmo o maior dos santos é pecador e ainda está sujeito ao pecado em razão da
natureza terrena.
Mas, quando o Senhor voltar e nós com Ele em glória, todos seremos
perfeitos, assim como Ele é perfeito.
E o plano de Deus de restaurar a criação original, terá cumprimento na
volta de Jesus e no estabelecimento do seu reino milenar com os salvos na
terra.
Deus criou a terra para este propósito, para que fosse herdada pelos
justos, pelos que são puros de coração, e sem pecado.
E Ele cumprirá cabalmente aquilo que planejou desde antes da fundação
do mundo.
Em Daniel 12.11 lemos: “Depois do tempo em que o costumado sacrifício
for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e
noventa dias.”. Isto é, decorrerão três anos e meio para o retorno de Cristo e
a consequente destruição do governo do Anticristo, a contar do momento em que
for posta a abominação desoladora no Lugar Santo.
Observe que Daniel acrescenta mais 30 dias aos 1260 referidos em
Apocalipse 12.6, como tempo da perseguição do diabo aos judeus através do
Anticristo durante o período da Grande Tribulação. Isto pode ser explicado pelo
fato, de que a profecia de Daniel está enfocando o tempo para o estabelecimento
do Reino, e não para o término do governo do Anticristo.
Isto demandará o estabelecimento da separação entre os cabritos e as
ovelhas, e temos assim uma primeira contagem de um prazo já determinado para o
início do estabelecimento do reino.
E em Daniel 12.12 lemos: “Bem-aventurado o que espera e chega até mil
trezentos e trinta e cinco dias.”. Isto é, 45 depois dos 1290 já referidos.
Muitas providências deverão ser tomadas para que a terra seja
restaurada a uma condição adequada para o governo dos santos juntamente com
Cristo. Para a separação das ovelhas dos cabritos e tudo o mais que for
necessário. Haveria assim, provavelmente, um período de transição de 75 dias
desde o retorno do Senhor até o estabelecimento do seu reino milenar.
Jesus começou a remover a maldição do pecado da terra.
A terra foi restaurada.
Em Ezequiel 36.36 lemos: “Então as nações que tiverem restado ao redor
de vós saberão que eu, o Senhor, reedifiquei as cidades destruídas, e plantei o
que estava desolado. Eu, o Senhor, o disse, e o farei.”.
A palavra de Romanos 8.19-21 terá cabal cumprimento quando da volta do
Senhor: “A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de
Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa
daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do
cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.”
Daniel chama o Anticristo de pequeno chifre, o rei com a face feroz, o
rei voluntarioso. E João o chama de a besta. E Paulo o chama de filho da
perdição e homem do pecado. E ele é a culminação de todos os falsos cristos. E
ele é tão convincente nisto que Daniel 9:27 diz que Israel fará um pacto com
ele, crendo que ele seja o seu libertador e protetor. E todas as nações do
mundo, em razão das suas perseguições, vêm a ficar debaixo do seu poder, e ele
engana a muitos.
Ele tem comunhão com os demônios do inferno. Ele é poderoso, mas não
pelo seu próprio poder. Ele causará estupendas destruições, prosperará e fará o
que lhe aprouver, e destruirá os poderosos e o povo santo (Dn 8.24).
Não é o próprio poder dele, é o poder do inferno. Pela astúcia dos
seus empreendimentos políticos fará prosperar o engano (Dn 8.25). Ele usa a
paz, ele usa a negociação para seduzir o mundo e trazê-lo sob o seu poder.
No capítulo 11 de Daniel nós descobrimos mais cousas sobre ele nos
versos 36-45: “Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se
engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses, falará cousas
incríveis, e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que
está determinado será feito. Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao
desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Mas
em lugar dos deuses honrará o deus das fortalezas; a um deus que seus pais não
conheceram honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e cousas
agradáveis. Com auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas
fortalezas, e aos que o reconhecerem multiplicar-lhe-á a honra, fá-los-á reinar
sobre muitos, e lhes repartirá a terra por prêmio. No tempo do fim, o rei do Sul
lutará com ele, e o rei do Norte arremeterá contra ele com carros, cavaleiros,
e com muitos navios, e entrará nas suas terras, e as inundará, e passará.
Entrará também na terra gloriosa e muitos sucumbirão, mas do seu poder
escaparão estes: Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom. Estenderá a
sua mão também contra as terras, e a terra do Egito não escapará. Apoderar-se-á
dos tesouros de ouro e de prata, e de todas as cousas preciosas do Egito, os
líbios e os etíopes o seguirão. Mas pelos rumores do oriente e do norte será
perturbado, e sairá com grande furor, para destruir e exterminar a muitos.
Armará as suas tendas palacianas entre os mares contra o glorioso monte santo;
mas chegará aos seu fim, e não haverá quem o socorra.”.
E assim, o engano dele é incrível. Na realidade, o engano dele é
descrito em maior detalhe em Apocalipse 13. E lá João não o vê com uma face
feroz e não como um rei voluntarioso, mas em outra perspectiva, como uma besta.
Ele é uma besta que governa sobre as
nações e o simbolismo é muito vívido.
Ele é uma besta poderosa. Ele é uma besta devastadora. O verso 5 diz
que lhe foi dado 42 meses para agir com autoridade. Isto equivale a três anos e
meio, correspondentes à metade final do sete anos referidos em Daniel 9.27 como
o tempo total do seu governo. Assim, ele passará a empreender suas perseguições
contra Israel desde a colocação da abominação desoladora no lugar santo, neste
período de três anos e meio, correspondente à Grande Tribulação.
Em II Tes 2.3,4, Paulo cita o Anticristo nestes termos: “Ninguém de
nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a
apostasia, e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual
se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto
de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio
Deus.”. E sobre esta sua arrogância e blasfêmia João também registrou em Apo
13.5,6: “Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias, e
autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a sua boca em blasfêmias
contra Deus; para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que
habitam no céu.”.
E também lemos em Daniel 7.8,25 e 11.36: “Estando eu a observar os
chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno, diante do qual três dos
primeiros chifres, foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como
os de homem, e uma boca que falava com insolência.” (7.8). “Proferirá palavras
contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os
tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois
tempos e metade dum tempo” que é também uma linguagem profética para designar
os três anos e meio a que nos temos referido (7.25).
“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará e se engrandecerá
sobre todo deus; contra o Deus dos deuses, falará cousas incríveis,”
(11.36).
Esta exaltação do Anticristo se dará por conta do fato de ter vencido
as nações e exercido domínio sobre elas, e de ao subjugar o povo de Israel
matando milhares deles, ter se considerado superior ao Deus de Israel, a ponto
de se assentar no templo, proferindo palavras contra o Altíssimo. Ele incorrerá
no mesmo erro do rei Assírio Senaqueribe que se exaltou contra Deus e lhe
dirigiu palavras de afrontas em desafio através de Rabsaqué, seu porta-voz (Is
36 e 37).
Aliado ao poder obtido sobre as nações e sobre Israel, o Anticristo
também terá por motivo de exaltação o fato de ser enganado pelo próprio Satanás
e demônios aos quais estava servindo, porque o falso sistema religioso que
estará a seu serviço, personificado na pessoa do chamado falso profeta (Apo
13.11-15), fará uma imagem do Anticristo e a imagem falará, e será determinado
que todos adorem a imagem, instituindo-se assim um culto idolátrico, e todo
aquele que se recusar a adorar a imagem da besta será morto.
Será tal o sentimento de grandeza e de posse do Anticristo sobre toda
a humanidade, que será determinado que todos recebam certa marca sobre a mão
direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão
aquele que tiver o nome da besta ou o número relativo ao seu nome que é 666
(Apo 13.16-18).
Muitos poderão estar perguntando como poderia Israel se aliançar com a
besta. No entanto, antes que ele assuma o controle sobre as nações, e revelando
o seu caráter maligno, ele deve, pela sua aliança com os israelitas, ter
livrado os mesmos da ameaça do mundo árabe.
O ódio incurável e histórico do mundo islâmico contra Israel não
cessará por qualquer tratado de paz.
Daí, possivelmente a razão de Israel ter buscado apoio no poder
político que estará em evidência na ocasião sob o governo do Anticristo, tal
como os israelitas dependem da sua aliança histórica com os Estados Unidos para
a sua segurança no Oriente Médio.
É possível mesmo que nos três primeiros anos e meio de seu governo,
que ele seja tido como o próprio messias pelos israelitas, sem que saibam que
ele é um falso libertador.
Em Mt 24.29 o Senhor disse que “logo em seguida à tribulação daqueles
dias”, isto é, imediatamente após o período da Grande Tribulação, ocorrerá a
sua segunda vinda, e quando isto ocorrer, o sol escurecerá e a lua não dará a
sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes do céu serão
abalados.
Isto indica que eventos cataclísmicos antecederão a Sua manifestação
vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória.” (verso 30).
Assim, o Senhor virá
imediatamente após a Grande Tribulação.
E como mais um sinal da sua vinda, o Senhor disse na parábola da
figueira que deveríamos aprender da lição que ela nos dá, porque quando os seus
ramos se renovam, e as folhas brotam, é um sinal de que o verão está próximo.
E assim a geração que testemunhasse estas coisas não passaria sem que
tudo aconteça, pois ao virem todas estas coisas, saberão que Ele está próximo
às portas (Mt 24.32-34).
A figueira dá frutos no verão, e antes que isto ocorra, ela renova a
suas folhas. Assim, quando a geração que presenciar a Grande Tribulação
referida pelo Senhor, precipitada pela profanação pelo Anticristo, do templo
que será reconstruído em Jerusalém, ela pode estar certa de que presenciará a
volta do Senhor, assim como sabemos que o verão se aproxima quando a figueira
renova os seus ramos e as folhas brotam.
Assim os sinais estão
reservados para as pessoas que estiverem vivendo no tempo do fim.
No capítulo 9 de Apocalipse, a partir do verso 13, vemos que um
exército de duzentos milhões de soldados saiu pela terra induzidos por quatro
anjos que foram soltos e que se achavam atados junto ao rio Eufrates, e que
dizimou a terça parte da humanidade.
Apocalipse 13.7 nos conta outra coisa interessante sobre esta guerra.
O poder poderoso nesta guerra, em parte, não é somente das forças demoníacas do
inferno e do próprio Satanás, mas do Anticristo, a besta: “Foi-lhe dado também
que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre
cada tribo, povo, língua e nação.”.
Assim, é o Anticristo da mesma maneira que é descrito pelo profeta Daniel.
É ele que massacra o rei do
sul, o exército do norte, derrota o exército do leste, e expande o seu poder
mundialmente.
Uma outra passagem em Apocalipse 16.13,14 revela que três espíritos
imundos, operadores de sinais, saem da boca do dragão, da besta e do falso
profeta e se dirigem aos reis da terra para congregá-los para a batalha do
Armagedom, no grande dia do Senhor, isto é, na segunda vinda de Cristo.
Mas o intento deles será marchar contra Jerusalém para devastá-la. E
no meio desta batalha Jesus virá e os destruirá.
“1 Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor
dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que
houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo
aquele que for achado inscrito no livro.
2 Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a
vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.
3 Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do
firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e
eternamente.
4 Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao
tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará.
5 Então, eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé outros dois,
um, de um lado do rio, o outro, do outro lado.
6 Um deles disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as
águas do rio: Quando se cumprirão estas maravilhas?
7 Ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio,
quando levantou a mão direita e a esquerda ao céu e jurou, por aquele que vive
eternamente, que isso seria depois de um tempo, dois tempos e metade de um
tempo. E, quando se acabar a destruição do poder do povo santo, estas coisas
todas se cumprirão.
8 Eu ouvi, porém não entendi; então, eu disse: meu senhor, qual
será o fim destas coisas?
9 Ele respondeu: Vai, Daniel, porque estas palavras estão
encerradas e seladas até ao tempo do fim.
10 Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os
perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios
entenderão.
11 Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado, e posta
a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias.
12 Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta
e cinco dias.
13 Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e,
ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança.” (Daniel 12)
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