NOTA: Os demais capítulos de Isaías que não se encontram nesta postagem de OUT 2013 estão em NOV 2012.
Isaías
22
“1 Oráculo
acerca do vale da visão. Que tens agora, pois que com todos os teus subiste aos
telhados?
2 e tu
que estás cheia de clamor, cidade turbulenta, cidade alegre; os teus mortos não
são mortos à espada, nem mortos em guerra.
3 Todos
os teus homens principais juntamente fugiram, sem o arco foram presos; todos os
que em ti se acharam, foram presos juntamente, embora tivessem fugido para
longe.
4
Portanto digo: Desviai de mim a vista, e chorarei amargamente; não vos canseis
mais em consolar-me pela destruição da filha do meu povo.
5
Porque dia de destroço, de atropelamento, e de confusão é este da parte do
Senhor Deus dos exércitos, no vale da visão; um derrubar de muros, e um clamor
até as montanhas.
6 Elão
tomou a aljava, juntamente com carros e cavaleiros, e Quir descobriu os
escudos.
7 Os
teus mais formosos vales ficaram cheios de carros, e os cavaleiros postaram-se
contra as portas.
8
Tirou-se a cobertura de Judá; e naquele dia olhaste para as armas da casa do
bosque.
9 E
vistes que as brechas da cidade de Davi eram muitas; e ajuntastes as águas da
piscina de baixo;
10 e
contastes as casas de Jerusalém, e derrubastes as casas, para fortalecer os
muros;
11
fizestes também um reservatório entre os dois muros para as águas da piscina
velha; mas não olhastes para aquele que o tinha feito, nem considerastes o que
o formou desde a antiguidade.
12 O
Senhor Deus dos exércitos vos convidou naquele dia para chorar e prantear, para
rapar a cabeça e cingir o cilício;
13 mas
eis aqui gozo e alegria; matam-se bois, degolam-se ovelhas, come-se carne,
bebe-se vinho, e se diz: Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos.
14 Mas
o Senhor dos exércitos revelou-se aos meus ouvidos, dizendo: Certamente esta
maldade não se vos perdoará até que morrais, diz o Senhor Deus dos exércitos.
15
Assim diz o Senhor Deus dos exércitos: Anda, vai ter com esse administrador,
Sebna, o mordomo, e pergunta-lhe:
16 Que
fazes aqui? ou que parente tens tu aqui, para que cavasses aqui uma sepultura?
Cavando em lugar alto a tua sepultura, cinzelando na rocha morada para ti
mesmo!
17 Eis
que o Senhor te arrojará violentamente, ó homem forte, e seguramente te
prenderá.
18
Certamente te enrolará como uma bola, e te lançará para um país espaçoso. Ali
morrerás, e ali irão os teus magníficos carros, ó tu, opróbrio da casa do teu
senhor.
19 E
demitir-te-ei do teu posto; e da tua categoria serás derrubado.
20
Naquele dia chamarei a meu servo Eliaquim, filho de Hilquias,
21 e
vesti-lo-ei da tua túnica, e cingi-lo-ei com o teu cinto, e entregarei nas suas
mãos o teu governo; e ele será como pai para os moradores de Jerusalém, e para
a casa de Judá.
22
Porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro; ele abrirá, e ninguém fechará;
fechará, e ninguém abrirá.
23 E
fixá-lo-ei como a um prego num lugar firme; e será como um trono de honra para
a casa de seu pai.
24
Nele, pois, pendurarão toda a glória da casa de seu pai, a prole e a progênie,
todos os vasos menores, desde as taças até os jarros.
25
Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos, cederá o prego fincado em lugar firme;
será cortado, e cairá; e a carga que nele estava se desprenderá, porque o
Senhor o disse.”
A
palavra “oráculo”, do primeiro versículo, deste e de muitos outros capítulos
deste livro de Isaías, é vertida do original hebraico massau, que significa fardo,
peso, profecia.
Profecia
esta que é chamada de fardo porque não é de boas novas, mas de juízos de Deus
contra a impiedade de Judá.
Eles
estavam andando longe do Senhor, mas banqueteavam e viviam para a comida e para
o vinho.
Eles
viviam no alarido dos que se alegram com as coisas do mundo e não com a
sobriedade e piedade requerida por Deus, especialmente aos que são do Seu
povo.
O
clamor e a turbulência de Jerusalém seria silenciada não pela morte à espada,
mas por ser sitiada pelos assírios, e os principais homens da cidade fugiriam e
seriam presos, embora tivessem fugido para bem longe.
O
profeta chorou amargamente pela visão, e chamou ao que viu de dia de destroço,
de atropelamento, de confusão, no que também chamou de vale da visão.
Senaqueribe
da Assíria sitiaria Jerusalém por muitos dias nos dias do rei Ezequias, não
pela impiedade de Ezequias, que era um rei reformador e piedoso, mas pela
impiedade de Judá, e por causa do Juízo que Deus já havia determinado contra
eles, pelos pecados que vinham acumulando desde os dias dos reis, que haviam
antecedido a Ezequias no trono, desde os dias de Roboão, filho de Salomão.
Até casas seriam derrubadas para fortalecer
os muros da cidade de Jerusalém, que estava cheio de brechas. E água foi ajuntada
para poder resistir aos dias de cerco. E
enquanto faziam tudo isto, esqueceram de clamar ao Senhor seu Deus por
livramento.
Deus
lhes estava chamando a chorarem, prantearem, a raparem a cabeça e a se cobrirem
de cinzas, em arrependimento pelos seus pecados.
Mas em
vez de reconhecerem que era a mão do Senhor pesando sobre eles, continuaram na
sua alegria carnal, matando bois e ovelhas, para se saciarem de carne e de
vinho, e diziam: “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos.”.
Então o
Senhor disse que não lhes perdoaria aquele modo pecaminoso de vida e visitaria
a maldade deles
E para
lhes dar um sinal de que visitaria a maldade dos grandes do povo, ele começaria
pelo maior deles, depois do rei, o poderoso Sebna que era o administrador e
mordomo do rei. Ele seria deposto do seu cargo, e não repousaria no túmulo
esplendoroso que estava preparando para perpetuar o seu nome em Judá, porque o
Senhor disse que ele não seria sepultado em Judá, mas na terra estranha para a
qual seria deportado, provavelmente pela Assíria, como consequência do cerco de
Jerusalém.
E o
Senhor mesmo designou quem lhe sucederia no cargo quando fosse deposto por Ele,
a saber, Eliaquim, do qual disse que o fixaria firmemente como um prego até que
chegasse o tempo em que importava que fosse substituído por um outro. Mas isto
seria feito debaixo do desígnio do Senhor, porque ninguém pode retirar o que
Ele retirou a não ser pela Sua própria deliberação, porque quando fecha ninguém
abre, e quando abre, ninguém fecha.
Isaías
23
“1
Oráculo acerca de Tiro. Uivai, navios de Társis, porque ela está desolada, a
ponto de não haver nela casa nem abrigo; desde a terra de Quitim lhes foi isso
revelado.
2
Calai-vos, moradores do litoral, vós a quem encheram os mercadores de Sidom,
navegando pelo mar.
3 Por
sobre grandes águas foi-lhe trazida a sua provisão, a semente de Sior, a ceifa
do Nilo; e ela se tornou a feira das nações.
4
Envergonha-te, ó Sidom; porque o mar falou, a fortaleza do mar disse: Eu não
tive dores de parto, nem dei à luz, nem ainda criei mancebos, nem eduquei
donzelas.
5
Quando a notícia chegar ao Egito, assim haverá dores quando se ouvirem as
notícias de Tiro.
6
Passai a Társis; uivai, moradores do litoral.
7 É
esta, porventura, a vossa cidade alegre, cuja origem é dos dias antigos, cujos
pés a levavam para longe a peregrinar?
8 Quem
formou este desígnio contra Tiro, distribuidora de coroas, cujos mercadores
eram príncipes e cujos negociantes eram os mais nobres da terra?
9 O
Senhor dos exércitos formou este desígnio para denegrir a soberba de toda a
glória, e para reduzir à ignomínia os ilustres da terra.
10
Inunda como o Nilo a tua terra, ó filha de Társis; já não há mais o que te
refreie.
11 Ele
estendeu a sua mão sobre o mar, e abalou os reinos; o Senhor deu mandado contra
Canaã, para destruir as suas fortalezas.
12 E
disse: Não continuarás mais a te regozijar, ó oprimida donzela, filha de Sidom;
levanta-te, passa a Chipre, e ainda ali não terás descanso.
13 Eis
a terra dos caldeus! este é o povo, não foi a Assíria. Destinou a Tiro para as
feras do deserto; levantaram as suas torres de sítio; derrubaram os palácios
dela; a ruínas a reduziu.
14
Uivai, navios de Társis; porque está desolada a vossa fortaleza.
15
Naquele dia Tiro será posta em esquecimento por setenta anos, conforme os dias
dum rei; mas depois de findos os setenta anos, sucederá a Tiro como se diz na
canção da prostituta.
16 Toma
a harpa, rodeia a cidade, ó prostituta, entregue ao esquecimento; toca bem,
canta muitos cânticos, para que haja memória de ti.
17 No
fim de setenta anos o Senhor visitará a Tiro, e ela tornará à sua ganância de
prostituta, e fornicará com todos os reinos que há sobre a face da terra.
18 E
será consagrado ao Senhor o seu comércio e a sua ganância de prostituta; não se
entesourará, nem se guardará; mas o seu comércio será para os que habitam
perante o Senhor, para que comam suficientemente; e tenham vestimenta
esplêndida.”
A
alegria carnal de Judá foi repreendida no capítulo precedente, e agora é a da
cidade de Tiro que está sendo repreendida pelo Senhor, neste capitulo. Isto
porque o reino do Messias é para os quebrantados de espírito, para os contritos
de coração, para os que choram, e não para os que se alegram com o pecado e com
o mundo.
Os
fenícios era um país de grandes comerciantes, especialmente de mercadorias que
exportavam por mar.
Eles se
gloriavam na sua prosperidade, conforme costumam fazer as pessoas de todas as
nações e de todas as épocas.
Mas os
bens terrenos não podem livrar o homem da maldade, e muito menos promover o
encontro do homem com Deus.
Então o
gloriar-se na prosperidade material é uma glória vã e passageira, e que tem em
si mesma, o grande perigo de elevar o coração, tornando-o inapto para ser
habitado por Deus, porque não habita com os corações elevados, senão com os
corações contritos e que se humilham na Sua santa presença.
Não é
portanto nas riquezas deste mundo que o homem próspero deve colocar a sua
confiança, e muito menos se gloriar nela, senão unicamente no Senhor, e deve
aprender a fazer um uso piedoso e generoso dos bens que possui.
“17
manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança
na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as
coisas para delas gozarmos;
18 que
pratiquem o bem, que se enriqueçam de boas obras, que sejam liberais e
generosos,
19
entesourando para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam
alcançar a verdadeira vida.” (I Tim 6.17-19).
Tão
ricos eram os comerciantes de Tiro que viviam como príncipes, então estavam
expostos a muitas tentações quanto a terem um coração elevado que é algo muito
desprezível aos olhos de Deus, que resiste aos soberbos e dá graça somente aos
humildes.
As
assolações de Tiro durariam setenta anos (v. 15), o mesmo tempo que foi fixado
para o cativeiro dos judeus em Babilônia (Jer 25.11,12).
É dito
que não seriam os assírios os assoladores de Tiro, mas os caldeus (babilônios),
conforme se afirma no verso 13.
Presume-se
portanto, que quando Ciro decretou o retorno dos judeus à sua terra em Judá,
também decretou no mesmo período o retorno dos habitantes de Tiro para a sua
terra natal, livrando-os também do cativeiro deles em Babilônia, que havia
durado setenta anos, tanto quanto o dos judeus.
Quantos
exemplos o Senhor nos deu no passado que a riqueza e a grandeza de posições não
podem livrar no dia do juízo, e nem assim os homens aprendem da história, e
continuam colocando a sua confiança nas riquezas e posições que alcançam neste
mundo, e não somente no Senhor.
Por
isso o Senhor nos adverte dizendo que aquele que se gloriar, glorie-se somente
nEle próprio.
“23
Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o
forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas;
24 mas
o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o
Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas
me agrado, diz o Senhor.” (Jer 9.23,24)
Isaías
24
“1 Eis
que o Senhor esvazia a terra e a desola, transtorna a sua superfície e dispersa
os seus moradores.
2 E o
que suceder ao povo, sucederá ao sacerdote; ao servo, como ao seu senhor; à
serva, como à sua senhora; ao comprador, como ao vendedor; ao que empresta,
como ao que toma emprestado; ao que recebe usura, como ao que paga usura.
3 De
todo se esvaziará a terra, e de todo será saqueada, porque o Senhor pronunciou
esta palavra.
4 A
terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais
altos do povo da terra.
5 Na
verdade a terra está contaminada debaixo dos seus habitantes; porquanto
transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram o pacto eterno.
6 Por
isso a maldição devora a terra, e os que habitam nela sofrem por serem
culpados; por isso são queimados os seus habitantes, e poucos homens restam.
7
Pranteia o mosto, enfraquece a vide, e suspiram todos os que eram alegres de
coração.
8 Cessa
o folguedo dos tamboris, acaba a algazarra dos jubilantes, cessa a alegria da
harpa.
9 Já
não bebem vinho ao som das canções; a bebida forte é amarga para os que a
bebem.
10
Demolida está a cidade desordeira; todas as casas estão fechadas, de modo que
ninguém pode entrar.
11 Há
lastimoso clamor nas ruas por falta do vinho; toda a alegria se escureceu, já
se foi o prazer da terra.
12 Na
cidade só resta a desolação, e a porta está reduzida a ruínas.
13 Pois
será no meio da terra, entre os povos, como a sacudidura da oliveira, e como os
rabiscos, quando está acabada a vindima.
14
Estes alçarão a sua voz, bradando de alegria; por causa da majestade do Senhor
clamarão desde o mar.
15 Por
isso glorificai ao Senhor no Oriente, e na região litorânea do mar ao nome do
Senhor Deus de Israel.
16 Dos
confins da terra ouvimos cantar: Glória ao Justo. Mas eu digo: Emagreço,
emagreço, ai de mim! os pérfidos tratam perfidamente; sim, os pérfidos tratam
muito perfidamente.
17 O
pavor, e a cova, e o laço vêm sobre ti, ó morador da terra.
18
Aquele que fugir da voz do pavor cairá na cova, e o que subir da cova o laço o
prenderá; porque as janelas do alto se abriram, e os fundamentos da terra
tremem.
19 A
terra está de todo quebrantada, a terra está de todo fendida, a terra está de
todo abalada.
20 A
terra cambaleia como o ébrio, e balanceia como a rede de dormir; e a sua
transgressão se torna pesada sobre ela, e ela cai, e nunca mais se levantará.
21
Naquele dia o Senhor castigará os exércitos do alto nas alturas, e os reis da
terra sobre a terra.
22 E
serão ajuntados como presos numa cova, e serão encerrados num cárcere; e serão
punidos depois de muitos dias.
23
Então a lua se confundirá, e o sol se envergonhará, pois o Senhor dos exércitos
reinará no monte Sião e em Jerusalém; e perante os seus anciãos manifestará a
sua glória.”
As
assolações que viriam sobre Judá, quando fosse levada em cativeiro para
Babilônia, serviriam de alerta e de ilustração para uma assolação ainda maior
que viria a ocorrer não somente em Judá, mas em todas as nações da terra nos
dias da Grande Tribulação, e da volta do Senhor como juiz à terra.
Esta
profecia se aplica portanto, em sua parte inicial, até o verso 15, às
desolações de Judá nos dias do Velho Testamento. Mas também são aplicáveis às
condições que reinarão no tempo do fim, no território de Israel, porque
desolações estão determinadas por Deus, para a tomada do reino pelo Messias.
Do
verso 16 em diante, as condições descritas são as que prevalecerão por ocasião
da volta do Senhor, que é nomeado no verso 16, por Justo, com inicial
maiúscula. Ele está sendo assim indicado porque vem para julgar toda a terra.
Ao
Justo é dada Glória dos confins da terra porque virá para julgar os pérfidos
que tratam perfidamente, e por causa dos quais emagrecem em todos os sentidos
os que buscam a causa da justiça.
Os
fundamentos da terra serão abalados quando o Justo (Cristo) se manifestar, na
Sua segunda vinda, e a sua voz será um pavor para aqueles que tentarem fugir da
sua ira. E eles caírão na cova e serão aprisionados no laço de juízo, e não de
misericórdia, de Deus, que os abaterá e amarrará.
Os
principados e potestades do mal do ar, que são chamados no verso 21 de
exércitos do alto nas alturas, serão castigados no dia do Senhor, bem como os
reis da terra, ou seja os seus governantes, porque não governaram com justiça.
É
errôneo pensar que presidentes, deputados, magistrados e quaisquer autoridades
não têm que andar no temor de Deus e agirem de acordo com a Sua justiça, porque
não há autoridade que não seja instituída por Ele, ou seja, eles são
vocacionados e levantados pelo próprio Deus, recebendo talentos e dons para
liderarem. Então é óbvio que deverão prestar contas de seus atos como líderes
perante Ele. O dia do ajuste de contas, conforme revelado nesta profecia será
por ocasião da volta do Senhor Jesus, para julgar os vivos e os mortos, ou
seja, tanto os que morreram, quanto os que estiverem vivendo na terra por
ocasião da sua segunda vinda.
Depois
do juízo dos ímpios o Senhor assumirá o reino no monte Sião, em Jerusalém, e
manifestará a Sua glória de Juiz e Rei, porque desta vez não virá para morrer
numa cruz para nos remir dos pecados, mas para exercer domínio e poder sobre
todos os homens (v. 23).
Isaías
25
“1 Ó
Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti, e louvarei o teu nome; porque
fizeste maravilhas, os teus conselhos antigos, em fidelidade e em verdade.
2
Porque da cidade fizeste um montão, e da cidade fortificada uma ruína, e do
paço dos estranhos, que não seja mais cidade; e ela jamais se tornará a
edificar.
3 Pelo
que te glorificará um povo poderoso; e a cidade das nações formidáveis te
temerá:
4
Porque tens sido a fortaleza do pobre, a fortaleza do necessitado na sua
angústia, refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor, pois o assopro
dos violentos é como a tempestade contra o muro.
5 Como
o calor em lugar seco, tu abaterás o tumulto dos estranhos; como se abranda o
calor pela sombra da espessa nuvem, assim acabará o cântico dos violentos.
6 E o
Senhor dos exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas
gordurosas, banquete de vinhos puros, de coisas gordurosas feitas de tutanos, e
de vinhos puros, bem purificados.
7 E
destruirá neste monte a coberta que cobre todos os povos, e o véu que está
posto sobre todas as nações.
8
Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de
todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo; porque o
Senhor o disse.
9 E
naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado, para
que nos salve. Este é o Senhor; por ele temos esperado; na sua salvação
gozaremos e nos alegraremos.
10
Porque a mão do Senhor repousará neste monte; e Moabe será trilhado no seu
lugar, assim como se trilha a palha na água do monturo.
11 E
estenderá as suas mãos no meio disso, assim como as estende o nadador para
nadar; mas o Senhor abaterá a sua altivez juntamente com a perícia das suas
mãos.
12 E abaixará
as altas fortalezas dos teus muros; abatê-las-á e derruba-las-á por terra até o
pó.”
Quando
o ímpio é desarraigado da terra os justos suspiram de alívio e alegria.
É isto
que se vê neste capítulo, que possui um paralelo no livro de Apocalipse, onde o
juízo de Deus sobre os ímpios na Sua vinda é exaltado e glorificado tanto no
céu quanto na terra com cânticos de louvor e de graças pelo grande livramento.
“5 E
ouvi o anjo das águas dizer: Justo és tu, que és e que eras, o Santo; porque
julgaste estas coisas;
6
porque derramaram o sangue de santos e de profetas, e tu lhes tens dado sangue
a beber; eles o merecem.
7 E
ouvi uma voz do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso,
verdadeiros e justos são os teus juízos.”
(Apo 16.5-7).
Estas
palavras foram proferidas quando o Senhor começou a despejar seus juízos sobre
o trono do Anticristo.
“1
Depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma imensa
multidão, que dizia: Aleluia! A salvação e a glória e o poder pertencem ao
nosso Deus;
2
porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande
prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos
dela vingou o sangue dos seus servos.
3 E
outra vez disseram: Aleluia. E a fumaça dela sobe pelos séculos dos séculos.
4 Então
os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a
Deus que está assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!
5 E
saiu do trono uma voz, dizendo: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos,
e vós que o temeis, assim pequenos como grandes.
6
Também ouvi uma voz como a de grande multidão, como a voz de muitas águas, e
como a voz de fortes trovões, que dizia: Aleluia! porque já reina o Senhor
nosso Deus, o Todo-Poderoso.
7
Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas
do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou,
8 e
foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro; pois o linho
fino são as obras justas dos santos.” (Apo 19.1-8).
É
exatamente esta expressão de júbilo por causa dos juízos realizados por Deus
sobre a impiedade das nações, e quando os santos começarem a reinar com Cristo,
que foi dado a Isaías antecipar com a profecia deste capitulo.
Com
certeza esta profecia se refere ao tempo do fim porque lemos no verso 8,9:
“Aniquilará
a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os
rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo; porque o Senhor o
disse.
9 E
naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado, para
que nos salve. Este é o Senhor; por ele temos esperado; na sua salvação
gozaremos e nos alegraremos.”.
Compare
este texto com Apo 21.4:
“Ele
enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais
pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.”.
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