quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Isaías - cap 22 a 25



NOTA: Os demais capítulos de Isaías que não se encontram nesta postagem  de OUT 2013 estão em NOV 2012.

Isaías 22

“1 Oráculo acerca do vale da visão. Que tens agora, pois que com todos os teus subiste aos telhados?
2 e tu que estás cheia de clamor, cidade turbulenta, cidade alegre; os teus mortos não são mortos à espada, nem mortos em guerra.
3 Todos os teus homens principais juntamente fugiram, sem o arco foram presos; todos os que em ti se acharam, foram presos juntamente, embora tivessem fugido para longe.
4 Portanto digo: Desviai de mim a vista, e chorarei amargamente; não vos canseis mais em consolar-me pela destruição da filha do meu povo.
5 Porque dia de destroço, de atropelamento, e de confusão é este da parte do Senhor Deus dos exércitos, no vale da visão; um derrubar de muros, e um clamor até as montanhas.
6 Elão tomou a aljava, juntamente com carros e cavaleiros, e Quir descobriu os escudos.
7 Os teus mais formosos vales ficaram cheios de carros, e os cavaleiros postaram-se contra as portas.
8 Tirou-se a cobertura de Judá; e naquele dia olhaste para as armas da casa do bosque.
9 E vistes que as brechas da cidade de Davi eram muitas; e ajuntastes as águas da piscina de baixo;
10 e contastes as casas de Jerusalém, e derrubastes as casas, para fortalecer os muros;
11 fizestes também um reservatório entre os dois muros para as águas da piscina velha; mas não olhastes para aquele que o tinha feito, nem considerastes o que o formou desde a antiguidade.
12 O Senhor Deus dos exércitos vos convidou naquele dia para chorar e prantear, para rapar a cabeça e cingir o cilício;
13 mas eis aqui gozo e alegria; matam-se bois, degolam-se ovelhas, come-se carne, bebe-se vinho, e se diz: Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos.
14 Mas o Senhor dos exércitos revelou-se aos meus ouvidos, dizendo: Certamente esta maldade não se vos perdoará até que morrais, diz o Senhor Deus dos exércitos.
15 Assim diz o Senhor Deus dos exércitos: Anda, vai ter com esse administrador, Sebna, o mordomo, e pergunta-lhe:
16 Que fazes aqui? ou que parente tens tu aqui, para que cavasses aqui uma sepultura? Cavando em lugar alto a tua sepultura, cinzelando na rocha morada para ti mesmo!
17 Eis que o Senhor te arrojará violentamente, ó homem forte, e seguramente te prenderá.
18 Certamente te enrolará como uma bola, e te lançará para um país espaçoso. Ali morrerás, e ali irão os teus magníficos carros, ó tu, opróbrio da casa do teu senhor.
19 E demitir-te-ei do teu posto; e da tua categoria serás derrubado.
20 Naquele dia chamarei a meu servo Eliaquim, filho de Hilquias,
21 e vesti-lo-ei da tua túnica, e cingi-lo-ei com o teu cinto, e entregarei nas suas mãos o teu governo; e ele será como pai para os moradores de Jerusalém, e para a casa de Judá.
22 Porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro; ele abrirá, e ninguém fechará; fechará, e ninguém abrirá.
23 E fixá-lo-ei como a um prego num lugar firme; e será como um trono de honra para a casa de seu pai.
24 Nele, pois, pendurarão toda a glória da casa de seu pai, a prole e a progênie, todos os vasos menores, desde as taças até os jarros.
25 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos, cederá o prego fincado em lugar firme; será cortado, e cairá; e a carga que nele estava se desprenderá, porque o Senhor o disse.”

A palavra “oráculo”, do primeiro versículo, deste e de muitos outros capítulos deste livro de Isaías, é vertida do original hebraico massau, que significa fardo, peso, profecia. 
Profecia esta que é chamada de fardo porque não é de boas novas, mas de juízos de Deus contra a impiedade de Judá.
Eles estavam andando longe do Senhor, mas banqueteavam e viviam para a comida e para o vinho.
Eles viviam no alarido dos que se alegram com as coisas do mundo e não com a sobriedade e piedade requerida por Deus, especialmente aos que são do Seu povo. 
O clamor e a turbulência de Jerusalém seria silenciada não pela morte à espada, mas por ser sitiada pelos assírios, e os principais homens da cidade fugiriam e seriam presos, embora tivessem fugido para bem longe.
O profeta chorou amargamente pela visão, e chamou ao que viu de dia de destroço, de atropelamento, de confusão, no que também chamou de vale da visão.  
Senaqueribe da Assíria sitiaria Jerusalém por muitos dias nos dias do rei Ezequias, não pela impiedade de Ezequias, que era um rei reformador e piedoso, mas pela impiedade de Judá, e por causa do Juízo que Deus já havia determinado contra eles, pelos pecados que vinham acumulando desde os dias dos reis, que haviam antecedido a Ezequias no trono, desde os dias de Roboão, filho de Salomão.
  Até casas seriam derrubadas para fortalecer os muros da cidade de Jerusalém, que estava cheio de brechas. E água foi ajuntada para poder resistir aos dias de cerco.  E enquanto faziam tudo isto, esqueceram de clamar ao Senhor seu Deus por livramento.
Deus lhes estava chamando a chorarem, prantearem, a raparem a cabeça e a se cobrirem de cinzas, em arrependimento pelos seus pecados.
Mas em vez de reconhecerem que era a mão do Senhor pesando sobre eles, continuaram na sua alegria carnal, matando bois e ovelhas, para se saciarem de carne e de vinho, e diziam: “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos.”.
Então o Senhor disse que não lhes perdoaria aquele modo pecaminoso de vida e visitaria a maldade deles
E para lhes dar um sinal de que visitaria a maldade dos grandes do povo, ele começaria pelo maior deles, depois do rei, o poderoso Sebna que era o administrador e mordomo do rei. Ele seria deposto do seu cargo, e não repousaria no túmulo esplendoroso que estava preparando para perpetuar o seu nome em Judá, porque o Senhor disse que ele não seria sepultado em Judá, mas na terra estranha para a qual seria deportado, provavelmente pela Assíria, como consequência do cerco de Jerusalém.
E o Senhor mesmo designou quem lhe sucederia no cargo quando fosse deposto por Ele, a saber, Eliaquim, do qual disse que o fixaria firmemente como um prego até que chegasse o tempo em que importava que fosse substituído por um outro. Mas isto seria feito debaixo do desígnio do Senhor, porque ninguém pode retirar o que Ele retirou a não ser pela Sua própria deliberação, porque quando fecha ninguém abre, e quando abre, ninguém fecha.  


Isaías 23

“1 Oráculo acerca de Tiro. Uivai, navios de Társis, porque ela está desolada, a ponto de não haver nela casa nem abrigo; desde a terra de Quitim lhes foi isso revelado.
2 Calai-vos, moradores do litoral, vós a quem encheram os mercadores de Sidom, navegando pelo mar.
3 Por sobre grandes águas foi-lhe trazida a sua provisão, a semente de Sior, a ceifa do Nilo; e ela se tornou a feira das nações.
4 Envergonha-te, ó Sidom; porque o mar falou, a fortaleza do mar disse: Eu não tive dores de parto, nem dei à luz, nem ainda criei mancebos, nem eduquei donzelas.
5 Quando a notícia chegar ao Egito, assim haverá dores quando se ouvirem as notícias de Tiro.
6 Passai a Társis; uivai, moradores do litoral.
7 É esta, porventura, a vossa cidade alegre, cuja origem é dos dias antigos, cujos pés a levavam para longe a peregrinar?
8 Quem formou este desígnio contra Tiro, distribuidora de coroas, cujos mercadores eram príncipes e cujos negociantes eram os mais nobres da terra?
9 O Senhor dos exércitos formou este desígnio para denegrir a soberba de toda a glória, e para reduzir à ignomínia os ilustres da terra.
10 Inunda como o Nilo a tua terra, ó filha de Társis; já não há mais o que te refreie.
11 Ele estendeu a sua mão sobre o mar, e abalou os reinos; o Senhor deu mandado contra Canaã, para destruir as suas fortalezas.
12 E disse: Não continuarás mais a te regozijar, ó oprimida donzela, filha de Sidom; levanta-te, passa a Chipre, e ainda ali não terás descanso.
13 Eis a terra dos caldeus! este é o povo, não foi a Assíria. Destinou a Tiro para as feras do deserto; levantaram as suas torres de sítio; derrubaram os palácios dela; a ruínas a reduziu.
14 Uivai, navios de Társis; porque está desolada a vossa fortaleza.
15 Naquele dia Tiro será posta em esquecimento por setenta anos, conforme os dias dum rei; mas depois de findos os setenta anos, sucederá a Tiro como se diz na canção da prostituta.
16 Toma a harpa, rodeia a cidade, ó prostituta, entregue ao esquecimento; toca bem, canta muitos cânticos, para que haja memória de ti.
17 No fim de setenta anos o Senhor visitará a Tiro, e ela tornará à sua ganância de prostituta, e fornicará com todos os reinos que há sobre a face da terra.
18 E será consagrado ao Senhor o seu comércio e a sua ganância de prostituta; não se entesourará, nem se guardará; mas o seu comércio será para os que habitam perante o Senhor, para que comam suficientemente; e tenham vestimenta esplêndida.”

A alegria carnal de Judá foi repreendida no capítulo precedente, e agora é a da cidade de Tiro que está sendo repreendida pelo Senhor, neste capitulo. Isto porque o reino do Messias é para os quebrantados de espírito, para os contritos de coração, para os que choram, e não para os que se alegram com o pecado e com o mundo.
Os fenícios era um país de grandes comerciantes, especialmente de mercadorias que exportavam por mar.
Eles se gloriavam na sua prosperidade, conforme costumam fazer as pessoas de todas as nações e de todas as épocas.
Mas os bens terrenos não podem livrar o homem da maldade, e muito menos promover o encontro do homem com Deus.
Então o gloriar-se na prosperidade material é uma glória vã e passageira, e que tem em si mesma, o grande perigo de elevar o coração, tornando-o inapto para ser habitado por Deus, porque não habita com os corações elevados, senão com os corações contritos e que se humilham na Sua santa presença.  
Não é portanto nas riquezas deste mundo que o homem próspero deve colocar a sua confiança, e muito menos se gloriar nela, senão unicamente no Senhor, e deve aprender a fazer um uso piedoso e generoso dos bens que possui.
“17 manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos;
18 que pratiquem o bem, que se enriqueçam de boas obras, que sejam liberais e generosos,
19 entesourando para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a verdadeira vida.” (I Tim 6.17-19).
Tão ricos eram os comerciantes de Tiro que viviam como príncipes, então estavam expostos a muitas tentações quanto a terem um coração elevado que é algo muito desprezível aos olhos de Deus, que resiste aos soberbos e dá graça somente aos humildes.
As assolações de Tiro durariam setenta anos (v. 15), o mesmo tempo que foi fixado para o cativeiro dos judeus em Babilônia (Jer 25.11,12).
É dito que não seriam os assírios os assoladores de Tiro, mas os caldeus (babilônios), conforme se afirma no verso 13.
Presume-se portanto, que quando Ciro decretou o retorno dos judeus à sua terra em Judá, também decretou no mesmo período o retorno dos habitantes de Tiro para a sua terra natal, livrando-os também do cativeiro deles em Babilônia, que havia durado setenta anos, tanto quanto o dos judeus.
Quantos exemplos o Senhor nos deu no passado que a riqueza e a grandeza de posições não podem livrar no dia do juízo, e nem assim os homens aprendem da história, e continuam colocando a sua confiança nas riquezas e posições que alcançam neste mundo, e não somente no Senhor.
Por isso o Senhor nos adverte dizendo que aquele que se gloriar, glorie-se somente nEle próprio.
“23 Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas;
24 mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” (Jer 9.23,24)


Isaías 24 

“1 Eis que o Senhor esvazia a terra e a desola, transtorna a sua superfície e dispersa os seus moradores.
2 E o que suceder ao povo, sucederá ao sacerdote; ao servo, como ao seu senhor; à serva, como à sua senhora; ao comprador, como ao vendedor; ao que empresta, como ao que toma emprestado; ao que recebe usura, como ao que paga usura.
3 De todo se esvaziará a terra, e de todo será saqueada, porque o Senhor pronunciou esta palavra.
4 A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.
5 Na verdade a terra está contaminada debaixo dos seus habitantes; porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram o pacto eterno.
6 Por isso a maldição devora a terra, e os que habitam nela sofrem por serem culpados; por isso são queimados os seus habitantes, e poucos homens restam.
7 Pranteia o mosto, enfraquece a vide, e suspiram todos os que eram alegres de coração.
8 Cessa o folguedo dos tamboris, acaba a algazarra dos jubilantes, cessa a alegria da harpa.
9 Já não bebem vinho ao som das canções; a bebida forte é amarga para os que a bebem.
10 Demolida está a cidade desordeira; todas as casas estão fechadas, de modo que ninguém pode entrar.
11 Há lastimoso clamor nas ruas por falta do vinho; toda a alegria se escureceu, já se foi o prazer da terra.
12 Na cidade só resta a desolação, e a porta está reduzida a ruínas.
13 Pois será no meio da terra, entre os povos, como a sacudidura da oliveira, e como os rabiscos, quando está acabada a vindima.
14 Estes alçarão a sua voz, bradando de alegria; por causa da majestade do Senhor clamarão desde o mar.
15 Por isso glorificai ao Senhor no Oriente, e na região litorânea do mar ao nome do Senhor Deus de Israel.
16 Dos confins da terra ouvimos cantar: Glória ao Justo. Mas eu digo: Emagreço, emagreço, ai de mim! os pérfidos tratam perfidamente; sim, os pérfidos tratam muito perfidamente.
17 O pavor, e a cova, e o laço vêm sobre ti, ó morador da terra.
18 Aquele que fugir da voz do pavor cairá na cova, e o que subir da cova o laço o prenderá; porque as janelas do alto se abriram, e os fundamentos da terra tremem.
19 A terra está de todo quebrantada, a terra está de todo fendida, a terra está de todo abalada.
20 A terra cambaleia como o ébrio, e balanceia como a rede de dormir; e a sua transgressão se torna pesada sobre ela, e ela cai, e nunca mais se levantará.
21 Naquele dia o Senhor castigará os exércitos do alto nas alturas, e os reis da terra sobre a terra.
22 E serão ajuntados como presos numa cova, e serão encerrados num cárcere; e serão punidos depois de muitos dias.
23 Então a lua se confundirá, e o sol se envergonhará, pois o Senhor dos exércitos reinará no monte Sião e em Jerusalém; e perante os seus anciãos manifestará a sua glória.”

As assolações que viriam sobre Judá, quando fosse levada em cativeiro para Babilônia, serviriam de alerta e de ilustração para uma assolação ainda maior que viria a ocorrer não somente em Judá, mas em todas as nações da terra nos dias da Grande Tribulação, e da volta do Senhor como juiz à terra.
Esta profecia se aplica portanto, em sua parte inicial, até o verso 15, às desolações de Judá nos dias do Velho Testamento. Mas também são aplicáveis às condições que reinarão no tempo do fim, no território de Israel, porque desolações estão determinadas por Deus, para a tomada do reino pelo Messias.
Do verso 16 em diante, as condições descritas são as que prevalecerão por ocasião da volta do Senhor, que é nomeado no verso 16, por Justo, com inicial maiúscula. Ele está sendo assim indicado porque vem para julgar toda a terra.
Ao Justo é dada Glória dos confins da terra porque virá para julgar os pérfidos que tratam perfidamente, e por causa dos quais emagrecem em todos os sentidos os que buscam a causa da justiça.
Os fundamentos da terra serão abalados quando o Justo (Cristo) se manifestar, na Sua segunda vinda, e a sua voz será um pavor para aqueles que tentarem fugir da sua ira. E eles caírão na cova e serão aprisionados no laço de juízo, e não de misericórdia, de Deus, que os abaterá e amarrará.
Os principados e potestades do mal do ar, que são chamados no verso 21 de exércitos do alto nas alturas, serão castigados no dia do Senhor, bem como os reis da terra, ou seja os seus governantes, porque não governaram com justiça.
É errôneo pensar que presidentes, deputados, magistrados e quaisquer autoridades não têm que andar no temor de Deus e agirem de acordo com a Sua justiça, porque não há autoridade que não seja instituída por Ele, ou seja, eles são vocacionados e levantados pelo próprio Deus, recebendo talentos e dons para liderarem. Então é óbvio que deverão prestar contas de seus atos como líderes perante Ele. O dia do ajuste de contas, conforme revelado nesta profecia será por ocasião da volta do Senhor Jesus, para julgar os vivos e os mortos, ou seja, tanto os que morreram, quanto os que estiverem vivendo na terra por ocasião da sua segunda vinda.  
Depois do juízo dos ímpios o Senhor assumirá o reino no monte Sião, em Jerusalém, e manifestará a Sua glória de Juiz e Rei, porque desta vez não virá para morrer numa cruz para nos remir dos pecados, mas para exercer domínio e poder sobre todos os homens (v. 23).  

  

Isaías 25

“1 Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti, e louvarei o teu nome; porque fizeste maravilhas, os teus conselhos antigos, em fidelidade e em verdade.
2 Porque da cidade fizeste um montão, e da cidade fortificada uma ruína, e do paço dos estranhos, que não seja mais cidade; e ela jamais se tornará a edificar.
3 Pelo que te glorificará um povo poderoso; e a cidade das nações formidáveis te temerá:
4 Porque tens sido a fortaleza do pobre, a fortaleza do necessitado na sua angústia, refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor, pois o assopro dos violentos é como a tempestade contra o muro.
5 Como o calor em lugar seco, tu abaterás o tumulto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim acabará o cântico dos violentos.
6 E o Senhor dos exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas, banquete de vinhos puros, de coisas gordurosas feitas de tutanos, e de vinhos puros, bem purificados.
7 E destruirá neste monte a coberta que cobre todos os povos, e o véu que está posto sobre todas as nações.
8 Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo; porque o Senhor o disse.
9 E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado, para que nos salve. Este é o Senhor; por ele temos esperado; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.
10 Porque a mão do Senhor repousará neste monte; e Moabe será trilhado no seu lugar, assim como se trilha a palha na água do monturo.
11 E estenderá as suas mãos no meio disso, assim como as estende o nadador para nadar; mas o Senhor abaterá a sua altivez juntamente com a perícia das suas mãos.
12 E abaixará as altas fortalezas dos teus muros; abatê-las-á e derruba-las-á por terra até o pó.”

Quando o ímpio é desarraigado da terra os justos suspiram de alívio e alegria.
É isto que se vê neste capítulo, que possui um paralelo no livro de Apocalipse, onde o juízo de Deus sobre os ímpios na Sua vinda é exaltado e glorificado tanto no céu quanto na terra com cânticos de louvor e de graças pelo grande livramento.

“5 E ouvi o anjo das águas dizer: Justo és tu, que és e que eras, o Santo; porque julgaste estas coisas;
6 porque derramaram o sangue de santos e de profetas, e tu lhes tens dado sangue a beber; eles o merecem.
7 E ouvi uma voz do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.”  (Apo 16.5-7).

Estas palavras foram proferidas quando o Senhor começou a despejar seus juízos sobre o trono do Anticristo.

“1 Depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma imensa multidão, que dizia: Aleluia! A salvação e a glória e o poder pertencem ao nosso Deus;
2 porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
3 E outra vez disseram: Aleluia. E a fumaça dela sobe pelos séculos dos séculos.
4 Então os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus que está assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!
5 E saiu do trono uma voz, dizendo: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim pequenos como grandes.
6 Também ouvi uma voz como a de grande multidão, como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes trovões, que dizia: Aleluia! porque já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso.
7 Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou,
8 e foi-lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro; pois o linho fino são as obras justas dos santos.” (Apo 19.1-8).

É exatamente esta expressão de júbilo por causa dos juízos realizados por Deus sobre a impiedade das nações, e quando os santos começarem a reinar com Cristo, que foi dado a Isaías antecipar com a profecia deste capitulo.

Com certeza esta profecia se refere ao tempo do fim porque lemos no verso 8,9:

“Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo; porque o Senhor o disse.
9 E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado, para que nos salve. Este é o Senhor; por ele temos esperado; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.”.

Compare este texto com Apo 21.4:


“Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.”.

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