quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Isaías - cap 41, 45, 47 e 48


Isaías 41

“1 Calai-vos diante de mim, ó ilhas; e renovem os povos as forças; cheguem-se, e então falem; cheguemo-nos juntos a juizo.
2 Quem suscitou do Oriente aquele cujos passos a vitória acompanha? Quem faz que as nações se lhe submetam e que ele domine sobre reis? Ele os entrega à sua espada como o pó, e ao seu arco como palha arrebatada pelo vento.
3 Ele os persegue, e passa adiante em segurança, até por uma vereda em que com os seus pés nunca tinha trilhado.
4 Quem operou e fez isto, chamando as gerações desde o princípio? Eu, o Senhor, que sou o primeiro, e que com os últimos sou o mesmo.
5 As ilhas o viram, e temeram; os confins da terra tremeram; aproximaram-se, e vieram.
6 um ao outro ajudou, e ao seu companheiro disse: Esforça-te.
7 Assim o artífice animou ao ourives, e o que alisa com o martelo ao que bate na bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a segurou, para que não viesse a mover-se.
8 Mas tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem escolhi, descendência de Abraão,
9 tomei desde os confins da terra, e te chamei desde os seus cantos, e te disse: Tu és o meu servo, a ti te escolhi e não te rejeitei;
10 não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
11 Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que se irritam contra ti; tornar-se-ão em nada; e os que contenderem contigo perecerão.
12 Quanto aos que pelejam contigo, buscá-los-ás, mas não os acharás; e os que guerreiam contigo tornar-se-ão em nada e perecerão.
13 Porque eu, o Senhor teu Deus, te seguro pela tua mão direita, e te digo: Não temas; eu te ajudarei.
14 Não temas, ó bichinho de Jacó, nem vós, vermezinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel.
15 Eis que farei de ti um trilho novo, que tem dentes agudos; os montes trilharás e os moerás, e os outeiros tornarás como a palha.
16 Tu os padejarás e o vento os levará, e o redemoinho os espalhará; e tu te alegrarás no Senhor e te gloriarás no Santo de Israel.
17 Os pobres e necessitados buscam água, e não há, e a sua língua se seca de sede; mas eu o Senhor os ouvirei, eu o Deus de Israel não os desampararei.
18 Abrirei rios nos altos desnudados, e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto num lago d'água, e a terra seca em mananciais.
19 Plantarei no deserto o cedro, a acácia, a murta, e a oliveira; e porei no ermo juntamente a faia, o olmeiro e o buxo;
20 para que todos vejam, e saibam, e considerem, e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isso, e o Santo de Israel o criou.
21 Apresentai a vossa demanda, diz o Senhor; trazei as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó.
22 Tragam-nas, e assim nos anunciem o que há de acontecer; anunciai-nos as coisas passadas, quais são, para que as consideremos, e saibamos o fim delas; ou mostrai-nos coisas vindouras.
23 Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e fiquemos atemorizados.
24 Eis que vindes do nada, e a vossa obra do que nada é; abominação é quem vos escolhe.
25 Do norte suscitei a um que já é chegado; do nascente do sol a um que invoca o meu nome; e virá sobre os magistrados como sobre o lodo, e como o oleiro pisa o barro.
26 Quem anunciou isso desde o princípio, para que o possamos saber? ou dantes, para que digamos: Ele é justo? Mas não há quem anuncie, nem tampouco quem manifeste, nem tampouco quem ouça as vossas palavras.
27 Eu sou o que primeiro direi a Sião: Ei-los, ei-los; e a Jerusalém darei um mensageiro que traz boas-novas.
28 E quando eu olho, não há ninguém; nem mesmo entre eles há conselheiro que possa responder palavra, quando eu lhes perguntar.
29 Eis que todos são vaidade. As suas obras não são coisa alguma; as suas imagens de fundição são vento e coisa vã.”

Tantas são as repreensões e juízos que lemos no livro do profeta Isaías que a muitos pode parecer que elas são uma repetição pleonástica que poderia ser evitada.
No entanto, não devemos esquecer que estas profecias foram dadas ao profeta num período aproximado de 50 anos, e revelam que não houve nenhuma mudança significativa em Judá quanto ao arrependimento a que eram convocados, e poucos se converteram de fato de coração às reformas religiosas empreendidas pelos reis Uzias, Jotão e Ezequias.   
Então aos que pensavam que Deus havia suspendido o juízo, por causa do tempo decorrido, e as coisas pareciam correr como sempre haviam corrido antes, o profeta se apresentava com novas ameaças e repreensões contra a infidelidade deles ao Senhor, conforme podemos ver neste capítulo.  
Não se deve pensar que esta profecia foi recebida logo em seguida às promessas consoladoras do capítulo anterior, nem mesmo se pode afirmar que estão apresentadas em ordem cronológica, e é quase certo que tenham sido produzidas separadas por um longo período de tempo.
O homem que vem do Oriente (leste) é certamente Ciro, o rei medo, que dominaria junto com os persas muitos reis da terra, e o Senhor está afirmando que seria por Ele que Ciro seria levantado, e sabemos que ele foi designado para libertar Judá do cativeiro de 70 anos em Babilônia. 
A predição do livramento por Ciro foi feita nesta profecia, antes da relativa ao cativeiro por Nabucodonosor de Babilônia que ainda ocorreria, e que é citada no verso 25 para punição da idolatria de  Judá. Em Habacuque e em outros profetas também é citada a vinda dos babilônios como o poder que vinha do norte para dominar Judá que ficava ao sul de Babilônia.
Então não haveria apenas cativeiro, mas também libertação, e para afirmar a Sua glória, e para que soubessem que é Deus justo, que visitaria a iniquidade de Judá, mas que também daria a devida retribuição à nação opressora (Babilônia), o Senhor afirmou que estava anunciando isto com bastante antecedência, antes que acontecesse (v. 26).
Por isso Judá poderia ter como certas as promessas de proteção divina que foram pronunciadas nos versos 8 a 20, especialmente para que soubesse que a sua ida para o cativeiro não significava que estavam sendo rejeitados por Deus, mas sendo submetidos à Sua correção.
Ele cuidaria dos pobres e necessitados e na volta deles para a sua própria terra, depois do cativeiro, de desolada que ficara, transformaria a terra de Israel que ficaria árida, de novo num pomar.   




Isaías 45

“1 Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão;
2 eu irei adiante de ti, e tornarei planos os lugares escabrosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro.
3 Dar-te-ei os tesouros das trevas, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chamo pelo teu nome.
4 Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu escolhido, eu te chamo pelo teu nome; ponho-te o teu sobrenome, ainda que não me conheças.
5 Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cinjo, ainda que tu não me conheças.
6 Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro.
7 Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas.
8 Destilai vós, céus, dessas alturas a justiça, e chovam-na as nuvens; abra-se a terra, e produza a salvação e ao mesmo tempo faça nascer a justiça; eu, o Senhor, as criei:
9 Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou dirá a tua obra: Não tens mãos?
10 Ai daquele que diz ao pai: Que é o que geras? e à mulher: Que dás tu à luz?
11 Assim diz o Senhor, o Santo de Israel, aquele que o formou: Perguntai-me as coisas futuras; demandai-me acerca de meus filhos, e acerca da obra das minhas mãos.
12 Eu é que fiz a terra, e nela criei o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a todo o seu exército dei as minhas ordens.
13 Eu o despertei em justiça, e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a minha cidade, e libertará os meus cativos, não por preço nem por presentes, diz o Senhor dos exércitos.
14 Assim diz o Senhor: A riqueza do Egito, e as mercadorias da Etiópia, e os sabeus, homens de alta estatura, passarão para ti, e serão teus; irão atrás de ti; em grilhões virão; e, prostrando-se diante de ti, far-te-ão as suas súplicas, dizendo: Deus está contigo somente; e não há nenhum outro Deus.
15 Verdadeiramente tu és um Deus que te ocultas, ó Deus de Israel, o Salvador.
16 Envergonhar-se-ão, e também se confundirão todos; cairão juntos em ignomínia os que fabricam ídolos.
17 Mas Israel será salvo pelo Senhor, com uma salvação eterna; pelo que não sereis jamais envergonhados nem confundidos em toda a eternidade.
18 Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu, não a criando para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o Senhor e não há outro.
19 Não falei em segredo, nalgum lugar tenebroso da terra; não disse à descendência de Jacó: Buscai-me no caos; eu, o Senhor, falo a justiça, e proclamo o que é reto.
20 Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.
21 Anunciai e apresentai as razões: tomai conselho todos juntos. Quem mostrou isso desde a antiguidade? quem de há muito o anunciou? Porventura não sou eu, o Senhor? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim.
22 Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.
23 Por mim mesmo jurei; já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua.
24 De mim se dirá: Tão somente no senhor há justiça e força. A ele virão, envergonhados, todos os que se irritarem contra ele.
25 Mas no Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.”

No capítulo anterior (44.28) Ciro foi chamado de pastor  do Senhor, e aqui no início deste capítulo ele é nomeado de ungido, porque no original hebraico a palavra usada é Messias.
Ele sequer havia nascido quando Isaías profetizou cerca de 737 a.C., convocando-o por nome, para a tarefa que Ciro realizaria em 537 a.C., portanto, cerca de 200 anos depois desta profecia.
Ele é chamado de Messias porque teria a missão de libertar o povo de Israel do cativeiro em Babilônia, e faria isto em relação aos judeus como um pastor faz em relação ao seu rebanho, porque teria que lhes construir casas no seu retorno a Jerusalém, e restaurar a religião deles, pela reconstrução do templo e ativação dos serviços que deveriam ser realizados nele.
Assim, ele serviu de tipo de Cristo, para o trabalho que lhe foi designado pelo Pai para ser o Pastor e o Ungido do verdadeiro Israel, que é composto por todos os seus santos.
Ciro é também designado como um tipo do Messias porque ele livraria e reconduziria Israel a seu lugar, depois de ter subjugado os reis da terra, especialmente Belsazar, neto de Nabucodonozor, que se encontrava no trono de Babilônia, no seu terceiro ano de reinado, quando Ciro lhe subjugou. De igual modo Cristo dará o reino ao Pai depois de ter subjugado os reis e poderosos da terra em Sua segunda vinda.  
A missão de Ciro declarada no primeiro verso era a de abater as nações dominadoras e abrir as portas aos cativos da Assíria e de Babilônia, decretando o retorno deles para as suas respectivas nações. E é dito que o Senhor o tomaria pela mão direita para fazer este trabalho e para abrir portas que não mais se fechariam. Isto serviria de tipo para o trabalho de Cristo de tirar os cativos da prisão, para onde não mais retornariam, porque faria uma obra de salvação e de livramento perfeitos, de forma que não poderiam mais retornar ao cativeiro. 
 É importante destacar que Ciro serviu também de tipo para o Messias, e por isso é chamado aqui de messias, porque os judeus seriam libertados por ele, mas permaneceriam debaixo da sua autoridade, assim como todas as demais nações subjugadas. De igual modo os crentes são livrados por Cristo para estarem debaixo da Sua autoridade, onde encontram segurança e paz contra todos os seus inimigos, para poderem adorar livremente o seu Deus.
No verso 2 o Senhor diz que iria adiante de Ciro para tornar planos os lugares escabrosos e quebrar as portas de bronze, e despedaçar os ferrolhos de ferro.
De igual modo tudo que Jesus fez em Seu ministério terreno foi debaixo da unção e poder do Espírito Santo, e sempre disse que era o Pai que fazia as obras por meio dEle, e que tudo que fazia, era somente aquilo que era da vontade do Pai.
O modo de trabalhar para Deus tem em Cristo o seu exemplo máximo e perfeito, para seguirmos os Seus passos, quando chamados para sermos seus servos e ministros. Ele deve fazer o Seu trabalho através de nós, e não devemos ser nós que faremos o nosso trabalho para Ele, porque é um trabalho que somente Ele pode fazer, que é de tornar planos lugares escabrosos (corações), e quebrar portas de bronze e despedaçar ferrolhos de ferro (as fortes cadeias do pecado e do diabo).
No verso 3 é dito que Deus daria a Ciro os tesouros das trevas e as riquezas encobertas, para que soubesse que Ele é o Senhor, o Deus de Israel que o chamava pelo nome de Ciro.
Deus falou o nome de alguém antes de ter nascido, assim como fizera em relação ao rei Josias e a tantos outros que são mencionados na Bíblia, revelando com isso o seu grande poder.
No caso de Ciro lhe daria as riquezas das nações dominadoras que foram obtidas por meios tenebrosos, pela pilhagem, roubo e despojo. Deus o conduziria a retomar a posse destas riquezas para que Ciro se tornasse poderoso sobre a terra para realizar o trabalho que Deus lhe designara para ser feito, por amor de Israel, porque o Seu maior objetivo era libertar o Seu povo.    
Nosso Senhor Jesus Cristo virá com grande glória e poder para subjugar as nações por amor dos santos, e para lhes dar a posse da terra como herança eterna.
O Messias é Deus e conhecido por Deus. Na verdade somente Deus pode conhecer perfeitamente a Deus, porque é infinito. Por isso Jesus diz que ninguém conhece o Pai senão o Filho. 
No entanto, de Ciro, Deus declara nos versos 4 e 5, que ainda que o chamasse por nome, ele não O conhecia, porque de fato, apesar de tudo o que faria para Deus, Ciro era um rei ímpio, por cujo relato da história podemos inferir que não se converteu ao Senhor. Por isso a profecia afirma que o que seria feito por meio de Ciro não seria por amor a ele, mas de Jacó e de Israel, servo e escolhido de Deus.
O trabalho do Messias é portanto para os eleitos de Deus. Estes que são conhecidos e amados por Ele. E isto está claramente revelado no Novo Testamento, especialmente em João 17 onde Jesus diz que rogava não pelo mundo mas por aqueles que lhe haviam sido dados pelo Pai.   
O motivo do trabalho a ser realizado por Ciro é também declarado nos versos 6 e 7:

“6 Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro.
7 Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas.”

Lembremos que Ciro é citado aqui nesta profecia como tipo do Messias, cujo trabalho seria realizado para que toda a terra saiba o que se declara nos versos 6 e 7.
A obra do Messias através da Igreja dá testemunho que não há outro Deus verdadeiro além do Deus da Bíblia, que realizou todas estas coisas, e que as anunciou, muito antes que elas acontecessem.  
Ao dizer que forma a luz e cria as trevas, e faz a paz e cria o mal, no verso 7, Deus não está afirmando que é o autor do pecado. As trevas e o mal aqui referidos são relativos aos seus juízos sobre a terra, assim como o de estar usando Ciro para subjugar as nações.  
Ao profeta estavam sendo reveladas as profundidades da riqueza do conhecimento e da sabedoria de Deus quanto ao modo como planejou a criação de todas as coisas, e o modo como agiria em relação à coroa da sua criação, a saber, o homem.
Haveria salvação e justiça na terra para os homens, as quais proviriam das alturas celestiais (v. 8), que cairiam sobre a terra como a chuva, com o derramar da graça e do Espírito Santo.
Mas nem todos seriam alcançados e beneficiados pela luz e paz divinas citadas no verso 7; porque como Criador, ao trazer seres morais livres à existência, seriam formados vasos de barro, mas uns para honra e outros para desonra, uns para receberem ira e outros, misericórdia.
O Senhor é o Criador de tudo que tem existência, e se porventura muitos têm escolhido antes o mal do que o bem, tanto entre os homens quanto os anjos, não é porque Deus os inspirou a isto, mas sabia em Sua onisciência que isto ocorreria ao ter criado os seres morais, dando-lhes a liberdade de escolherem o bem ou o mal, a bênção ou a maldição.
Os que escolhem o mal são amaldiçoados. Mas os que escolhem o bem são  abençoados. E não há verdadeiro e duradouro bem fora de Deus, e da nossa união com Ele. 
 Então ninguém tem o direito de contender com o Criador, ou seja, de reclamar pela condição em que for encontrado, quando estiver debaixo do juízo de Deu contra o pecado, porque como Criador tem o direito de fazer o que quiser com o que Lhe pertence.
Ele não é injusto, e sempre julga com justiça. Por isso o barro não pode dizer ao Criador porque o criou desse ou daquele modo, porque o mal não foi colocado por Ele no interior dos que caíram da Sua presença, mas por uma decisão de Deus de não conceder a Sua graça àqueles que não a buscarem, de modo que não podem permanecer de pé diante dEle fazendo aquilo que Lhe é agradável (v. 9 a 12).     
Nos versos 13 até o 25 é proferida a obra de justificação feita por Deus por meio do Messias. 
Esta justificação seria pela graça, e não por nenhuma obra ou dom dos próprios homens que eles oferecessem a Deus (v. 13). 
Seria reconhecido inclusive pelos grandes da terra que o Deus invisível é somente com Jesus e com a Sua Igreja, e que é um Deus Salvador (v. 14, 15).
Os idólatras ficariam confundidos e cairiam juntos em ignomínia com os fabricantes de ídolos, mas o verdadeiro Israel de Deus, seus eleitos, seriam salvos pelo Senhor com uma salvação ETERNA, de maneira que jamais seriam confundidos e envergonhados, por toda a eternidade.  Eles saberiam que somente o Senhor é Deus e não haveria nenhuma confusão, nenhuma dúvida neles quanto à existência e pessoa do único Deus verdadeiro. E sendo justificados por Ele, não teriam mais vergonha por causa do pecado, porque seriam perdoados e o pecado seria destruído em Suas vidas por este Deus poderoso e gracioso (v. 16, 17).
Deus salvará o Seu povo porque não criou a terra para o caos, mas para ser habitada em justiça. De modo que os santos terão a posse eterna da terra (v. 18).
Deus não pode ser achado no caos, e por isso não será encontrado em lugares tenebrosos, envolvido pelas trevas, pois é luz que as dissipa; mas fala em justiça e proclama o que é reto, porque é perfeitamente justo e santo (v. 19).
Ele será achado portanto pelos que indagam pela causa da justiça divina, e pela verdade da Sua Palavra, e nunca nas trevas da ignorância da falsa sabedoria terrena, nas coisas que são afirmadas acerca da divindade. 
Os que escaparam da opressão das nações são convocados a se congregarem e a se achegarem juntos a Deus, e que indagassem mutuamente se desde a antiguidade alguém havia anunciado estas coisas antes que elas acontecessem, assim como Ele o fizera (v. 20). 
Os homens de nossos dias ao lerem esta profecia de Isaías, que fala da salvação eterna através do Messias, conforme ela tem ocorrido na terra há mais de dois mil anos desde que Jesus morreu, ressuscitou, subiu aos céus, e derramado o Espírito Santo, deveriam usar a sua razão para examinarem esta verdade, e uma vez sendo convencidos dela, podem estar seguros que devem se voltar unicamente para o Senhor e abandonarem os seus ídolos. A única conclusão lógica a que podemos chegar depois de tal exame das Escrituras comparando-o com a história da Igreja, é a de que realmente não há outro Senhor e nenhum Deus justo e Salvador além do Pai, do Filho e do Espírito Santo (v. 21).     
E o modo de se obter esta salvação eterna prometida por Deus desde a antiguidade, é citado no verso 22:
“22 Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.”.
É simplesmente olhando para Jesus com os olhos da fé que somos salvos, porque, como o Senhor declarou antes nesta profecia de Isaías, a salvação seria inteiramente pela graça.
Deus jurou que salvaria conforme a palavra da justiça que saiu da sua boca, e com a qual somos justificados, conforme vimos, somente pela graça, mediante a fé, e por isso afirmou que diante dEle todo joelho se dobraria e toda língua confessaria que somente nEle há justiça e força (v. 21 a 24).
Todos os que se opusessem a Ele seriam envergonhados (v. 24 b).
Mas daqueles que O amam é dito no verso 25:
“Mas no Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.”
 Mais uma vez é afirmado que a salvação será por meio da justificação. E que todo o verdadeiro Israel de Deus, a saber, seus eleitos, todos seriam justificados e se gloriariam no Senhor, sem faltar um único deles.




Isaías 47

“1 Desce, e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilônia; assenta-te no chão sem trono, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada a mimosa nem a delicada.
2 Toma a mó, e mói a farinha; remove o teu véu, suspende a cauda da tua vestidura, descobre as pernas e passa os rios.
3 A tua nudez será descoberta, e ver-se-á o teu opróbrio; tomarei vingança, e não pouparei a homem algum.
4 Quanto ao nosso Redentor, o Senhor dos exércitos é o seu nome, o Santo de Israel.
5 Assenta-te calada, e entra nas trevas, ó filha dos caldeus; porque não serás chamada mais a senhora de reinos.
6 Muito me agastei contra o meu povo, profanei a minha herança, e os entreguei na tua mão; não usaste de misericórdia para com eles, e até sobre os velhos fizeste muito pesado o teu jugo.
7 E disseste: Eu serei senhora para sempre; de sorte que até agora não tomaste a sério estas coisas, nem te lembraste do fim delas.
8 Agora pois ouve isto, tu que és dada a prazeres, que habitas descuidada, que dizes no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra; não ficarei viúva, nem conhecerei a perda de filhos.
9 Mas ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e viuvez; em toda a sua plenitude virão sobre ti, apesar da multidão das tuas feitiçarias, e da grande abundância dos teus encantamentos.
10 Porque confiaste na tua maldade e disseste: Ninguém me vê; a tua sabedoria e o teu conhecimento, essas coisas te perverteram; e disseste no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra.
11 Pelo que sobre ti virá o mal de que por encantamentos não saberás livrar-te; e tal destruição cairá sobre ti, que não a poderás afastar; e virá sobre ti de repente tão tempestuosa desolação, que não a poderás conhecer.
12 Deixa-te estar com os teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias em que te hás fatigado desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura podes inspirar terror.
13 Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora e te salvem os astrólogos, que contemplam os astros, e os que nas luas novas prognosticam o que há de vir sobre ti.
14 Eis que são como restolho; o logo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas; pois não é um braseiro com que se aquentar, nem fogo para se sentar junto dele.
15 Assim serão para contigo aqueles com quem te hás fatigado, os que tiveram negócios contigo desde a tua mocidade; andarão vagueando, cada um pelo seu caminho; não haverá quem te salve.”

A soberba e a crueldade de Babilônia são condenadas por Deus neste capítulo.      
Os inimigos de Israel seriam abatidos depois de  cumprido o tempo que foi determinado e permitido por Ele para que assolassem o Seu povo.
De igual modo, Cristo por fim se levantará no tempo do fim contra os inimigos e opressores da Igreja, para lhes dar a devida retribuição pelas suas más obras.
Pelo seu muito poder e grandes feitiçarias, especialmente pelas adivinhações de seus magos e astrólogos, Babilônia pensava que permaneceria absoluta para sempre, como reino dominante sobre toda a terra, e que nunca ficaria viúva e privada de nenhum de seus filhos, mas o Senhor mandou lhe dizer que ambas as coisas viriam sobre ela num momento, no mesmo dia, tanto a perda de filhos quanto a viuvez (v.9), porque Ciro entraria na cidade repentinamente enquanto o rei Belsazar banqueteava com grande luxúria com os seus príncipes, usando os utensílios sagrados que haviam saqueado do templo de Deus em Jerusalém.
Foi para este rei que o profeta Daniel decifrou o que Deus escreveu sobrenaturalmente na parede indicando a sua destruição. 
Eles haviam desprezado os judeus que se encontravam cativos em Babilônia, não usando de misericórdia para com eles, e até mesmo sobre os velhos haviam feito muito pesado o seu jugo (v. 6).
Pelo que o Senhor lhes daria a devida retribuição.
É importante dizer que isto tudo foi profetizado por Isaías muito antes de os próprios judeus serem levados para o cativeiro em Babilônia, o que ocorreria somente a partir de 605 a.C., sendo a maior leva de cativos sido efetuada em 587 a.C., e sabemos que Isaías profetizou em torno de 700 a. C.  
 Deus demonstra portanto que sabe todas as coisas futuras como se fossem presentes.
Eles excederiam na medida do juízo que Deus lhes havia ordenado, conforme revelou ao profeta, e erraram tanto quanto o rei Jeú e outros reis de Israel haviam feito no passado, em relação aos juízos sobre os maus reis que lhes haviam sucedido no trono.
Por isso devemos usar de toda longanimidade e doutrina quando corrigimos nossos filhos, ou as ovelhas do rebanho de Cristo, sendo cautelosos para não excedermos na medida da correção, de forma que nós mesmos, que temos o dever de corrigir, não fiquemos também sujeitos aos mesmos juízos de Deus.
Ferir o injusto de forma desmedida nos torna tanto ou mais injustos do que ele; e o Senhor o verá e o retribuirá.
É preciso vigiar também em relação à soberba do coração, Por causa da muita abundância de bens, tal como sucedeu com Babilônia, porque isto produz uma falsa segurança, que cega, e que impede que o coração faça uma justa avaliação de que há muita instabilidade na falsa segurança que é proporcionada pelas riquezas, porque ainda que andemos na justiça, o dia da calamidade poderá vir bater à nossa porta, mesmo que não seja em razão de algum juízo de Deus contra nós, tal como foi o caso de Babilônia, mas em razão de ser este mundo um lugar de aflições e tribulações. 
Há na própria Igreja muitos que estão cegos quanto a isto, pensando que a bênção de Deus para suas vidas consiste na quantidade de bens que eles possuem.
No verso 7, o Senhor afirma que Babilônia não havia considerado em seu coração estas coisas, e nem se lembraram do fim delas, e por isso permaneceram cegos quanto ao fato de que toda impiedade será visitada, e que as riquezas não podem livrar no dia da calamidade. 


Isaías 48

“1 Ouvi isto, casa de Jacó, que vos chamais do nome de Israel, e saístes dos lombos de Judá, que jurais pelo nome do Senhor, e fazeis menção do Deus de Israel, mas não em verdade nem em justiça.
2 E até da santa cidade tomam o nome, e se firmam sobre o Deus de Israel; o Senhor dos exércitos é o seu nome.
3 Desde a antiguidade anunciei as coisas que haviam de ser; da minha boca é que saíram, e eu as fiz ouvir; de repente as pus por obra, e elas aconteceram.
4 Porque eu sabia que és obstinado, que a tua cerviz é um nervo de ferro, e a tua testa de bronze.
5 Há muito tas anunciei, e as manifestei antes que acontecessem, para que não dissesses: O meu ídolo fez estas coisas, ou a minha imagem de escultura, ou a minha imagem de fundição as ordenou.
6 Já o tens ouvido; olha bem para tudo isto; porventura não o anunciarás? Desde agora te mostro coisas novas e ocultas, que não sabias.
7 São criadas agora, e não de há muito, e antes deste dia não as ouviste, para que não digas: Eis que já eu as sabia.
8 Tu nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco há muito foi aberto o teu ouvido; porque eu sabia que procedeste muito perfidamente, e que eras chamado transgressor desde o ventre.
9 Por amor do meu nome retardo a minha ira, e por causa do meu louvor me contenho para contigo, para que eu não te extermine.
10 Eis que te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição,
11 Por amor de mim, por amor de mim o faço; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória não a darei a outrem,
12 Escuta-me, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, eu o primeiro, eu também o último.
13 Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra estendeu os céus; quando eu os chamo, eles aparecem juntos.
14 Ajuntai-vos todos vós, e ouvi: Quem, dentre eles, tem anunciado estas coisas? Aquele a quem o Senhor amou executará a sua vontade contra Babilônia, e o seu braço será contra os caldeus.
15 Eu, eu o tenho dito; também já o chamei; eu o trouxe, e o seu caminho será próspero.
16 Chegai-vos a mim, ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que aquilo se fez, eu estava ali; e agora o Senhor Deus me enviou juntamente com o seu Espírito.
17 Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar.
18 Ah! se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos! então seria a tua paz como um rio, e a tua justiça como as ondas do mar;
19 também a tua descendência teria sido como a areia, e os que procedem das tuas entranhas como os seus grãos; o seu nome nunca seria cortado nem destruído de diante de mim.
20 Saí de Babilônia, fugi de entre os caldeus. E anunciai com voz de júbilo, fazei ouvir isto, e levai-o até o fim da terra; dizei: O Senhor remiu a seu servo Jacó;
21 e não tinham sede, quando os levava pelos desertos; fez-lhes correr água da rocha; fendeu a rocha, e as águas jorraram.
22 Não há paz para os ímpios, diz o Senhor.”

Deus estava predizendo todas estas coisas com bastante antecedência para que quando chegasse o dia da libertação com Ciro, os judeus se animassem a retornarem a Judá.
Daí o Seu comando que lemos no verso 20:  
“Saí de Babilônia, fugi de entre os caldeus. E anunciai com voz de júbilo, fazei ouvir isto, e levai-o até o fim da terra; dizei: O Senhor remiu a seu servo Jacó;”.
Eles deveriam lembrar que não há paz para os que são ímpios, porque o Senhor não dará paz senão somente aos justos (v. 22). Então deveriam se converter a Ele e retornar a Judá quando o libertador viesse.
De igual modo, nesta dispensação da graça, os homens devem deixar a impiedade e se voltarem para Deus, porque o libertador deles, Cristo, já se manifestou.  
A mesma razão que se aplicava a Israel em seus dias, também se aplica a nós, na forma como é apresentada nos versos 16 e 17:
“16 Chegai-vos a mim, ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que aquilo se fez, eu estava ali; e agora o Senhor Deus me enviou juntamente com o seu Espírito.
17 Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar.”
Nesta profecia o Senhor tanto prometeu castigar Babilônia, como também repreendeu Israel pelo seu endurecimento e rebelião contra a Sua vontade, e declarou o motivo porque havia poupado Israel e ainda o pouparia, como podemos ler nos versos 9 a 11.
Primeiro, por causa do amor pelo Seu grande nome, que deve ser santificado, e por isso retardou a Sua ira, senão Israel teria sido exterminado (v. 9).
Não é pelo mesmo motivo que Ele poupa os crentes da Igreja de Cristo, dos quais disse que teriam a sua libertação e eles próprios comprados sem preço? Isto porque Cristo pagou o preço total por nós e não deixou nada para que pagássemos, porque na verdade nada tínhamos para pagar a nossa dívida de pecados.
Jesus nos comprou para o Pai com o Seu sangue. Somente Ele poderia pagar o preço exigido para tão grande salvação.
Em segundo lugar, Israel não foi exterminado quando foi levado para o cativeiro, porque o propósito do Senhor não era o de destruí-lo, mas corrigi-lo, purificá-lo na fornalha da aflição (v. 10).
Deus usa o mesmo procedimento com os crentes da Igreja. Esta verdade que se aplicou a Israel no passado também se aplica à Igreja no presente. Ela está sendo purificada pelo fogo da provação, porque é pela tribulação que se aprende a perseverança, a experiência e a esperança.   
Por fim, Deus declarou no verso 11 que não destruiu Israel por amor dEle próprio, porque não permitiria que o Seu nome fosse profanado e nem que a Sua glória fosse dada a outrem.
Não é por nenhum mérito ou bem pessoal que haja em nós que o Senhor nos poupa, mas por causa  da nossa fé na justiça de Cristo, pela qual Lhe fomos tornados aceitáveis. 
Israel não teria em que se gloriar senão somente no Senhor, quando fossem libertados. Porque não seria pelo seu próprio poder que eles poderiam se libertar, porque foi necessário que se lhes provesse um libertador, Ciro, e de igual modo, nenhum crente tem que se gloriar em si mesmo e nos feitos pela libertação que lhe trouxe paz com Deus, senão somente nAquele que foi dado como libertador a eles, a saber, Cristo.
Se fosse deixado a nós mesmos provermos a nossa libertação, ficaríamos perdidos para sempre, porque há necessidade que o Pai seja revelado a nós pelo Filho. Precisamos do trabalho de convencimento do nosso pecado pelo Espírito Santo. Necessitamos ser quebrados no nosso endurecimento natural, e da remoção do pecado, que nos assedia tão de perto, habitando em nossa própria natureza.
Assim, as palavras dirigidas aos judeus nos dias de Isaías se aplicam a todos nós, para que lhes dando crédito, nos arrependamos e nos tornemos para Deus, para que o nosso coração de pedra seja trocado pelo coração de carne, que somente Ele pode nos dar.
“Porque eu sabia que és obstinado, que a tua cerviz é um nervo de ferro, e a tua testa de bronze.” (v. 4).
 Ninguém é salvo, portanto, porque era alguém melhor do que os judeus, que se converteriam ao Senhor, quando saíssem de Babilônia, dos quais o Senhor declara que a cerviz deles era um nervo de ferro, e a testa de bronze.
Nenhum de nós merecia a graça pela qual somos salvos.
Em nenhum de nós habitava algum bem ou justiça que nos tornasse agradáveis a Deus.
Deste modo, somos salvos por pura graça e misericórdia, quando Ele realiza o trabalho de salvação em  nossas vidas.
Tudo é realizado pelo Espírito Santo no que se refere ao nosso novo nascimento e santificação. E Jesus ensinou isto claramente, especialmente quando esteve com Nicodemos.
O próprio Isaías afirma na segunda parte do verso 16, que havia sido enviado junto com o Espírito Santo. Ou seja, não foi Ele quem produziu as profecias do seu livro, mas o Espírito Santo, que estava com ele. 

O mesmo se dá com a Igreja de Cristo, porque todo aquele que for enviado por Deus, para alguma obra, terá o Espírito Santo com ele, para que não o próprio enviado, mas o Espírito faça a obra de Deus por nós.    

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