Isaías
41
“1
Calai-vos diante de mim, ó ilhas; e renovem os povos as forças; cheguem-se, e
então falem; cheguemo-nos juntos a juizo.
2 Quem
suscitou do Oriente aquele cujos passos a vitória acompanha? Quem faz que as
nações se lhe submetam e que ele domine sobre reis? Ele os entrega à sua espada
como o pó, e ao seu arco como palha arrebatada pelo vento.
3 Ele
os persegue, e passa adiante em segurança, até por uma vereda em que com os
seus pés nunca tinha trilhado.
4 Quem
operou e fez isto, chamando as gerações desde o princípio? Eu, o Senhor, que
sou o primeiro, e que com os últimos sou o mesmo.
5 As
ilhas o viram, e temeram; os confins da terra tremeram; aproximaram-se, e
vieram.
6 um ao
outro ajudou, e ao seu companheiro disse: Esforça-te.
7 Assim
o artífice animou ao ourives, e o que alisa com o martelo ao que bate na
bigorna, dizendo da coisa soldada: Boa é. Então com pregos a segurou, para que
não viesse a mover-se.
8 Mas
tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem escolhi, descendência de Abraão,
9 tomei
desde os confins da terra, e te chamei desde os seus cantos, e te disse: Tu és
o meu servo, a ti te escolhi e não te rejeitei;
10 não
temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te
fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
11 Eis
que envergonhados e confundidos serão todos os que se irritam contra ti;
tornar-se-ão em nada; e os que contenderem contigo perecerão.
12
Quanto aos que pelejam contigo, buscá-los-ás, mas não os acharás; e os que
guerreiam contigo tornar-se-ão em nada e perecerão.
13
Porque eu, o Senhor teu Deus, te seguro pela tua mão direita, e te digo: Não
temas; eu te ajudarei.
14 Não
temas, ó bichinho de Jacó, nem vós, vermezinho de Israel; eu te ajudo, diz o
Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel.
15 Eis
que farei de ti um trilho novo, que tem dentes agudos; os montes trilharás e os
moerás, e os outeiros tornarás como a palha.
16 Tu
os padejarás e o vento os levará, e o redemoinho os espalhará; e tu te
alegrarás no Senhor e te gloriarás no Santo de Israel.
17 Os
pobres e necessitados buscam água, e não há, e a sua língua se seca de sede;
mas eu o Senhor os ouvirei, eu o Deus de Israel não os desampararei.
18
Abrirei rios nos altos desnudados, e fontes no meio dos vales; tornarei o
deserto num lago d'água, e a terra seca em mananciais.
19
Plantarei no deserto o cedro, a acácia, a murta, e a oliveira; e porei no ermo
juntamente a faia, o olmeiro e o buxo;
20 para
que todos vejam, e saibam, e considerem, e juntamente entendam que a mão do
Senhor fez isso, e o Santo de Israel o criou.
21
Apresentai a vossa demanda, diz o Senhor; trazei as vossas firmes razões, diz o
Rei de Jacó.
22
Tragam-nas, e assim nos anunciem o que há de acontecer; anunciai-nos as coisas
passadas, quais são, para que as consideremos, e saibamos o fim delas; ou
mostrai-nos coisas vindouras.
23
Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses;
fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e fiquemos atemorizados.
24 Eis
que vindes do nada, e a vossa obra do que nada é; abominação é quem vos
escolhe.
25 Do
norte suscitei a um que já é chegado; do nascente do sol a um que invoca o meu
nome; e virá sobre os magistrados como sobre o lodo, e como o oleiro pisa o
barro.
26 Quem
anunciou isso desde o princípio, para que o possamos saber? ou dantes, para que
digamos: Ele é justo? Mas não há quem anuncie, nem tampouco quem manifeste, nem
tampouco quem ouça as vossas palavras.
27 Eu
sou o que primeiro direi a Sião: Ei-los, ei-los; e a Jerusalém darei um
mensageiro que traz boas-novas.
28 E
quando eu olho, não há ninguém; nem mesmo entre eles há conselheiro que possa
responder palavra, quando eu lhes perguntar.
29 Eis
que todos são vaidade. As suas obras não são coisa alguma; as suas imagens de
fundição são vento e coisa vã.”
Tantas
são as repreensões e juízos que lemos no livro do profeta Isaías que a muitos
pode parecer que elas são uma repetição pleonástica que poderia ser evitada.
No
entanto, não devemos esquecer que estas profecias foram dadas ao profeta num
período aproximado de 50 anos, e revelam que não houve nenhuma mudança
significativa em Judá quanto ao arrependimento a que eram convocados, e poucos
se converteram de fato de coração às reformas religiosas empreendidas pelos
reis Uzias, Jotão e Ezequias.
Então
aos que pensavam que Deus havia suspendido o juízo, por causa do tempo decorrido,
e as coisas pareciam correr como sempre haviam corrido antes, o profeta se
apresentava com novas ameaças e repreensões contra a infidelidade deles ao
Senhor, conforme podemos ver neste capítulo.
Não se
deve pensar que esta profecia foi recebida logo em seguida às promessas
consoladoras do capítulo anterior, nem mesmo se pode afirmar que estão
apresentadas em ordem cronológica, e é quase certo que tenham sido produzidas
separadas por um longo período de tempo.
O homem
que vem do Oriente (leste) é certamente Ciro, o rei medo, que dominaria junto
com os persas muitos reis da terra, e o Senhor está afirmando que seria por Ele
que Ciro seria levantado, e sabemos que ele foi designado para libertar Judá do
cativeiro de 70 anos em Babilônia.
A
predição do livramento por Ciro foi feita nesta profecia, antes da relativa ao
cativeiro por Nabucodonosor de Babilônia que ainda ocorreria, e que é citada no
verso 25 para punição da idolatria de
Judá. Em Habacuque e em outros profetas também é citada a vinda dos babilônios
como o poder que vinha do norte para dominar Judá que ficava ao sul de
Babilônia.
Então
não haveria apenas cativeiro, mas também libertação, e para afirmar a Sua
glória, e para que soubessem que é Deus justo, que visitaria a iniquidade de
Judá, mas que também daria a devida retribuição à nação opressora (Babilônia),
o Senhor afirmou que estava anunciando isto com bastante antecedência, antes
que acontecesse (v. 26).
Por
isso Judá poderia ter como certas as promessas de proteção divina que foram
pronunciadas nos versos 8 a 20, especialmente para que soubesse que a sua ida
para o cativeiro não significava que estavam sendo rejeitados por Deus, mas
sendo submetidos à Sua correção.
Ele
cuidaria dos pobres e necessitados e na volta deles para a sua própria terra,
depois do cativeiro, de desolada que ficara, transformaria a terra de Israel
que ficaria árida, de novo num pomar.
Isaías
45
“1
Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para
abater nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir
diante dele as portas, e as portas não se fecharão;
2 eu
irei adiante de ti, e tornarei planos os lugares escabrosos; quebrarei as
portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro.
3
Dar-te-ei os tesouros das trevas, e as riquezas encobertas, para que saibas que
eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chamo pelo teu nome.
4 Por
amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu escolhido, eu te chamo pelo teu nome;
ponho-te o teu sobrenome, ainda que não me conheças.
5 Eu
sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cinjo, ainda que
tu não me conheças.
6 Para
que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há
outro; eu sou o Senhor, e não há outro.
7 Eu
formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor,
que faço todas estas coisas.
8
Destilai vós, céus, dessas alturas a justiça, e chovam-na as nuvens; abra-se a
terra, e produza a salvação e ao mesmo tempo faça nascer a justiça; eu, o
Senhor, as criei:
9 Ai
daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro!
Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou dirá a tua obra: Não
tens mãos?
10 Ai
daquele que diz ao pai: Que é o que geras? e à mulher: Que dás tu à luz?
11
Assim diz o Senhor, o Santo de Israel, aquele que o formou: Perguntai-me as
coisas futuras; demandai-me acerca de meus filhos, e acerca da obra das minhas
mãos.
12 Eu é
que fiz a terra, e nela criei o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a
todo o seu exército dei as minhas ordens.
13 Eu o
despertei em justiça, e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a
minha cidade, e libertará os meus cativos, não por preço nem por presentes, diz
o Senhor dos exércitos.
14
Assim diz o Senhor: A riqueza do Egito, e as mercadorias da Etiópia, e os
sabeus, homens de alta estatura, passarão para ti, e serão teus; irão atrás de
ti; em grilhões virão; e, prostrando-se diante de ti, far-te-ão as suas
súplicas, dizendo: Deus está contigo somente; e não há nenhum outro Deus.
15
Verdadeiramente tu és um Deus que te ocultas, ó Deus de Israel, o Salvador.
16
Envergonhar-se-ão, e também se confundirão todos; cairão juntos em ignomínia os
que fabricam ídolos.
17 Mas
Israel será salvo pelo Senhor, com uma salvação eterna; pelo que não sereis
jamais envergonhados nem confundidos em toda a eternidade.
18
Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a
fez e a estabeleceu, não a criando para ser um caos, mas para ser habitada: Eu
sou o Senhor e não há outro.
19 Não
falei em segredo, nalgum lugar tenebroso da terra; não disse à descendência de
Jacó: Buscai-me no caos; eu, o Senhor, falo a justiça, e proclamo o que é reto.
20
Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada
sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de
madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.
21
Anunciai e apresentai as razões: tomai conselho todos juntos. Quem mostrou isso
desde a antiguidade? quem de há muito o anunciou? Porventura não sou eu, o
Senhor? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de
mim.
22
Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os confins da terra; porque eu sou
Deus, e não há outro.
23 Por
mim mesmo jurei; já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará
atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua.
24 De
mim se dirá: Tão somente no senhor há justiça e força. A ele virão,
envergonhados, todos os que se irritarem contra ele.
25 Mas
no Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.”
No
capítulo anterior (44.28) Ciro foi chamado de pastor do Senhor, e aqui no início deste capítulo
ele é nomeado de ungido, porque no original hebraico a palavra usada é Messias.
Ele
sequer havia nascido quando Isaías profetizou cerca de 737 a.C., convocando-o
por nome, para a tarefa que Ciro realizaria em 537 a.C., portanto, cerca de 200
anos depois desta profecia.
Ele é
chamado de Messias porque teria a missão de libertar o povo de Israel do
cativeiro em Babilônia, e faria isto em relação aos judeus como um pastor faz
em relação ao seu rebanho, porque teria que lhes construir casas no seu retorno
a Jerusalém, e restaurar a religião deles, pela reconstrução do templo e
ativação dos serviços que deveriam ser realizados nele.
Assim,
ele serviu de tipo de Cristo, para o trabalho que lhe foi designado pelo Pai
para ser o Pastor e o Ungido do verdadeiro Israel, que é composto por todos os
seus santos.
Ciro é
também designado como um tipo do Messias porque ele livraria e reconduziria
Israel a seu lugar, depois de ter subjugado os reis da terra, especialmente
Belsazar, neto de Nabucodonozor, que se encontrava no trono de Babilônia, no
seu terceiro ano de reinado, quando Ciro lhe subjugou. De igual modo Cristo
dará o reino ao Pai depois de ter subjugado os reis e poderosos da terra em Sua
segunda vinda.
A
missão de Ciro declarada no primeiro verso era a de abater as nações
dominadoras e abrir as portas aos cativos da Assíria e de Babilônia, decretando
o retorno deles para as suas respectivas nações. E é dito que o Senhor o
tomaria pela mão direita para fazer este trabalho e para abrir portas que não
mais se fechariam. Isto serviria de tipo para o trabalho de Cristo de tirar os
cativos da prisão, para onde não mais retornariam, porque faria uma obra de
salvação e de livramento perfeitos, de forma que não poderiam mais retornar ao
cativeiro.
É importante destacar que Ciro serviu também
de tipo para o Messias, e por isso é chamado aqui de messias, porque os judeus
seriam libertados por ele, mas permaneceriam debaixo da sua autoridade, assim
como todas as demais nações subjugadas. De igual modo os crentes são livrados
por Cristo para estarem debaixo da Sua autoridade, onde encontram segurança e
paz contra todos os seus inimigos, para poderem adorar livremente o seu Deus.
No
verso 2 o Senhor diz que iria adiante de Ciro para tornar planos os lugares
escabrosos e quebrar as portas de bronze, e despedaçar os ferrolhos de ferro.
De
igual modo tudo que Jesus fez em Seu ministério terreno foi debaixo da unção e
poder do Espírito Santo, e sempre disse que era o Pai que fazia as obras por
meio dEle, e que tudo que fazia, era somente aquilo que era da vontade do Pai.
O modo
de trabalhar para Deus tem em Cristo o seu exemplo máximo e perfeito, para
seguirmos os Seus passos, quando chamados para sermos seus servos e ministros.
Ele deve fazer o Seu trabalho através de nós, e não devemos ser nós que faremos
o nosso trabalho para Ele, porque é um trabalho que somente Ele pode fazer, que
é de tornar planos lugares escabrosos (corações), e quebrar portas de bronze e
despedaçar ferrolhos de ferro (as fortes cadeias do pecado e do diabo).
No
verso 3 é dito que Deus daria a Ciro os tesouros das trevas e as riquezas
encobertas, para que soubesse que Ele é o Senhor, o Deus de Israel que o
chamava pelo nome de Ciro.
Deus
falou o nome de alguém antes de ter nascido, assim como fizera em relação ao
rei Josias e a tantos outros que são mencionados na Bíblia, revelando com isso
o seu grande poder.
No caso
de Ciro lhe daria as riquezas das nações dominadoras que foram obtidas por
meios tenebrosos, pela pilhagem, roubo e despojo. Deus o conduziria a retomar a
posse destas riquezas para que Ciro se tornasse poderoso sobre a terra para
realizar o trabalho que Deus lhe designara para ser feito, por amor de Israel,
porque o Seu maior objetivo era libertar o Seu povo.
Nosso
Senhor Jesus Cristo virá com grande glória e poder para subjugar as nações por
amor dos santos, e para lhes dar a posse da terra como herança eterna.
O
Messias é Deus e conhecido por Deus. Na verdade somente Deus pode conhecer
perfeitamente a Deus, porque é infinito. Por isso Jesus diz que ninguém conhece
o Pai senão o Filho.
No
entanto, de Ciro, Deus declara nos versos 4 e 5, que ainda que o chamasse por
nome, ele não O conhecia, porque de fato, apesar de tudo o que faria para Deus,
Ciro era um rei ímpio, por cujo relato da história podemos inferir que não se
converteu ao Senhor. Por isso a profecia afirma que o que seria feito por meio
de Ciro não seria por amor a ele, mas de Jacó e de Israel, servo e escolhido de
Deus.
O
trabalho do Messias é portanto para os eleitos de Deus. Estes que são
conhecidos e amados por Ele. E isto está claramente revelado no Novo
Testamento, especialmente em João 17 onde Jesus diz que rogava não pelo mundo
mas por aqueles que lhe haviam sido dados pelo Pai.
O
motivo do trabalho a ser realizado por Ciro é também declarado nos versos 6 e
7:
“6 Para
que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há
outro; eu sou o Senhor, e não há outro.
7 Eu
formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor,
que faço todas estas coisas.”
Lembremos
que Ciro é citado aqui nesta profecia como tipo do Messias, cujo trabalho seria
realizado para que toda a terra saiba o que se declara nos versos 6 e 7.
A obra
do Messias através da Igreja dá testemunho que não há outro Deus verdadeiro
além do Deus da Bíblia, que realizou todas estas coisas, e que as anunciou,
muito antes que elas acontecessem.
Ao
dizer que forma a luz e cria as trevas, e faz a paz e cria o mal, no verso 7,
Deus não está afirmando que é o autor do pecado. As trevas e o mal aqui
referidos são relativos aos seus juízos sobre a terra, assim como o de estar
usando Ciro para subjugar as nações.
Ao
profeta estavam sendo reveladas as profundidades da riqueza do conhecimento e
da sabedoria de Deus quanto ao modo como planejou a criação de todas as coisas,
e o modo como agiria em relação à coroa da sua criação, a saber, o homem.
Haveria
salvação e justiça na terra para os homens, as quais proviriam das alturas
celestiais (v. 8), que cairiam sobre a terra como a chuva, com o derramar da
graça e do Espírito Santo.
Mas nem
todos seriam alcançados e beneficiados pela luz e paz divinas citadas no verso
7; porque como Criador, ao trazer seres morais livres à existência, seriam
formados vasos de barro, mas uns para honra e outros para desonra, uns para
receberem ira e outros, misericórdia.
O
Senhor é o Criador de tudo que tem existência, e se porventura muitos têm
escolhido antes o mal do que o bem, tanto entre os homens quanto os anjos, não
é porque Deus os inspirou a isto, mas sabia em Sua onisciência que isto
ocorreria ao ter criado os seres morais, dando-lhes a liberdade de escolherem o
bem ou o mal, a bênção ou a maldição.
Os que
escolhem o mal são amaldiçoados. Mas os que escolhem o bem são abençoados. E não há verdadeiro e duradouro bem
fora de Deus, e da nossa união com Ele.
Então ninguém tem o direito de contender com o
Criador, ou seja, de reclamar pela condição em que for encontrado, quando
estiver debaixo do juízo de Deu contra o pecado, porque como Criador tem o
direito de fazer o que quiser com o que Lhe pertence.
Ele não
é injusto, e sempre julga com justiça. Por isso o barro não pode dizer ao
Criador porque o criou desse ou daquele modo, porque o mal não foi colocado por
Ele no interior dos que caíram da Sua presença, mas por uma decisão de Deus de
não conceder a Sua graça àqueles que não a buscarem, de modo que não podem
permanecer de pé diante dEle fazendo aquilo que Lhe é agradável (v. 9 a
12).
Nos
versos 13 até o 25 é proferida a obra de justificação feita por Deus por meio
do Messias.
Esta
justificação seria pela graça, e não por nenhuma obra ou dom dos próprios
homens que eles oferecessem a Deus (v. 13).
Seria reconhecido inclusive pelos grandes da terra que o Deus
invisível é somente com Jesus e com a Sua Igreja, e que é um Deus Salvador (v.
14, 15).
Os
idólatras ficariam confundidos e cairiam juntos em ignomínia com os fabricantes
de ídolos, mas o verdadeiro Israel de Deus, seus eleitos, seriam salvos pelo
Senhor com uma salvação ETERNA, de maneira que jamais seriam confundidos e
envergonhados, por toda a eternidade.
Eles saberiam que somente o Senhor é Deus e não haveria nenhuma
confusão, nenhuma dúvida neles quanto à existência e pessoa do único Deus
verdadeiro. E sendo justificados por Ele, não teriam mais vergonha por causa do
pecado, porque seriam perdoados e o pecado seria destruído em Suas vidas por
este Deus poderoso e gracioso (v. 16, 17).
Deus
salvará o Seu povo porque não criou a terra para o caos, mas para ser habitada
em justiça. De modo que os santos terão a posse eterna da terra (v. 18).
Deus
não pode ser achado no caos, e por isso não será encontrado em lugares
tenebrosos, envolvido pelas trevas, pois é luz que as dissipa; mas fala em
justiça e proclama o que é reto, porque é perfeitamente justo e santo (v. 19).
Ele
será achado portanto pelos que indagam pela causa da justiça divina, e pela
verdade da Sua Palavra, e nunca nas trevas da ignorância da falsa sabedoria
terrena, nas coisas que são afirmadas acerca da divindade.
Os que
escaparam da opressão das nações são convocados a se congregarem e a se
achegarem juntos a Deus, e que indagassem mutuamente se desde a antiguidade
alguém havia anunciado estas coisas antes que elas acontecessem, assim como Ele
o fizera (v. 20).
Os
homens de nossos dias ao lerem esta profecia de Isaías, que fala da salvação
eterna através do Messias, conforme ela tem ocorrido na terra há mais de dois
mil anos desde que Jesus morreu, ressuscitou, subiu aos céus, e derramado o
Espírito Santo, deveriam usar a sua razão para examinarem esta verdade, e uma
vez sendo convencidos dela, podem estar seguros que devem se voltar unicamente
para o Senhor e abandonarem os seus ídolos. A única conclusão lógica a que
podemos chegar depois de tal exame das Escrituras comparando-o com a história
da Igreja, é a de que realmente não há outro Senhor e nenhum Deus justo e
Salvador além do Pai, do Filho e do Espírito Santo (v. 21).
E o
modo de se obter esta salvação eterna prometida por Deus desde a antiguidade, é
citado no verso 22:
“22
Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os confins da terra; porque eu sou
Deus, e não há outro.”.
É
simplesmente olhando para Jesus com os olhos da fé que somos salvos, porque,
como o Senhor declarou antes nesta profecia de Isaías, a salvação seria
inteiramente pela graça.
Deus
jurou que salvaria conforme a palavra da justiça que saiu da sua boca, e com a
qual somos justificados, conforme vimos, somente pela graça, mediante a fé, e
por isso afirmou que diante dEle todo joelho se dobraria e toda língua
confessaria que somente nEle há justiça e força (v. 21 a 24).
Todos
os que se opusessem a Ele seriam envergonhados (v. 24 b).
Mas
daqueles que O amam é dito no verso 25:
“Mas no
Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.”
Mais uma vez é afirmado que a salvação será
por meio da justificação. E que todo o verdadeiro Israel de Deus, a saber, seus
eleitos, todos seriam justificados e se gloriariam no Senhor, sem faltar um
único deles.
Isaías
47
“1
Desce, e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilônia; assenta-te no chão sem
trono, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada a mimosa nem a
delicada.
2 Toma
a mó, e mói a farinha; remove o teu véu, suspende a cauda da tua vestidura,
descobre as pernas e passa os rios.
3 A tua
nudez será descoberta, e ver-se-á o teu opróbrio; tomarei vingança, e não
pouparei a homem algum.
4
Quanto ao nosso Redentor, o Senhor dos exércitos é o seu nome, o Santo de
Israel.
5
Assenta-te calada, e entra nas trevas, ó filha dos caldeus; porque não serás
chamada mais a senhora de reinos.
6 Muito
me agastei contra o meu povo, profanei a minha herança, e os entreguei na tua
mão; não usaste de misericórdia para com eles, e até sobre os velhos fizeste
muito pesado o teu jugo.
7 E
disseste: Eu serei senhora para sempre; de sorte que até agora não tomaste a
sério estas coisas, nem te lembraste do fim delas.
8 Agora
pois ouve isto, tu que és dada a prazeres, que habitas descuidada, que dizes no
teu coração: Eu sou, e fora de mim não há outra; não ficarei viúva, nem
conhecerei a perda de filhos.
9 Mas
ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e
viuvez; em toda a sua plenitude virão sobre ti, apesar da multidão das tuas
feitiçarias, e da grande abundância dos teus encantamentos.
10
Porque confiaste na tua maldade e disseste: Ninguém me vê; a tua sabedoria e o
teu conhecimento, essas coisas te perverteram; e disseste no teu coração: Eu
sou, e fora de mim não há outra.
11 Pelo
que sobre ti virá o mal de que por encantamentos não saberás livrar-te; e tal
destruição cairá sobre ti, que não a poderás afastar; e virá sobre ti de
repente tão tempestuosa desolação, que não a poderás conhecer.
12
Deixa-te estar com os teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias
em que te hás fatigado desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou
se porventura podes inspirar terror.
13
Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora e te salvem
os astrólogos, que contemplam os astros, e os que nas luas novas prognosticam o
que há de vir sobre ti.
14 Eis
que são como restolho; o logo os queimará; não poderão livrar-se do poder das
chamas; pois não é um braseiro com que se aquentar, nem fogo para se sentar
junto dele.
15
Assim serão para contigo aqueles com quem te hás fatigado, os que tiveram negócios
contigo desde a tua mocidade; andarão vagueando, cada um pelo seu caminho; não
haverá quem te salve.”
A
soberba e a crueldade de Babilônia são condenadas por Deus neste capítulo.
Os
inimigos de Israel seriam abatidos depois de
cumprido o tempo que foi determinado e permitido por Ele para que
assolassem o Seu povo.
De
igual modo, Cristo por fim se levantará no tempo do fim contra os inimigos e
opressores da Igreja, para lhes dar a devida retribuição pelas suas más obras.
Pelo
seu muito poder e grandes feitiçarias, especialmente pelas adivinhações de seus
magos e astrólogos, Babilônia pensava que permaneceria absoluta para sempre,
como reino dominante sobre toda a terra, e que nunca ficaria viúva e privada de
nenhum de seus filhos, mas o Senhor mandou lhe dizer que ambas as coisas viriam
sobre ela num momento, no mesmo dia, tanto a perda de filhos quanto a viuvez
(v.9), porque Ciro entraria na cidade repentinamente enquanto o rei Belsazar
banqueteava com grande luxúria com os seus príncipes, usando os utensílios
sagrados que haviam saqueado do templo de Deus em Jerusalém.
Foi
para este rei que o profeta Daniel decifrou o que Deus escreveu
sobrenaturalmente na parede indicando a sua destruição.
Eles
haviam desprezado os judeus que se encontravam cativos em Babilônia, não usando
de misericórdia para com eles, e até mesmo sobre os velhos haviam feito muito
pesado o seu jugo (v. 6).
Pelo
que o Senhor lhes daria a devida retribuição.
É
importante dizer que isto tudo foi profetizado por Isaías muito antes de os
próprios judeus serem levados para o cativeiro em Babilônia, o que ocorreria
somente a partir de 605 a.C., sendo a maior leva de cativos sido efetuada em
587 a.C., e sabemos que Isaías profetizou em torno de 700 a. C.
Deus demonstra portanto que sabe todas as
coisas futuras como se fossem presentes.
Eles
excederiam na medida do juízo que Deus lhes havia ordenado, conforme revelou ao
profeta, e erraram tanto quanto o rei Jeú e outros reis de Israel haviam feito
no passado, em relação aos juízos sobre os maus reis que lhes haviam sucedido
no trono.
Por
isso devemos usar de toda longanimidade e doutrina quando corrigimos nossos
filhos, ou as ovelhas do rebanho de Cristo, sendo cautelosos para não
excedermos na medida da correção, de forma que nós mesmos, que temos o dever de
corrigir, não fiquemos também sujeitos aos mesmos juízos de Deus.
Ferir o
injusto de forma desmedida nos torna tanto ou mais injustos do que ele; e o
Senhor o verá e o retribuirá.
É
preciso vigiar também em relação à soberba do coração, Por causa da muita
abundância de bens, tal como sucedeu com Babilônia, porque isto produz uma
falsa segurança, que cega, e que impede que o coração faça uma justa avaliação
de que há muita instabilidade na falsa segurança que é proporcionada pelas
riquezas, porque ainda que andemos na justiça, o dia da calamidade poderá vir
bater à nossa porta, mesmo que não seja em razão de algum juízo de Deus contra
nós, tal como foi o caso de Babilônia, mas em razão de ser este mundo um lugar
de aflições e tribulações.
Há na
própria Igreja muitos que estão cegos quanto a isto, pensando que a bênção de
Deus para suas vidas consiste na quantidade de bens que eles possuem.
No
verso 7, o Senhor afirma que Babilônia não havia considerado em seu coração
estas coisas, e nem se lembraram do fim delas, e por isso permaneceram cegos
quanto ao fato de que toda impiedade será visitada, e que as riquezas não podem
livrar no dia da calamidade.
Isaías
48
“1 Ouvi
isto, casa de Jacó, que vos chamais do nome de Israel, e saístes dos lombos de
Judá, que jurais pelo nome do Senhor, e fazeis menção do Deus de Israel, mas
não em verdade nem em justiça.
2 E até
da santa cidade tomam o nome, e se firmam sobre o Deus de Israel; o Senhor dos
exércitos é o seu nome.
3 Desde
a antiguidade anunciei as coisas que haviam de ser; da minha boca é que saíram,
e eu as fiz ouvir; de repente as pus por obra, e elas aconteceram.
4
Porque eu sabia que és obstinado, que a tua cerviz é um nervo de ferro, e a tua
testa de bronze.
5 Há
muito tas anunciei, e as manifestei antes que acontecessem, para que não
dissesses: O meu ídolo fez estas coisas, ou a minha imagem de escultura, ou a
minha imagem de fundição as ordenou.
6 Já o
tens ouvido; olha bem para tudo isto; porventura não o anunciarás? Desde agora
te mostro coisas novas e ocultas, que não sabias.
7 São
criadas agora, e não de há muito, e antes deste dia não as ouviste, para que
não digas: Eis que já eu as sabia.
8 Tu
nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco há muito foi aberto o teu
ouvido; porque eu sabia que procedeste muito perfidamente, e que eras chamado
transgressor desde o ventre.
9 Por
amor do meu nome retardo a minha ira, e por causa do meu louvor me contenho
para contigo, para que eu não te extermine.
10 Eis
que te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição,
11 Por
amor de mim, por amor de mim o faço; porque como seria profanado o meu nome? A
minha glória não a darei a outrem,
12
Escuta-me, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, eu o
primeiro, eu também o último.
13
Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra estendeu os céus; quando eu
os chamo, eles aparecem juntos.
14
Ajuntai-vos todos vós, e ouvi: Quem, dentre eles, tem anunciado estas coisas?
Aquele a quem o Senhor amou executará a sua vontade contra Babilônia, e o seu
braço será contra os caldeus.
15 Eu,
eu o tenho dito; também já o chamei; eu o trouxe, e o seu caminho será
próspero.
16
Chegai-vos a mim, ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o
tempo em que aquilo se fez, eu estava ali; e agora o Senhor Deus me enviou
juntamente com o seu Espírito.
17
Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu
Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar.
18 Ah!
se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos! então seria a tua paz como um
rio, e a tua justiça como as ondas do mar;
19
também a tua descendência teria sido como a areia, e os que procedem das tuas
entranhas como os seus grãos; o seu nome nunca seria cortado nem destruído de
diante de mim.
20 Saí
de Babilônia, fugi de entre os caldeus. E anunciai com voz de júbilo, fazei
ouvir isto, e levai-o até o fim da terra; dizei: O Senhor remiu a seu servo
Jacó;
21 e
não tinham sede, quando os levava pelos desertos; fez-lhes correr água da
rocha; fendeu a rocha, e as águas jorraram.
22 Não
há paz para os ímpios, diz o Senhor.”
Deus
estava predizendo todas estas coisas com bastante antecedência para que quando
chegasse o dia da libertação com Ciro, os judeus se animassem a retornarem a
Judá.
Daí o
Seu comando que lemos no verso 20:
“Saí de
Babilônia, fugi de entre os caldeus. E anunciai com voz de júbilo, fazei ouvir
isto, e levai-o até o fim da terra; dizei: O Senhor remiu a seu servo Jacó;”.
Eles
deveriam lembrar que não há paz para os que são ímpios, porque o Senhor não
dará paz senão somente aos justos (v. 22). Então deveriam se converter a Ele e
retornar a Judá quando o libertador viesse.
De
igual modo, nesta dispensação da graça, os homens devem deixar a impiedade e se
voltarem para Deus, porque o libertador deles, Cristo, já se manifestou.
A mesma
razão que se aplicava a Israel em seus dias, também se aplica a nós, na forma
como é apresentada nos versos 16 e 17:
“16
Chegai-vos a mim, ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o
tempo em que aquilo se fez, eu estava ali; e agora o Senhor Deus me enviou
juntamente com o seu Espírito.
17
Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu
Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar.”
Nesta
profecia o Senhor tanto prometeu castigar Babilônia, como também repreendeu
Israel pelo seu endurecimento e rebelião contra a Sua vontade, e declarou o
motivo porque havia poupado Israel e ainda o pouparia, como podemos ler nos
versos 9 a 11.
Primeiro,
por causa do amor pelo Seu grande nome, que deve ser santificado, e por isso
retardou a Sua ira, senão Israel teria sido exterminado (v. 9).
Não é
pelo mesmo motivo que Ele poupa os crentes da Igreja de Cristo, dos quais disse
que teriam a sua libertação e eles próprios comprados sem preço? Isto porque
Cristo pagou o preço total por nós e não deixou nada para que pagássemos,
porque na verdade nada tínhamos para pagar a nossa dívida de pecados.
Jesus
nos comprou para o Pai com o Seu sangue. Somente Ele poderia pagar o preço
exigido para tão grande salvação.
Em
segundo lugar, Israel não foi exterminado quando foi levado para o cativeiro,
porque o propósito do Senhor não era o de destruí-lo, mas corrigi-lo,
purificá-lo na fornalha da aflição (v. 10).
Deus
usa o mesmo procedimento com os crentes da Igreja. Esta verdade que se aplicou
a Israel no passado também se aplica à Igreja no presente. Ela está sendo
purificada pelo fogo da provação, porque é pela tribulação que se aprende a
perseverança, a experiência e a esperança.
Por
fim, Deus declarou no verso 11 que não destruiu Israel por amor dEle próprio,
porque não permitiria que o Seu nome fosse profanado e nem que a Sua glória
fosse dada a outrem.
Não é
por nenhum mérito ou bem pessoal que haja em nós que o Senhor nos poupa, mas
por causa da nossa fé na justiça de
Cristo, pela qual Lhe fomos tornados aceitáveis.
Israel
não teria em que se gloriar senão somente no Senhor, quando fossem libertados.
Porque não seria pelo seu próprio poder que eles poderiam se libertar, porque
foi necessário que se lhes provesse um libertador, Ciro, e de igual modo,
nenhum crente tem que se gloriar em si mesmo e nos feitos pela libertação que
lhe trouxe paz com Deus, senão somente nAquele que foi dado como libertador a
eles, a saber, Cristo.
Se
fosse deixado a nós mesmos provermos a nossa libertação, ficaríamos perdidos
para sempre, porque há necessidade que o Pai seja revelado a nós pelo Filho.
Precisamos do trabalho de convencimento do nosso pecado pelo Espírito Santo.
Necessitamos ser quebrados no nosso endurecimento natural, e da remoção do
pecado, que nos assedia tão de perto, habitando em nossa própria natureza.
Assim,
as palavras dirigidas aos judeus nos dias de Isaías se aplicam a todos nós,
para que lhes dando crédito, nos arrependamos e nos tornemos para Deus, para
que o nosso coração de pedra seja trocado pelo coração de carne, que somente
Ele pode nos dar.
“Porque
eu sabia que és obstinado, que a tua cerviz é um nervo de ferro, e a tua testa
de bronze.” (v. 4).
Ninguém é salvo, portanto, porque era alguém
melhor do que os judeus, que se converteriam ao Senhor, quando saíssem de
Babilônia, dos quais o Senhor declara que a cerviz deles era um nervo de ferro,
e a testa de bronze.
Nenhum
de nós merecia a graça pela qual somos salvos.
Em
nenhum de nós habitava algum bem ou justiça que nos tornasse agradáveis a Deus.
Deste
modo, somos salvos por pura graça e misericórdia, quando Ele realiza o trabalho
de salvação em nossas vidas.
Tudo é
realizado pelo Espírito Santo no que se refere ao nosso novo nascimento e
santificação. E Jesus ensinou isto claramente, especialmente quando esteve com
Nicodemos.
O
próprio Isaías afirma na segunda parte do verso 16, que havia sido enviado
junto com o Espírito Santo. Ou seja, não foi Ele quem produziu as profecias do
seu livro, mas o Espírito Santo, que estava com ele.
O mesmo
se dá com a Igreja de Cristo, porque todo aquele que for enviado por Deus, para
alguma obra, terá o Espírito Santo com ele, para que não o próprio enviado, mas
o Espírito faça a obra de Deus por nós.
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