Este
capítulo descreve as circunstâncias que foram usadas pelo Senhor para aumentar
a Sua própria glória perante os babilônios, como também para aumentar nestes o
temor ao Seu grande nome, de modo que os judeus recebessem um tratamento mais
humano por parte deles, em seu cativeiro.
Como
Daniel havia revelado a Nabucodonosor que a cabeça de ouro da estátua imensa
que ele havia visto em sonho representava o reino de Babilônia, então o rei
tomou a iniciativa de fazer uma grande estátua, com cerca de trinta metros de
altura, só que não apenas com a cabeça de ouro, mas toda de ouro, talvez
pensando com isto que pudesse mudar a destruição do seu reino, por causa da
fragilidade dos reinos que compunham a estátua do seu sonho, que era composta
com materiais menos nobres.
Nada é
dito no texto sobre uma possível conspiração da parte dos sábios de Babilônia
contra Daniel e seus três amigos hebreus que haviam sido colocados em grande
honra sobre eles, porque sabiam que não adoravam a ídolos, e é bem provável que
tenham aconselhado ou incentivado o rei a erigir aquele ídolo de ouro, com o
propósito de trazer a ruína sobre Daniel e seus três amigos.
Foi ordenado a todos os estrangeiros que se
encontravam em Babilônia que juntamente com os naturais da terra se encurvassem
e adorassem a imagem de escultura, quando fosse dada a ordem para tal através
do toque de instrumentos.
Para
punir aqueles que se recusassem a fazê-lo, foi acesa uma fornalha ardente com
temperatura suficiente para cremar ainda vivo, a qualquer que fosse lançado
nela.
Os três
amigos de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego se recusaram a adorar o ídolo que
representava um dos falsos deuses de Babilônia, e por isso foram denunciados a
Nabucodonosor, que ordenou que fossem lançados na fornalha, mas que antes, a
caloria da fornalha fosse aumentada sete vezes mais do que o costumado (v. 19).
E
ordenou aos mais poderosos do seu exército que atassem e lançassem os três na
fornalha.
Tal era
a caloria da fornalha que os homens que lançaram os três, foram mortos pelas
chamas do fogo, entretanto, quando Sadraque, Mesaque e Abdenego caíram
amarrados na fornalha, imediatamente se viu um quarto homem com eles.
Isto
deixou Nabucodonosor espantado (v. 14),
porque via quatro homens andando na fornalha sem sofrer qualquer dano, sendo
que o aspecto do quarto homem era semelhante a um filho dos deuses, segundo o
parecer do rei.
Então
Nabucodonosor ordenou diretamente a Sadraque, Mesaque e Abdnego que saíssem da
fornalha, chamando-os de servos do Deus Altíssimo.
Como
não era convertido, o Deus de Israel era para Nabucodonosor, apenas mais um
Deus entre os demais deuses, só que Ele se mostrava muito mais poderoso do que
os deuses de Babilônia, porque desonrara o culto da imagem fundida em ouro,
porque não permitiu que se fizesse qualquer dano a Seus servos.
Sequer havia cheiro de fogo nos três. Nem
seus cabelos foram queimados, o que foi testemunhado pelos grandes de
Nabucodonosor (v. 27).
À vista de tais evidências
Nabucodonosor disse o seguinte:
“Bendito
seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou
os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei,
preferindo entregar o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus,
senão ao seu Deus. Portanto, faço um decreto pelo qual todo povo, nação e
língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego
seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas em monturo; porque não há outro
deus que possa livrar como este.”
Deus tinha planos futuros para Israel, que ainda haverá de reger
sobre todas as nações da terra.
Então tem mantido Israel como povo até aos dias de hoje, a par de
todas as tentativas de extermínio de pessoas de Seu povo, como foi este caso
dos três amigos de Daniel, como da nação de Israel como um todo, como se deu
nos dias da rainha Ester, com Hamã; com os romanos, sob o general Tito, em 70
d.C., com Hitler, na Segunda Grande Guerra Munidal, e em muitas outras
ocasiões, como por exemplo no período Macabeu com Antíoco Epifânio.
No entanto, não é possível exterminar esta nação porque há
promessas de Deus de fazê-la cabeça e não cauda das nações. Israel vive
provando que vive o Senhor, porque doutra sorte já teria sido exterminada de há
muito.
O diabo continua tentando exterminar Israel na Palestina,
especialmente com o mundo árabe, e a sua última grande tentativa de exterminar
os judeus será com o Anticristo, e tudo isto comprova que de fato há uma
promessa específica de Deus de tornar Israel cabeça das nações, juntamente com
Cristo, porque não há como se explicar tão grande fúria do diabo dirigida
contra Israel, ao longo dos séculos, sempre voltadas para o seu
extermínio.
“1 O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que tinha sessenta
côvados de altura e seis de largura; levantou-a no campo de Dura, na província
da Babilônia.
2 Então, o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas, os
prefeitos, os governadores, os juízes, os tesoureiros, os magistrados, os
conselheiros e todos os oficiais das províncias, para que viessem à consagração
da imagem que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
3 Então, se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os governadores,
os juízes, os tesoureiros, os magistrados, os conselheiros e todos os oficiais
das províncias, para a consagração da imagem que o rei Nabucodonosor tinha
levantado; e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado.
4 Nisto, o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós outros, ó
povos, nações e homens de todas as línguas:
5 no momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da
harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos
prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou.
6 Qualquer que se não prostrar e não a adorar será, no mesmo instante,
lançado na fornalha de fogo ardente.
7 Portanto, quando todos os povos ouviram o som da trombeta, do
pífaro, da harpa, da cítara, do saltério e de toda sorte de música, se
prostraram os povos, nações e homens de todas as línguas e adoraram a imagem de
ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
8 Ora, no mesmo instante, se chegaram alguns homens caldeus e
acusaram os judeus;
9 disseram ao rei Nabucodonosor: Ó rei, vive eternamente!
10 Tu, ó rei, baixaste um decreto pelo qual todo homem que ouvisse
o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de
foles e de toda sorte de música se prostraria e adoraria a imagem de ouro;
11 e qualquer que não se prostrasse e não adorasse seria lançado
na fornalha de fogo ardente.
12 Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da
província da Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; estes homens, ó rei,
não fizeram caso de ti, a teus deuses não servem, nem adoram a imagem de ouro
que levantaste.
13 Então, Nabucodonosor,
irado e furioso, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E trouxeram a
estes homens perante o rei.
14 Falou Nabucodonosor e lhes disse: É verdade, ó Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego, que vós não servis a meus deuses, nem adorais a imagem de
ouro que levantei?
15 Agora, pois, estai dispostos e, quando ouvirdes o som da
trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da gaita de foles,
prostrai-vos e adorai a imagem que fiz; porém, se não a adorardes, sereis, no
mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente. E quem é o deus que vos
poderá livrar das minhas mãos?
16 Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó
Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder.
17 Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos
livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei.
18 Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses,
nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.
19 Então, Nabucodonosor se encheu de fúria e, transtornado o
aspecto do seu rosto contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, ordenou que se
acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava.
20 Ordenou aos homens mais poderosos que estavam no seu exército
que atassem a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os lançassem na fornalha de fogo
ardente.
21 Então, estes homens foram atados com os seus mantos, suas
túnicas e chapéus e suas outras roupas e foram lançados na fornalha
sobremaneira acesa.
22 Porque a palavra do rei era urgente e a fornalha estava
sobremaneira acesa, as chamas do fogo mataram os homens que lançaram de cima
para dentro a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
23 Estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, caíram
atados dentro da fornalha sobremaneira acesa.
24 Então, o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa,
e disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro do
fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei.
25 Tornou ele e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que
andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é
semelhante a um filho dos deuses.
26 Então, se chegou
Nabucodonosor à porta da fornalha sobremaneira acesa, falou e disse: Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde! Então, Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego saíram do meio do fogo.
27 Ajuntaram-se os sátrapas, os prefeitos, os governadores e
conselheiros do rei e viram que o fogo não teve poder algum sobre os corpos
destes homens; nem foram chamuscados os cabelos da sua cabeça, nem os seus
mantos se mudaram, nem cheiro de fogo passara sobre eles.
28 Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que
confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar
o seu corpo, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, senão ao seu Deus.
29 Portanto, faço um decreto pelo qual todo povo, nação e língua
que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja
despedaçado, e as suas casas sejam feitas em monturo; porque não há outro deus
que possa livrar como este.
30 Então, o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na
província da Babilônia.”
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