JOSUÉ 10
“1 Quando Adoni-Zedeque, rei de
Jerusalém, ouviu que Josué tomara a Ai, e a destruíra totalmente (pois este
fizera a Ai e ao seu rei como tinha feito a Jericó e ao seu rei), e que os
moradores de Gibeom tinham feito paz com os israelitas, e estavam no meio
deles,
2 temeu muito, pois Gibeom era uma
cidade grande como uma das cidades reais, e era ainda maior do que Ai, e todos
os seus homens eram valorosos.
3 Pelo que Adoni-Zedeque, rei de
Jerusalém, enviou mensageiros a Hoão, rei de Hebrom, a Pirã, rei de Jarmute, a
Jafia, rei de Laquis, e a Debir, rei de Eglom, para lhes dizer:
4 Subi a mim, e ajudai-me; firamos a
Gibeom, porquanto fez paz com Josué e com os filhos de Israel.
5 Então se ajuntaram, e subiram cinco
reis dos amorreus, o rei de Jerusalém, o rei de Hebrom, o rei de Jarmute, o rei
de Laquis, o rei de Eglom, eles e todos os seus exércitos, e sitiaram a Gibeom
e pelejaram contra ela.
6 Enviaram, pois, os homens de Gibeom
a Josué, ao arraial em Gilgal, a dizer-lhe: Não retires de teus servos a tua
mão; sobe apressadamente a nós, e livra-nos, e ajuda-nos, porquanto se
ajuntaram contra nós todos os reis dos amorreus, que habitam na região
montanhosa.
7 Josué, pois, subiu de Gilgal com
toda a gente de guerra e todos os homens valorosos.
8 E o Senhor disse a Josué: Não os
temas, porque os entreguei na tua mão; nenhum deles te poderá resistir.
9 E Josué deu de repente sobre eles,
tendo marchado a noite toda, subindo de Gilgal;
10 e o Senhor os pôs em desordem
diante de Israel, que os desbaratou com grande matança em Gibeom, e os
perseguiu pelo caminho que sobe a Bete-Horom, ferindo-os até Azeca e Maqueda.
11 Pois, quando eles iam fugindo de
diante de Israel, à descida de Bete-Horom, o Senhor lançou sobre eles, do céu,
grandes pedras até Azeca, e eles morreram; e foram mais os que morreram das
pedras da saraiva do que os que os filhos de Israel mataram à espada.
12 Então Josué falou ao Senhor, no
dia em que o Senhor entregou os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse
na presença de Israel: Sol, detém-se sobre Gibeom, e tu, lua, sobre o vale de
Aijalom.
13 E o sol se deteve, e a lua parou,
até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no livro de
Jasar? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase
um dia inteiro.
14 E não houve dia semelhante a esse,
nem antes nem depois dele, atendendo o Senhor assim à voz dum homem; pois o
Senhor pelejava por Israel.
15 Depois voltou Josué, e todo o
Israel com ele, ao arraial em Gilgal.
16 Aqueles cinco reis, porém, fugiram
e se esconderam na caverna que há em Maqueda.
17 E isto foi anunciado a Josué
nestas palavras: Acharam-se os cinco reis escondidos na caverna em Maqueda.
18 Disse, pois, Josué: Arrastai
grandes pedras para a boca da caverna, e junto a ela ponde homens que os
guardem.
19 Vós, porém, não vos detenhais;
persegui os vossos inimigos, matando os que vão ficando atrás; não os deixeis
entrar nas suas cidades, porque o Senhor vosso Deus já vo-los entregou nas
mãos.
20 Quando Josué e os filhos de Israel
acabaram de os ferir com mui grande matança, até serem eles exterminados, e os
que ficaram deles se retiraram às cidades fortificadas,
21 todo o povo voltou em paz a Josué,
ao arraial em Maqueda. Não havia ninguém que movesse a sua língua contra os
filhos de Israel.
22 Depois disse Josué: Abri a boca da
caverna, e trazei-me para fora aqueles cinco reis.
23 Fizeram, pois, assim, e
trouxeram-lhe aqueles cinco reis para fora da caverna: o rei de Jerusalém, o
rei de Hebrom, o rei de Jarmute, o rei de Laquis, e o rei de Eglom.
24 Quando os trouxeram a Josué, este
chamou todos os homens de Israel, e disse aos comandantes dos homens de guerra
que o haviam acompanhado: Chegai-vos, ponde os pés sobre os pescoços destes
reis. E eles se chegaram e puseram os pés sobre os pescoços deles.
25 Então Josué lhes disse: Não
temais, nem vos atemorizeis; esforçai-vos e tende bom ânimo, porque assim fará
o Senhor a todos os vossos inimigos, contra os quais haveis de pelejar.
26 Depois disto Josué os feriu, e os
matou, e os pendurou em cinco madeiros, onde ficaram pendurados até a tarde.
27 Ao pôr do sol, por ordem de Josué,
tiraram-nos dos madeiros, lançaram-nos na caverna em que se haviam escondido, e
puseram à boca da mesma grandes pedras, que ainda ali estão até o dia de hoje.
28 Naquele mesmo dia Josué tomou a
Maqueda, e feriu-a a fio de espada, bem como a seu rei; totalmente os destruiu
com todos os que nela havia, sem deixar ali nem sequer um. Fez, pois, ao rei de
Maqueda como fizera ao rei de Jericó.
29 De Maqueda, Josué, e todo o Israel
com ele, passou a Libna, e pelejou contra ela.
30 E a esta também, e a seu rei, o
Senhor entregou na mão de Israel, que a feriu a fio de espada com todos os que
nela havia, sem deixar ali nem sequer um. Fez, pois, ao seu rei como fizera ao
rei de Jericó.
31 De Libna, Josué, e todo o Israel
com ele, passou a Laquis, e a sitiou, e pelejou contra ela.
32 O Senhor entregou também a Laquis
na mão de Israel, que a tomou no segundo dia, e a feriu a fio de espada com
todos os que nela havia, conforme tudo o que fizera a Libna.
33 Então Horão, rei de Gezer, subiu
para ajudar a Laquis; porém Josué o feriu, a ele e ao seu povo, até não lhe
deixar nem sequer um.
34 De Laquis, Josué, e todo o Israel
com ele, passou a Eglom, e a sitiaram, e pelejaram contra ela,
35 e no mesmo dia a tomaram,
ferindo-a a fio de espada; destruiu totalmente nesse mesmo dia todos os que
nela estavam, conforme tudo o que fizera a Laquis.
36 De Eglom, Josué, e todo o Israel
com ele, subiu a Hebrom; pelejaram contra ela,
37 tomaram-na, e a feriram ao fio da
espada, bem como ao seu rei, e a todas as suas cidades, com todos os que nelas
havia. A ninguém deixou com vida, mas, conforme tudo o que fizera a Eglom, a
destruiu totalmente, com todos os que nela havia.
38 Então Josué, e todo o Israel com
ele, voltou a Debir, pelejou contra ela,
39 e a tomou com o seu rei e com
todas as suas cidades; feriu-as a fio de espada, e a todos os que nelas havia
destruiu totalmente, não deixando nem sequer um. Como fizera a Hebrom, e como
fizera também a Libna e ao seu rei, assim fez a Debir e ao seu rei.
40 Assim feriu Josué toda aquela
terra, a região montanhosa, o Negebe, a baixada, e as faldas das montanhas, e a
todos os seus reis. Não deixou nem sequer um; mas a tudo o que tinha fôlego
destruiu totalmente, como ordenara o Senhor, o Deus de Israel:
41 Assim Josué os feriu desde
Cades-Barnéia até Gaza, como também toda a terra de Gósem, até Gibeom.
42 E de uma só vez tomou Josué todos
esses reis e a sua terra, porquanto o Senhor, o Deus de Israel, pelejava por
Israel.
43 Então Josué, e todo o Israel com
ele, voltou ao arraial em Gilgal.” (Js 10.1-43).
Quando Israel atravessou o Jordão, ao
norte do mar Morto, na altura de Jericó, eles haviam se instalado na parte
meridional de Canaã, e dali, em razão do ataque da coligação de reis contra
Gibeom, foram feitas campanhas militares em direção ao Sul, tendo sido dominado
portanto todo o território do Sul de Canaã, até às extremidades da terra de
Gósen no Egito.
Canaã não seria conquistada em poucos
dias. Deus declarou em Êx 30.29,30 como se faria a conquista: “Não os
expulsarei num só ano, para que a terra não se torne em deserto, e as feras do
campo não se multipliquem contra ti. Pouco a pouco os lançarei de diante de ti,
até que te multipliques e possuas a terra por herança.”.
O cronograma e o programa de
conquista não seria estabelecido por Josué, mas seria levado a efeito de acordo
com a direção de Deus.
É muito curioso perceber que o que
precipitou a campanha militar ao Sul foi justamente uma ação de defesa dos
gibeonitas em compromisso em honrar a aliança que havia sido feita com eles,
pois uma coligação de reis amorreus daquela região de Canaã veio sobre os
gibeonitas, em razão de terem se aliançado a Israel, e quando eles pediram por
socorro aos israelitas, Deus disse a Josué que daria aqueles reis coligados nas
mãos dele.
Seria portanto, pelo Sul, que
começaria a ocupação de Canaã.
O rei Adoni-Zedec, de Jerusalém, foi
o primeiro a tomar a iniciativa em formar um confederação para destruir os
gibeonitas.
Eles pretendiam mostrar a destruição
que eles fariam a todos os que ousassem se coligarem a Israel.
Assim, Satanás e os seus instrumentos
declaram guerra contra aqueles que fazem paz com Deus.
Não devemos estranhar que o mundo
odeie os crentes, e especialmente aqueles que se determinam em fazer a vontade
do Senhor.
O inimigo atacará a estes de modo
mais intenso, pelo temor das perdas que lhe possam causar.
Desta forma, se antecipa para tentar
destruir a obra que Deus intenta realizar através deles, mesmo antes de a
iniciarem.
Quantos, que são considerados
preciosos para Deus, são atacados de modo muito terrível pelo diabo, que os
conduz para bem longe dos caminhos do Senhor, mesmo antes da sua conversão, por
saber que eles serão instrumentos poderosos nas mãos de Deus e agirão contra os
interesses do seu reino espiritual do mal, caso venham a se converter.
Portanto, se antecipa e ataca aquelas
pessoas que poderão serem achadas nos mais grosseiros pecados, debaixo da sua escravidão,
de modo que não possam lhe causar qualquer dano.
Ele caça essas vidas preciosas com
uma incansável fúria, de modo a tentar impedir que se convertam a Deus.
E é disto que especialmente, a Igreja
deve estar bem conscientizada, para que não venha a desprezar e a deixar de
insistir na salvação daqueles que se encontram presos nas garras do diabo, e
que Deus sabe que são preciosos para Ele e para os interesses do Seu reino, e
que o diabo procura cegar e conduzir à prática dos pecados mais horrendos, de
modo que tais pessoas se considerem indignas do amor e do perdão do
Senhor.
Assim como Josué se dispôs a socorrer
os gibeonitas, que estavam sendo atacados pela coligação dos reis de Canaã, do
mesmo modo a Igreja deve se dispor a socorrer aqueles que estão presos nas
garras do diabo.
Os reis de Canaã decidiram atacar os
gibeonitas, porque julgaram que seriam abandonados pelos israelitas, e que não
cumpririam a aliança que fizeram com eles, em razão de serem também cananitas.
De igual modo, o diabo tenta
desencorajar os crentes em sua missão de evangelização do mundo, levando-os a
crer que as pessoas descrentes não são dignas da sua atenção e do seu cuidado,
uma vez que não fazem parte da Igreja, e assim, não poderiam contar com
qualquer favor da parte de Deus.
Mas foi exatamente para salvar e não
para condenar o mundo que Jesus se manifestou.
Foi exatamente para pecadores e não
para justos que Ele veio.
Foi para buscar o perdido.
Foi para os doentes que Ele morreu na
cruz e não para os sãos.
E se espera da Igreja que traduza em
ações práticas de evangelização, levando a palavra de perdão e reconciliação
aos pecadores, por meio da fé em Cristo, e não que se isole e evite qualquer
tipo de contato com eles.
Provavelmente alguém dirá: “mas Josué
não exterminaria os cananeus a mandado de Deus?”.
Sim. Porque aquela Antiga Aliança era
ministério de morte e de condenação (II Cor 3.7,9).
De fato houve muitas destruições
determinadas por Deus, não somente por meio de Israel sobre as nações pagãs,
como também sobre o próprio Israel, quando eles se comportaram como pagãos, e
isto para servir de ilustração que o pecado sujeita aqueles que não se
arrependem e não caminham com Deus, a uma sentença condenatória de morte espiritual
eterna, que se cumprirá quando se deixa este mundo pela morte física.
Mas tendo sido inaugurada uma Nova
Aliança desde a morte e ressurreição de Jesus, que está sendo oferecida a todas
as pessoas, sem qualquer tipo de acepção da parte de Deus, conforme Ele havia
prometido, o ministério da Igreja já não é mais um ministério de morte e de
condenação como o que vigorou até a morte de Jesus, mas ministério do Espírito
e da justiça (II Cor 3.8.9).
É ministério do Espírito porque é Ele
quem grava a lei de Deus nas mentes e corações e quem convence do pecado e que
converte poderosamente a Deus os pecadores, por piores que eles sejam.
E é ministério da justiça, porque o
que se requer aqui não é a justiça do homem, mas que o homem creia na justiça
de Cristo e a receba como sendo a sua própria justiça.
Portanto, as ações da Igreja não são
dirigidas para a destruição de qualquer pecador, mas para a sua conversão e
edificação.
Isto não implica que não se deve
advertir os pecadores sobre o juízo, a maldição e a ira de Deus, que permanece
e permanecerá sobre eles, caso não se arrependam e se convertam de seus
pecados.
Mas mesmo na dispensação da lei, nós temos
esta ilustração de Deus e seu povo lutando em favor da preservação dos
pecadores da ruína, em razão dos ataques que lhes são desferidos pelo Inimigo
das suas almas. Deus peleja contra o diabo e ordena a seu povo que faça o
mesmo, em defesa daqueles, que se converterão das trevas para a luz.
E nesta batalha, o Senhor fará sinais
e maravilhas, auxiliando sobrenaturalmente aqueles que estão empenhados na obra
de salvação dos pecadores, tal como fizera nos dias de Josué fazendo com que a
terra parasse o seu movimento de rotação em relação ao sol, de modo que o dia
se estendeu, para que ações de guerra pudessem se prolongar e Israel triunfasse
sobre os seus inimigos, e não somente isto, Ele fez com que chovesse pedras do
céu, que mataram mais cananeus do que as espadas dos israelitas.
Deus repreenderá, amarrará e
destruirá o poder e as ações do diabo, no trabalho de salvação que realiza
através das batalhas espirituais empreendidas pelo seu povo contra os
principados e potestades.
O povo do Senhor deve estar revestido
da Sua armadura, com fé, justiça, vigilância, segura confiança na salvação,
oração, pregação do evangelho, mas não deve esquecer que é o Senhor mesmo quem
peleja por eles contra as forças do mal (v. 42).
Nos versos 15 a 27 são descritas as
ações de Josué para perseguir e destruir os inimigos que haviam se dispersado,
inclusive os cinco reis que haviam se confederado.
Isto ilustra de modo muito claro a
guerra espiritual contra os poderes das trevas, que é uma guerra sem tréguas e
de muitas batalhas.
Uma vitória nunca nos dará o direito
de depor as armas espirituais e descansar.
Há um grande perigo em ficar contente
simplesmente com o fato de colocar o Inimigo em fuga, porque se nos
descuidarmos na vigilância e na oração, ele nos pegará de surpresa, quando
estivermos alegremente comemorando a vitória, ainda que seja no momento
imediato à conquista alcançada.
Na experiência da sua luta contra as
forças espirituais do mal, a Igreja tem aprendido que vitórias sobre o inimigo
devem ser seguidas por vigilância e oração, para manter o que foi conquistado e
para se manter inabaláveis.
De outro modo, o Inimigo levará
vantagem sobre nós. A conquista de um território deve ser vista não como motivo
de comemoração, mas como motivo para nos encorajar a conquistar outro
território que esteja sendo dominado pelo diabo.
Nos versos 28 a 43 são descritas as
cidades dos cananeus que foram tomadas e ocupadas pelos israelitas na parte Sul
de Canaã, excluindo-se Jerusalém e Jarmute.
Como se destaca no verso 40, toda
aquela destruição realizada por Josué foi ordenada por Deus, e sabemos que ela
foi determinada para tipificar que haverá uma justiça que será executada por
Deus sem deixar qualquer pecador impenitente de fora, sem qualquer
misericórdia, assim como foi ordenado por Ele aos israelitas no extermínio dos
povos de Canaã, que foram condenados pela medida insuportável a que havia
chegado a sua iniqüidade.
Isto também ocorrerá no tempo do fim,
quando Jesus voltar como Juiz, pois a medida da iniqüidade terá se multiplicado
de tal forma na terra, que não restará ao Senhor senão a alternativa de
precipitar os juízos que já estão determinados em relação à impenitência dos
homens.
JOSUÉ 11
“1 Quando Jabim, rei de Hazor, ouviu
isso, enviou mensageiros a Jobabe, rei de Madom, e ao rei de Sinrom, e ao rei
de Acsafe,
2 e aos reis que estavam ao norte, na
região montanhosa, na Arabá ao sul de Quinerote, na baixada, e nos planaltos de
Dor ao ocidente;
3 ao cananeu do oriente e do
ocidente, ao amorreu, ao heteu, ao perizeu, ao jebuseu na região montanhosa, e
ao heveu ao pé de Hermom na terra de Mizpá.
4 Saíram pois eles, com todos os seus
exércitos, muito povo, em multidão como a areia que está na praia do mar, e
muitíssimos cavalos e carros.
5 Todos esses reis, reunindo-se,
vieram e juntos se acamparam às águas de Merom, para pelejarem contra Israel.
6 Disse o Senhor a Josué: Não os
temas, pois amanhã a esta hora eu os entregarei todos mortos diante de Israel.
Os seus cavalos jarretarás, e os seus carros queimarás a fogo.
7 Josué, pois, com toda a gente de
guerra, sobreveio-lhes de repente às águas de Merom, e deu sobre eles.
8 E o Senhor os entregou na mão dos
israelitas, que os feriram e os perseguiram até a grande Sidom, e até
Misrefote-Maim, e até o vale de Mizpe ao oriente; e feriram-nos até não lhes
deixar nem sequer um.
9 Fez-lhes Josué como o Senhor lhe
dissera: os seus cavalos jarretou, e os seus carros queimou a fogo.
10 Naquele tempo Josué voltou e tomou
também a Hazor, e feriu à espada ao seu rei, porquanto Hazor dantes era a
cabeça de todos estes reinos.
11 E passaram ao fio da espada a
todos os que nela havia, destruindo-os totalmente; nada restou do que tinha
fôlego; e a Hazor ele queimou a fogo.
12 Josué, pois, tomou todas as
cidades desses reis, e a eles mesmos, e os passou ao fio da espada,
destruindo-os totalmente, como ordenara Moisés, servo do Senhor.
13 Contudo, quanto às cidades que se
achavam sobre os seus altos, a nenhuma delas queimou Israel, salvo somente a
Hazor; a essa Josué queimou.
14 Mas todos os despojos dessas
cidades, e o gado, tomaram-nos os filhos de Israel como presa para si; porém
feriram ao fio da espada todos os homens, até os destruírem; nada deixaram do
que tinha fôlego de vida.
15 Como o Senhor ordenara a Moisés,
seu servo, assim Moisés ordenou a Josué, e assim Josué o fez; não deixou de
fazer coisa alguma de tudo o que o Senhor ordenara a Moisés.
16 Assim Josué tomou toda aquela
terra, a região montanhosa, todo o Negebe, e toda a terra de Gósem e a baixada,
e a Arabá, e a região montanhosa de Israel com a sua baixada,
17 desde o monte Halaque, que sobe a
Seir, até Baal-Gade, no vale do Líbano, ao pé do monte Hermom; também tomou
todos os seus reis, e os feriu e os matou.
18 Por muito tempo Josué fez guerra
contra todos esses reis.
19 Não houve cidade que fizesse paz
com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeão; a todas tomaram
à força de armas.
20 Porquanto do Senhor veio o
endurecimento dos seus corações para saírem à guerra contra Israel, a fim de
que fossem destruídos totalmente, e não achassem piedade alguma, mas fossem
exterminados, como o Senhor tinha ordenado a Moisés.
21 Naquele tempo veio Josué, e
exterminou os anaquins da região montanhosa de Hebrom, de Debir, de Anabe, de
toda a região montanhosa de Judá, e de toda a região montanhosa de Israel;
Josué os destruiu totalmente com as suas cidades.
22 Não foi deixado nem sequer um dos
anaquins na terra dos filhos de Israel; somente ficaram alguns em Gaza, em
Gate, e em Asdode.
23 Assim Josué tomou toda esta terra
conforme tudo o que o Senhor tinha dito a Moisés; e Josué a deu em herança a
Israel, pelas suas divisões, segundo as suas tribos; e a terra repousou da
guerra.” (Js 11.1-23).
Foi por iniciativa de Jabim, rei de
Hazor, que os reis do Norte de Canaã se coligaram contra Israel.
É dito que Josué levou muito tempo
lutando contra eles (v. 18), e que veio endurecimento da parte do Senhor sobre
eles para que atacassem Israel e assim fossem destruídos, sem achar qualquer
piedade (v.20).
De igual modo, há muitos que são
endurecidos pelo Senhor, mesmo na dispensação da graça, em razão de lhes
conhecer a disposição interior de seus corações, que não se arrependerão de
modo algum, e assim são mantidos endurecidos como se diz em Rom 9.18.
Entretanto, não cabe a nós, na
dispensação da graça, efetuar julgamento quanto a quem tem sido ou não
endurecido por Deus, porque a experiência tem demonstrado que Deus tem vasos
preciosos mesmo entre aqueles que têm sido endurecidos, não por Ele, mas por
influência de Satanás, na prática dos mais terríveis pecados, como que o diabo
soubesse quem será instrumento de bênçãos nas mãos do Senhor, caso se converta,
e por isso se empenha por todos os meios para manter tais pessoas afastadas da
salvação.
E é dever da Igreja resgatar tais
pessoas das mãos do Inimigo, trazendo-as à conversão em Cristo Jesus.
É citado nos versos 21 e 22 que Josué
destruiu os gigantes, filhos de Anaque, conhecidos por anaquins, e que não
restou nenhum deles nos territórios conquistados por Israel, tendo ficado
apenas alguns nas cidades dos filisteus (Gaza, Gate e Asdode), de onde
certamente viria a surgir mais tarde o gigante Golias, que afrontou o exército
de Israel nos dias do rei Saul.
É feito um destaque especial à
destruição de Hazor e do seu rei (v.10-13), sendo a cidade queimada a fogo,
porque foi deste rei que partiu a iniciativa, para se coligar com outros reis
com a finalidade de destruir Israel.
As demais cidades não foram queimadas,
porque, com exceção da sua população que foi destruída, tudo o mais foi tomado
como despojo e dar-se-ia cumprimento à promessa de Deus para eles, de que morariam
em cidades que não haviam construído (Dt 6.10).
Certamente, as ações de Israel contra
os povos de Canaã devem ter sido consideradas pelas demais nações daquela época
como uma verdadeira barbárie, e isto despertou uma grande inimizade e ódio
contra os israelitas, que nós vamos ver sendo despejados posteriormente contra
eles, especialmente a partir do período dos Juízes.
Com isso, a intenção de Deus de que
eles não se contaminassem com as práticas paganizadas das demais nações era
consumada, porque nenhum povo estava no princípio, disposto a estabelecer
ligações internacionais com Israel, e isto contribuiria para o propósito divino
de mantê-los afastados da idolatria dos povos vizinhos.
Nós vemos com isto que não podemos
considerar os projetos de Deus à luz daquilo que os homens julgam aprovado e
adequado.
O Senhor intervém na história da
humanidade, independentemente das ações dos organismos internacionais com a
missão da ONU de tentar lutar pela paz mundial, porque é bem sabido por Deus
que não haverá nenhuma verdadeira paz na terra, enquanto não for estabelecido o
reino de Cristo em sua forma final.
Os pecadores sempre violarão todos os
tratados de paz, e nunca os tratados de paz estarão inteiramente livres do
interesse parcial desta ou daquela nação em prejuízo de outras.
Deus tinha um programa para Israel,
especialmente para trazer o Messias ao mundo, e Ele o cumpriria, como de fato o
cumpriu, sem levar em conta os interesses e aspirações políticas de Israel.
Como nação eleita eles estariam debaixo
das exigências da aliança que havia sido celebrada com eles no Sinai, pela
mediação de Moisés. E assim os interesses soberanos e eternos de Deus sempre
prevaleceriam sobre os seus interesses temporais e passageiros.
De igual modo, os crentes que estão
aliançados com Cristo, são chamados a colocarem os interesses do reino de Deus
e a Sua justiça em primeiro lugar, acima dos seus próprios interesses pessoais.
E o Senhor cumprirá os Seus
propósitos soberanos e eternos através do Seu povo, a par de toda a sorte de
dificuldades e limitações que possam ser apresentadas pelos Seus servos, porque
os desígnios de Deus jamais serão frustrados, porque Ele é o Senhor e tudo deve
atender ao Seu mandar.
A brevidade da narrativa que nós
encontramos neste livro de Josué, para descrever a conquista de Canaã, tem em
vista revelar o cumprimento da promessa feita por Deus, isto é, da Sua fidelidade
em sempre cumprir a Sua palavra.
Não são os feitos poderosos da
própria nação de Israel que o Espírito Santo quis colocar em destaque na
narrativa bíblica, tanto que não são descritas em detalhes todas as ações de
guerra que foram levadas a efeito naquele longo período em que foi efetuada a
conquista de Canaã.
De igual modo, não são os nossos atos
e capacidade, que devem estar em destaque na pregação do evangelho, mas as
virtudes e o poder de Cristo, através da exposição da Sua Palavra, por meio da
unção do Espírito Santo.
São os atos do Senhor que devem ser
exaltados e não os nossos.
Toda a glória, louvor e honra devem
ser tributados a Ele, especialmente na obra de salvação e edificação dos
pecadores.
Registremos os Seus feitos e não
propriamente os nossos.
É o plano dEle que está sendo levado
a ter cumprimento através da Igreja, e não o nosso próprio plano. A propósito,
se temos algum plano, importa que o tenhamos recebido da parte do Senhor,
porque é para Ele que estamos trabalhando, e mais do que trabalhando, até mesmo
vivendo.
Deus requer completa submissão à Sua
vontade, e por isso se destaca que o que Josué fez foi apenas cumprir aquilo
que Deus havia ordenado através de Moisés (v. 15, 23).
Ele não estava trabalhando para
construir a sua própria glória pessoal, mas a do Seu Senhor.
Desta forma, Josué se tornou um bom
exemplo e modelo de obediência para nós.
Ele aprendeu andando com Moisés qual
é o modo de se agradar a Deus: sendo-Lhe obediente em tudo.
E ele se guardou do orgulho pessoal e
não se deixou vencer pela própria vontade, pois a submeteu inteiramente à
vontade do Deus a quem tão fielmente serviu.
Louvado seja Deus pelas vidas de seus
servos, como Josué, que servem de inspiração para imitarmos a fé e o
procedimento que tiveram em sua jornada terrena, de modo que possamos
empreender as muitas batalhas, que somos convocados a lutar contra o Inimigo, e
a permanecermos inabaláveis, depois de tudo vencermos, por sabermos que
enquanto estivermos sujeitos à vontade de Deus e à Sua Palavra, assim como
Josué fizera (cap 1.7,8), Satanás não poderá levar vantagem sobre nós, porque a
forma de vencê-lo é nos sujeitando antes a Deus, pois sendo submissos à vontade
do Senhor, fazendo aquilo que Lhe é agradável, não haverá outra alternativa
para o diabo, senão a de fugir de nós.
A terra repousará da guerra, e a
herança será repartida (v. 23), tal como ocorreu nos dias de Josué, se tão
somente seguirmos o exemplo que ele nos deixou de fé e obediência total ao
Senhor.
JOSUÉ 12
“1 Estes, pois, são os reis da terra,
aos quais os filhos de Israel feriram e cujas terras possuíram, do Jordão para
o nascente do sol, desde o vale do Arnom até o monte Hermom, e toda a Arabá
para o oriente:
2 Siom, rei dos amorreus, que
habitava em Hesbom e que dominava desde Aroer, que está a borda do vale do
Arnom, e desde o meio do vale, e a metade de Gileade, até o ribeiro Jaboque,
termo dos amonitas;
3 e a Arabá até o mar de Quinerote
para o oriente, e até o mar da Arabá, o Mar Salgado, para o oriente, pelo
caminho de Bete-Jesimote, e no sul abaixo das faldas de Pisga;
4 como também o termo de Ogue, rei de
Basã, que era do restante dos refains, o qual habitava em Astarote, e em Edrei,
5 e dominava no monte Hermom, e em
Salca, e em toda a Basã, até o termo dos gesureus e dos maacateus, e metade de
Gileade, termo de Seom, rei de Hesbom.
6 Moisés, servo do Senhor, e os
filhos de Israel os feriram; e Moisés, servo do Senhor, deu essa terra em
possessão aos rubenitas, e aos gaditas, e à meia tribo de Manassés:
7 E estes são os reis da terra, aos
quais Josué e os filhos de Israel feriram, do Jordão para o ocidente, desde
Baal-Gade, no vale do Líbano, até o monte Halaque, que sobe a Seir (e Josué deu
as suas terras às tribos de Israel em possessão, segundo as suas divisões,
8 isto é, o que havia na região
montanhosa, na baixada, na Arabá, nas faldas das montanhas, no deserto e no
Negebe: o heteu, o amorreu, e o cananeu, o perizeu, o heveu, e o jebuseu);
9 o rei de Jericó, o rei de Ai, que
está ao lado de Betel,
10 o rei de Jerusalém, o rei de
Hebrom,
11 o rei de Jarmute, o rei de Laquis,
12 o rei de Eglom, o rei de Gezer,
13 o rei de Debir, o rei de Geder,
14 o rei de Hormá, o rei de Arade,
15 o rei de Libna, o rei de Adulão,
16 o rei de Maqueda, o rei de Betel,
17 o rei de Tapua, o rei de Hefer,
18 o rei de Afeque, o rei de
Lassarom,
19 o rei de Madom, o rei de Hazor,
20 o rei de Sinrom-Merom, o rei de
Acsafe,
21 o rei de Taanaque, o rei de
Megido,
22 o rei de Quedes, o rei de Jocneão
do Carmelo,
23 o rei de Dor no outeiro de Dor, o
rei de Goim em Gilgal,
24 o rei de Tirza: trinta e um reis
ao todo.” (Js 12.1-24).
Neste capítulo é apresentado um
resumo das conquistas de Israel na Transjordânia e em Canaã.
A inclusão da conquista dos reinos de
Ogue e Seom, respectivamente, reis de Basã e Hesbom, territórios que foram
tomados destes dois reis, na Transjordânia, enquanto ainda vivia Moisés, revela
de modo muito claro que o propósito da narrativa não é o de exaltar os feitos
militares de Josué, mas, como já afirmamos antes, revelar a fidelidade de Deus
em cumprir a promessa de dar à descendência de Abraão a terra de Canaã.
São relacionados trinta e um reis,
que foram subjugados pela espada de Israel, e a lista começa com os reis de
Jericó e Ai.
Estes territórios do outro lado do
Jordão deveriam ser divididos entre as nove tribos e meia.
Destes, cairia no lote de Judá os
reinos de Hebrom, Jarmute, Laquis, Eglon, Debir, Arade, Libna e Adulão, oito ao
todo, além de parte do reino de Jerusalém e de Geder.
O lote de Simeão foi designado dentro
do lote de Judá, que era demasiadamente grande, cabendo-lhes as seguintes
cidades: Berseba, Seba, Molada, Hazar-Sual, Balá, Ezem, Eltolade, Betul, Hormã,
Ziclague, Bete-Marcabote, Hazar-Susa, Bete-Lebaote e Saruém; treze cidades e as
suas aldeias. Aim, Rimom, Eter e Asã; quatro cidades e as suas aldeias; e todas
as aldeias que havia em redor dessas cidades, até Baalate-Ber, que é Ramá do
sul. Essa é a herança da tribo dos filhos de Simeão, segundo as suas famílias.
Vemos assim que não estão
relacionadas neste capitulo todas as cidades que foram distribuídas às tribos,
mas estamos fazendo referência apenas as que são aqui citadas.
Ao lote de Benjamin seriam
incorporados os reinos de Jericó, Ai, Jerusalém, Maqueda, Betel e as nações de
Gilgal, seis ao todo.
A Efraim caberiam os reinos de Gezer
e Tirza.
À meia tribo de Manassés os reinos de
Tapua, Hefer, Taanaque e Megido.
A Aser, os reinos de Afeque e Acsafe.
A Zebulom os reinos de Lassarom,
Sinrom-Merom e Jocneão.
A Naftali os reino de Madom, Hazor e
Quedes.
A Issacar o reino de Dor.
Deus fez com que Israel entrasse na
posse da herança prometida, e de igual modo fará com que todos os verdadeiros
crentes, que compõem o Israel de Deus, entrem também na posse da sua herança
eterna, da qual são co-herdeiros juntamente com Cristo e por causa de Cristo.
Depois de terem sido vencidos todos
os inimigos de Deus, isto ocorrerá sem falta, porque fiel é O que
prometeu.
JOSUÉ 13
“1 Era Josué já velho e avançado em
anos, quando lhe disse o Senhor: Já estás velho e avançado em anos, e ainda
fica muitíssima terra para se possuir.
2 A terra que ainda fica é esta:
todas as regiões dos filisteus, bem como todas as dos gesureus,
3 desde Sior, que está defronte do
Egito, até o termo de Ecrom para o norte, que se tem como pertencente aos
cananeus; os cinco chefes dos filisteus; o gazeu, o asdodeu, o asqueloneu, o giteu,
e o ecroneu; também os aveus;
4 no sul toda a terra, dos cananeus,
e Meara, que pertence aos sidônios, até Afeca, até o termo dos amorreus;
5 como também a terra dos Gebalitas,
e todo o Líbano para o nascente do sol, desde Baal-Gade, ao pé do monte Hermom,
até a entrada de Hamate;
6 todos os habitantes da região
montanhosa desde o Líbano até Misrefote-Maim, a saber, todos os sidônios. Eu os
lançarei de diante dos filhos de Israel; tão-somente reparte a terra a Israel
por herança, como já te mandei.
7 Reparte, pois, agora esta terra por
herança às nove tribos, e à meia tribo de Manassés.
8 Com a outra meia tribo os rubenitas
e os gaditas já haviam recebido a sua herança do Jordão para o oriente, a qual
Moisés, servo do Senhor, lhes tinha dado:
9 desde Aroer, que está à borda do
vale do Arnom, e a cidade que está no meio do vale, e todo o planalto de Medeba
até Dibom;
10 e todas as cidades de Siom, rei
dos amorreus, que reinou em Hesbom, até o termo dos amonitas;
11 e Gileade, e o território dos
gesureus e dos maacateus, e todo o monte Hermom, e toda a Basã até Salca;
12 todo o reino de Ogue em Basã, que
reinou em Astarote e em Edrei (ele era dos refains que ficaram); pois que
Moisés os feriu e expulsou.
13 Contudo os filhos de Israel não
expulsaram os gesureus nem os maacateus, os quais ficaram habitando no meio de
Israel até o dia de hoje.
14 Tão-somente à tribo de Levi não
deu herança; as ofertas queimadas ao Senhor, Deus de Israel, são a sua herança,
como lhe tinha dito.
15 Assim Moisés deu herança à tribo
dos filhos de Rúben conforme as suas famílias.
16 E foi o seu território desde
Aroer, que está à borda do vale do , e a cidade que está no meio do vale, e
todo o planalto junto a Medeba;
17 Hesbom, e todas as suas cidades
que estão no planalto; Dibom, Bamote-Baal e Bete-Baal-Meom;
18 Jaza, Quedemote e Mefaate;
19 Quiriataim, Sibma e Zerete-Saar,
no monte do vale;
20 Bete-Peor, as faldas de Pisga e
Bete-Jesimote;
21 todas as cidades do planalto, e
todo o reino de Siom, rei dos amorreus, que reinou em Hesbom, a quem Moisés
feriu juntamente com os príncipes de Midiã: Evi, Requem, Zur, Hur e Reba,
príncipes de Siom, que moravam naquela terra.
22 Também ao adivinho Balaão, filho
de Beor, os filhos de Israel mataram à espada, juntamente com os demais que por
eles foram mortos.
23 E ficou sendo o Jordão o termo dos
filhos de Rúben. Essa região, com as suas cidades e aldeias, foi a herança dos
filhos de Rúben, segundo as suas famílias.
24 Também deu Moisés herança à tribo
de Gade, aos filhos de Gade, segundo as suas famílias.
25 E foi o seu território Jazer, e
todas as cidades de Gileade, e metade da terra dos amonitas, até Aroer, que
está defronte de Rabá;
26 e desde Hesbom até Ramá-Mizpe, e
Betonim, e desde Maanaim até o termo de Debir;
27 e no vale, Bete-Arã, Bete-Ninra,
Sucote e Zafom, resto do reino de Siom, rei de Hesbom, tendo o Jordão por
termo, até a extremidade do mar de Quinerete, do Jordão para o oriente.
28 Essa região, com as suas cidades e
aldeias, foi a herança dos filhos da Gade, segundo as suas famílias.
29 Também deu Moisés herança à meia
tribo de Manassés; a qual foi repartida à meia tribo dos filhos de Manassés
segundo as suas famílias.
30 Foi o seu território desde
Maanaim; toda a Basã, todo o reino de Ogue, rei de Basã, e todas as aldeias de Jair,
que estão em Basã, sessenta ao todo;
31 e metade de Gileade, e Astarote, e
Edrei, cidades do reino de Ogue, em Basã, foram para os filhos de Maquir, filho
de Manassés, isto é, para a metade dos filhos de Maquir, segundo as suas
famílias.
32 Isso é o que Moisés repartiu em
herança nas planícies de Moabe, do Jordão para o oriente, na altura de Jericó.
33 Contudo, à tribo de Levi Moisés
não deu herança; o Senhor, Deus de Israel, é a sua herança, como lhe tinha
dito.” (Js 13.1-33).
Deus ordenou a Josué que repartisse a
terra de Canaã pelas nove tribos e meia, uma vez que Josué já estava
envelhecido e ainda faltava muita terra para ser conquistada.
A prudência divina não esperaria que
mais territórios fossem conquistados para que houvesse a partição da herança
entre as tribos, pois uma vez morrendo Josué, a tarefa poderia ser dificultada,
porque não houve, no período próximo e posterior à sua morte, nenhuma liderança
destacada, como havia sido a sua e a de Moisés.
Cabe destacar, que além da qualidade
moral do caráter de ambos, o Senhor lhes engrandeceu muitíssimo, fazendo
milagres e maravilhas portentosos através deles, de modo que auferiram o temor
e o respeito de todo Israel, como homens que andavam com Deus e que recebiam
dEle instruções firmes e seguras para toda a nação.
Todas as citações de localidades
geográficas, deste e de outros capítulos do livro de Josué, têm por finalidade
revelar que de fato houve uma conquista real que foi conduzida por Deus de
povos e nações mais numerosos e poderosos do que Israel, inclusive de cidades
fortificadas e de gigantes, e isto serviria de testemunho principalmente às
gerações seguintes de israelitas, de modo que soubessem que não pela própria
força e capacidade, mas pelo poder e graça de Deus, Israel havia tomado posse
da terra que havia sido dada à descendência de Abraão por promessa divina.
Entre a narrativa do primeiro
capítulo e a deste, muitos anos haviam se passado, de modo que Josué já não
poderia mais conduzir as ações de guerra, em razão da sua idade avançada.
Outros entrariam no seu trabalho e
dariam prosseguimento à sua tarefa de conquistar a terra de Canaã, assim como
ele havia entrado no trabalho de Moisés e dado prosseguimento ao mesmo.
Isto prova que a obra é de Deus e não
do homem. Tem que ser de Deus e não do homem, porque avança através dos
séculos, e o Senhor se provê dos instrumentos necessários em cada época para
levar avante a sua obra de salvação dos pecadores.
Aos que gostam de ter a primazia e
que são conduzidos pelo mesmo espírito de um Diótrefes (III Jo 9) pensando
serem donos da obra de Deus, da Igreja e das ovelhas de Cristo, criando muitas
dores para si mesmos e para outros, faria muito bem refletirem sobre esta
verdade de que pela idade, senão por outras limitações todos os homens, são
impedidos de levar adiante aquilo que outros levarão em seu lugar, talvez até
melhor do que eles.
A humildade sempre é uma boa e sábia
conselheira e não permitirá que o nosso orgulho acabe por atrapalhar ou impedir
a obra do Espírito Santo no meio do povo de Deus.
Para orientar as gerações que se
seguiriam a Josué quanto ao dever de conquistar os territórios que não haviam
ainda sido conquistados, foi registrado neste capítulo, quais as nações que
deveriam ainda ser desapossadas, e dentre estas são mencionados inclusive as
cinco cidades confederadas dos filisteus (Gaza, Asdode, Ascalom, Ecrom e Gate –
v.3).
Para efeito de registro específico
dos lotes e cidades, que caberiam a cada uma das tribos, foi descrito
detalhadamente neste capítulo os limites dos territórios ocupados pelas duas
tribos e meia, na Transjordânia nos dias de Moisés.
Assim, o livro de Josué não tinha em
vista propriamente, somente registrar as conquistas de Josué, mas registrar
todos os territórios conquistados e aqueles que ainda deveriam ser conquistados
por Israel.
A divisão das terras de Canaã deveria
ser presidida por Josué, porque cabia a
ele esta honra, porque havia se afadigado na sua conquista.
De igual modo, aqueles que pregam o
evangelho devem ter a honra de participar dos frutos do evangelho, assim como
aquele que semeia deve ter participação na colheita.
“O lavrador que trabalha deve ser o
primeiro a desfrutar dos frutos.” (II Tim 2.6).
Ainda que tudo o que façamos na obra
do Senhor deve ser regido pelo mais puro amor e por um total desinteresse em
auferir vantagem pessoal, no entanto, a Igreja deve reconhecer e recompensar,
segundo Deus, aqueles que se afadigam no cuidado do rebanho do Senhor.
JOSUÉ 14
“1 Estas, pois, são as heranças que
os filhos de Israel receberam na terra de Canaã, as quais Eleazar, o sacerdote,
e Josué, filho de Num, e os cabeças das casas paternas das tribos dos filhos de
Israel lhes repartiram.
2 Foi feita por sorte a partilha da
herança entre as nove tribos e meia, como o Senhor ordenara por intermédio de
Moisés.
3 Porquanto às duas tribos e meia
Moisés já dera herança além do Jordão; mas aos levitas não deu herança entre
eles.
4 Os filhos de José eram duas tribos,
Manassés e Efraim; e aos levitas não se deu porção na terra, senão cidades em
que habitassem e os arrabaldes delas para o seu gado e para os seus bens. :
5 Como o Senhor ordenara a Moisés,
assim fizeram os filhos de Israel e repartiram a terra.
6 Então os filhos de Judá chegaram a
Josué em Gilgal; e Calebe, filho de Jefoné o quenezeu, lhe disse: Tu sabes o
que o Senhor falou a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barnéia, a respeito de mim
e de ti.
7 Quarenta anos tinha eu quando
Moisés, servo do Senhor, me enviou de Cades-Barnéia para espiar a terra, e eu
lhe trouxe resposta, como sentia no meu coração.
8 Meus irmãos que subiram comigo
fizeram derreter o coração o povo; mas eu perseverei em seguir ao Senhor meu
Deus.
9 Naquele dia Moisés jurou, dizendo:
Certamente a terra em que pisou o teu pé te será por herança a ti e a teus
filhos para sempre, porque perseveraste em seguir ao Senhor meu Deus.
10 E agora eis que o Senhor, como
falou, me conservou em vida estes quarenta e cinco anos, desde o tempo em que o
Senhor falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e eis que
hoje tenho já oitenta e cinco anos;
11 ainda hoje me acho tão forte como
no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força então, tal é agora a
minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar.
12 Agora, pois, dá-me este monte de
que o Senhor falou naquele dia; porque tu ouviste, naquele dia, que estavam ali
os anaquins, bem como cidades grandes e fortificadas. Porventura o Senhor será
comigo para os expulsar, como ele disse.
13 Então Josué abençoou a Calebe,
filho de Jefoné, e lhe deu Hebrom em herança.
14 Portanto Hebrom ficou sendo
herança de Calebe, filho de Jefoné o quenezeu, até o dia de hoje, porquanto
perseverara em seguir ao Senhor Deus de Israel.
15 Ora, o nome de Hebrom era outrora
Quiriate-Arba, porque Arba era o maior homem entre os anaquins. E a terra
repousou da guerra.” (Js 14.1-15).
No verso 10 deste capítulo, Calebe
afirmou que havia decorrido quarenta anos na ocasião em que fez este breve
discurso, desde a incredulidade havida em Cades Barnéia.
Aqui é referida a conquista de Hebrom
por ele, e sabemos que esta cidade ficava na parte Sul do território de Canaã
(Js 10.3, 11.21), e portanto a época remonta às campanhas militares
empreendidas ao Sul, que foram antes das realizadas ao Norte, e das quais se
afirma que duraram muito tempo.
Como nos capítulos anteriores foi
registrada a conclusão das conquistas empreendidas ao Sul e ao Norte, deduzimos,
por conseguinte, que esta narrativa está fora de ordem cronológica, e tem por
fim registrar como, e por quem, Hebrom
foi conquistada, e quanto tempo depois de ter sido iniciada a conquista de
Canaã, a saber, sete anos, pois sabemos que houve uma peregrinação de trinta e
oito anos no deserto depois da incredulidade de Cades, e como vimos antes, o
discurso de Calebe foi pronunciado quarenta e cinco anos depois de Cades, isto
é, quarenta e cinco anos, menos trinta e oito, que nos dá um total de sete anos
de lutas em Canaã até a conquista de Hebrom.
Nós vemos assim que o livro de Josué,
apesar da sua breve narrativa cobre um grande período de anos.
As instruções que haviam sido dadas a
Moisés para a repartição da terra de Canaã pelas tribos (Nm 26.53-56) foram
rigorosamente observadas por Josué.
As terras seriam distribuídas por
sorte pelas tribos, mas Calebe protestou o seu direito de ser honrado à parte,
conforme promessa de Deus feita a ele através de Moisés.
Ele receberia a sua herança
independentemente da contagem da porção que caberia à tribo que pertencia,
pois reclamou a posse de Hebrom, a qual
ele havia conquistado com a sua espada dos anaquins, os gigantes que habitavam
aquele monte (v.12).
A fé ousada em Deus e que leva o seu
possuidor a confiar nEle, ainda que em meio de fortes oposições será honrada e
recompensada por Ele, assim como podemos aprender do exemplo de Calebe, que foi
registrado nas Escrituras para a nossa instrução.
O temor de quase seiscentos mil
homens, que deixaram de seguir a Deus e de crer nEle, por causa do relatório
referente aos gigantes anaquins, foi vencido por um único homem que ousou
confiar na promessa de Deus, e que quarenta e cinco anos depois viria a
derrotar os gigantes que eles temeram, pelo favor e poder de Deus demonstrados
à sua fidelidade.
Calebe reivindicou a sua herança em
conformidade com a promessa da palavra de Deus que foi dirigida a ele (Nm
14.24).
Nossas petições, nossas
reivindicações a Deus em nossas orações devem também se valer sobretudo das
promessas que nos são feitas pelo Senhor
na Sua Palavra, porque Ele é fiel e tem prazer em cumprir aquilo que nos tem prometido,
quando Lhe damos crédito e damos honra àquilo que falou.
Calebe havia escolhido lutar pela
posse do lugar mais difícil de ser conquistado. Tal como ele determinara em seu
espírito quarenta e cinco anos antes, manteve esta chama ardente acesa em seu
espírito até ver cumprido aquilo que a fé propusera em seu coração.
O passar dos anos não deve esfriar os
desafios à fé que Deus colocou em nossos corações, especialmente as visões e
projetos ministeriais que recebemos do Alto.
Aquilo que Ele prometeu, cumprirá e a
condição exigida é tão somente que não desfaleçamos em nossa fé.
Deste modo, a fé de Calebe foi
honrada por Deus com este registro relativo ao modo como o distinguiu em razão
da sua fé.
Esta narrativa da distribuição das
terras pelas tribos destaca o modo e o motivo da herança à parte, que foi
prometida por Deus a um único homem e à sua família, por ter o mesmo honrado o
Senhor, crendo na sua Palavra, ainda que contra qualquer evidência ou
possibilidade lógica e racional de triunfo, porque o desafio à fé era se seria
possível a homens comuns vencerem a gigantes, e a fé revelou que não há
impossíveis para aquele que crê em Deus, e na Sua promessa, por maiores ou
impossíveis que sejam os desafios que tenhamos que enfrentar em obediência à Sua
vontade divina.
Uma devoção singular será coroada por
Deus com favores singulares.
E a honra dada a Calebe, com a
herança de Hebrom, foi ampliada por Deus, porque fez com que esta cidade caísse
por sorte como sendo uma das cidades, em que deveriam habitar os levitas e os
sacerdotes descendentes de Arão, e passaria a ser uma cidade de refúgio e
sacerdotal, e posteriormente uma cidade real, porque foi nela que Davi governou
os sete anos iniciais do seu reinado (Js 20.7; 21.13).
JOSUÉ 15
“1 A sorte que coube à tribo dos
filhos de Judá, segundo as suas famílias, se estende até o termo de Edom, até o
deserto de Zim para o sul, na extremidade do lado meridional
2 O seu termo meridional, partindo da
extremidade do Mar Salgado, da baía que dá para o sul,
3 estende-se para o sul, até a subida
de Acrabim, passa a Zim, sobe pelo sul de Cades-Barnéia, passa por Hezrom, sobe
a Adar, e vira para Carca;
4 daí passa a Azmom, chega até o
ribeiro do Egito, e por ele vai até o mar. Este será o vosso termo meridional.
5 O termo oriental é o Mar Salgado,
até a foz do Jordão. O termo setentrional, partindo da baía do mar na foz do
Jordão,
6 sobe até Bete-Hogla, passa ao norte
de Bete-Arabá, e sobe até a pedra de Boã, filho de Rúben;
7 sobe mais este termo a Debir, desde
o vale de Acor, indo para o norte em direção a Gilgal, a qual está defronte da
subida de Adumim, que se acha ao lado meridional do ribeiro; então continua
este termo até as águas de En-Semes, e os seus extremos chegam a En-Rogel;
8 sobe ainda pelo vale de Ben-Hinom,
até a saliência meridional do monte jebuseu (isto é, Jerusalém); sobe ao cume
do monte que está fronteiro ao vale de Hinom para o ocidente, na extremidade do
vale dos refains para o norte;
9 do cume do monte se estende até a
fonte das águas de Neftoa e, seguindo até as cidades do monte de Efrom,
estende-se ainda até Baalá (esta é Quiriate-Jearim) ;
10 de Baalá este termo volta para o
ocidente, até o monte Seir, passa ao lado do monte Jearim da banda do norte
(este é Quesalom) , desce a Bete-Semes e passa por Timna;
11 segue mais este termo até o lado
de Ecrom para o norte e, indo para Siquerom e passando o monte de Baalá, chega
a Jabneel; e assim este termo finda no mar.
12 O termo ocidental é o mar grande.
São esses os termos dos filhos de Judá ao redor, segundo as suas famílias.
13 Deu-se, porém, a Calebe, filho de
Jefoné, uma porção no meio dos filhos de Judá, conforme a ordem do Senhor a
Josué, a saber, Quiriate-Arba, que é Hebrom (Arba era o pai de Anaque).
14 E Calebe expulsou dali os três
filhos de Anaque: Sesai, Aimã e Talmai, descendentes de Anaque.
15 Dali subiu contra os habitantes de
Debir. Ora, o nome de Debir era dantes Quiriate-Sefer.
16 Disse então Calebe: A quem atacar
Quiriate-Sefer e a tomar, darei a minha filha Acsa por mulher.
17 Tomou-a, pois, Otniel, filho de
Quenaz, irmão de Calebe; e este lhe deu a sua filha Acsa por mulher.
18 Estando ela em caminho para a casa
de Otniel, persuadiu-o que pedisse um campo ao pai dela. E quando ela saltou do
jumento, Calebe lhe perguntou: Que é que tens?
19 Respondeu ela: Dá-me um presente;
porquanto me deste terra no Negebe, dá-me também fontes d'água. Então lhe deu
as fontes superiores e as fontes inferiores.
20 Esta é a herança da tribo dos
filhos de Judá, segundo as suas famílias.
21 As cidades pertencentes à tribo
dos filhos de Judá, no extremo sul, para o lado de Edom, são: Cabzeel, Eder,
Jagur,
22 Quiná, Dimona, Adada,
23 Quedes, Hazor, Itnã,
24 Zife, Telem, Bealote,
25 Hazor-Hadada, Queriote-Hezrom (que
é Hazor),
26 Amã, Sema, Molada,
27 Hazar-Gada, Hesmom, Bete-Pelete,
28 Hazar-Sual, Berseba, Biziotiá,
29 Baalá, Iim, Ezem,
30 Eltolade, Quesil, Horma,
31 Ziclague, Madmana, Sansana,
32 Lebaote, Silim, Aim e Rimom; ao
todo, vinte e nove cidades, e as suas aldeias.
33 Na baixada: Estaol, Zorá, Asná,
34 Zanoa, En-Ganim, Tapua, Enã,
35 Jarmute, Adulão, Socó, Azeca,
36 Saraim, Aditaim, Gedera e
Gederotaim; catorze cidades e as suas aldeias.
37 Zenã, Hadasa, Migdal-Gade,
38 Dileã,
Mizpe, Jocteel,
39 Laquis, Bozcate, Erglom,
40 Cabom, Laamás, Quitlis,
41 Gederote, Bete-Dagom, Naamá e
Maqueda; dezesseis cidades e as suas aldeias.
42 Libna, Eter, Asã,
43 Iftá, Asná, Nezibe,
44 Queila, Aczibe e Maressa; nove
cidades e as suas aldeias.
45 Ecrom, com as suas vilas e
aldeias;
46 desde Ecrom até o mar, todas as
que estão nas adjacências de Asdode, e as suas aldeias;
47 Asdode, com as suas vilas e
aldeias; Gaza, com as suas vilas e aldeias, até o rio do Egito, e o mar grande,
que serve de termo.
48 E na região montanhosa: Samir,
Jatir, Socó,
49 Daná, Quiriate-Saná (que é Debir),
50
Anabe, Estemó, Anim,
51 Gósem Holom e Gilo; onze cidades e
as suas aldeias.
52 Arabe, Dumá, Esã,
53 Janim, Bete-Tapua, Afeca,
54 Hunta, Quiriate-Arba (que é
Hebrom) e Zior; nove cidades e as suas aldeias.
55 Maom, Carmelo, Zife, Jutá,
56 Jizreel, Jocdeão, Zanoa,
57 Caim, Gibeá e Timna; dez cidades e
as suas aldeias.
58 Halul, Bete-Zur, Gedor,
59 Maarate, Bete-Anote e Eltecom;
seis cidades e as suas aldeias.
60 Quiriate-Baal (que é
Quiriate-Jearim) e Rabá; duas cidades e as suas aldeias.
61 No deserto: Bete-Arabá, Midim,
Secaca,
62 Nibsã, a cidade do Sal e En-Gedi;
seis cidades e as suas aldeias.
63 Não puderam, porém, os filhos de
Judá expulsar os jebuseus que habitavam em Jerusalém; assim ficaram habitando
os jebuseus com os filhos de Judá em Jerusalém, até o dia de hoje.” (Js
15.1-63).
Neste capítulo nós temos a descrição
do território que coube à tribo de Judá, que nisto, como em outras coisas, teve
a precedência, por ser a maior tribo, conforme vimos no recenseamento feito no
final do livro de Números.
Judá e José foram os dois filhos de
Jacó que obtiveram a primazia em relação à primogenitura de Ruben, que foi
perdida em razão de ter contaminado o leito de seu pai.
José teria porção dupla através de
seus filhos Efraim e Manassés. E Judá receberia o maior território por ser a
tribo mais numerosa, conforme critério determinado por Deus a Moisés, para a
partição da terra, constante no livro de Números (Nm 33.54).
Judá se estabeleceria na parte Sul de
Canaã e José, através de Efraim e Manassés, na parte Norte, e assim, Benjamim,
Simeão, e Dã ficariam associados a Judá, e Issacar, Zebulom, Naftali e Aser a
José (Efraim e Manassés).
Por causa do critério de partição de
Nm 33.54, de se dar um maior território às famílias mais numerosas, temos então
descrito neste capítulo, a distribuição que coube a Judá, e nos dois seguintes
a que coube a José (Efraim e Manassés), e às demais tribos seriam sorteados os
territórios restantes.
À numerosa, poderosa e bélica tribo
de Judá caberia guardar as fronteiras ao Sul onde se situavam os maiores
inimigos de Israel, e nisto nós vemos a providência divina atuando
preventivamente para a segurança do Seu povo.
E para propósitos
fixadas também pela mesma providência, Deus poupou Jebus (Jerusalém) da
destruição e da conquista, pois poderia tê-lo feito se o desejasse, tal como
fizera com as muralhas poderosas de Jericó.
Mas aquela
fortaleza foi mantida em posse dos jebuseus, por cerca de quatrocentos anos,
desde os dias de Josué, para que coubesse ao rei Davi, a honra de conquistar
aquela que seria a cidade do grande rei, numa ilustração de que é o próprio rei
Jesus que escolhe, conquista e estabelece Jerusalém para sempre, como sinal do
Seu domínio eterno sobre a terra.
Em Gênesis 13.8, vemos Abraão dizendo
a Ló que eles eram irmãos, mas sabemos que Abraão era tio de Ló. Isto sucede
porque a palavra ahi, descreve a relação de parentesco próximo, e não
particularmente os filhos do mesmo pai e mãe, como significa a palavra irmão na
língua portuguesa.
Esta mesma palavra é usada em Josué
15.17, onde se diz que Otniel era irmão de Calebe, e que este Otniel se casou
com a filha de Calebe. Na verdade ele era sobrinho de Calebe, e portanto primo
de sua filha, e jamais Calebe, ou o próprio Josué, permitiriam o casamento de
irmãos consangüíneos, porque isto era vedado pela Lei de Moisés (Lev
18.9,11).
Nos versos 20 a 63 deste capitulo de
Josué são relacionadas as várias cidades que couberam à tribo de Judá, num
total superior a cem cidades, que nos dá uma idéia da extensão daquela
conquista, que sem a intervenção direta de Deus, não poderia ser realmente de
modo algum realizada.
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