JOSUÉ 6
“1 Ora, Jericó se conservava
rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía nem entrava.
2 Então disse o Senhor a Josué: Olha,
entrego na tua mão Jericó, o seu rei e os seus homens valorosos.
3 Vós, pois, todos os homens de
guerra, rodeareis a cidade, contornando-a uma vez por dia; assim fareis por
seis dias.
4 Sete sacerdotes levarão sete
trombetas de chifres de carneiros adiante da arca; e no sétimo dia rodeareis a
cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas.
5 E será que, fazendo-se sonido
prolongado da trombeta, e ouvindo vós tal sonido, todo o povo dará um grande
brado; então o muro da cidade cairá rente com o chão, e o povo subirá, cada
qual para o lugar que lhe ficar defronte:
6 Chamou, pois, Josué, filho de Num,
aos sacerdotes, e disse-lhes: Levai a arca do pacto, e sete sacerdotes levem
sete trombetas de chifres de carneiros, adiante da arca do Senhor.
7 E disse ao povo: Passai e rodeai a
cidade; e marchem os homens armados adiante da arca do Senhor.
8 Assim, pois, se fez como Josué
dissera ao povo: os sete sacerdotes, levando as sete trombetas adiante do
Senhor, passaram, e tocaram-nas; e a arca do pacto do Senhor os seguia.
9 E os homens armados iam adiante dos
sacerdotes que tocavam as trombetas, e a retaguarda seguia após a arca, os
sacerdotes sempre tocando as trombetas.
10 Josué tinha dado ordem ao povo,
dizendo: Não gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma
da vossa boca, até o dia em que eu vos disser: gritai! Então gritareis.
11 Assim fizeram a arca do Senhor
rodear a cidade, contornando-a uma vez; então entraram no arraial, e ali
passaram a noite.
12 Josué levantou-se de madrugada, e
os sacerdotes tomaram a arca do Senhor.
13 Os sete sacerdotes que levavam as
sete trombetas de chifres de carneiros adiante da arca da Senhor iam andando,
tocando as trombetas; os homens armados iam adiante deles, e a retaguarda
seguia atrás da arca do Senhor, os sacerdotes sempre tocando as trombetas.
14 E rodearam a cidade uma vez no
segundo dia, e voltaram ao arraial. Assim fizeram por seis dias.
15 No sétimo dia levantaram-se bem de
madrugada, e da mesma maneira rodearam a cidade sete vezes; somente naquele dia
rodearam-na sete vezes.
16 E quando os sacerdotes pela sétima
vez tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o Senhor vos
entregou a cidade.
17 A cidade, porém, com tudo quanto
nela houver, será danátema ao Senhor; somente a prostituta Raabe viverá, ela e
todos os que com ela estiverem em casa, porquanto escondeu os mensageiros que
enviamos.
18 Mas quanto a vós, guardai-vos do
anátema, para que, depois de o terdes feito tal, não tomeis dele coisa alguma,
e não façais anátema o arraial de Israel, e o perturbeis.
19 Contudo, toda a prata, e o ouro, e
os vasos de bronze e de ferro, são consagrados ao Senhor; irão para o tesouro
do Senhor.
20 Gritou, pois, o povo, e os
sacerdotes tocaram as trombetas; ouvindo o povo o sonido da trombeta, deu um
grande brado, e o muro caiu rente com o chão, e o povo subiu à cidade, cada
qual para o lugar que lhe ficava defronte, e tomaram a cidade:
21 E destruíram totalmente, ao fio da
espada, tudo quanto havia na cidade, homem e mulher, menino e velho, bois,
ovelhas e jumentos.
22 Então disse Josué aos dois homens
que tinham espiado a terra: Entrai na casa da prostituta, e tirai-a dali com
tudo quanto tiver, como lhe prometestes com juramento.
23 Entraram, pois, os mancebos
espias, e tiraram Raabe, seu pai, sua mãe, seus irmãos, e todos quantos lhe
pertenciam; e, trazendo todos os seus parentes, os puseram fora do arraial de
Israel.
24 A cidade, porém, e tudo quanto
havia nela queimaram a fogo; tão-somente a prata, e o ouro, e os vasos de
bronze e de ferro, colocaram-nos no tesouro da casa do Senhor.
25 Assim Josué poupou a vida à
prostituta Raabe, à família de seu pai, e a todos quantos lhe pertenciam; e ela
ficou habitando no meio de Israel até o dia de hoje, porquanto escondera os
mensageiros que Josué tinha enviado a espiar a Jericó.
26 Também nesse tempo Josué os
esconjurou, dizendo: Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e
reedificar esta cidade de Jericó; com a perda do seu primogênito a fundará, e
com a perda do seu filho mais novo lhe colocará as portas.
27 Assim era o Senhor com Josué; e
corria a sua fama por toda a terra.” (Js 6.1-27).
Este sexto capítulo bem demonstra que
aqueles que não se ajuntam a Jesus pela fé, espalham-se como a poeira que é
levada pelo vento.
Pois o incrédulo não prevalecerá no
dia do juízo.
E a vida de Raabe e de sua família
foi levantada como um monumento à fé no meio daquela cidade pagã, que se
recusava a dar glória a Deus e a se converter de seus pecados.
A Antiga Aliança teve assim também
este propósito de servir de figura e ilustração do grande juízo contra aqueles
que se opõem ao Senhor, no dia da volta de Jesus.
Ele certamente trará os juízos que
são prometidos na Bíblia, porque Ele já o fizera por diversas vezes no passado,
e ordenou que fossem tais juízos registrados nas páginas do Velho Testamento,
para advertência de todas as gerações da humanidade, de modo que os homens se
arrependam de seus pecados e consagrem suas vidas a Deus, por meio da fé em
Jesus.
Todos os habitantes de Jericó, com
exceção de Raabe e seus familiares, foram mortos pelo juízo determinado de Deus,
para servir de advertência àqueles que se opõem ao Senhor, quanto ao que lhes
sucederá se continuarem deliberadamente na posição de rejeitarem a vida eterna,
que lhes está sendo oferecida gratuitamente, por meio da simples fé em Cristo.
A missão de Jesus até que Ele volte,
não é de condenação e destruição do mundo, mas de salvação.
Todavia, foi necessário, que,
especialmente, por amor daqueles que viveriam em dias posteriores aos dos
juízos que trouxe sobre o mundo, no Antigo Testamento, que revelasse de modo
muito claro que Ele está irado contra aqueles que vivem no pecado, porque é
Deus santo e justo, e não pode inocentar o culpado, que não se arrepender, de
modo que estes poderão ser apenas salvos por meio do perdão que Deus lhes
concederá por causa da justiça da redenção que há em Cristo Jesus.
Não há outro modo ou caminho de
salvação para os pecadores.
Os juízos de Deus serão certamente
despejados no tempo do fim sobre aqueles que não se arrependerem.
E como já falamos, Ele mostrou de
modo muito claro, pelos exemplos que nos deu em figura no Velho Testamento,
deste grande juízo que haverá no final dos tempos.
A graça do evangelho nos é dada
exatamente para nos livrar desta ira divina, que haverá de se revelar no tempo
determinado por Ele, e no dia, hora, minuto, segundo, que já estão determinados,
e que são do Seu exclusivo conhecimento.
Desde que o primeiro homem pecou,
todos ficaram debaixo da maldição e da ira de Deus, e não há quem possa nos
livrar disso senão somente o capitão da nossa salvação, o Senhor Jesus Cristo,
que satisfez inteiramente a justiça de Deus relativamente ao pecado, morrendo
por nós, em nosso lugar, na cruz do Calvário.
Por causa do pecado, o homem não tem
a capacidade de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus em todos os dias
de sua vida, e assim, necessita de um Salvador, que não somente o livre da
condenação em face desta incapacidade de ser perfeito segundo a lei, enquanto
viver neste mundo, como também lhe conceda pelo Espírito Santo prometido aos
que crêem, um novo coração que ame a vontade e os mandamentos de Deus, ainda
que em face desta impossibilidade de cumpri-los perfeitamente.
A graça convencerá aquele que crer,
da necessidade de contar com o seu trabalho para que possa amadurecer na fé,
bem como em todo o fruto do Espírito Santo, que é paz, alegria, bondade,
benignidade, longanimidade, domínio próprio, fidelidade, e todas as virtudes
que estão em Cristo, sendo seus atributos.
Assim como o fruto natural amadurece,
haverá um trabalho progressivo da graça no sentido de amadurecer o fruto do
Espírito naqueles que são filhos de Deus, de modo que possam ser cada vez mais
parecidos com Cristo.
Mas o amadurecimento deste fruto
precioso do Espírito vem somente por meio de um andar diário no Espírito, como
é ordenado em Gálatas 5.16. 25.
Todavia, ainda que os crentes não
consigam um amadurecimento adequado, enquanto viverem neste mundo, é certo que
este fruto estará perfeito e completamente maduro neles, quando acessarem a
eternidade.
Isto será feito de fato, porque lhes
é garantido pela promessa de Deus em Sua Palavra, de que serão perfeitos assim
como Ele é perfeito.
Em termos simples e práticos isto
significa que nenhum crente deve se desesperar caso se veja apenas pouco do
fruto do Espírito em suas vidas, porque não estão debaixo da Antiga Aliança,
mas da graça na Nova Aliança, em que Jesus garante completamente a sua salvação,
mas por outro lado, não devem também descansar e negligenciar o dever de se
santificarem e se consagrarem a Deus, de modo que não abusem de Sua longanimidade
e graça, ficando à mercê de Suas correções e disciplina.
Por exemplo, se tomarmos apenas como
ilustração do que estamos dizendo, o fruto do Espírito que é longanimidade,
veremos que é tarefa para toda a vida crescer neste dever que nos é ordenado, e
pelo qual devemos orar para receber tal fruto e amadurecê-lo em nossas vidas.
Como é fruto do Espírito e não obra
da lei, deve ser buscado em oração, com um espírito humilde, e nos
disciplinarmos exercitando-nos nisto.
Assim, se alguém não é longânimo o
quanto deveria ser, não deve desistir de perseguir este alvo para o pleno
agrado de Deus, mas deve estar plenamente consciente que não é algo para ser
obtido e vivido num piscar de olhos, senão num exercício permanente e diário,
que faz parte da nossa santificação, enquanto vivermos neste mundo, e
certamente o Senhor nos provará nas dificuldades que tivermos que enfrentar, o
quanto temos sido de fato longânimos, em prol da glorificação do Seu nome e
para o bem de nossas próprias vidas, e do nosso próximo.
Os homens de Jericó pensavam que o
homem prevalecerá pela força. E assim, a maior parte da humanidade tem se
equivocado quanto à vontade de Deus que não é a favor da violência, antes a
condena.
Pois o céu é um lugar onde não há
qualquer tipo de violência.
Ao contrário, é exatamente pela muita
e perfeita longanimidade que lá existe, que há perfeita harmonia entre todas as
criaturas de Deus.
A derrubada e destruição de Jericó
representam portanto a destruição de todos aqueles que tentarem prevalecer pela
força e não pelo amor, bondade e
paciência.
Nas bem-aventuranças Jesus afirma
claramente que a terra será herdada e o reino dos céus pertencerá àqueles que
são mansos, humildes, misericordiosos, pacificadores e perseguidos por amor à
justiça.
O que estas coisas têm a ver com
aquilo que o mundo considera grandioso?
No entanto, são exatamente estas
coisas que tornam uma pessoa verdadeiramente grande aos olhos de Deus.
Aquele que quiser ser grande perante
Ele deve ter-se na conta de nada, e diminuir o mais possível para que Ele possa
aparecer ainda mais.
Não são os que dominam pela força que
prevalecerão diante do Senhor, mas aqueles que servem o próximo com o amor de
Deus.
Logo no primeiro versículo deste
capitulo é dito que Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de
Israel, e que ninguém entrava ou saía da cidade.
Eles estavam certamente confiando na
grande fortaleza dos muros da cidade para escaparem de qualquer ação militar de
Israel contra eles.
Assim, todas as fortalezas que os
ímpios possam levantar para aliviar suas consciências da realidade de um
possível e iminente juízo de Deus sobre eles não prevalecerá.
Muitos pensam que escaparão do juízo
de Deus confiados em sua própria sabedoria, bondade ou em qualquer outra falsa
fortaleza, que será colocada por terra pelo juízo do Senhor contra o pecado,
tal como Ele fizera com os muros de Jericó. E os sábios, os fortes, os altivos,
os negligentes serão apanhados em sua própria sabedoria, fortaleza, altivez e
negligência.
O capitão do exército de Jeová deu
instruções específicas a Josué quanto ao que deveria ser feito para derrubar a
fortaleza de Jericó e conquistá-la, como se vê nos versos 2 a 5.
Sete sacerdotes tocando chifres de
carneiros deveriam ir adiante da arca, que seria conduzida por outros
sacerdotes, e os homens de guerra iriam adiante deles, e deveriam rodear a
cidade em silêncio por seis dias, tocando-se apenas os chifres de carneiros, e
no sétimo dia, em vez de rodearem uma só vez, deveriam fazê-lo por sete vezes,
e quando Josué ordenasse, o povo deveria romper o silêncio e gritar em alta
voz, e quando eles fizessem isto os muros da cidade ruiriam.
Antes de passar tais instruções a
Josué, o Senhor lhe disse expressamente que lhe havia dado Jericó, bem como o
seu rei e todos os seus valentes valorosos (v. 2).
Quando Deus fala deste modo a mão da
fé deve se apropriar imediatamente da promessa divina, como que se já se
estivesse da posse daquilo que foi prometido.
Foi projetado por Deus que esta
cidade, que seria as primícias da conquista de Canaã, deveria ser dedicada
completamente a Ele, e que nem Josué nem todo o Israel deveriam se apropriar de
qualquer parte do despojo da cidade, pois todo o ouro e prata deveria ser
consagrado a Deus sendo entregue no tabernáculo.
Com a derrubada sobrenatural dos
muros de Jericó, e pelo Seu próprio poder, o Senhor poria por terra, para
sempre, o argumento que os israelitas da geração que havia perecido no deserto,
apresentaram a Moisés, como justificativa para não tentarem guerrear contra as
cidades fortificadas de Canaã, como se fosse impossível para Deus fazer
qualquer coisa contra aqueles grandes muros fortificados.
As trombetas que os sacerdotes usaram
não eram as trombetas de prata, que foram fabricadas para o serviço ordinário,
mas trombetas de chifres de carneiros, cujo som era mais sombrio e revelariam
em figura a excelência do poder de Deus, porque os chifres são figuras de
poder, na Bíblia.
A trombeta dos atalaias de Deus estão
soando em toda a terra anunciando o Seu juízo, que se apressa a vir sobre o
mundo.
Caso alguma das pessoas de Jericó se
arrependesse diante do Senhor, tal como fizera Raabe, quando ouvisse o sonido
daquelas trombetas, ela certamente acharia graça diante de Deus e seria salva
da destruição, pois Ele sabe livrar o piedoso no dia do juízo.
Contudo, em vez de arrependimento é
bem provável que eles tenham até zombado daquela ação que os israelitas estavam
realizando segundo o mandado de Deus, e é bem provável que tenham pensado que
estavam desconcertados em todos aqueles dias em que estavam rodeando a cidade
por nada poderem fazer contra os seus muros.
Isto deve ter fortalecido o seu endurecimento
no próprio pecado e na confiança que estavam depositando na fortaleza que
haviam construído para se protegerem dos ataques dos seus inimigos.
De igual modo, a maioria dos ímpios
zomba da trombeta do evangelho que está sendo tocada, anunciando o juízo de
Deus, pois acham que é uma trombeta muito fraca diante das fortalezas que o
pecado criou para não se sujeitarem ao Senhor.
Eles não acreditam em inferno. Não
acreditam que um Deus de amor possa estar irado contra o pecado. Não acreditam
que o espírito sobrevive à morte física e existe eternamente. Não confiam na
Palavra de Deus com todos os alertas que lhes dá para escaparem do juízo
vindouro. E assim serão justamente condenados no dia da sua ruína, pois têm o
Deus Altíssimo e Todo Poderoso na conta de alguém inferior a eles, tal como a
arca do Senhor parecia aos olhos daqueles que estavam confiantes sobre os muros
de Jericó, olhando-a de cima para baixo, do alto de seu orgulho e
arrogância.
Quando os israelitas gritaram no
sétimo dia, aquele foi um grito de fé na Palavra do capitão do exército de
Jeová, e as muralhas caíram, assim como Ele havia afirmado que ocorreria quando
gritassem.
O anátema citado nos versos 17 e 18,
Cheren, que no hebraico significa a coisa dedicada, se referia a todo o despojo
daquela cidade que não poderia ser tomado de modo algum por qualquer israelita,
como despojo de guerra, porque o Senhor havia determinado que tudo Lhe deveria
ser dedicado, como primícias das cidades que seriam conquistadas em Canaã, já
que era Ele quem estava permitindo e possibilitando que Israel entrasse na
posse delas.
Assim como tudo aquilo que temos
recebido do Senhor deve ser consagrado a Ele como primícias em nosso
reconhecimento espiritual que tudo o que temos nos foi dado por Sua graça e
provisão e devemos dedicar-Lhe o nosso tempo, bens, serviço, louvor, adoração e
amor.
Lançar mão de qualquer bem de Jericó
seria portanto roubar a Deus aquilo que Lhe pertencia de direito e de fato por
sua própria determinação divina.
Aquele que lançasse mão de alguma
coisa seria amaldiçoado por Deus, porque estaria pegando o anátema, isto é, das
coisas que Ele previamente determinou que fossem dedicadas a Ele, e então
estariam roubando ao Senhor.
Quando os homens se apropriam de algo
que pertence ao Senhor, eles trazem maldição sobre suas vidas porque o anátema
se cumpre no seu caráter de maldição, quando se furta ao Senhor aquilo que lhe
é devido.
Por exemplo, Paulo diz que aquele que
prega outro evangelho seja anátema. Isto porque há somente um evangelho que
deve ser pregado como forma de dedicação e devoção ordenada pelo Senhor.
Assim, aquele que prega outro
evangelho furta a glória e a honra que são devidas a Deus e ficam sujeitos a
estarem debaixo da maldição, que é pronunciada contra aqueles que ousarem
acrescentar ou diminuir algo em Sua Palavra.
“Eu testifico a todo aquele que ouvir
as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa,
Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém
tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a
sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste
livro.” (Apo 22.18,19).
Aquilo que Deus tem ordenado,
ordenado está, e a ninguém cabe fazer
qualquer alteração.
Assim como ele ordenou que Jericó
fosse destruída e tudo o que pertencesse à cidade lhe fosse dedicado.
E Josué movido pelo Espírito da
profecia disse o seguinte em relação a quem tentasse reconstruir Jericó:
“Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade
de Jericó; com a perda do seu primogênito a fundará, e com a perda do seu filho
mais novo lhe colocará as portas.”.
Esta profecia se cumpriu nos dias dos
reis de Israel, como se vê em I Reis 16.34. Isto mostra que sempre será algo
perigoso tentar reconstruir pela própria iniciativa e conta, aquilo que Deus
destruiu.
Aplicando a longanimidade de Deus ao
que estava ocorrendo em Canaã, nos dias de Josué, muitos poderiam pensar de
modo errado que Deus não havia sido nada longânimo com os amorreus e com os
cananeus porque havia determinado a destruição deles.
Entretanto nunca devemos esquecer que
Ele havia dito a Abraão há mais de quatrocentos anos antes que a medida da
iniqüidade dos amorreus não havia ainda sido completada de modo a trazer sobre
eles os seus juízos.
Isto significa que a Sua
longanimidade esperou pelo arrependimento deles por mais de quatrocentos anos,
e em face do aumento da iniqüidade e não de arrependimento, executou os Seus
juízos sobre os pecados deles através dos israelitas.
JOSUÉ 7
“1 Mas os filhos de Israel cometeram
uma transgressão no tocante ao anátema, pois Acã, filho de Carmi, filho de
Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema; e a ira do Senhor se
acendeu contra os filhos de Israel.
2 Josué enviou de Jericó alguns
homens a Ai, que está junto a Bete-Áven ao Oriente de Betel, e disse-lhes:
Subi, e espiai a terra. Subiram, pois, aqueles homens, e espiaram a Ai.
3 Voltaram a Josué, e disseram-lhe:
Não suba todo o povo; subam uns dois ou três mil homens, e destruam a Ai. Não
fatigues ali a todo o povo, porque os habitantes são poucos.
4 Assim, subiram lá do povo cerca de
três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai.
5 E os homens de Ai mataram deles
cerca de trinta e seis e, havendo-os perseguido desde a porta até Sebarim,
bateram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água.
6 Então Josué rasgou as suas vestes,
e se prostrou com o rosto em terra perante a arca do Senhor até a tarde, ele e
os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre as suas cabeças.
7 E disse Josué: Ah, Senhor Deus! por
que fizeste a este povo atravessar o Jordão, para nos entregares nas mãos dos
amorreus, para nos fazeres perecer? Oxalá nos tivéssemos contentado em morarmos
além do Jordão.
8 Ah, Senhor! que direi, depois que
Israel virou as costas diante dos seus inimigos?
9 Pois os cananeus e todos os
moradores da terra o ouvirão e, cercando-nos, exterminarão da terra o nosso
nome; e então, que farás pelo teu grande nome?
10 Respondeu o Senhor a Josué:
Levanta-te! por que estás assim prostrado com o rosto em terra?
11 Israel pecou; eles transgrediram o
meu pacto que lhes tinha ordenado; tomaram do anátema, furtaram-no e,
dissimulando, esconderam-no entre a sua bagagem.
12 Por isso os filhos de Israel não
puderam subsistir perante os seus inimigos, viraram as costas diante deles,
porquanto se fizeram anátema. Não serei mais convosco, se não destruirdes o
anátema do meio de vós.
13 Levanta-te santifica o povo, e
dize-lhe: Santificai-vos para amanhã, pois assim diz o Senhor, o Deus de
Israel: Anátema há no meio de ti, Israel; não poderás suster-te diante dos teus
inimigos, enquanto não tirares do meio de ti o anátema.
14 Amanhã, pois, vos chegareis,
segundo as vossas tribos; a tribo que o Senhor tomar se chegará por famílias; a
família que o Senhor tomar se chegará por casas; e a casa que o Senhor tomar se
chegará homem por homem.
15 E aquele que for tomado com o
anátema, será queimado no fogo, ele e tudo quanto tiver, porquanto transgrediu
o pacto do Senhor, e fez uma loucura em Israel.
16 Então Josué se levantou de
madrugada, e fez chegar Israel segundo as suas tribos, e foi tomada por sorte a
tribo de Judá;
17 fez chegar a tribo de Judá, e foi
tomada a família dos zeraítas; fez chegar a família dos zeraítas, homem por
homem, e foi tomado Zabdi;
18 fez chegar a casa de Zabdi, homem por
homem, e foi tomado Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da
tribo de Judá.
19 Então disse Josué a Acã: Filho
meu, dá, peço-te, glória ao Senhor Deus de Israel, e faze confissão perante
ele. Declara-me agora o que fizeste; não mo ocultes.
20 Respondeu Acã a Josué:
Verdadeiramente pequei contra o Senhor Deus de Israel, e eis o que fiz:
21 quando vi entre os despojos uma
boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro do peso de
cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; eis que estão escondidos na terra, no
meio da minha tenda, e a prata debaixo da capa.
22 Então Josué enviou mensageiros,
que foram correndo à tenda; e eis que tudo estava escondido na sua tenda,
estando a prata debaixo da capa.
23 Tomaram, pois, aquelas coisas do
meio da tenda, e as trouxeram a Josué e a todos os filhos de Israel; e as
puseram perante o Senhor.
24 Então Josué e todo o Israel com
ele tomaram Acã, filho de Zerá, e a prata, a capa e a cunha de ouro, e seus
filhos e suas filhas, e seus bois, jumentos e ovelhas, e a sua tenda, e tudo
quanto tinha, e levaram-nos ao vale de Acor.
25 E disse Josué: Por que nos
perturbaste? hoje o Senhor te perturbará a ti: E todo o Israel o apedrejou;
queimaram-nos no fogo, e os apedrejaram:
26 E levantaram sobre ele um grande
montão de pedras, que permanece até o dia de hoje. E o Senhor se apartou do
ardor da sua ira. Por isso se chama aquele lugar até hoje o vale de Acor.” (Js
7.1-26).
A história deste capitulo começa com
um “mas”, pois o capítulo anterior foi encerrado com a seguinte expressão:
“Assim era o Senhor com Josué; e
corria a sua fama por toda a terra.” (6.27).
Deus comprometeria todos os seus
princípios e valores, especialmente os relativos à sua justiça e santidade para
manter a qualquer custo a fama dos seus feitos, que percorriam toda a terra,
através de Josué?
A resposta dada pela história que é
narrada neste capítulo é absolutamente não!
Ele nunca fará isto porque santidade
e justiça são a base do seu trono.
A conjunção adversativa “mas” sempre será
introduzida na nossa história, por maiores que tenham sido os nossos feitos e
fidelidade anteriores, em face dos pecados que viermos a praticar.
Deus não deixará de visitá-los com o
fogo da Sua santidade, ainda que tenhamos sido justificados e perdoados em
Cristo Jesus, para efeito de não mais sofrermos a condenação eterna no inferno.
O Senhor nunca fará vista grossa para
as nossas faltas, especialmente aquelas que praticarmos deliberadamente,
sabendo nós qual seja a Sua vontade em relação àquilo que estivermos fazendo.
E, especialmente, quando pecamos
naquelas coisas ordenadas por Deus à sua Igreja, ainda que seja o pecado de uma
só pessoa, na verdade, em razão desta participação de todos em um só corpo,
apesar de serem muitos membros que o formam, é considerado pelo Senhor, como se
todo o corpo tivesse pecado, e a sua obra fica impedida de avançar em razão
desta desobediência de uma parte do corpo que estava efetivamente vinculada
naquela obra específica que fora determinada pelo próprio Deus.
Por isso a Palavra adverte os crentes
quanto à necessidade da exortação mútua, para permanecerem fiéis no cumprimento
da vontade de Deus, particularmente quando um grupo da Igreja ou toda a Igreja
se encontram empenhados na realização da obra do Senhor.
É aqui que se aplica especialmente o
alerta de Hb 12.15: “tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e
de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se
contaminem;”, e é bem provável que o autor estivesse pensando no ocorrido com
Israel por causa de Acã, quando escreveu tais palavras.
Pois o seu pecado foi considerado
como sendo o pecado de toda a nação, pois se diz: “os filhos de Israel
cometeram uma transgressão no tocante ao anátema” (v 1).
E Deus disse expressamente a Josué o
seguinte: “Israel pecou; eles transgrediram o meu pacto que lhes tinha
ordenado; tomaram do anátema, furtaram-no e, dissimulando, esconderam-no entre
a sua bagagem.
Por isso os filhos de Israel não
puderam subsistir perante os seus inimigos, viraram as costas diante deles,
porquanto se fizeram anátema.
“Não serei mais convosco, se não
destruirdes o anátema do meio de vós.” (v. 11, 12).
Deus afirmou que não seria mais com
toda a nação por causa do pecado de um único homem.
Em face disso alguém poderia dizer:
“Então quando ele poderia ser com a nação já que não poucos sempre pecarão no
meio do seu próprio povo?”.
Veja que neste caso se tratava de um
pecado específico contra uma determinação direta de Deus para ser cumprida por
todos eles.
Pois havia dito que tudo de Jericó
deveria ser dedicado a ele, na condição de anátema, isto é, maldição viria
sobre o povo no caso de violação do mandamento expressamente ordenado.
Assim, neste caso, não importava se a
transgressão fosse de muitos, de poucos, ou até mesmo de uma única pessoa,
porque estava determinada uma maldição sobre a nação em caso de transgressão
daquela ordem; assim como Adão foi advertido que a sua desobediência, comendo
do fruto proibido, traria a morte sobre toda a criação.
Foi o pecado de um só homem, mas por
causa dele todos morrem.
Assim, não são os pecados comuns, que
também deveriam ser mortificados que podem impedir o avanço do trabalho da Igreja.
Mas o pecado em relação às condições específicas estabelecidas por Deus, para o
avanço da sua obra.
Por exemplo, se é ordenado a um grupo
de crentes ou a toda congregação que siga à risca determinada direção que lhes
tenha sido dada por Deus, e caso eles ou um só deles venha a mudar aquela
direção, é certo que Deus já não será com eles, enquanto não for feito o devido
reparo, assim como dissera a Josué que não seria com eles caso não destruíssem
o anátema do seu meio (v 12).
Neste aspecto em nada mudou a Nova
Aliança em relação à Antiga, porque aquele que vier a ser pedra de tropeço no
meio da Igreja pode ser a causa da queda de muitos, e por isso, como já
comentamos antes, os crentes são alertados quanto ao dever de se exortarem
mutuamente, para permanecerem fiéis à vontade de Deus.
A co-responsabilidade entre os
crentes em relação a tais coisas recomendadas pode ser vista claramente em
textos como os destacados a seguir:
“Portanto não nos julguemos mais uns
aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso
irmão.” (Rm 14.13).
“Rogo-vos, irmãos, que noteis os que
promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos
deles.” (Rm 16.17).
“não dando nós nenhum motivo de
escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado.” (II
Cor 6.3).
“Mas qualquer que fizer tropeçar um
destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao
pescoço uma pedra de moinho, e se submergisse na profundeza do mar.” (Mt 18.6).
“Ai do mundo, por causa dos tropeços!
pois é inevitável que venham; mas ai do homem por quem o tropeço vier! Se,
pois, a tua mão ou o teu pé te fizer tropeçar, corta-o, lança-o de ti; melhor
te é entrar na vida aleijado, ou coxo, do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser
lançado no fogo eterno. E, se teu olho te fizer tropeçar, arranca-o, e lança-o
de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que tendo dois olhos, ser
lançado no inferno de fogo.” (Mt 18.7-9).
Podemos observar por estas palavras
do Novo Testamento, que nada mudou em relação à exigência de Deus para que o
seu povo viva de modo responsável e em santidade perante Ele.
Ao contrário, mais se exige de nós,
porque mais se pede a quem mais é dado. E estes exemplos registrados no Velho
Testamento, como o que ocorreu com Aça, foram escritos para nossa advertência.
Morreram 36 israelitas por causa do
pecado de Acã, e Israel foi sujeitado à vergonha da derrota diante de um
inimigo desprezível e pequeno como era a cidade chamada por Ai.
E Deus determinou o modo de se chegar
ao culpado lançando sortes por tribos e por famílias, até que se chegasse a
ele.
Deus poderia fazê-lo diretamente, mas
queria demonstrar o Seu poder em determinar a sorte dos homens, como a indicar
que as suas ações sobre a terra não são obra do acaso, mas provenientes de um
juízo sábio e determinado dAquele que tudo conhece, até o mais recôndito dos
nossos pensamentos.
Acã teria também tempo suficiente
para se antecipar à indicação que fatalmente chegaria até ele, mas é provável
que fosse um descrente.
Ele não creu no poder de Deus para
revelá-lo no meio de uma multidão e nada nos impede de pensar que tenha até
mesmo tido a expectativa que a culpa recaísse sobre outra pessoa de modo que
saísse ileso de toda aquela situação.
Deste modo, em vez de se arrepender,
e contar com um possível favor de Deus em poupar a sua vida, ele se manteve
endurecido até o fim.
Josué demonstrou toda a sua
longanimidade, de um grande servo de Deus, quando se dirigiu a ele chamando-o
de filho, e pedindo que desse glória ao Deus que tudo sabe e que havia revelado
quem era o culpado, e assim pediu-lhe também que dissesse o que havia feito.
Ele finalmente confessou que
havia tomado para si parte das coisas
dedicadas. E em razão do seu endurecimento, Acã não alcançou nenhuma
misericórdia da parte do Senhor e foi ordenado que tanto ele, quanto tudo que
lhe pertencia, bem como seus filhos e filhas, fossem apedrejados e queimados, e
sobre eles foi colocado um grande montão de pedras como memorial do castigo que
viria sobre todos aqueles que transgredissem as ordens de Deus nas campanhas militares
que seriam empreendidas em Canaã.
Isto serviria de exemplo para criar
temor em todos eles, de modo que soubessem que todo aquele que pecasse
deliberadamente contra as ordens de Deus, seria posto a descoberto por Ele, e
teria que arcar com as conseqüências da sua transgressão.
Pois como se afirma, pecando o homem
contra o homem, Deus poderá ser o seu advogado, mas quem será o advogado
daquele que pecar contra o próprio Deus, assim como fizera Acã?
É importante pois que saibamos como devemos andar na casa de Deus,
especialmente quanto a realizar a obra que nos está designada por Cristo,
porque o pecado de sacrilégio, isto é, contra as coisas sagradas, que são
dedicadas a Ele e que fazem parte do serviço na Sua casa, são tidos na conta de
uma grande transgressão, assim como podemos aprender do caso de Acã.
JOSUÉ 8
“1 Então disse o Senhor a Josué: Não
temas, e não te espantes; toma contigo toda a gente de guerra, levanta-te, e
sobe a Ai. Olha que te entreguei na tua mão o rei de Ai, o seu povo, a sua
cidade e a sua terra.
2 Farás pois a Ai e a seu rei, como
fizeste a Jericó e a seu rei; salvo que para vós tomareis os seus despojos, e o
seu gado. Põe emboscadas à cidade, por detrás dela.
3 Então Josué levantou-se, com toda a
gente de guerra, para subir contra Ai; e escolheu Josué trinta mil homens
valorosos, e enviou-os de noite.
4 E deu-lhes ordem, dizendo:
Ponde-vos de emboscada contra a cidade, por detrás dela; não vos distancieis
muito da cidade, mas estai todos vós apercebidos.
5 Mas eu e todo o povo que está
comigo nos aproximaremos da cidade; e quando eles nos saírem ao encontro, como
dantes, fugiremos diante deles.
6 E eles sairão atrás de nós, até que
os tenhamos afastado da cidade, pois dirão: Fogem diante de nós como dantes.
Assim fugiremos diante deles;
7 e vós saireis da emboscada, e
tomareis a cidade, porque o Senhor vosso Deus vo-la entregará nas mãos.
8 Logo que tiverdes tomado a cidade,
pôr-lhe-eis fogo, fazendo conforme a palavra do Senhor; olhai que vo-lo tenho
mandado.
9 Assim Josué os enviou, e eles se
foram à emboscada, colocando-se entre Betel e Ai, ao ocidente de Ai; porém
Josué passou aquela noite no meio do povo.
10 Levantando-se Josué de madrugada,
passou o povo em revista; então subiu, com os anciãos de Israel, adiante do
povo contra Ai.
11 Todos os homens armados que
estavam com ele subiram e, aproximando-se pela frente da cidade, acamparam-se
ao norte de Ai, havendo um vale entre eles e Ai.
12 Tomou também cerca de cinco mil
homens, e pô-los de emboscada entre Betel e Ai, ao ocidente da cidade.
13 Assim dispuseram o povo, todo o
arraial ao norte da cidade, e a sua emboscada ao ocidente da cidade. Marchou
Josué aquela noite até o meio do vale.
14 Quando o rei de Ai viu isto, ele e
todo o seu povo se apressaram, levantando-se de madrugada, e os homens da
cidade saíram ao encontro de Israel ao combate, ao lugar determinado, defronte
da planície; mas ele não sabia que se achava uma emboscada contra ele atrás da
cidade.
15 Josué, pois, e todo o Israel
fingiram-se feridos diante deles, e fugiram pelo caminho do deserto:
16 Portanto, todo o povo que estava
na cidade foi convocado para os perseguir; e seguindo eles após Josué,
afastaram-se da cidade.
17 Nem um só homem ficou em Ai, nem
em Betel, que não saísse após Israel; assim deixaram a cidade aberta, e
seguiram a Israel:
18 Então o Senhor disse a Josué:
Estende para Ai a lança que tens na mão; porque eu te entregarei. E Josué
estendeu para a cidade a lança que estava na sua mão.
19 E, tendo ele estendido a mão, os
que estavam de emboscada se levantaram apressadamente do seu lugar e, correndo,
entraram na cidade, e a tomaram; e, apressando-se, puseram fogo à cidade.
20 Nisso, olhando os homens de Ai
para trás, viram a fumaça da cidade, que subia ao céu, e não puderam fugir nem
para uma parte nem para outra, porque o povo que fugia para o deserto se tornou
contra eles.
21 E vendo Josué e todo o Israel que
a emboscada tomara a cidade, e que a fumaça da cidade subia, voltaram e feriram
os homens de Ai.
22 Também aqueles que estavam na
cidade lhes saíram ao encontro, e assim os de Ai ficaram no meio dos
israelitas, estando estes de uma e de outra parte; e feriram-nos, de sorte que
não deixaram ficar nem escapar nenhum deles.
23 Mas ao rei de Ai tomaram vivo, e o
trouxeram a Josué.
24 Quando os israelitas acabaram de
matar todos os moradores de Ai no campo, no deserto para onde os tinham
seguido, e havendo todos caído ao fio da espada até serem consumidos, então
todo o Israel voltou para Ai e a feriu a fio de espada.
25 Ora, todos os que caíram naquele
dia, assim homens como mulheres, foram doze mil, isto é, todos os de Ai.
26 Pois Josué não retirou a mão, que
estendera com a lança, até destruir totalmente a todos os moradores de Ai.
27 Tão-somente os israelitas tomaram
para si o gado e os despojos da cidade, conforme a palavra que o Senhor
ordenara a Josué:
28 Queimou pois Josué a Ai, e a
tornou num perpétuo montão de ruínas, como o é até o dia de hoje.
29 Ao rei de Ai enforcou num madeiro,
deixando-o ali até a tarde. Ao pôr do sol, por ordem de Josué, tiraram do
madeiro o cadáver, lançaram-no à porta da cidade e levantaram sobre ele um
grande montão de pedras, que permanece até o dia de hoje.
30 Então Josué edificou um altar ao
Senhor Deus de Israel, no monte Ebal,
31 como Moisés, servo do Senhor,
ordenara aos filhos de Israel, conforme o que está escrito no livro da lei de
Moisés, a saber: um altar de pedras brutas, sobre as quais não se levantara
ferramenta; e ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, e sacrificaram
ofertas pacíficas.
32 Também ali, na presença dos filhos
de Israel, escreveu em pedras uma cópia da lei de Moisés, a qual este
escrevera.
33 E todo o Israel, tanto o
estrangeiro como o natural, com os seus anciãos, oficiais e juízes, estava de
um e de outro lado da arca, perante os levitas sacerdotes que levavam a arca do
pacto do Senhor; metade deles em frente do monte Gerizim, e a outra metade em
frente do monte Ebal, como Moisés, servo do Senhor, dantes ordenara, para que
abençoassem o povo de Israel.
34 Depois leu em alta voz todas as
palavras da lei, a bênção e a maldição, conforme tudo o que está escrito no
livro da lei.
35 Palavra nenhuma houve, de tudo o
que Moisés ordenara, que Josué não lesse perante toda a congregação de Israel,
e as mulheres, e os pequeninos, e os estrangeiros que andavam no meio deles.”
(Js 8.1-35).
Não estavam Satanás e os demônios em
atividade na terra nos dias de Josué?
Certamente que sim.
Então alguém poderia indagar
porque não se interpuseram em favor dos
habitantes de Jericó, e agora em favor dos da cidade de Ai para ajudá-los nas
batalhas que teriam que empreender contra os israelitas?
Por exemplo, quando Deus disse a
Josué que fizesse emboscadas contra a cidade de Ai, porque os oráculos do
inferno não revelaram os planos de Deus a eles de modo a que não caíssem na
estratégia de guerra que Deus havia ordenado contra eles?
Simplesmente porque quando Deus está
lutando a favor do seu povo, as forças do inferno são amarradas, neutralizadas
e impedidas pelo Senhor de agir em tudo aquilo que lhes deter.
Por isso Jesus afirma que Ele amarra
o valente antes de despojá-lo de suas posses.
Ai, como Jericó estavam totalmente na
posse de Satanás, satisfazendo-lhe os desejos malignos com suas perversões e
abomináveis práticas idolátricas, mas seriam arrancadas da sua posse, para ser
estabelecido o domínio efetivo de Deus em Canaã.
O reino de Deus está sendo
estabelecido na terra pela força, no confronto espiritual que há entre as
hostes celestiais e as do inferno.
Nada está sendo cedido pelo diabo sem
que haja uma luta em que Deus está arrancando pela força tudo aquilo de que ele
se apropriou por usurpação, por ter enganado o primeiro casal.
Nada foi criado para pertencer a ele,
senão a Cristo. E Cristo, faz prevalecer o seu direito sobre todas as coisas
despojando o diabo de tudo aquilo que se encontra em sua posse.
Esta ação de despojar o diabo é
realizada pelo próprio Deus, de modo que se exige oração e jejum para expulsar
determinadas castas de demônios, como se afirma nos evangelhos: “Respondeu-lhes:
Esta casta não sai de modo algum, salvo à força de oração e jejum.” (Mc 9.29).
Por isso era o próprio Deus que
estava estabelecendo os planos de guerra para Josué, de modo que não era
necessário que se estabelecesse um conselho de guerra para traçar as
estratégias que deveriam ser utilizadas.
Aquela guerra contra os habitantes de
Canaã era uma figura da guerra espiritual que ocorre nas regiões celestiais:
“pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os
principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas,
contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes.” (Ef 6.12).
E nesta guerra, o próprio Senhor traz
a si a responsabilidade de ser o nosso General, e é debaixo das suas ordens e poder,
que vencemos o Inimigo de nossas almas.
Quando nos submetemos às ordens de
Deus, buscando nEle o poder de sermos mansos, humildes, longânimos, benignos,
obedientes, submissos e tudo aquilo que nos tem ordenado em Sua Palavra, é que
o Inimigo é despojado de todas aquelas coisas que roubou de nós, não somente em
relação a estas coisas ordenadas, quanto à paz, alegria, amor e harmonia em
nossos lares, Igrejas, e aonde quer que estejamos.
Este despojo realizado por Deus,
daquelas coisas que nos foram dadas gratuitamente em Cristo, e que o diabo e o
pecado nos roubaram, são devolvidas em
forma de bênçãos divinas que vêm sobre nós e aqueles que amamos.
Por isso se diz: “Sujeitai-vos, pois,
a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg 4.7). E também:
“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos
exalte; lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque tem cuidado de vós.
Sede sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor, rugindo
como leão, e procurando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé,
sabendo que os mesmos sofrimentos estão-se cumprindo entre os vossos irmãos no
mundo.” (I Pe 5.6-9).
Esta é uma guerra intensa e de muitas
batalhas contra o diabo, até que cheguemos à Canaã celestial, e isto deve ser
feito com submissão à vontade do Senhor, em vigilância e oração permanentes.
Não se pode ter vitórias sem depender
de Deus e buscá-las nEle através da oração, para que especialmente o nosso
próprio ego possa ser vencido, para que mortificado o pecado, seja implantado o
caráter de Cristo em nós, pois esta é a verdadeira vitória da cruz, a saber,
sobre os nossos próprios pecados e falta de completa submissão à vontade do
Senhor.
Um reino de abominações, violência e
ódio está sendo substituído progressivamente por um reino de santidade, paz e
amor, e será este reino que triunfará completamente quando Cristo vencer o seu
e nosso último inimigo, a saber, a morte.
Muitos estavam morrendo em Canaã.
Apenas da cidade de Ai foram 12.000 pessoas, de modo que ficasse registrado
para sempre que o salário do pecado é a morte.
Morte que foi introduzida no mundo
pelo diabo quando tentou e enganou o primeiro casal.
Este será o fim de todos os inimigos
de Deus e que não se submetem à Sua vontade.
Todavia, do mesmo modo que Deus
preservou Israel, Ele preservará perfeitamente o verdadeiro Israel da morte,
que é composto pelas pessoas que são verdadeiramente da fé, e que estão unidas
para sempre a Cristo.
Desta forma, importa que Deus seja glorificado
em todas as coisas, e por isso, quando Josué voltou da destruição da cidade de
Ai, edificou um altar ao Senhor de modo que o Seu nome fosse exaltado, e
nenhuma providência foi tomada para se erigir um monumento a Josué ou a quem
quer que fosse, senão somente ao Senhor foi tributada toda a honra e glória
daquela vitória, e isto foi confirmado pela cópia da lei de Moisés, que foi
feita por Josué, na presença de todos, referente à bênção e maldição que
deveriam ser pronunciadas nos montes Gerizim e Ebal.
Com isso, demonstrava que não estava
sendo estabelecida uma nova ordem em Israel, senão o mero cumprimento de todas
as coisas que foram ordenadas por Deus a eles através de Moisés.
É um tipo de obediência e humildade
como estas que é honrado por Deus, a saber que se dê atenção e cumprimento a
tudo o que nos tem ordenado através dos profetas e apóstolos em sua Palavra, e
não àquilo que inventarmos por nossa própria imaginação e conveniência.
Daí se dizer: “Tem, porventura, o
Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à sua
palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a
gordura de carneiros.” (I Sm 15.22).
Acã havia se precipitado em sua
própria cobiça e sofreu os danos que lhe sobrevieram como induziu outros a
serem prejudicados por causa do seu pecado, porque somente Jericó foi designada
como primícias para o Senhor, pois todos os despojos das demais cidades
conquistadas deveriam ser repartidos entre o povo (v. 2), conforme prescrições
a tal respeito contidas na lei de Moisés. De modo que não podemos ser
abençoados nos precipitando e querendo nos apropriar daquilo que é devido a
Deus.
Devemos dar a Deus o que é de Deus. E
aquilo que também é de Deus será dado a nós conforme a Sua bondade, através dos
méritos de Jesus Cristo.
Deus sempre apanha os homens na
própria astúcia e sabedoria deles.
Como Josué havia enviado no princípio
contra a cidade de Ai um pequeno exército de apenas 3.000 homens, eles não
sabiam que havia uma emboscada contra eles empregando agora um exército de
30.000 homens.
Dos quais apenas um número reduzido
apresentou-se juntamente com Josué diante da cidade, e pensando que os feririam
como da primeira vez, em face daquela tropa reduzida, saíram ao seu encontro, e
Josué e seus homens fingindo-se de feridos fugiram deles, de modo que toda a
cidade foi convocada a sair contra os israelitas.
Enquanto isto, os homens que estavam
emboscados entraram na cidade e a queimaram, e todos os que saíram para pelejar
contra Israel foram mortos, enquanto Josué mantinha a sua lança estendida à
vista dos seus guerreiros, tal como Moisés havia levantado sua vara no deserto.
O modo correto para prosperar é
começar com Deus. Assim como Jesus diz em Mt 6.33: “Mas buscai primeiro o seu
reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”.
Por isso, as ações de guerra foram
temporariamente suspensas, para se dar a devida adoração e louvor devidos a
Deus, quando Josué mandou erigir o altar onde foram apresentados holocaustos e
ofertas pacíficas, e quando fez uma cópia da lei de Moisés e ordenou que fossem
executadas as determinações relativas ao proferimento da bênção e da maldição
nos montes Gerizim e Ebal.
Nunca terá sido tempo desperdiçado
pararmos nossas atividades para cultuar a Deus na Igreja, e para orarmos e
meditarmos na Sua Palavra.
Ao contrário, o Senhor multiplicará o
nosso tempo e nos fará prosperar em tudo que fizermos se procedermos de tal
forma.
César terá de nós o que lhe pertence,
mas não que sem antes demos a Deus o que pertence a Ele.
Primeiro o reino de Deus e a sua
justiça, e todas as demais coisas devem vir depois disto, pois é o próprio Deus
que assim o determina a nós.
JOSUÉ 9
“1 Depois sucedeu que, ouvindo isto
todos os reis que estavam além do Jordão, na região montanhosa, na baixada e em
toda a costa do grande mar, defronte do Líbano, os heteus, os amorreus, os
cananeus, os perizeus, os heveus, e os jebuseus
2 se ajuntaram de comum acordo para
pelejar contra Josué e contra Israel.
3 Ora, os moradores de Gibeão,
ouvindo o que Josué fizera a Jericó e a Ai.
4 usaram de astúcia: foram e se
fingiram embaixadores, tomando sacos velhos sobre os seus jumentos, e odres de
vinho velhos, rotos e recosidos,
5 tendo nos seus pés sapatos velhos e
remendados, e trajando roupas velhas; e todo o pão que traziam para o caminho
era seco e bolorento.
6 E vieram a Josué, ao arraial em
Gilgal, e disseram a ele e aos homens de Israel: Somos vindos duma terra
longínqua; fazei, pois, agora pacto conosco.
7 Responderam os homens de Israel a
estes heveus: Bem pode ser que habiteis no meio de nós; como pois faremos pacto
convosco?
8 Então eles disseram a Josué: Nós
somos teus servos. Ao que lhes perguntou Josué: Quem sois vós? e donde vindes?
9 Responderam-lhe: Teus servos vieram
duma terra mui distante, por causa do nome do Senhor teu Deus, porquanto
ouvimos a sua fama, e tudo o que fez no Egito,
10 e tudo o que fez aos dois reis dos
amorreus, que estavam além do Jordão, a Siom, rei de Hesbom, e a Ogue, rei de
Basã, que estava em Astarote.
11 Pelo que nossos anciãos e todos os
moradores da nossa terra nos falaram, dizendo: Tomai nas mãos provisão para o
caminho, e ide-lhes ao encontro, e dizei-lhes: Nós somos vossos servos; fazei,
pois, agora pacto conosco.
12 Este nosso pão tomamo-lo quente
das nossas casas para nossa provisão, no dia em que saímos para vir ter
convosco, e ei-lo aqui agora seco e bolorento;
13 estes odres, que enchemos de
vinho, eram novos, e ei-los aqui já rotos; e esta nossa roupa e nossos sapatos
já envelheceram em razão do mui longo caminho.
14 Então os homens de Israel tomaram
da provisão deles, e não pediram conselho ao Senhor.
15 Assim Josué fez paz com eles;
também fez um pacto com eles, prometendo poupar-lhes a vida; e os príncipes da
congregação lhes prestaram juramento.
16 Três dias depois de terem feito
pacto com eles, ouviram que eram vizinhos e que moravam no meio deles.
17 Tendo partido os filhos de Israel,
chegaram ao terceiro dia às cidades deles, que eram Gibeom, Cefira, Beerote e
Quiriate-Jearim.
18 Mas os filhos de Israel não os
mataram, porquanto os príncipes da congregação lhes haviam prestado juramento
pelo Senhor, o Deus de Israel; pelo que toda a congregação murmurava contra os
príncipes.
19 Mas os príncipes disseram a toda a
congregação: Nós lhes prestamos juramento pelo Senhor, o Deus de Israel, e
agora não lhes podemos tocar.
20 Isso cumpriremos para com eles,
poupando-lhes a vida, para que não haja ira sobre nós, por causa do juramento
que lhes fizemos.
21 Disseram, pois, os príncipes:
Vivam. Assim se tornaram rachadores de lenha e tiradores de água para toda a
congregação, como os príncipes lhes disseram.
22 Então Josué os chamou, e lhes
disse: Por que nos enganastes, dizendo: Mui longe de vós habitamos, morando vós
no meio de nós?
23 Agora, pois, sois malditos, e
dentre vós nunca deixará de haver servos, rachadores de lenha e tiradores de
água para a casa do meu Deus.
24 Respondendo a Josué, disseram:
Porquanto foi anunciado aos teus servos que o Senhor teu Deus ordenou a Moisés,
seu servo, que vos desse toda esta terra, e destruísse todos os seus moradores
diante de vós, temíamos muito pelas nossas vidas por causa de vós, e fizemos
isso.
25 E eis que agora estamos na tua
mão; faze aquilo que te pareça bom e reto que se nos faça.
26 Assim pois ele lhes fez, e
livrou-os das mãos dos filhos de Israel, de sorte que estes não os mataram.
27 Mas, naquele dia, Josué os fez
rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do
Senhor, no lugar que ele escolhesse, como ainda o são.” (Js 9.1-27).
Antes de
prosseguirmos em nosso estudo no livro de Josué, cabe a esta altura, em face
das várias ações de guerra ordenadas por Deus, que resultaram na morte e
extermínio de muitos cananeus, fazer uma rápida reflexão sobre a pergunta se
porventura Deus se agrada da violência ou da morte.
A resposta
inicial para uma tal pergunta, deve deixar bem claro, logo de início que Deus
abomina uma coisa tanto quanto outra, primeiro porque Ele é amor, e em segundo
lugar é Deus vivo e de vivos, e não de mortos.
Vale lembrar que
o motivo de ter trazido o dilúvio sobre a terra nos dias de Noé deveu-se ao
fato de a violência ter-se multiplicado entre os homens.
Então como
poderia Deus ter ordenado a execução capital de tantas pessoas?
A resposta é que
o princípio de que aquele que usar de violência e gerar a morte terá como paga
do seu pecado enfrentar também um juízo igual de morte.
Não que Deus
tenha qualquer prazer nisto, como Ele declara através do profeta Ezequiel, que
não tem prazer na morte do ímpio. Mas não resta alternativa em face da entrada
do pecado no mundo ter trazido em conseqüência a necessidade de uma resposta
pela força, para conter o avanço dos atos violentos.
Os cananeus e amorreus que foram
exterminados nos dias de Josué ocupavam um território estratégico, que era o
corredor do mundo antigo.
Suas práticas abomináveis e violentas
eram uma verdadeira escola para todas as nações. E assim, este foi um dos
motivos da determinação do seu extermínio, para que aquela má influência fosse
substituída por uma influência benéfica, representada na nação de Israel, que
teria o encargo de revelar a vontade do Deus santo, justo e amoroso ao
mundo.
Deus passa a ser o Senhor da guerra e
a tomar vingança contra os seus inimigos, não porque isto seja parte de Sua
natureza amorosa, como se ser bélico e amoroso fosse a mesma coisa.
Ele deve agir belicamente em razão da
necessidade de conter o avanço do pecado e o seu domínio total sobre a criação,
quer isto se encontre na pessoa de anjos ou de homens.
Onde houver o pecado ele está
destinado a ser julgado e condenado a desaparecer em razão do atributo da
justiça de Deus, que O leva a estabelecer um juízo sobre os culpados.
Caso não houvesse nenhum pecado, em
nenhuma das criaturas de Deus, todo o universo visível e invisível seria uma
perfeita harmonia em amor, paz, benignidade, porque é nestas coisas que Deus se
apraz, conforme afirma em Sua Palavra.
Tanto isto é verdade, que apesar de
as ações de guerra que Davi foi obrigado a empreender em seu tempo, a serviço
do próprio Deus, foram o motivo que lhe impediram de construir o templo de
Jerusalém, porque Deus declarou acerca dele ser homem sanguinário, isto é, que
havia derramado muito sangue, ainda que dos inimigos da causa do amor e da
verdade.
É portanto a presença do pecado no
mundo que faz com que os juízos de Deus sejam estabelecidos contra os ímpios.
No entanto, cabe destacar que a
Palavra está repleta de exemplos, no sentido contrário, do modo como Ele se
empenha em livrar os justos dos juízos que são despejados sobre aqueles que
andam contrariamente à sua vontade, indicando que não haveria de fato nenhuma
morte, e nenhum juízo, caso não houvesse a manifestação do pecado em todas as
suas formas abomináveis.
Deve ser destacado que Deus prova que
é amor no fato de nos ter amado e dado o Seu Filho por nós, quando ainda éramos
ímpios, fracos, pecadores.
Não foi por justos que Ele morreu,
mas por ímpios.
Ele se reconcilia com pecadores
perdoando todos os seus pecados. E necessitaríamos de uma maior prova relativa
ao fato de que Deus é puro e santo amor?
Que não se agrada da morte, mas da
vida?
Que tem grande expectativa em ver
todas as coisas restauradas pelo estabelecimento final da nova criação que está
realizando por meio da redenção que há em Cristo?
Como atribuiríamos qualquer falta ou
imperfeição ao amor e mansidão de Deus, já que somos nós os únicos imperfeitos
e causadores da manifestação do atributo da Sua ira?
Terá porventura o Senhor prazer em
manifestar os Seus juízos condenatórios para sempre?
Claro que não, pois tem estabelecido
por isso um dia de juízo final, para pôr um termo a toda lágrima, dor e
tristeza que são produzidas em razão do pecado.
Virá o dia em que Ele descansará da
obra da sua nova criação, assim como descansou em relação à primeira criação,
quando trouxe todas as coisas visíveis à existência.
Então se dirá que tudo é muito bom,
porque não existirá mais nenhuma imperfeição no governo de Deus com os homens
que O amam e que são também por Ele amados, com um amor perfeito e sem mácula.
Aleluia! Ora vem Senhor Jesus!
Não se pense portanto, que Deus tem
prazer na guerra e na morte. Ele não reinará em harmonia sobre estas coisas,
senão sobre a paz e a vida eterna, que a propósito, obteve para os pecadores
com o preço da própria vida de seu Filho amado, que teve que morrer para vencer
a morte, demonstrando que Deus tem prazer na vida e ama a vida, e não tem
nenhum prazer na morte, antes a abomina, porque ela é inimiga do Seu propósito
na criação.
A existência de magistrados que
trazem a espada, como se afirma em Romanos 13.1-5, para castigo dos
malfeitores, é um ministério necessário, em razão da existência do pecado no
mundo. Caso não houvesse pecado não haveria sequer necessidade de médicos, quanto
mais de autoridades militares, policiais e advogados.
Mas, o castigo do pecado ensejou a
possibilidade de se exibir a verdade de que Deus abomina o pecado e sujeita a
um juízo eterno a todos aqueles que permanecem deliberadamente na sua prática,
devendo pois o homem se arrepender e se converter, caso deseje entrar no reino
de Deus, que é justiça, alegria e paz no Espírito Santo.
Pois imaginemos a cena de um céu de
perfeito amor e harmonia, antes da queda de Satanás e dos anjos. A mais pura
harmonia, paz e tudo o que se refere a uma unidade perfeita em amor se
encontravam no relacionamento de Deus com todas as suas criaturas morais.
Porém, repentinamente, este quadro
foi alterado com a rebelião de Satanás e um terço dos anjos.
Eles revelaram um caráter de cruel e
dura oposição ao amor e bondade de Deus.
Eles manifestaram uma furiosa repulsa
ao governo de Deus, talvez, pelo motivo da mansidão, ternura, amor, brandura e
tudo o mais que torna tão amável a face divina.
Eles confundiram mansidão com fraqueza,
e tentaram subverter o governo do céu, tentando ocupar o lugar de Deus.
Imaginemos agora a possível
perplexidade de todos os anjos que não caíram em face daquela rebelião que
estava acontecendo.
Como agiria e enfrentaria o Deus que
é todo amor e bondade aquela situação?
Haveria nele algum atributo para
lidar com aquela ferrenha oposição?
Havia. E isto foi demonstrado pela
manifestação dos atributos da justiça e da ira divinas.
Não a ira que há no homem caído, que
é pecaminosa em quase todas as suas manifestações, porque tem muito de
transtorno e sentimentos de ódio e de ressentimento.
Mas a pura e santa ira de Deus que o
leva a punir o culpado sem entretanto modificar um só milímetro dos seus
atributos de domínio próprio, longanimidade, paz, serenidade, amor e todos os
demais atributos que o caracterizam como uma pessoa branda, benigna, bondosa,
amorosa.
Nada e ninguém pode produzir qualquer
transtorno na paz perfeita que reina em Deus. Ele não se exaspera como os
homens. Ele não se altera em descontroles emocionais e temperamentais como os
homens. Ele mantém a mais perfeita serenidade enquanto determina e executa os
seus juízos.
Esta maneira de exercê-los, enquanto
demonstra o Seu grande poder e autoridade, é a base firme em que se sustenta o
Seu trono de glória, e traz grande encantamento e admiração aos seres que se
encontram debaixo do Seu governo, conhecendo-O nesta Sua capacidade de exercer
juízos, enquanto permanece longânimo e compassivo.
Isto tem sido demonstrado
abundantemente ao longo da história da redenção e da Sua reconciliação com os
pecadores, através de Jesus Cristo, não imputando aos homens as suas
transgressões, e perdoando-lhes todos os pecados (II Cor 5.18,19), quando se
arrependem e se voltam para Ele, para se entregarem a um viver em comunhão no
Seu perfeito amor.
Em seu sermão intitulado “As Torres
Caíram mas não Entendemos a Mensagem”, referindo-se à destruição das torres
gêmeas do World Trade Center, em 11 de Setembro de 2001, o pastor David
Wilkerson afirma que Deus enviou uma mensagem aos Estados Unidos e a todo o
mundo através daquela tragédia, como forma de chamada ao arrependimento, para
que as nações se convertam de seus pecados (abortos, casamentos de gays,
enriquecimento ilícito, etc) e se voltem para Ele, para que vivam e não sejam
submetidas ao juízo eterno de fogo que está preparado para todos aqueles que
não se converterem dos seus pecados.
Tal como a destruição pelas águas do
dilúvio, nos dias de Noé, e de Sodoma e Gomorra, pelo fogo, nos dias de Abraão, foram e têm sido uma chamada da misericórdia e amor de Deus aos
pecadores de todas as épocas, para que se arrependam de seus pecados e se
reconciliem com Ele, através da fé em Jesus e abandono do pecado.
Nós encontramos na Bíblia expressões
que falam sobre a fúria da ira de Deus, sobre o seu ódio contra o pecado, mas
isto é uma maneira antropopática de se referir a realidades espirituais, para
que possamos entendê-las em nossa limitada compreensão humana, mas isto não
significa de modo algum, que haja qualquer ódio em Deus, ou fúria
descontrolada, porque de outro modo Ele não poderia ser permanente e
perfeitamente em todo o tempo, como de fato é, também compassivo,
misericordioso, paciente, longânimo, perdoador, pacífico, como tantas vezes
afirma de si mesmo na Bíblia, e como nos ensina a própria lógica racional e a
própria natureza das coisas criadas.
Pois não haveria vulcões, maremotos,
terremotos, selvageria em animais, caso não tivesse entrado o pecado no mundo.
Foi o pecado que trouxe tudo isto à
existência, para sabermos que há um transtorno neste mundo, que ele já não é um
lugar perfeito por causa do pecado, e que há conseqüentemente juízos de Deus
sobre ele, e haverá, até que sejam criados um novo céu e uma nova terra onde a
justiça habitará para sempre.
Quando Jesus inaugurar, depois do
milênio, o seu reino eterno de perfeita justiça e paz na Nova Jerusalém, Ele
guardará a toga de Juiz, porque não haverá mais o que ser julgado pois todos os
que estiverem debaixo do Seu governo de amor, serão perfeitamente justos e
santos. Mas até que este dia chegue, nós veremos e testemunharemos os juízos
que Deus tem estabelecido direta e indiretamente contra o pecado, ensinando-nos
a abandonarmos o mal, e a praticarmos o bem, conforme é da Sua vontade.
E é uma coisa maravilhosa, sabermos
que Deus nos aceita não por causa das nossas perfeições, mas por causa das
perfeições de Cristo, em razão de estarmos associados a Ele.
Isto demonstra uma grande bondade
para conosco, apesar das nossas imperfeições. Pois, como seria Deus totalmente
irrazoável e itratável ao lidar com os nossos pecados? Como poderíamos
atribuir-lhe falta de longanimidade para conosco? Afinal ela tem sido
manifestada abundantemente a nós e a todos os pecadores.
Deveríamos nos envergonhar pelo nosso
endurecimento diante de tão grande longanimidade e bondade, que nos conduzem ao
arrependimento.
“Nós, porém, segundo a sua promessa,
aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça.” (II Pe
3.13).
“E a obra da justiça será paz; e o
efeito da justiça será sossego e segurança para sempre.” (Is 32.17).
A coligação de reis com o intuito de destruir
Israel, que vemos neste nono capitulo de Josué, bem confirma as coisas sobre as
quais estamos nos referindo.
Sempre haverá, até que Jesus
estabeleça o seu reino de justiça na eternidade, esta luta das forças do Inimigo
contra o povo de Deus. E o Senhor sempre se levantará em defesa da justiça e do
seu povo, ordenando ações para que afinal o mal não prevaleça sobre a terra.
O Espírito Santo também testemunha
através de nós, como nosso Parácleto, dando-nos a palavra certeira e com
autoridade na propagação do Evangelho, agindo como nosso defensor e da verdade,
ainda que diante de autoridades constituídas, que se coloquem em ordem de batalha
contra os interesses do reino de Deus.
Assim, os juízos sobre os cananeus
não eram propriamente dos israelitas, mas de Deus contra o seu pecado. Não
porque Israel fosse melhor do que eles na condição de pecadores, mas porque
Deus estava usando como espada vingadora o povo que havia formado no Egito para
guardar os seus mandamentos.
Tanto isto é verdade, que desde o
Velho Testamento, a lei proíbe a vingança pessoal, pois se diz que apenas a
Deus pertence a vingança, a retribuição pelo mal praticado.
Isto tem por fim desestimular ações
violentas, de modo que no Novo Testamento encontramos exortações como estas:
“Toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre
vós, bem como toda a malícia. Antes sede bondosos uns para com os outros,
compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em
Cristo.” (Ef 4.31,32).
Isto demonstra qual é pois o
verdadeiro caráter de Deus.
Deste modo, ninguém será justificado
perante Ele por sua destemperança, crueldade, amargura, ira e coisas como estas
dirigidas contra o seu próximo.
De igual forma, voltamos a repetir, que
se diz que o fruto do Espírito Santo é: “o amor, o gozo, a paz, a
longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade; a mansidão, o domínio
próprio” (Gl 5.22,23), e o que estas coisas têm a ver com violência,
assassinatos, roubos, iras, dissensões e coisas como estas?
Afinal, não é dito na lei: “não
matarás”, e como Deus se agradaria da morte?
Como teria prazer em ordenar a morte
de alguém?
Porém, como dissemos, não lhe resta
alternativa, senão trazer juízos de morte sobre a terra, em razão da presença
do pecado que produz não apenas a morte física, mas a morte para a qual não há
qualquer cura, que é a morte espiritual e eterna. E da qual Deus procura nos
livrar ainda que seja necessário usar do expediente da morte física como juízo,
para que os pecadores se arrependam e se convertam de seus pecados.
Todavia, se os homens, em face dos
juízos de Deus permanecem endurecidos em seus pecados e não se convertem, eles
ficarão sujeitos à condenação eterna tipificada na destruição ordenada por Deus
dos povos de Canaã.
Em face do conhecimento dos juízos
determinados sobre suas as más obras, em vez de arrependimento, eles se
coligaram para destruir o povo de Deus como se vê no primeiro versículo deste
capítulo de Josué.
E um dos povos da terra de Canaã, os
gibeonitas, usou de um estratagema para fugir da destruição determinada,
fingindo-se ser uma nação em peregrinação, que estava vindo de uma terra distante.
Os príncipes da congregação fizeram
aliança com eles, sem consultarem ao Senhor. E nesta aliança fizeram um tratado
de defesa mútua em nome de Deus, de modo, que quando os israelitas souberam a
respeito da mentira usada por eles e da aliança que foi feita em nome de Deus,
murmuraram contra os príncipes, mas estes alegaram que estavam impedidos de
fazerem qualquer coisa contra os gibeonitas em razão da aliança que havia sido
feita.
O erro dos líderes de Israel é destacado pelo autor sagrado: “eles não
consultaram ao Senhor” quando fizeram aquela aliança.
E Deus não se antecipou em lhes
alertar por meio do ministério de profetas ou por uma revelação direta a Josué,
acerca do engano em que estavam caindo.
Josué, por motivo de prudência chegou
a perguntar a eles quem eram e de onde vinham. Mas a simples prudência humana
de nada nos valerá se não buscarmos a bênção e a direção de Deus.
Em nossa guerra espiritual temos que
lutar contra os principados e potestades do diabo, enquanto lembramos que ele é
uma serpente ardilosa, sendo o pai da mentira e do engano.
Todas as nossas relações de união e
de amizade devem ser primeiro testadas, para que nós possamos depois confiar,
para que não nos arrependamos depois, dos acordos que fizermos
apressadamente.
Os gibeonitas professaram que usaram
aquele estratagema porque muito temeram o fato de ter o Deus de Israel ordenado
a Moisés que desse a terra de Canaã aos israelitas e que fossem destruídos
todos os povos da terra, e temeram por suas vidas.
Eles foram sinceros nesta profissão e
no que disseram a Josué, nos versos 9 e 10, as seguintes palavras, quando lhes
perguntou quem eram eles: “Responderam-lhe: Teus servos vieram duma terra mui
distante, por causa do nome do Senhor teu Deus, porquanto ouvimos a sua fama, e
tudo o que fez no Egito, e tudo o que fez aos dois reis dos amorreus, que
estavam além do Jordão, a Siom, rei de Hesbom, e a Ogue, rei de Basã, que
estava em Astarote.”.
Eles reconheceram o poder de Deus e
se dispuseram a se submeter ao Seu poder, colocando-se como servos de Israel,
por reconhecerem que o Senhor cumpriria cabalmente os juízos que havia
determinado sobre os povos de Canaã.
Eles demonstraram fé na palavra que
Deus havia proferido e temeram os Seus juízos, embora tivessem usado de um
estratagema para entrar em aliança com Israel e assim serem poupados.
Houve uma mistura de bem e mal na
conduta deles. A sua mentira não pode ser justificada e nem ser admitida como
um precedente. Nós não devemos praticar o mal para receber o bem. Se eles
tivessem renunciado à sua idolatria, e se convertido ao Deus de Israel é bem
certo que poderiam contar com o favor do Senhor e seriam poupados das
destruições ordenadas, porque elas tinham em vista exatamente punir a falta de
arrependimento daquelas nações.
Assim, não necessitariam se valer de
nenhum estratagema enganoso para pouparem as suas vidas.
De igual modo, ainda hoje, a forma de
uma pessoa ser abençoada verdadeiramente pelo Senhor é se arrependendo de seus
pecados e se voltando para Deus, e não tentando se valer de lenitivos para
prolongar a sua vida na terra, porque um dia, todos terão que enfrentar o juízo
divino.
A lei relativa à destruição dos
cananitas tinha em vista prevenir a contaminação dos israelitas com as
idolatrias deles (Dt 7.4). Mas se os gibeonitas renunciaram à sua idolatria, e
se tornaram amigos e servos da casa de Deus, aceitando o serviço de serem
rachadores de lenha e apanhadores de água para o tabernáculo, então o perigo
foi efetivamente prevenido, e a razão de ser da lei cessou por conseguinte, em
relação a eles.
Isto mostra portanto, que a conversão
dos pecadores prevenirá a sua ruína futura, e
serão resgatados da maldição da lei, por meio desta conversão, que é
garantida pela morte de Cristo.
Aquela aliança de Israel com os
gibeonitas foi feita com juramento pelo nome do Deus de Israel e não de nenhuma
das divindades de Canaã.
Aquele que jura pelo Senhor, fica
obrigado ao juramento que fez, porque Deus cobrará aquilo que juramos ou
votamos com os nossos lábios.
Por isso se diz que é melhor não
votar do que votar e não cumprir, porque o Senhor considerará o que prometemos
fazer com o dito dos nossos lábios.
Ele não permitirá ser escarnecido ou
zombado ainda que tenha sido um dito irrefletido.
Se vivemos numa sociedade em que a
palavra do homem não tem nenhum valor, no entanto, não se dá tal caso em
relação a Deus, porque aquilo que prometemos fazer será cobrado por Ele de nós
e Ele exigirá que cumpramos a nossa palavra, para que aprendamos a ser pessoas
cujo sim signifique sim, e cujo não signifique não, de modo que sejamos achados
verdadeiros e não mentirosos, porque toda mentira procede do maligno.
A violação desta aliança com os gibeonitas nos
dias do rei Saul trouxe juízos sobre os israelitas da casa daquele rei, como
forma de compensação da violação que ele fizera do juramento que havia sido
feito nos dias de Josué (II Sm 21).
E nós veremos no capítulo seguinte
(Js 10) que Deus honrou esta aliança que foi feita, dando uma grande vitória
aos israelitas quando estes agiram em defesa dos gibeonitas.
Graça e paz!
ResponderExcluirHá alguns meses descobri seu blog e desde então tenho feito meus devocionais diários com a ajuda de seus estudos.
Deus abençoe o irmão por compartilhar do que Deus o tem ensinado. Minhas leituras bíblicas tem sido bastante enriquecidas e frutíferas.