“1 Como a neve no verão, e como a chuva no tempo da ceifa, assim
não convém ao tolo a honra.
2 Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu voar,
assim a maldição sem causa não encontra pouso.
3 O açoite é para o cavalo, o freio para o jumento, e a vara para
as costas dos tolos.
4 Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia, para que também
não te faças semelhante a ele.
5 Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que ele não seja
sábio aos seus próprios olhos.
6 Os pés decepa, e o dano bebe, quem manda mensagens pela mão dum
tolo.
7 As pernas do coxo pendem frouxas; assim é o provérbio na boca
dos tolos.
8 Como o que ata a pedra na funda, assim é aquele que dá honra ao
tolo.
9 Como o espinho que entra na mão do ébrio, assim é o provérbio na
mão dos tolos.
10 Como o flecheiro que fere a todos, assim é aquele que assalaria
ao transeunte tolo, ou ao ébrio.
11 Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o tolo que reitera
a sua estultícia.
12 Vês um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança
há para o tolo do que para ele.
13 Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas
ruas.
14 Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim o faz o
preguiçoso na sua cama.
15 O preguiçoso esconde a sua mão no prato, e nem ao menos quer
levá-la de novo à boca.
16 Mais sábio é o preguiçoso a seus olhos do que sete homens que
sabem responder bem.
17 O que, passando, se mete em questão alheia é como aquele que
toma um cão pelas orelhas.
18 Como o louco que atira tições, flechas, e morte,
19 assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por
brincadeira.
20 Faltando lenha, apaga-se o fogo; e não havendo difamador, cessa
a contenda.
21 Como o carvão para as brasas, e a lenha para o fogo, assim é o
homem contencioso para acender rixas.
22 As palavras do difamador são como bocados deliciosos, que
descem ao íntimo do ventre.
23 Como o vaso de barro coberto de escória de prata, assim são os
lábios ardentes e o coração maligno.
24 Aquele que odeia dissimula com os seus lábios; mas no seu
interior entesoura o engano.
25 Quando te suplicar com voz suave, não o creias; porque sete
abominações há no seu coração.
26 Ainda que o seu ódio se encubra com dissimulação, na
congregação será revelada a sua malícia.
27 O que faz uma cova cairá nela; e a pedra voltará sobre aquele
que a revolve.
28 A língua falsa odeia aqueles a quem ela tenha ferido; e a boca
lisonjeira opera a ruína.”
Quanto à afirmação do verso 3: “O açoite é para o cavalo, o freio
para o jumento, e a vara para as costas dos tolos.”, nós usaremos como
comentário um texto adaptado de autoria do Pr John MacArthur intitulado
Submissão à Autoridade Civil:
Submissão à Autoridade Civil
Por
John Macarthur (adaptado)
Certamente
se o apóstolo Pedro estivesse visitando a nossa igreja para nos ministrar a
Palavra de Deus, ele não estaria falando e fazendo o que muitos têm falado e
feito na igreja dos nossos dias. Ele estaria falando aquela mesma verdade que
lhe foi ensinada pessoalmente pelo Senhor Jesus, aquela verdade imutável, que
jamais passará. As filosofias humanas que não se conformam à Palavra têm
passado e passarão. Até mesmo o ensino direto de demônios que intenta
desacreditar a verdade divina também passará, mas a Palavra do Senhor permanece
para sempre, e é por isso que Pedro não alteraria um só jota ou til para
agradar a quem quer que fosse, e estaria pregando em nossa igreja o mesmo
evangelho que ele pregou todos os dias da sua vida, até a hora da sua morte.
Pedro
escreveu em sua primeira epístola, em 2.13-17: “Sujeitai-vos a toda instituição
humana por causa do Senhor; quer seja ao rei, como soberano; quer às
autoridades como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores, como
para louvor dos que praticam o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, pela
prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; como livres que
sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo
como servos de Deus. Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus,
honrai ao rei.”.
Provavelmente
o rei que estava perseguindo a igreja quando Pedro escreveu esta epístola, era
Nero, sob quem o próprio apóstolo, assim como Paulo, padeceram o martírio,
segundo a tradição cristã. E ele diz: “honrai ao rei”. Mesmo um Nero, enquanto
estiver no trono deve ser honrado ainda que não quanto à pessoa que é, mas
quanto à autoridade de que está investido.Há um grande movimento entre os
crentes de todo o mundo, presentemente, para não darem honra aos maus
governantes, antes, devem se envolver em atividades que tenham em vista
retirá-los da posição que ocupam. Isto é rebelião civil. Isto é levante. Isto é
motim. Ainda que caiba ao crente denunciar o mal, não lhe cabe se envolver em
atividades que tenham em vista a tomada do poder. Cabe-lhe sim orar pelas
autoridades, apresentando-as na presença de Deus, e ao Senhor cabe acionar ou
permitir as ações que partem do mundo espiritual, para que cheguem ao poder, em
cada nação aqueles que lá devem estar, segundo o Seu propósito. Quer seja para
praticarem o bem, quer seja para praticarem o mal, para aquele resultado, que
no final contribuirá para o bem de todos aqueles que O amam.
Há um
senhor da história, e este não é Satanás e nem o homem, mas o Senhor Deus,
monarca não apenas da terra, mas de todo o universo e céus.
O
crente tem assim, como cidadão no mundo, não a missão de estabelecer governos
terrenos, mas a de ser testemunha de Deus na terra, daquelas coisas eternas e
melhores do Reino do Senhor, para que através do seu testemunho ocorra o que é
dito no verso 15 do texto de I Pe 2.13-17, que destaca o propósito de tudo o
que se diz nesta porção bíblica: “Porque assim é a vontade de Deus, que, pela
prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos;”. Isto é, pelo
testemunho de Deus daquilo que é correto você pode silenciar a ignorância dos
homens tolos.
O ponto
da seção inteira da exortação é que nós como cristãos devemos viver de tal modo
que por nossas vidas exemplares nós calemos as bocas desses que criticam nossa
fé. Nós devemos viver uma vida que esteja acima da crítica, uma vida que esteja
acima da repreensão, uma vida que esteja acima da vergonha.
Na
verdade, o que fica em foco quando se vive desta forma, é o poder transformador
do evangelho. Realmente não há nenhuma outra maneira melhor e maior para as
pessoas verem o poder transformador do evangelho do que ver a vida de uma
pessoa transformada. É o fundamento de todo o nosso testemunho. O testemunho
poderoso que ocorre quando uma pessoa dá a alguém o evangelho que ela tem já
posto como o fundamento da sua vida
transformada.
Pedro
então está dizendo aqui que é essencial que vocês vivam suas vidas de tal modo
que seu testemunho se torna acreditável. Que o poder transformador de Cristo
não seja evidente pelo que você diz mas pelo que você é.
Agora
como nós devemos nos esforçar para viver nossas vidas no mundo, há três
perspectivas que Pedro nos dá aqui. Ele diz que você tem que ver sua vida de
três modos. Número um: você tem que se ver como um estrangeiro para esta
sociedade. Nos versos 11 e 12 ele afirma que nós somos peregrinos e
estrangeiros neste mundo e nós temos que nos ver deste modo. Então nos versos
13 a 17 ele diz que embora vocês sejam estrangeiros que vocês ainda são
cidadãos, embora você viva em outra dimensão, você ainda está aqui neste mundo
e você tem que se comportar com o modo
próprio de um cidadão. Em terceiro lugar, nos versos 18 a 20, ele
discute o assunto que nós somos servos, e não servos genericamente falando, mas
em relação àqueles que são nossos chefes.
Assim
Pedro vê o crente como um estrangeiro, como um cidadão e como um servo. E cada uma
dessas perspectivas está relacionada com o modo com que o mundo nos vê. Como o
mundo nos vê porque eles têm que nos ver como estrangeiros. Eles têm que
nos ver como cidadãos, e eles têm que
reconhecer –nos como servos.
O pano
de fundo é que o modo que você vive determinará se você conduz alguém a Cristo
ou se você abastece os fogos da crítica. Isto é óbvio, eu penso, para todo o
mundo... todo o mundo. A cultura Cristã na América está sofrendo muito agora
por causa do tremendo rebuliço que tem ocorrido no Cristianismo porque muitos
líderes do Cristianismo têm demonstrado que as suas vidas não estão acima de
nenhuma repreensão e eles abasteceram os fogos da crítica literalmente. Eles
abriram as bocas dos críticos em lugar de os silenciar.
Eu
também creio que não somente há pessoas que obviamente não estão vivendo de
modo espiritual e que têm pregado que
"Cristo transforma", mas viveram uma vida muito não
transformada e assim colocaram abaixo o seu testemunho , mas também há hoje no
Cristianismo as pessoas que estão vivendo no mundo de um tal modo que até mesmo
a função deles como cidadãos está causando uma repreensão que cairá sobre o
nome de Cristo. Você pode perder a credibilidade de seu testemunho não vivendo
uma vida sobrenatural de quem é estrangeiro para este mundo, que demonstra o
poder de Cristo. E eu acredito que você pode perder o fundamento do seu
testemunho por um fracasso em viver como um cidadão deveria viver debaixo da
regra de Cristo.
Assim é
muito importante que nós não só discutamos aquela ideia de estrangeiro que nós
já discutimos, mas que nós também olhemos para este assunto de ser cidadãos. De
forma que é o que nós queremos estudar agora. Os dois vão juntos, e você pode
fazer a conexão prontamente em sua própria mente. Nós somos estrangeiros no
mundo em que nós vivemos num nível diferente. Nós vivemos um tipo de vida
divino. Nós vivemos a vida de Deus. Nós vivemos em uma plano sobrenatural, você
sabe que nós somos sobrenaturais, que nós não somos deste mundo. Nós somos
cidadãos do céu. Nós estamos desembaraçados do sistema mundial. Na realidade,
nós devemos fixar nossos afetos nas cousas que são do alto, não nas que são da
terra. Nós estamos submetidos a uma
maior autoridade do que qualquer autoridade terrena no sentido que nós movemos
debaixo do poder de um Deus vivo como revelado em Seu Filho, o Senhor Jesus
Cristo.
Agora o
perigo disto é óbvio. A verdade passa por um caminho estreito quanto às nossas
relações com este mundo em que vivemos. Ao mesmo tempo que estamos crucificados
para ele e ele para nós, em que não somos dele, nós ainda estamos nele, e
vivemos nele. Daí ser descabida a afirmação de qualquer crente, que morreu para
o pecado mas não para o mundo, como que a justificar a busca dos prazeres
terrenos como um dos objetivos principais da vida. Mas ao mesmo tempo, o
próprio crente necessita de sadia recreação. Necessita exercitar o seu corpo
físico para ser saudável. Necessita trabalhar com as próprias mãos para obter o
sustento que é necessário, não somente para si, mas para os que dele dependem.
O perigo inerente a isso é óbvio porque
se nós temos nossa identidade de estrangeiros no mundo, nós podemos ficar
totalmente indiferentes para o mundo no qual nós temos que viver. E assim nossa
alienação do sistema é equilibrada pela demanda da própria cidadania. Sim, nós
vivemos uma vida sobrenatural. Sim, nós vivemos uma disciplina que é interior e
privada, operada pelo Espírito Santo. Sim, nós nos dirigimos com um
comportamento que é externo e público e também operado pelo Espírito Santo, de
forma que somos diferentes do mundo ao redor de nós. Nossa alienação se
manifestou pelo fato que nós nos privamos de luxúrias carnais, de acordo com o
verso 11. E que nós praticamos boas obras de acordo com o verso 12.
Assim,
o caráter das nossas vidas revela a nossa alienação. Nós somos diferentes do
mundo. Nós estamos no mundo, não somos do mundo. Mas o resultado disso poderia
ser uma indiferença à sociedade ao redor de nós, um descuido absoluto para a
autoridade ao redor de nós. E assim Pedro é rápido em acrescentar imediatamente
no verso 13: “Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor;”. O
fato de que você é um cidadão do céu, que você vive num nível diferente que
o mantém num plano mais elevado, que
você responde a uma autoridade mais alta, não significa que você pode tratar
com indiferença as instituições que estão aqui na terra. Nós que sentimos que
estamos acima do sistema necessitamos aprender a viver dentro do sistema. De
forma a sermos conduzidos ao que Pedro
apresenta nos versos 13 a 17, quanto à forma como devemos nos conduzir como
cidadãos.
Agora é
urgente o estudo deste assunto nestes nossos dias porque temos testemunhado um
grande número de pessoas cristãs e um grande número das pessoas da igreja que
desafiaram o direito civil. Eles violaram os padrões de cidadania. Eles
violaram a civilidade da lei e eles não honraram a autoridade que está
acima deles. Nós assistimos isso
acontecer. Eles fizeram isso no nome de Deus. Eles fizeram isso no nome do Cristianismo.
E assim nós precisamos olhar cuidadosamente para aquele assunto de modo particular e ver o que precisamente a
Palavra de Deus tem a dizer.
As
pessoas às quais Pedro dirigiu originalmente sua epístola estavam sendo
criticadas. É difícil ser espiritual, como cidadão do céu. É difícil também ser
um bom cidadão neste mundo. E isto se torna mais difícil ainda quando esta
autoridade lhe é hostil. E este era o caso daqueles a quem Pedro tinha escrito.
Na realidade, era uma coisa bastante comum chamá-los malfeitores, como eles são
assim identificados no verso 12, eles são caluniados como malfeitores.
Nos
dois primeiros séculos da história da igreja era muito comum para eles não apenas viverem numa
sociedade terrena mas em uma sociedade muito hostil que era flagrantemente
anti cristã. Eu li, como você talvez
também tenha lido, alguns dos registros da história da igreja primitiva, alguns
dos ataques e algumas das acusações contra a igreja que são representativos da
forma como eles foram tratados. Em primeiro lugar, havia um anti-semitismo
básico no mundo antigo. Eles se ressentiram contra os judeus. Eles odiaram os
judeus. E os cristãos foram vistos como simplesmente uma seita dos judeus. E
assim eles receberam uma carga bastante grande de hostilidade anti-semítica.
Havia um tipo de visão repulsiva dos judeus e os cristãos entre eles.
Eles
também foram acusados de insurreição. Eles foram acusados de se rebelar contra
Roma e toda a autoridade humana. Literalmente isso era a razão básica por que
os romanos se ocuparam da crucificação do próprio Jesus Cristo, porque foi
trazido a eles o fato que Ele representava uma grande ameaça contra Roma que,
claro que, não era verdade. E durante os primeiros dois séculos da vida da
igreja, essas acusações de hostilidade contra governos terrenos continuaram
crescendo, embora elas não fossem verdade.
A
igreja primitiva também foi acusada de ateísmo e havia uma grande hostilidade
contra eles em razão disso. É duro imaginar, não é, que a igreja pudesse ser
acusada de ateísmo? Mas era verdade porque qualquer um que se recusasse adorar
os muitos deuses das nações pagãs, inclusive César no Império romano era
considerado um ateu. Assim se você não adorasse César, não importa quem mais
você adorasse, você era considerado um ateu.
A
igreja primitiva também foi acusada de canibalismo. Era suposto que eles
estavam fazendo banquetes. Na realidade, um dos escritores pagãos, Thiestes
disse que a iguaria do banquete era carne humana. E assim quando eles os
acusaram de banquetes de Thiestes, eles estavam acusando a igreja cristã de
praticar o canibalismo. E eles retiraram isto das palavras de Jesus, que o
crente devia comer a Sua carne e beber o Seu sangue.
Eles
também acusaram os crentes de matarem e comerem os seus filhos em seus banquetes.
Além disso, eles os acusaram de imoralidade e até mesmo de incesto. Eles foram
acusados de relacionamento de Édipo. Todos nós sabemos que Édipo foi adotado quando criança, e quando cresceu ele
viu uma senhora encantadora, e se casou com ela e descobriu eventualmente que
ele tinha se casado com a sua mãe. Freud deu a ambos muita publicidade quando
ele propagou as suas teorias sobre o desenvolvimento sexual com referência
particular às tendências incestuosas. Mas um longo tempo antes de Freud as pessoas
estavam tendo dificuldade nesta área e os pagãos estavam acusando os cristãos
de comportamento incestuoso. Os cristãos chamavam as mulheres de "irmãs", e os homens da igreja
tinham muita intimidade com estas irmãs, assim os pagãos, em sua ignorância sobre a comunhão que há em Cristo
no mundo espiritual, somaram dois com dois e acharam seis.
Eles
também acusaram a igreja primitiva de comércio prejudicial. Eles acusaram a
igreja primitiva de incendiar casas, incendiando Roma, quando quem o fizera foi
o próprio Nero. Eles disseram que uma espada caía entre o homem e sua esposa
quando aceitavam a Jesus Cristo, destruindo o lar. Eles os acusaram de nutrir
rebelião de escravos porque quando um escravo chegava ao conhecimento de Jesus
Cristo, ele tinha uma vida nova, ele tinha uma dignidade nova em Cristo. E eles
pensavam que era uma coisa hostil manter os escravos no lugar que lhes cabia na
sociedade.
Eles os
acusaram de odiarem os homens porque eles eram contrários ao sistema do mundo.
Eles os acusaram novamente de infidelidade aos governantes e a César porque
eles adorariam somente a Jesus Cristo e nunca se dobrariam em submissão a
qualquer outro ser.
A
igreja nos primeiros anos não estava apenas no mundo mas na hostilidade de um
mundo muito odioso. E a Pedro havia um só modo para negar as acusações. O único
modo para negá-las era viver uma vida piedosa, viver uma vida virtuosa que
basicamente fecharia as bocas dos críticos afastando qualquer acusação
legítima. Eles desejavam viver uma vida que era tão rica em qualidades
espirituais que não haveria nada que eles pudessem usar para caluniar os
cristãos.
Agora,
façamos um pequeno parêntesis aqui. Satanás não abandonou de todo esta
estratégia de fazer um confronto direto dos que estão no mundo contra a igreja,
assim como fez na igreja primitiva, nos países da cortina de ferro, nos países
de cultura muçulmana e de diversos modos e épocas diferentes. Entretanto, é
muito corrente em nossos dias, no mundo ocidental, a estratégia que tem usado
de misturar o joio com o trigo. De fazer o cristianismo ser aceito pelo mundo
de ímpios, desde que o cristianismo faça certas concessões ao mundo, pelo menos
aceitando em seu meio, e afirmando como membros de Cristo, pessoas que não são
verdadeiramente crentes, mas que se dizem crentes, e que são não de reputação
duvidosa, mas certamente pecaminosa, porque exibem uma vida completamente
distinta do que é exigido na Palavra. Isto confunde os crentes verdadeiros, que
passam a seguir aquele padrão de vida errado, contrário à verdade da Palavra. A
hostilidade do diabo não é assim direta, mas destrói a vida da igreja por
dentro, com aquilo que é hostil à verdade revelada sendo aceito pelos crentes.
Isto é terrível, porque a “aceitação” da igreja pelo mundo, pode garantir a retirada
da perseguição e das acusações, mas não há como conciliar de maneira alguma luz
e trevas, nunca existirá comunhão entre a luz e as trevas, nunca o joio será
recolhido juntamente com o trigo. A hostilidade permanece, ainda que de forma
velada, e o testemunho de Cristo é anulado, e vidas deixam de ser salvas,
crentes têm o seu testemunho arruinado, e assim Satanás consegue o seu intento.
Eu
posso dizer a você que o mundo ainda é hostil contra o Cristianismo? Homens ainda odeiam a Deus.
Eles ainda rejeitam a Jesus Cristo. Eles podem ser um pouco mais tolerantes do
sistema religioso do Cristianismo mas eles não são mais tolerantes em relação à
verdade da retidão do que eles alguma vez já tenham sido antes. E o desafio
para o crente ainda é ser estrangeiro e ainda ser cidadão, ser diferente, quer
dizer nós devemos viver uma vida acima da que está no mundo, e ainda morar no
mundo. E esse desafio é grande. Nós devemos viver de tal modo que apesar de
todas as falsas acusações e todo ódio e
hostilidade, nós poderemos ainda trazer os corações das pessoas a Cristo
pela transformação evidente das nossas vidas.
Assim o
que Pedro realmente tem em mente aqui é um propósito evangelistico, porque a ordem de Jesus para a
igreja foi a de que fizessem discípulos em todas as nações, pregando-lhes o
arrependimento e a fé nEle para a remissão dos pecados.
Agora
quando nós somos atacados por acusadores irresponsáveis, ignorantes,
infundados, a reação natural é se levantar em autodefesa e talvez até mesmo
retaliar, ou pensar que já que eu não tenho nenhuma parte neste mundo e este
mundo não tem nenhuma parte comigo, eu ignorarei com indiferença tudo de seus
sistemas.
Mas
Deus não quer tal comportamento de nós. Ele não quer que nós pensemos que nós
podemos agir de qualquer maneira que desejemos porque nós não somos
responsáveis perante as instituições humanas. Na realidade, Ele deseja que
demonstremos autodomínio, virtude, uma preocupação com a comunidade, buscar a
paz na comunidade, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para prevenir
problemas, viver de tal maneira em paz e com boa vontade que nós privemos os
nossos inimigos de todas as suas falsas acusações. O modo Cristão de amordaçar
os críticos é obedecer todas as leis e respeitar todas as autoridades. Se você
quer uma ilustração clássica disso, leia o diário de John Wesley. E leia como
John Wesley, através da oração e da proclamação da Palavra de Deus nas ruas
trouxe à fé cristã a muitos que a ouviram. Havia todos os tipos de abusos nos
dias de John Wesley, todos os tipos de pecados dentro da sociedade. O protesto
de John Wesley contra isso sempre era espiritual, enquanto usava a Palavra de
Deus e a oração.
O
mandamento é simples: “sujeitai-vos”, da palavra hupotasso , do grego, que é
literalmente um termo militar que designa a situação do exército sob o seu comandante. Está falando sobre ser
sujeito. A melhor tradução seria, "Coloquem-se a si mesmo numa atitude de
submissão”. A propósito, isso é distintamente cristão, porque atitudes de
submissão e humildade eram olhadas no passado como coisas que caracterizavam os covardes e
fracos. E nenhum homem forte pensaria em se submeter ou ser humilde.
Assim
os filhos de Deus deveriam viver de um modo humilde, submisso no meio de uma
sociedade hostil, irreligiosa, sem Cristo, pecadora, má, acusadora,
caluniadora. Na realidade, os filhos de Deus tinham sido acusados frequentemente
de insurreição, continuariam sendo acusados de insurreição mas nunca foram
chamados por Deus para se engajarem nisto, nunca.
Em Pv
24.21, lemos: “Teme ao Senhor; filho meu, e ao rei e não te associes com os
revoltosos.”. E escute isto, no verso seguinte (22): “Porque de repente
levantará a sua perdição, e a ruína que
virá daqueles dois, quem a conhecerá ?”. Repare que a ruína dos revoltosos virá
tanto da parte do rei, quanto da parte do Senhor.
Vale a
pena ler a mensagem que Deus enviou ao povo de Judá quando estava em cativeiro
na Babilônia. Eles estavam em uma terra
pagã. Eles estavam debaixo de uma regra pagã. Eles estão sob Nabucodonozor, rei
de Babilônia, ele era um pagão até à raiz. Mas olhe o que Deus diz: “Assim diz
o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados que eu deportei
de Jerusalém para a Babilônia: Edificai casas e habitai nelas; plantai pomares
e comei o seu fruto. Tomai esposas e gerai filhos e filhas, tomais esposas para
vossos filhos e daí vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas;
multiplicai-vos aí e não vos diminuais. Procurai a paz da cidade para onde vos
desterrei e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz.”. Agora
se lembre, eles estão numa sociedade hostil, pagã. “Procurai a paz da cidade”.
E a próxima declaração é muito interessante, e assume que há problemas e
diz, “orai por ela ao Senhor”. Você já
se sentiu como num exílio na cidade do Rio de Janeiro? As decisões que são
tomadas nesta cidade pelas autoridades desta cidade o irritam? Você está em
exílio aqui. O que deveríamos fazer? Adquira uma casa, viva nela, plante um
jardim, coma o produto, case seus filhos
e busque o bem-estar da cidade...e ore ao Senhor para que haja paz onde você
mora, porque na paz da cidade você terá paz. Torne-se o agente da insurreição e
você receberá os efeitos da insurreição. Esta é a implicação. Por isso foram
aconselhados pelo próprio Deus a não se insurgirem contra as autoridades que os
mantinham em cativeiro.
Nos
versículos seguintes do texto de Jeremias 29.4-7, o povo é alertado a não dar
ouvido aos falsos profetas, aos advinhos e sonhadores que estavam no meio deles
no cativeiro, e que sempre lhe falavam em nome do Senhor falsamente, falando
sempre o que agradava ao povo ouvir. Eles ficariam por setenta anos em
cativeiro, e somente depois daquele período de tempo o próprio Senhor os traria
de volta à Palestina. É no meio de tais
declarações que o Senhor disse o que está no verso 11: “Eu é que sei que
pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de
mal, para vos dar o fim que desejais.”. Ora, a maioria daquela gente morreria
em Babilônia. Setenta anos seria o tempo do cativeiro. Por isso lhes é ordenado
que não deixassem que o povo diminuísse deixando de se multiplicarem através do
casamento de seus filhos. A paz que eles buscariam para si mesmos seria
experimentada num solo pagão. Numa terra estranha. O Senhor os visitaria lá
enquanto orassem e o buscassem de todo o coração (29.13). Não é nesta mesma
condição que os crentes vivem como povo de Deus nesta grande Babilônia que é o
mundo. Somos peregrinos e forasteiros. Somos estranhos para a forma de vida
deste mundo sem Deus. Mas podemos ter a paz do Senhor enquanto estivermos
vivendo nele, até que chegue o dia da nossa redenção, quando o Senhor vier
buscar a Sua igreja para estar para sempre com Ele na Canaã celestial.
Esta
porção do livro de Jeremias apresenta esta analogia maravilhosa. O princípio é
este... você está em uma terra estrangeira, faça tudo você pode para buscar o
bem-estar daquela terra para seu próprio benefício, enquanto percebe que Deus
tem um plano para você que ainda está distante, depois que se cumprir o prazo
de tempo que está determinado por ele para que a igreja esteja neste
mundo.
Você é
o cidadão de outro lugar. Você é da terra do verdadeiro Israel. Não é de
Babilônia. E contanto que você tenha que viver em Babilônia, compre uma casa,
ou construa uma casa, plante um jardim, coma os seus frutos, case seus filhos e faça tudo o que estiver ao
seu alcance para buscar o bem de sua
cidade e ore por ela. E sabendo isto, que Deus tem um lugar melhor reservado
para você, uma pátria para você, que é o local ao qual você pertence, no
céu.
Tem
havido muitos protestos, muitos atos de desobediência civil, muitas violações
da lei, muitas revoluções, muitas insurreições, e muitas tentativas subversivas
para subverter os governos, você está pronto para isto, em nome do Cristianismo
? Isso é trágico. Nunca nos foi mandado por Deus fazer isso. O mandamento é
simples: “sujeitai-vos”.
Em Rom
13.1,2 lemos: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não
há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por
ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à
ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.”.
Você vê
alguma exceção nesta palavra? O texto é bastante claro.
Paulo
disse a mesma coisa que Pedro disse.
Você diz: "mas Paulo não morou num mundo como o nosso.". Ele
morou sim. Ele morou num mundo dominado pela escravidão, e havia abusos
terríveis. Ele morou num mundo dominado pelo abuso de mulheres. Ele morou num
mundo onde havia o assassinato de crianças. Eles moraram num mundo onde o
pecado sexual era excessivo e a
homossexualidade era tão excessiva que muitos dos Césares foram homossexuais.
Eles viveram numa sociedade miserável, podre, vil, descrente, má, tal como nós. E ainda lhes foi dito que
estivessem sujeitos às autoridades, estarem sujeitos às autoridades superiores
porque elas foram instituídas por Deus. E o próprio Jesus disse o quê em Mt
22:21 ? "Dai a César o que é de César.”. O mandamento é muito simples.
Submetam-se. Isto está colocado nas palavras de Deus através de Jeremias:
"Busquem a paz da cidade". E na paz da cidade eles encontrariam a sua
própria paz. E lhes foi ordenado que orassem a Deus em tal sentido. É por isso
que Paulo diz em I Tim 2.1-3: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática
de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os
homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade,
para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é
bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador.”.
Agora
voltemos ao texto de I Peter 2 e deixe-me levá-lo a um segundo ponto. O
primeiro ponto é o mandamento, o segundo ponto é o motivo. Em 2.13 Pedro coloca
isto de maneira muito direta e clara: “por causa do Senhor”. Pois diz:
“Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor”. É por causa da
vontade do Senhor que devemos estar sujeitos aos que governam. O modo de honrar
a Deus é obedecendo aquilo que Ele tem ordenado. E o mandamento diz:
“sujeitai-vos a toda instituição humana”. Sujeitai-vos porque Deus exige isto.
Assim você está fazendo isto em obediência a Ele. Então desde que não há
nenhuma autoridade a não ser que seja estabelecida por Deus e essas autoridades
que existem foram estabelecidas por Ele,
então quando você responder submissimamente à autoridade, você está
fazendo isto por causa de Deus que instituiu a autoridade.
Quando
um líder nesta sociedade diz faça isto... você faz isto. Quando a polícia diz
se levante e saia daqui... você se levanta e sai de lá porque isso é o que a
Bíblia diz que se deve fazer. Por que você faz isto? Por causa de Deus. Por
causa de Deus por que? Porque Deus nos ordenou obedecer as autoridades porque
as autoridades são instituídas por Deus e é uma questão de obediência.
Leiamos
Jeremias 24:4-7: “A mim me veio a palavra do Senhor, dizendo: Assim diz o
Senhor, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons figos, assim
favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar para a terra dos
caldeus. Porei sobre eles favoravelmente os olhos e os farei voltar para esta
terra; edificá-los-ei e não os destruirei. Dar-lhes-ei coração para que me
conheçam que eu sou o Senhor; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque
se voltarão para mim de todo o seu coração.”.
Em
outras palavras, Deus diz que apesar de você estar na terra dos caldeus, onde
eles enterravam os bebês vivos nas paredes das casas que construíam, naquele
tipo de cultura pagã, o povo de Deus viveria todo o tipo de situações ruins,
Ele diz contanto que você se volte para Ele de todo o coração Ele nunca o
esquecerá, apesar de estar numa terra estranha. E no tempo conhecido por Ele
você será conduzido para o seu verdadeiro lar, à sua própria terra.
Mas quando
você viola o que Deus planejou para ser a sua conduta na sociedade, você deixa
de ser útil nesta sociedade.
Isso é
se inclinar à metodologia errada. E o fim nunca poderá ser atingido porque os meios estão incorretos. Por isto é
que Deus está no controle. Respondendo
submissimamente assim à autoridade você está respondendo à regra ordenada por
Deus.
Robert
Culver escrevendo em seu livro, um livro muito útil sobre a visão bíblica do
governo civil, diz: "Somente Deus tem direitos soberanos. A teoria
democrática não é menos antibiblica do que a monarquia pelo direito divino. Por
quaisquer meios que os homens cheguem às posições de governo, por dinastia
hereditária, aristocracia dinástica, ou através de eleição democrática, não há
nenhum poder mas de Deus. Além disso, governo civil é um instrumento, não um
fim. Os homens buscam fins mas somente Deus é o fim último. O estado não possui
nem seus cidadãos nem as propriedades deles, suas mentes, seus corpos ou
filhos. Tudo isto pertence ao Criador deles, Deus, que nunca deu a ninguém direitos estatais de domínio
permanente".
O que
eu quero que você entenda é que Deus controla e possui tudo. E o que nós
queremos fazer é reconhecer que Ele ordenou o governo para manter a paz na
sociedade e Ele nos tem ordenado para nos submetermos a isso. E você não
atinge, efetua, realiza o fim divino violando a lei divina.
Há uma
segunda razão ou motivo porque eu creio que nós devemos nos submeter e isso é
que não devemos apenas obedecer a Deus,
mas imitar a Deus. Não somente obedecê-lo, mas imitá-lo. Em Ef 5.1 se
diz direta e claramente que devemos ser imitadores de Deus como filhos amados.
E em I Pe 2.21 vemos que Cristo nos deixou um exemplo para que o seguíssemos, e
no verso 23 lemos o que era este exemplo: quando insultado não insultava,
quando ameaçado não ameaçava, mas entregava-se completamente nas mãos do Pai
que julga retamente.
Jesus
quando estava em seu ministério terreno foi assassinado por duas autoridades: a
judaica e a romana. Ele viveu debaixo da regra injusta deles, contudo Ele nunca
atacou o governo. Ele nunca atacou as regras. Ele nunca atacou os que estavam
em autoridade criticando o modo como governavam. Ele nunca dirigiu um protesto.
Ele nunca conduziu ninguém à desobediência civil. Ele nunca efetuou um levante
contra os abusos romanos.. Ele somente falou do Reino de Deus. Ele chamou os
pecadores ao arrependimento, para virem a Ele e entrarem no Seu Reino. E Ele
confiava continuamente no Pai que julga retamente simplesmente porque Ele sabia que Deus é soberano e o mundo
inteiro está sob o Seu controle.
Em
terceiro lugar, nós queremos nos submeter às autoridades para glorificar a
Deus, porque Ele é honrado quando é visto como a fonte de virtude, cortesia,
paz que dá às pessoas. Isso O honra.
Robert
Haldain muitos anos atrás escreveu que o povo de Deus deveria considerar a
resistência ao governo debaixo do qual eles vivem como um crime muito terrível.
Porque diminui a glória de Cristo. Isto mostra crentes com raiva, hostilidade,
rebelião. Isso não está honrando a Deus. Estarmos em paz e graça, e em bondade
honra a Deus. Estarmos em virtude, obediência, submissão, humildade, isso é o
que honra nosso Cristo.
Francamente,
eu creio que é triste ver crentes que deram o exemplo de desobediência civil pública,
crentes que deram o exemplo da violação da lei, crentes que desafiaram a
polícia, porque se nós devemos ser justos então o que injusto deveria fazer? Se
nós devemos ser os virtuosos da sociedade, se nós devemos ser íntegros que
servem a Deus que instituiu o governo, como nós podemos desafiar o mesmo Deus e
o mesmo governo que Ele instituiu?
Em Rom
13.5 lemos: “É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do
temor da punição, mas também por dever de consciência.”. É necessário... isto não é opcional, é necessário. Olhe para isto, "não só
por causa do temor da punição ". Agora o que quer dizer que você não deve
estar sujeito por causa da punição? Porque regras não são uma causa de temor
para um bom comportamento mas para o mau. Você não quer ter nenhum medo da
autoridade? Faça o que é o bom e você terá elogio da mesma, porque é ministro
de Deus para o seu bem. Mas se você faz o que é mau, tenha temor porque não é
sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para
castigar o que pratica o mal. É sobre a polícia e o sistema judicial que ele
está falando, esses que trazem a espada, que exercem a punição dos malfeitores
na terra, como ministros de Deus, encarregados deste serviço.
Assim
ele diz que é necessário estar em sujeição por causa da punição. Você poderia
sentir a vingança de uma instituição ordenada por Deus. Quando a polícia fizer
o que eles devem fazer para o cumprimento da lei e da ordem, eles são os
ministros de Deus. Não significa que eles às vezes não abusem disso, eles o
fazem. Não significa que eles são pessoalmente cristãos ou pessoalmente mais
morais que quaisquer outras pessoas. Significa que a função deles é como uma
agência dentro da vida humana e da sociedade humana para cumprir um papel ordenado
por Deus de manter a ordem. E se uma pessoa os obedecer, faz o que é bom, ele
não tem nenhuma razão para temer. Mas se ele se rebela e protesta, então ele já
tem razão para temer por causa da punição porque Deus os fez ministros para
vingar a Deus punindo aqueles que violam a ordem que Ele estabeleceu.
Então
secundariamente ele diz que é necessário estar sujeito às autoridades não
apenas pelo temor de ser castigado se você violar isto, mas também por dever de
consciência. O que significa isso? Só porque está certo. Assim a nossa
submissão à autoridade não será apenas
regulada pelo medo do castigo, mas porque está certo.
Assim,
por causa de Deus nos submetemos para obedecê-lo, imitá-lo e honrá-lo. Eu nunca
esquecerei de George E. Vin que me disse quando conversávamos sobre isto. O que
fazem os cristãos russos para protestar contra o governo russo, quando fazem
coisas que eles acham que não estão certas? Ele disse que eles têm uma lei
básica não escrita que todo mundo que congrega na igreja da Rússia, e se qualquer crente for preso, ele somente
será preso por proclamar o evangelho de Jesus Cristo, por nada mais além disso.
Não por protestar contra qualquer outra coisa.
Mas
você diz: “O que devemos fazer se sentimos que o governo está errado, contrariando
a própria ordenança de Deus, como neste caso em que tentam proibir a pregação
do evangelho ? Quanto a isto nós temos uma palavra bastante clara na Bíblia.
Lembra que na igreja primitiva, quando as autoridades ordenaram aos apóstolos
que parassem de pregar ? Eles disseram o que está em At 4.19,20: “Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é
justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não
podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.”. E eles não saíram
dali para incitar a igreja para fazer um levante contra as autoridades
judaicas. Ao contrário, eles oraram pedindo a Deus que lhes revestisse de poder
para continuarem pregando o nome de Jesus Cristo.
Quando
o governo lhe pedir que faça o oposto do que Deus lhe pede que faça, você não
tem nenhuma outra escolha a não ser
violar a ordem do governo e então entregar-se a Deus e sujeitar-se ao
castigo das autoridades, se isto for da vontade de Deus, que ocorra, para prova
da sua fé, e glorificação do Seu nome.
Se eles
viessem me prender eu não deitaria na rua, eu iria com eles.Você nunca percebe
que Paulo nunca resistiu à prisão? Nunca. Você vê que as armas de guerra dele
não eram carnais. Ele nunca precisou mentir na sujeira. Ele sabia a quem ele
servia e ele sabia como você deve lidar com esses assuntos no poder de Deus,
não com a manipulação de homens.
Você diz, "Bem isso é fácil quando eles lhe mandam que
faça algo que a Bíblia diz que não deve ser feito, ou vice-versa, então você
faz o que Deus diz e você sofre as consequências." Isso é certo. “Mas o
que devemos fazer quando o governo permite coisas que nós sabemos que são
erradas, como por exemplo o “casamento” entre homossexuais?". Isso é muito
comum e está se generalizando na cultura ocidental. E o que deve fazer a igreja? Nós protestamos?
Nós saímos em passeata? Deixe-me levá-lo a II Cor 10.3: "Porque, embora
andando na carne, não militamos segundo a carne.”. E no verso 4: “Porque as armas da nossa
milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas,
anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus,
e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para
punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão.”. Esta é uma guerra espiritual, nós não estamos
lutando contra carne e sangue. Você entende isso? Nós estamos lutando em um
nível espiritual. Os instrumentos de guerra, eu amo esta frase, os instrumentos
de guerra não são da carne. Nós não podemos usar meios humanos. Nós não podemos
usar os mesmos meios que o mundo costuma usar.. Você quer saber algo? Eles são
melhores nisto. Quem se saiu melhor nos protestos recentes? As pessoas a favor
do aborto ou as que são contra? As que são a favor. Nós não devemos lutar com
as mesmas armas deles.
Mas as
nossas armas, ele diz no verso 4, são poderosas em Deus. Poder de Deus para quê
? Para destruir as fortalezas do pecado, as fortalezas de Satanás e seus
demônios.
O que a
palavra destruição significa? Significa colocar por terra. As armas do nosso arsenal espiritual divino
são fortes o bastante para destruir as fortalezas que foram construídas através
do pecado.
Então
ele diz que essas armas podem destruir sofismas, isto é, especulações. O que
são especulações ? São argumentos engendrados pela simples razão humana, sem
estarem conformados à mente de Deus. O mundo está repleto disto. E só existe
uma maneira de destruir estes argumentos que são fruto da altivez que se
levanta contra o conhecimento de Deus, e levar tais pessoas à obediência de
Cristo. É usando as armas espirituais poderosas de Deus. Isto ocorre na própria
igreja, e Paulo diz, que uma vez completada a submissão dos coríntios pelo uso
que ele fizera da Palavra, que é a espada do Espírito, a arma da nossa milícia,
pela ação do próprio Deus dando-lhes entendimento da Palavra e conduzindo-os ao
arrependimento, então, uma vez completada a ação de Deus no meio da igreja, o
próprio apóstolo, juntamente com a liderança da igreja puniria os
desobedientes, isto é, os que se mantivessem em posição de desobediência.
Você
nota ? toda coisa alta... todo pensamento. É uma guerra inclusiva e nós podemos
fazê-los se curvar a Cristo. Nós podemos
levá-los cativos para a obediência de Cristo.
É por
isso que nós precisamos pregar a Palavra de Deus com convicção. Não podemos ter
a mínima vergonha de qualquer palavra usada na Bíblia. Não podemos nos
envergonhar em confrontar o que os filósofos, os psicólogos, os antropólogos,
os astrólogos, e quaisquer outros “ólogos” ou não estejam ensinando como
verdade às pessoas contrariamente à Palavra de Deus revelada na Bíblia. A honra
devida à Palavra é ponto de honra para Deus e deve ser também para nós. O
Senhor vela sobre a Sua Palavra. Jesus diz que Ele também se envergonharia
daquele que se envergonhasse das suas palavras. Satanás tem procurado intimidar
os pregadores do evangelho, com o falso ensino daqueles que alegam conhecer a
verdade, silenciando-os. Não convém que seja assim. As armas poderosas de Deus
devem ser usadas contra eles, para que sejam convencidos da verdade e assim se
voltem para Cristo. Desde o Éden que Satanás tem agido assim, para desacreditar
a Palavra de Deus. Ele disse a Eva que Deus havia mentido, com uma pergunta
insinuante, e uma afirmação para conduzir à dúvida e ao descrédito quanto à
veracidade da Palavra: “Foi assim que Deus disse ?”, “certamente não é assim”.
Esta é a estratégia que ele sempre tem usado. “É isto que está escrito na
Bíblia ? É assim que você interpreta ? Certamente não é bem esse o sentido.”. E
assim amolda a Palavra ao gosto do ouvinte. Amolda-a ao seu pecado. Mas o que
está escrito é o que está escrito. O que está dito é o que está dito. E é isto
o devemos pregar e ensinar. E é nisto que devemos crer e praticar. Cada palavra
das Escrituras. Cada frase. Versículo. Capítulo. Livro.
Nós
precisamos pregar a Palavra de Deus com poder e convicção. Nós deveríamos
chamar os pecadores ao arrependimento. Nós devemos usar a Palavra que nunca
voltará vazia. Uma outra arma poderosa de Deus é a oração. Precisamos orar para que a nossa pregação e
ensino sejam no poder do Espírito, e para que Deus opere nos corações das
pessoas. As armas são a Palavra e a oração.
Sim,
nós precisamos demolir as fortalezas do pecado e do diabo, mas precisamos fazer
isto do modo que Deus disse que deve ser feito. E ao mesmo tempo, mantendo
nossa piedade, nossa virtude, nosso caráter, como pessoas tranquilas,
pacificadoras, misericordiosas, humildes, tementes a Deus, obedientes, enfim,
que têm todas as virtudes que caracterizam um espírito submisso.
A
sociedade, especialmente do mundo ocidental, é uma sociedade pragmática. Os
governantes dos países ricos estão afirmando que só existe um deus no mundo, e
este é o mercado. Os países pobres são explorados pelos países ricos. Mas no
reino do anticristo haverá uma conjugação de países pobres e ricos, servindo a
mesma causa comum: a do engano e da mentira. Valendo-se de argumentos
aparentemente justos como o da erradicação da miséria no mundo, do combate à
violência, o mundo continuará sujeito ao príncipe das trevas e ao pecado,
obedecendo o senhorio de ambos. E vivemos como povo de Deus numa terra
estrangeira, não somos deste mundo, mas estamos vivendo nele, e devemos ter o
cuidado de ter a paz de Cristo em nossos corações, o espírito de moderação, mas
também de ousadia para proclamar a Palavra de Deus em meio a uma geração
perversa e má, lutando com as armas espirituais de Deus. Dando o mais elevado
exemplo de cidadania em relação a todas as cousas que devem ser obedecidas em
relação à autoridade civil, mas tendo a ousadia com moderação para rejeitar
tudo aquilo que contrariar os princípios claramente revelados na Palavra, assim
como fizeram os crentes da igreja primitiva, e todos aqueles que viveram e têm
vivido dando o bom testemunho de Cristo, que é mediante a Sua Palavra.
Lembremos
sempre que não recebemos de Deus a missão de consertar o mundo, de ser a sua
palmatória, mas a de dar testemunho da verdade, de ser sal e luz num mundo de
trevas. E isto é feito com a pregação da Palavra e com oração. Ainda que seja
louvável a intenção daqueles que têm levantado as mais diferentes bandeiras
para modificar a ordem social, procurando condições mais justas de vida pelo
confronto das autoridades constituídas, saiba que isto não deve ser feito em
nome de Cristo, porque não é esta a missão que Ele deu à igreja. Não foi este o
exemplo que Ele deixou para nós, e nenhum dos seus apóstolos.
A nossa
missão não é a de consertar o mundo, até porque ele nunca teve e jamais terá
conserto, mas a de resgatar pessoas que estão no mundo, das trevas para a luz
do Senhor. Há muito o que fazer em testemunho de boas obras, mesmo para aqueles
que são do mundo, e isto faremos sendo bons cidadãos e empregados, com o temor
de Deus no coração, sendo obedientes e submissos àqueles que foram constituídos
como autoridade acima de nós.
Em Atos
6.8 lemos que Estevão era cheio de graça e poder, e fazia prodígios e grandes
sinais entre o povo. Mas lemos nos versos seguintes que em razão de alguns
judeus não terem podido resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele
falava, subornaram homens para dizerem que o tinham ouvido proferir blasfêmias
contra Moisés e contra Deus, e sublevaram o povo, os anciãos e os escribas
arrebatando-o e levando-o ao Sinédrio. E ali usaram testemunhas falsas contra
ele. Mas os que estavam no Sinédrio viram o rosto de Estevão como se fosse
rosto de anjo. E você conhece bem o resto da história que culminou com sua
morte por apedrejamento. Ele pregou um sermão poderoso aos seus acusadores,
antes de ser apedrejado, e foi um sermão cheio do poder do Espírito. Mas,
segundo o juízo comum, ele foi derrotado porque com todo o poder de suas
palavras, graça, sabedoria, fé, poder do Espírito, não logrou livrar-se dos
seus falsos acusadores e encontrou a morte. Mas, a causa de Deus e a Palavra de
Deus triunfou através do testemunho da sua vida, porque tudo aquilo balançou as
convicções de Saulo, preparando-o para a sua futura conversão no caminho de
Damasco, e certamente outros escribas e fariseus foram trazidos à fé pelo
testemunho maravilhoso de Estevão. Ele pregou uma mensagem evangelistica
confrontativa. E Saulo jamais pôde esquecer a face angelical, o coração
perdoador e o poder da pessoa de Estevão.
A
Palavra de Deus diz que devemos estar sujeitos a toda instituição humana, não
diz algumas, mas a toda e qualquer instituição. Você diz: “Mas temos juízes
ruins em nossos tribunais. Respondemos a isto com uma ilustração tirada de Is
3.1,2, onde lemos: “porque eis que o Senhor, o Senhor dos Exércitos, tira de
Jerusalém e de Judá o sustento e o apoio, todo sustento de pão e todo sustento
de água; o valente, o guerreiro e o juiz; o profeta, o advinho e ancião; o
capitão de cinquenta, o respeitável, o conselheiro, o hábil entre os artífices
e o encantador perito.”. Por que Deus
vai fazer tudo isso? Ele vai julgar o homem poderoso e o guerreiro, Ele vai julgar o juiz e o profeta, o advinho
e o ancião. Em outras palavras, Ele vai julgar todos. Ele baixa uma lista
longa. Por que? Verso 8: “Porque Jerusalém está arruinada, e Judá, caída;
porquanto a sua língua e as suas obras são contra o Senhor, para desafiarem a
sua gloriosa presença.”. Ei, esta não é
a primeira vez que houve juízes ruins, esta não é a primeira vez que houve
líderes ruins. Mas quem os julga? Quem os julga? Deus os julga.
Vemos
isto também em Dn 9.11,12: “Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei,
desviando-se para não obedecer à tua voz; por isso, a maldição e as imprecações
que estão escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós,
porque temos pecado contra ti. Ele confirmou a sua palavra, que falou contra
nós e contra os nossos juízes que nos julgavam, e fez vir sobre nós grande mal,
porquanto nunca, debaixo de todo o céu, aconteceu o que se deu em Jerusalém.”.
E novamente Daniel mostra o fato que
havia juízes injustos, juízes injustos na sociedade na qual ele estava vivendo
com as pessoas em cativeiro. Isto não é nada novo. Isto não é nada
incomum.
Miqueias
7.2-4 diz: “Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto;
todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede. As
suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige
condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma,
e, assim, todos eles juntamente urdem a trama. O melhor deles é como um
espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe
de espinhos. É chegado o dia anunciado por tuas sentinelas, o dia do teu
castigo; aí está a confusão deles.”.
Paulo
viveu certamente em dias que os juízes eram ruins quando ele escreveu Rom 13.
Pedro também viveu certamente em dias que os juízes eram ruins quando ele
escreveu I Pe 2, afinal os juízes estavam arrastando os cristãos aos tribunais,
injustamente. E o próprio Paulo e Pedro foram vítimas de uma execução injusta
que lhes tirou a vida. Mas não devemos resistir a toda esta realidade da vida
humana, o foco da Bíblia está em ser sujeito às autoridades, porque foram
instituídas por Deus. Esta que é a ordenança bíblica. Não é que você deva
consertar o mundo através da revolução civil. O trabalho de julgar as
autoridades instituídas é um trabalho do próprio Deus, porque foram instituídas
por Ele. E você tem que permitir que
Deus seja soberano porque Ele está regendo como lhe apraz. Robert Culver
escreveu um livro muito importante chamado Para uma Visão Bíblica do Governo
Civil. E nele ele diz isto “Os homens da Igreja cujo ativismo Cristão levou
principalmente a anunciar, enquanto marchavam, enquanto protestavam e gritavam
poderiam bem observar o autor destes versos...
chamado Paulo... primeiro na oração, depois pregando com os seus amigos e
depois disso pregando nas casas e nos lugares públicos. Quando Paulo chegou a ser ouvido pelos poderosos,
foi para defender a sua ação como pregador do caminho para o céu.".
Você
vê, se nós seremos perseguidos e se nós seremos encarcerados, deve ser porque
nós fomos pregadores da justiça, e não os desafiantes da lei. É muito
importante saber que o que dá a investidura à autoridade é a posição ocupada
por ela, e não a qualidade do seu caráter. Pedro tinha um caráter infinitamente
superior ao daqueles que prenderam Jesus. Mas o que foi que o Senhor lhe disse
quanto tomou da espada e cortou a orelha do servo do sacerdote ? Ele disse que
os que usassem a espada em vingança sem estarem na posição de autoridade que
permite o uso da espada, morreriam pela
espada da autoridade, ministro de Deus para tal propósito. Jesus mesmo
reconheceu a autoridade terrena dos que o prenderam permitindo-se deixar ser
preso por eles. Na terra, nem ele, nem
Pedro, na ocasião ocupavam qualquer posição como magistrados
reconhecidos pela sociedade. Eles estavam assim sujeitos às autoridades
constituídas. E foi por isso que Jesus reconheceu que havia em Pilatos tal
poder sobre a Sua pessoa, que fora dado por Deus. Se Deus não tivesse
instituído as autoridades civis, Pilatos não teria qualquer poder sobre Jesus,
mas como era um dos chefes da administração romana, que governava o mundo de
então, tinha o direito legal de fazer valer a autoridade de que estava
instituído, ainda que por um governo que não era justo e imparcial, porque
crucificaram o próprio Cristo que sequer tinha qualquer pecado e era Deus.
Aí está
um bom exemplo então para meditarmos e entendermos que nenhum levante contra a
autoridade constituída poderá ter a aprovação de Deus, ainda que seja por uma
causa justa, ou em nome da justiça. Não podemos exercer a lei com as próprias
mãos. Isto é tarefa para os ministros de Deus que foram instituídos para serem
autoridade mantendo a ordem civil e o cumprimento da lei.
Agora,
a má autoridade responderá perante Deus, porque está designado um modo para que
ela funcione. Ela deve elogiar os que praticarem o bem e castigar os
malfeitores. Mas há cada vez mais uma troca disto no mundo em que vivemos. Ao bem
chamam mal, e ao mal chamam bem. Autoridades que estão em conluio com
criminosos. E que perseguem o povo de Deus pela simples condição de serem
reconhecidos como contrários à prática da injustiça, do suborno, e de todo
comportamento que é condenado pela Palavra de Deus. Certamente prestarão contas
a Deus dos seus atos.
Em Rom
13.6,7 lemos: “Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de
Deus, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhes é
devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito,
respeito; a quem honra, honra.”.
Alguém
diria... eu ouvi as pessoas dizerem isto... eu conheço várias pessoas que
disseram a mim, "eu não pago meus impostos." Eu disse, porque não ?
" "Eu não sou um cidadão deste mundo.". Um homem me falou que
ele não pagava impostos há 25 anos. Por que? "Eu não sou um cidadão deste
mundo. Eu não tenho que pagar meus impostos. Eu não tenho que obedecer leis
terrenas. Eu sou um cidadão do céu.". Toda vez que eu vejo uma
transgressão da vontade de Deus deste tipo, isto me irrita. Não somos livres
para sermos devedores, para dar mau testemunho, somos livres para servir a
Deus, e é da vontade de Deus que sejamos cidadãos corretos neste mundo, que
cumprem todas as suas obrigações de cidadania. Nossa cidadania celestial, nossa
liberdade em Cristo não nos permite abusar dos padrões que Deus estabeleceu
para nós na terra.
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