JEREMIAS
25
“1 A
palavra que veio a Jeremias acerca de todo o povo de Judá, no ano quarto de
Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá (que era o primeiro ano de
Nabucodonosor, rei de Babilônia,
2 a
qual anunciou o profeta Jeremias a todo o povo de Judá, e a todos os habitantes
de Jerusalém, dizendo:
3 Desde
o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, período
de vinte e três anos, tem vindo a mim a palavra do Senhor, e vo-la tenho
anunciado, falando-vos insistentemente; mas vós não tendes escutado.
4
Também o Senhor vos tem enviado com insistência todos os seus servos, os
profetas mas vós não escutastes, nem inclinastes os vossos ouvidos para ouvir,
5
quando vos diziam: Convertei-vos agora cada um do seu mau caminho, e da maldade
das suas ações, e habitai na terra que o Senhor vos deu e a vossos pais, desde
os tempos antigos e para sempre;
6 e não
andeis após deuses alheios para os servirdes, e para os adorardes, nem me
provoqueis à ira com a obra de vossas mãos; e não vos farei mal algum.
7
Todavia não me escutastes, diz o Senhor, mas me provocastes à ira com a obra de
vossas mãos, para vosso mal.
8
Portanto assim diz o Senhor dos exércitos: Visto que não escutastes as minhas
palavras
9 eis
que eu enviarei, e tomarei a todas as famílias do Norte, diz o Senhor, como
também a Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo, e os trarei sobre esta
terra, e sobre os seus moradores, e sobre todas estas nações em redor. e os
destruirei totalmente, e farei que sejam objeto de espanto, e de assobio, e de
perpétuo opróbrio.
10 E
farei cessar dentre eles a voz de gozo e a voz de alegria, a voz do noivo e a
voz da noiva, o som das mós e a luz do candeeiro.
11 E
toda esta terra virá a ser uma desolação e um espanto; e estas nações servirão
ao rei de Babilônia setenta anos.
12
Acontecerá, porém, que quando se cumprirem os setenta anos, castigarei o rei de
Babilônia, e esta nação, diz o Senhor, castigando a sua iniquidade, e a terra dos
caldeus; farei dela uma desolação perpetua.
13 E
trarei sobre aquela terra todas as minhas palavras, que tenho proferido contra
ela, tudo quanto está escrito neste livro, que profetizou Jeremias contra todas
as nações.
14
Porque deles, sim, deles mesmos muitas nações e grandes reis farão escravos;
assim lhes retribuirei segundo os seus feitos, e segundo as obras das suas
mãos.
15 Pois
assim me disse o Senhor, o Deus de Israel: Toma da minha mão este cálice do
vinho de furor, e faze que dele bebam todas as nações, às quais eu te enviar.
16
Beberão, e cambalearão, e enlouquecerão, por causa da espada, que eu enviarei
entre eles.
17
Então tomei o cálice da mão do Senhor, e fiz que bebessem todas as nações, às
quais o Senhor me enviou:
18 a
Jerusalém, e às cidades de Judá, e aos seus reis, e aos seus príncipes, para
fazer deles uma desolação, um espanto, um assobio e uma maldição, como hoje se
vê;
19 a
Faraó, rei do Egito, e a seus servos, e a seus príncipes, e a todo o seu povo;
20 e a
todo o povo misto, e a todos os reis da terra de Uz, e a todos os reis da terra
dos filisteus, a Asquelom, a Gaza, a Ecrom, e ao que resta de Asdode;
21 e a
Edom, a Moabe, e aos filhos de Amom;
22 e a
todos os reis de Tiro, e a todos os reis de Sidom, e aos reis das terras dalém
do mar;
23 a
Dedã, a Tema, a Buz e a todos os que habitam nos últimos cantos da terra;
24 a
todos os reis da Arábia, e a todos os reis do povo misto que habita no deserto;
25 a
todos os reis de Zinri, a todos os reis de Elão, e a todos os reis da Média;
26 a
todos os reis do Norte, os de perto e os de longe, tanto um como o outro, e a
todos os reinos da terra, que estão sobre a face da terra; e o rei de Sesaque
beberá depois deles.
27 Pois
lhes dirás: Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Bebei, e
embebedai-vos, e vomitai, e caí, e não torneis a levantar, por causa da espada
que eu vos enviarei.
28 Se
recusarem tomar o copo da tua mão para beber, então lhes dirás: Assim diz o
Senhor dos exércitos: Certamente bebereis.
29 Pois
eis que sobre a cidade que se chama pelo meu nome, eu começo a trazer a
calamidade; e haveis vós de ficar totalmente impunes? Não ficareis impunes;
porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o Senhor dos
exércitos.
30 Tu
pois lhes profetizarás todas estas palavras, e lhes dirás: O Senhor desde o
alto bramirá, e fará ouvir a sua voz desde a sua santa morada; bramirá
fortemente contra a sua habitação; dará brados, como os que pisam as uvas,
contra todos os moradores da terra.
31
Chegará o estrondo até a extremidade da terra, porque o Senhor tem contenda com
as nações, entrará em juízo com toda a carne; quanto aos ímpios, ele os
entregará a espada, diz o Senhor.
32
Assim diz o Senhor dos exércitos: Eis que o mal passa de nação para nação, e
grande tempestade se levantará dos confins da terra.
33 E os
mortos do Senhor naquele dia se encontrarão desde uma extremidade da terra até
a outra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; mas serão como
esterco sobre a superfície da terra.
34
Uivai, pastores, e clamai; e revolvei-vos na cinza, vós que sois os principais
do rebanho; pois já se cumpriram os vossos dias para serdes mortos, e eu vos
despedaçarei, e vós então caireis como carneiros escolhidos.
35 E
não haverá refúgio para os pastores, nem lugar para onde escaparem os
principais do rebanho.
36 Eis
a voz de grito dos pastores, o uivo dos principais do rebanho; porque o Senhor
está devastando o pasto deles.
37 E as
suas malhadas pacíficas são reduzidas a silêncio, por causa do furor da ira do
Senhor.
38
Deixou como leão o seu covil; porque a sua terra se tornou em desolação, por
causa do furor do opressor, e por causa do furor da sua ira.”
Esta
profecia havia sido dada a Jeremias antes da visão que ele tivera nos dias do
rei Ezequias, e que se encontra registrada no capítulo anterior, porque se
refere aos dias do rei Jeoaquim, mais especificamente, o quarto ano do seu
reinado, que correspondia ao primeiro ano em que Nabucodonosor começou a reinar
em Babilônia (v. 1).
Há
vinte e três anos Jeremias vinha profetizando, como ele próprio afirma no verso
3, e que eles não haviam escutado a Palavra do Senhor que estava sendo falada
através da sua boca.
Não
somente ele havia profetizado aos judeus como outros profetas, como por exemplo
Isaías, Sofonias, Oseias, Miqueias, dentre outros, mas também não deram ouvidos
ao que eles lhes haviam profetizado, especialmente quanto a chamá-los ao
arrependimento, para que continuassem habitando em paz na terra que Deus lhes
havia dado por promessa (v. 5).
Como
não tinham escutado as palavras do Senhor, então Ele os entregaria, conforme
havia prometido fazer, na mão do rei de Babilônia, que agiria como estando a
Seu serviço, para o propósito de castigar a impiedade das nações, especialmente
do Seu próprio povo, os judeus.
Durante setenta anos Babilônia dominaria
sobre as nações da terra, porque este seria o tempo determinado por Deus para a
existência daquele reino, que seria dominado no final dos setenta anos, pelos
medos e pelos persas.
Durante
a dominação dos babilônias, as nações seriam desoladas, e cessaria entre elas a
voz de alegria, especialmente de suas festas, inclusive de casamentos.
A
própria Babilônia, cumpridos os setenta anos, seria também submetida ao mesmo
juízo do Senhor, porque seria feito dela uma desolação, por causa da sua iniquidade.
Sendo que no caso de Babilônia, deixaria de ser nação, conforme o conselho
determinado do Senhor. Todavia, Israel, permaneceria perante Ele para
sempre.
Conforme
o Senhor havia dito a Jeremias no início do seu ministério que ele estava sendo
chamado a profetizar sobre muitas nações, para levantar e para derrubar, para
plantar e para arrancar, estava ocorrendo de fato, porque pela Sua palavra na
boca de Jeremias, tudo o que foi profetizado contra Babilônia sucedeu tal com
havia sido profetizado, e não somente contra ela, bem como a todas as demais
nações contra as quais pronunciou os Seus juízos através do profeta.
Então,
além de Judá e Babilônia, foram nomeados os reinos que tomariam do cálice do
furor do Senhor que havia sido colocado na mão de Jeremias para ser derramado
sobre eles, com as palavras desta profecia, como se vê nos seguintes
versículos:
“19 a
Faraó, rei do Egito, e a seus servos, e a seus príncipes, e a todo o seu povo;
20 e a
todo o povo misto, e a todos os reis da terra de Uz, e a todos os reis da terra
dos filisteus, a Asquelom, a Gaza, a Ecrom, e ao que resta de Asdode;
21 e a
Edom, a Moabe, e aos filhos de Amom;
22 e a
todos os reis de Tiro, e a todos os reis de Sidom, e aos reis das terras dalém
do mar;
23 a
Dedã, a Tema, a Buz e a todos os que habitam nos últimos cantos da terra;
24 a
todos os reis da Arábia, e a todos os reis do povo misto que habita no deserto;
25 a
todos os reis de Zinri, a todos os reis de Elão, e a todos os reis da Média;
26 a
todos os reis do Norte, os de perto e os de longe, tanto um como o outro, e a
todos os reinos da terra, que estão sobre a face da terra; e o rei de Sesaque
beberá depois deles.
27 Pois
lhes dirás: Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Bebei, e
embebedai-vos, e vomitai, e caí, e não torneis a levantar, por causa da espada
que eu vos enviarei.
28 Se
recusarem tomar o copo da tua mão para beber, então lhes dirás: Assim diz o
Senhor dos exércitos: Certamente bebereis.
29 Pois
eis que sobre a cidade que se chama pelo meu nome, eu começo a trazer a
calamidade; e haveis vós de ficar totalmente impunes? Não ficareis impunes;
porque eu chamo a espada sobre todos os moradores da terra, diz o Senhor dos
exércitos.”
O leão
que seria levantado por Deus, Babilônia, sairia do seu covil e destruiria tanto
os maus pastores como o próprio rebanho de Judá, que havia se corrompido
juntamente com eles, e isto ocorreria nos dias do rei Zedequias, que viria
ainda a reinar depois de Jeoaquim, durante cujo reinado foi dada esta profecia
a Jeremias.
JEREMIAS
26
“1 No
princípio do reino de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, veio da parte do
Senhor esta palavra, dizendo:
2 Assim
diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor e dize a todas as cidades de
Judá que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mando que lhes
fales; não omitas uma só palavra.
3 Bem
pode ser que ouçam, e se convertam cada um do seu mau caminho, para que eu
desista do mal que intento fazer-lhes por causa da maldade das suas ações.
4
Dize-lhes pois: Assim diz o Senhor: Se não me derdes ouvidos para andardes na
minha lei, que pus diante de vós,
5 e
para ouvirdes as palavras dos meus servos, os profetas, que eu com insistência
vos envio, mas não ouvistes;
6 então
farei que esta casa seja como Siló, e farei desta cidade uma maldição para
todas as nações da terra.
7 E
ouviram os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, a Jeremias, anunciando
estas palavras na casa do Senhor.
8 Tendo
Jeremias acabado de dizer tudo quanto o Senhor lhe havia ordenado que dissesse
a todo o povo, pegaram nele os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo,
dizendo: Certamente morrerás.
9 Por
que profetizaste em nome do Senhor, dizendo: Será como Siló esta casa, e esta
cidade ficará assolada e desabitada? E ajuntou-se todo o povo contra Jeremias,
na casa do Senhor.
10
Quando os príncipes de Judá ouviram estas coisas, subiram da casa do rei à casa
do Senhor, e se assentaram à entrada da porta nova do Senhor.
11
Então falaram os sacerdotes e os profetas aos príncipes e a todo povo, dizendo:
Este homem é réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes
com os vossos próprios ouvidos.
12 E
falou Jeremias a todos os príncipes e a todo o povo, dizendo: O Senhor
enviou-me a profetizar contra esta casa, e contra esta cidade, todas as
palavras que ouvistes.
13
Agora, pois, melhorai os vossos caminhos e as vossas ações, e ouvi a voz do
Senhor vosso Deus, e o Senhor desistirá do mal que falou contra vós.
14
Quanto a mim, eis que estou nas vossas mãos; fazei de mim conforme o que for
bom e reto aos vossos olhos.
15
Sabei, porém, com certeza que, se me matardes a mim, trareis sangue inocente
sobre vós, e sobre esta cidade, e sobre os seus habitantes; porque, na verdade,
o Senhor me enviou a vós, para dizer aos vossos ouvidos todas estas palavras.
16
Então disseram os príncipes e todo o povo aos sacerdotes e aos profetas: Este
homem não é réu de morte, porque em nome do Senhor, nosso Deus, nos falou.
17
Também se levantaram alguns dos anciãos da terra, e falaram a toda a assembleia
do povo, dizendo:
18 Miqueias,
o morastita, profetizou nos dias de Ezequias, rei de Judá, e falou a todo o
povo de Judá, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: Sião será lavrada como
um campo, e Jerusalém se tornará em montões de ruínas, e o monte desta casa
como os altos de um bosque.
19
Mataram-no, porventura, Ezequias, rei de Judá, e todo o Judá? Antes não temeu
este ao Senhor, e não implorou o favor do Senhor? e não se arrependeu o Senhor
do mal que falara contra eles? Mas nós estamos fazendo um grande mal contra as
nossas almas.
20
Também houve outro homem que profetizava em nome do Senhor: Urias, filho de
Semaías, de Quiriate-Jearim, o qual profetizou contra esta cidade, e contra
esta terra, conforme todas as palavras de Jeremias;
21 e
quando o rei Jeoaquim, e todos os seus valentes, e todos os príncipes, ouviram
as palavras dele, procurou o rei matá-lo; mas quando Urias o ouviu, temeu, e
fugiu, e foi para o Egito;
22 mas
o rei Jeoaquim enviou ao Egito certos homens; Elnatã, filho de Acbor, e outros
com ele,
23 os
quais tiraram a Urias do Egito, e o trouxeram ao rei Jeoaquim, que o matou à
espada, e lançou o seu cadáver nas sepulturas da plebe.
24
Porém Aicão, filho de Safã, deu apoio a Jeremias, de sorte que não foi entregue
na mão do povo, para ser morto.”
Os
fatos narrados neste capitulo sucederam no início do reinado de Jeoaquim,
quando o Senhor enviou Jeremias a pregar no átrio do templo contra Jerusalém e
contra o próprio templo, e o prenderam
conduzindo-o à presença do rei para que fosse morto, por ter proferido tais
palavras.
E os
principais sacerdotes e anciãos, bem como todo o povo queriam matar Jeremias
porque havia dito que Deus faria a Jerusalém e ao templo, o mesmo que fizera a
Siló, nos dias do sumo sacerdote Eli.
Todavia,
Jeremias sustentou corajosamente diante de todos eles o que havia proferido, e
que deveriam emendar as suas más ações para que achassem misericórdia da parte
do Senhor.
Então
eles passaram a refletir com prudência, em favor de Jeremias, lembrando o
perigo que haveria para todos eles se derramassem o sangue inocente de um
profeta do Senhor, e lembraram de que o rei Ezequias nada fizera contra Miqueias
quando profetizou contra a maldade dos judeus, antes, eles ouviram suas palavras.
Um
outro profeta chamado Urias, que estava sendo guardado pelo rei Jeoaquim para
ser morto, não teve a mesma proteção da parte de Deus, que estava sobre
Jeremias, porque não confirmou o que estava pregando, tal como Jeremias fizera,
e mesmo tendo fugido para o Egito, o rei
mandou que fossem em perseguição dele, e conseguindo capturá-lo matou-o à
espada.
Mas
Aicão, agiu de modo nobre, e estando na mesma condição de Jeremias e Urias, não
fugiu à responsabilidade e à coragem de defender a verdade, e ficou do lado de
Jeremias, e por isso não foi morto, porque achou favor da parte do Senhor (v.
21 a 24).
Urias
tentou salvar a sua vida e morreu. Aicão se dispôs a perder a vida por amor à
verdade e foi poupado. Isto nos faz lembrar das palavras de nosso Senhor:
“pois,
quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor
de mim, acha-la-á.” (Mt 16.25)
A fuga
de Urias para poupar a própria vida poderia comprometer o que havia dito,
porque não é comum que profetas do Senhor não afirmem a verdade que pregaram em
face do perigo da morte, e isto colocaria a Palavra proferida em dúvida, como
tendo sido procedente de fato da parte do Senhor, e por isso foi permitido por
Deus que lhe viesse tal juízo, de maneira a demonstrar que não havia aprovado a
atitude do profeta.
JEREMIAS
27
“1 No
princípio do reinado de Zedequias, filho de Josias, rei de Judá, veio esta
palavra a Jeremias da parte do Senhor, dizendo:
2 Assim
me disse o Senhor: Faze-te correias e canzis e põe-nos ao teu pescoço.
3 Depois
envia-os ao rei de Edom, e ao rei de Moabe, e ao rei dos filhos de Amom, e ao
rei de Tiro, e ao rei de Sidom, pela mão dos mensageiros que são vindos a
Jerusalém a ter com zedequias, rei de Judá;
4 e
lhes darás uma mensagem para seus senhores, dizendo: Assim diz o Senhor dos
exércitos, o Deus de Israel: Assim direis a vossos senhores:
5 Sou
eu que, com o meu grande poder e o meu braço estendido, fiz a terra com os
homens e os animais que estão sobre a face da terra; e a dou a quem me apraz.
6 E
agora eu entreguei todas estas terras na mão de Nabucodonosor, rei de
Babilônia, meu servo; e ainda até os animais do campo lhe dei, para que o
sirvam.
7 Todas
as nações o servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que
venha o tempo da sua própria terra; e então muitas nações e grandes reis se
servirão dele.
8 A
nação e o reino que não servirem a Nabucodonosor, rei de Babilônia, e que não
puserem o seu pescoço debaixo do jugo do rei de Babilônia, punirei com a
espada, com a fome, e com a peste a essa nação, diz o Senhor, até que eu os
tenha consumido pela mão dele.
9 Não
deis ouvidos, pois, aos vossos profetas, e aos vossos adivinhadores, e aos
vossos sonhos, e aos vossos agoureiros, e aos vossos encantadores, que vos
dizem: Não servireis o rei de Babilônia;
10
porque vos profetizam a mentira, para serdes removidos para longe da vossa
terra, e eu vos expulsarei dela, e vós perecereis.
11 Mas
a nação que meter o seu pescoço sob o jugo do rei de Babilônia, e o servir, eu
a deixarei na sua terra, diz o Senhor; e lavra-la-á e habitará nela.
12 E
falei com Zedequias, rei de Judá, conforme todas estas palavras: Metei os
vossos pescoços no jugo do rei de Babilônia, e servi-o, a ele e ao seu povo, e
vivei.
13 Por
que morrereis tu e o teu povo, à espada, de fome, e de peste, como o Senhor
disse acerca da nação que não servir ao rei de Babilônia?
14 Não
deis ouvidos às palavras dos profetas que vos dizem: Não servireis ao rei de
Babilônia; porque vos profetizam a mentira.
15 Pois
não os enviei, diz o Senhor, mas eles profetizam falsamente em meu nome; para
que eu vos lance fora, e venhais a perecer, vós e os profetas que vos
profetizam.
16
Então falei aos sacerdotes, e a todo este povo, dizendo: Assim diz o Senhor:
Não deis ouvidos às palavras dos vossos profetas, que vos profetizam dizendo:
Eis que os utensílios da casa do senhor cedo voltarão de Babilônia; pois eles
vos profetizam a mentira.
17 Não
lhes deis ouvidos; servi ao rei de Babilônia, e vivei. Por que se tornaria esta
cidade em assolação?
18 Se,
porém, são profetas, e se está com eles a palavra do Senhor, intercedam agora
junto ao Senhor dos exércitos, para que os utensílios que ficaram na casa do
Senhor, e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém, não vão para Babilônia.
19 Pois
assim diz o Senhor dos exércitos acerca das colunas, e do mar, e das bases, e
dos demais utensílios que ficaram na cidade,
20 os
quais Nabucodonosor, rei de Babilônia, não levou, quando transportou de
Jerusalém para Babilônia a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, como também
a todos os nobres de Judá e de Jerusalém;
21
assim pois diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel, acerca dos utensílios
que ficaram na casa do Senhor, e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém:
22 Para
Babilônia serão levados, e ali ficarão até o dia em que eu os visitar, diz o
Senhor; então os farei subir, e os restituirei a este lugar.”
Esta
profecia foi dada no início do reinado de Zedequias, quando uma embaixada de
Edom, Moabe, Amon, Tiro e Sidom, viera ter com ele em Jerusalém, provavelmente
na ocasião das cerimônias da sua entronização, e quando procuraram conspirar
contra o rei de Babilônia, porque falsos profetas estavam profetizando para
estes reis as visões e oráculos de que eles sacudiriam o jugo do rei de
Babilônia que estava sobre eles.
Então o
Senhor ordenou a Jeremias que preparasse correias e canzis, e mandou que ele os
desse àqueles embaixadores para que fossem levados aos respectivos reis,
dizendo-lhes que usassem o jugo do rei de Babilônia, porque toda a nação que se
recusasse a servi-lo, seria destruída.
É
importante observar que estas mesmas nações que tentaram conspirar com
Zedequias contra Babilônia, haviam se juntado a ela para virem contra
Jerusalém, no cerco de quase dois anos que eles fizeram contra a referida
cidade.
Eles fizeram
isto não por terem dado crédito à profecia de Jeremias, mas por motivo de
dissimulação, para que não chegasse ao conhecimento do rei de Babilônia que
estavam conspirando contra ele.
Entretanto,
de nada adiantou se coligarem a ele, porque, conforme estava determinado pelo
Senhor, eles viriam também a ser destruídos por ele, depois de ter dominado
Jerusalém e ter feito contra ela, tudo o que o Senhor dissera através de
Jeremias, especialmente quanto à destruição do templo, e da remoção do demais utensílios
sagrados que haviam sido lá deixados, por terem sido poupados quando os vasos
do templo foram destruído na primeira leva de cativos em 605 a. C. nos dias de
Jeoaquim, como uma forma de retribuição do Senhor às perversidades do referido
rei.
Tão
grande é a misericórdia do Senhor, que nós vemos que logo no início do reinado
de Zedequias, Ele tentou ainda fazer com que muitos fossem poupados em
Jerusalém, por ouvirem a Sua palavra, rendendo-se voluntariamente ao rei de
Babilônia para serem poupados, mas o orgulho deles e endurecimento no pecado, e
apego às suas riquezas que haviam juntado em Jerusalém não lhes permitiria uma
tal coisa, e assim correram com seus próprios pés de encontro à destruição,
quando poderiam ter-se poupado dela.
De
igual modo, quando um crente rebelde é admoestado e repreendido por seus
líderes, que lhes falam pelo Espírito, para se arrepender e a voltar para o
Senhor, e não lhes dá ouvidos, ele fica
sujeito à correção da Aliança, sem a qual o Senhor não deixará a nenhum de Seus
filhos, até o ponto extremo de serem considerados gentios e publicanos, ou
serem entregues a Satanás para a destruição da carne, para que o espírito seja
salvo no dia do Senhor.
JEREMIAS
28
“1 E
sucedeu no mesmo ano, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, no ano
quarto, no mês quinto, que Hananias, filho de Azur, o profeta de Gibeão, me
falou, na casa do Senhor, na presença dos sacerdotes e de todo o povo dizendo:
2 Assim
fala o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Eu quebrarei o jugo do
rei de Babilônia.
3
Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da
casa do Senhor, que deste lugar tomou Nabucodonosor, rei de Babilônia,
levando-os para Babilônia.
4
Também a Jeconias, filho de Jeoaquim rei de Judá, e a todos os do cativeiro de,
Judá, que entraram em Babilônia, eu os tornarei a trazer a este lugar, diz o
Senhor; porque hei de quebrar o jugo do rei de Babilônia.
5 Então
falou o profeta Jeremias ao profeta Hananias, na presença dos sacerdotes, e na
presença de todo o povo que estava na casa do Senhor.
6 Disse
pois Jeremias, o profeta: Amém! assim faça o Senhor; cumpra o Senhor as tuas
palavras, que profetizaste, e torne ele a trazer os utensílios da casa do
Senhor, e todos os do cativeiro, de Babilônia para este lugar.
7 Mas
ouve agora esta palavra, que eu falo aos teus ouvidos e aos ouvidos de todo o
povo:
8 Os
profetas que houve antes de mim e antes de ti, desde a antiguidade,
profetizaram contra muitos países e contra grandes reinos, acerca de guerra, de
fome e de peste.
9
Quanto ao profeta que profetizar de paz, quando se cumprir a palavra desse
profeta, então será conhecido que o Senhor na verdade enviou o profeta.
10
Então o profeta Hananias tomou o canzil do pescoço do profeta Jeremias e o quebrou.
11 E
falou Hananias na presença de todo o povo, dizendo: Isto diz o Senhor: Assim
dentro de dois anos quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei de Babilônia, de
sobre o pescoço de todas as nações. E Jeremias, o profeta, se foi seu caminho.
12
Então veio a palavra do Senhor a Jeremias, depois de ter o profeta Hananias
quebrado o jugo de sobre o pescoço do profeta Jeremias, dizendo:
13 Vai,
e fala a Hananias, dizendo: Assim diz o Senhor: Jugos de madeira quebraste, mas
em vez deles farei jugos de ferro
14 Pois
assim diz o Senhor dos exércitos o Deus de Israel Jugo de ferro pus sobre o,
pescoço de todas estas nações, para servirem a Nabucodonosor, rei de Babilônia,
e o servirão; e até os animais do campo lhe dei.
15
Então disse o profeta Jeremias ao profeta Hananias: Ouve agora, Hananias: O
Senhor não te enviou, mas tu fazes que este povo confie numa mentira.
16 Pelo
que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra. Este ano
morrerás, porque pregaste rebelião contra o Senhor.
17
Morreu, pois, Hananias, o profeta, no mesmo ano, no sétimo mês.”
A
narrativa deste capitulo é uma continuação da narrativa do capítulo anterior,
porque Jeremias ainda se encontrava com um dos canzis em seu próprio pescoço,
quando veio ter com ele o profeta Hananias, desdizendo tudo o que Jeremias
havia profetizado e fazendo promessas falsas de paz para Jerusalém, e ao tirar
o jugo de madeira que estava no pescoço de Jeremias, o quebrou, dizendo que era
aquilo que o Senhor faria dentro de dois anos a Babilônia, porque quebraria o
jugo que ela estava impondo às nações, e que os utensílios do templo seriam
trazidos de volta, bem como o rei Joaquim e todos os que se encontravam com ele
no cativeiro.
A
resposta de Deus para Hananias, foi a de que não lhe havia enviado, e que
portanto, não somente a palavra que dissera por Jeremias seria mantida, porque
em vez de jugo de madeira, faria um jugo de ferro para as nações sob o domínio
de Babilônia, e que Hananias morreria naquele mesmo ano, e isto ocorreu apenas
dois meses depois de ter sido proferido contra ele tal juízo.
Tais
evidências que o Senhor estava dando aos judeus de que estava de fato falando
através de Jeremias seria o suficiente para que eles se arrependessem e
atendessem à sua palavra relativa a que se rendessem ao rei de Babilônia para
que fossem poupados, mas eles estavam endurecidos o bastante para fazê-lo.
Não é
incomum que isto ocorra a crentes que permaneçam durante muito tempo afastados
de Deus, porque por maiores que sejam os milagres e as evidências de que Deus é
com os servos que lhes tem enviado para a restauração deles, geralmente
permanecem cegos e endurecidos, por causa do pecado do orgulho que não permite
que se humilhem perante o Senhor e se arrependam dos seus pecados
convertendo-se a Ele.
JEREMIAS
29
“1 Ora,
são estas as palavras da carta que Jeremias, o profeta, enviou de Jerusalém,
aos que restavam dos anciãos do cativeiro, como também aos sacerdotes, e aos
profetas, e a todo o povo, que Nabucodonosor levara cativos de Jerusalém para
Babilônia,
2
depois de terem saído de Jerusalém o rei Jeconias, e a rainha-mãe, e os
eunucos, e os príncipes de Judá e Jerusalém e os artífices e os ferreiros.
3 Veio
por mão de Elasa, filho de Safã, e de Gemarias, filho de Hilquias, os quais
Zedequias, rei de Judá, enviou a Babilônia, a Nabucodonosor, rei de Babilônia;
eis as palavras da carta:
4 Assim
diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel, a todos os do cativeiro, que eu
fiz levar cativos de Jerusalém para Babilônia:
5
Edificai casas e habitai-as; plantai jardins, e comei o seu fruto.
6 Tomai
mulheres e gerai filhos e filhas; também tomai mulheres para vossos filhos, e
dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; assim
multiplicai-vos ali, e não vos diminuais.
7 E
procurai a paz da cidade, para a qual fiz que fôsseis levados cativos, e orai
por ela ao Senhor: porque na sua paz vós tereis paz.
8 Pois
assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos
profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhadores; nem deis
ouvidos aos vossos sonhos, que vós sonhais;
9
porque eles vos profetizam falsamente em meu nome; não os enviei, diz o Senhor.
10
Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia,
eu vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a
trazer-vos a este lugar.
11 Pois
eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de
paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança.
12
Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei.
13
Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.
14 E
serei achado de vós, diz o Senhor, e farei voltar os vossos cativos, e
congregar-vos-ei de todas as nações, e de todos os lugares para onde vos
lancei, diz o Senhor; e tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.
15
Porque dizeis: O Senhor nos levantou profetas em Babilônia;
16
portanto assim diz o Senhor a respeito do rei que se assenta no trono de Davi,
e de todo o povo que habita nesta cidade, vossos irmãos, que não saíram
convosco para o cativeiro;
17
assim diz o Senhor dos exércitos: Eis que enviarei entre eles a espada, a fome
e a peste e fa-los-ei como a figos péssimos, que não se podem comer, de ruins
que são.
18 E
persegui-los-ei com a espada, com a fome e com a peste; farei que sejam um
espetáculo de terror para todos os reinos da terra, e para serem um motivo de
execração, de espanto, de assobio, e de opróbrio entre todas as nações para
onde os tiver lançado,
19
porque não deram ouvidos às minhas palavras, diz o Senhor, as quais lhes enviei
com insistência pelos meus servos, os profetas; mas vós não escutastes, diz o
Senhor.
20
Ouvi, pois, a palavra do Senhor, vós todos os do cativeiro que enviei de
Jerusalém para Babilônia.
21
Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de
Colaías, e de Zedequias, filho de Maaseias, que vos profetizam falsamente em
meu nome: Eis que os entregarei na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, e
ele os matará diante dos vossos olhos.
22 E
por causa deles será formulada uma maldição por todos os exilados de Judá que
estão em Babilônia, dizendo: O Senhor te faça como a Zedequias, e como a Acabe,
os quais o rei de Babilônia assou no fogo;
23
porque fizeram insensatez em Israel, cometendo adultério com as mulheres de
seus próximos, e anunciando falsamente em meu nome palavras que não lhes
mandei. Eu o sei, e sou testemunha disso, diz o Senhor.
24 E a
Semaías, o neelamita, falarás, dizendo:
25
Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Porquanto enviaste em teu
próprio nome cartas a todo o povo que está em Jerusalém, como também a
Sofonias, filho de Maaseias, o sacerdote, e a todos os sacerdotes, dizendo:
26 O
Senhor te pôs por sacerdote em lugar de Jeoiada, o sacerdote, para que fosses
encarregado da casa do Senhor, sobre todo homem obsesso que profetiza, para o
lançares na prisão e no tronco;
27
agora, pois, por que não repreendeste a Jeremias, o anatotita, que vos
profetiza?
28 Pois
que até nos mandou dizer em Babilônia: O cativeiro muito há de durar; edificai
casas, e habitai-as; e plantai jardins, e comei do seu fruto.
29 E
lera Sofonias, o sacerdote, esta carta aos ouvidos de Jeremias, o profeta.
30
Então veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
31
Manda a todos os do cativeiro, dizendo: Assim diz o Senhor acerca de Semaías, o
neelamita: Porquanto Semaías vos profetizou, quando eu não o enviei, e vos fez
confiar numa mentira,
32
portanto assim diz o Senhor: Eis que castigarei a Semaías, o neelamita, e a sua
descendência; ele não terá varão que habite entre este povo, nem verá ele o bem
que hei de fazer ao meu povo, diz o Senhor, porque pregou rebelião contra o
Senhor.”
Nos
dias do rei Ezequias, o Senhor deu a Jeremias as palavras que deveriam ser
registradas numa carta para ser enviada aos judeus que se encontravam no
cativeiro em Babilônia, palavras estas que se encontram nos versos 4 a 28.
O
propósito principal da carta era o de demonstrar que a condição dos judeus que
se encontravam em Babilônia não era sem esperança, e nem pior do que a dos que
ainda se encontravam em Judá e Jerusalém, porque o Senhor visitaria a estes,
com fome, peste e espada.
Deste
modo, não deveriam dar ouvidos às mensagens de falsos profetas no meio deles em
Babilônia, que procuravam instigá-los contra o governo da nação dominadora,
pelas falsas promessas de que seriam libertados.
Ao
contrário, eles teriam que permanecer por setenta anos em Babilônia, e por isso
deveriam viver normalmente na cidade, tanto quanto lhes fosse possível,
construindo suas casas, dando-se em casamento, e principalmente orando ao
Senhor para que houvesse paz na cidade, em vez de insurreição, porque na paz da
cidade, eles encontrariam a própria paz deles.
E para
confirmar que isto era a verdade, conforme a revelara a Jeremias, o Senhor
citou os nomes de dois falsos profetas que estavam entre eles, chamados Acabe e
Zedequias, que seriam um sinal para eles, porque o Senhor os entregaria na mão
de Nabucodonosor, que os mataria diante dos olhos deles, e o faria não pela espada,
mas pelo fogo. Além de falsos profetas estes homens eram adúlteros, e como
poderiam falar em nome do Senhor vivendo em adultério? Tal seria a desgraça de
ambos, que Judá levantaria um provérbio depois deles como fórmula de maldição
dizendo que o Senhor fizesse a tais amaldiçoados o que fizera a Acabe e a
Zedequias, que foram assados no fogo pelo rei de Babilônia (v. 21 a 23).
Além
disso, a carta enviada a eles continha um juízo contra Semaías, que estava
enviando cartas em seu próprio nome, de Babilônia para todo o povo que se
encontrava em Jerusalém, e especialmente ao sacerdote Sofonias, e aos demais
sacerdotes dizendo-lhes que O Senhor lhe havia colocado por sacerdote no lugar
de Jeoiada, para lançar na prisão e no tronco a todo homem que profetizasse,
querendo com isto atingir a Jeremias, mas o profeta, corajosamente, inspirado
por Deus, perguntou-lhe na carta porque ele não havia sido repreendido até
então porque continuava profetizando que o cativeiro duraria muito tempo, e que
então edificassem casas em Babilônia e habitassem nelas, e plantassem pomares e
comessem do seu fruto.
A
pedido de Jeremias o próprio sacerdote Sofonias leu o teor desta carta em voz
alta (v. 29), e depois de tê-la lido, veio a palavra do Senhor a Jeremias
mandando dizer a todos os do cativeiro em Babilônia que porquanto Semaías
profetizou o que Ele não havia ordenado, fazendo-lhes confiar em mentira, então
o castigaria, bem como a sua descendência, e não haveria ninguém da
descendência dele que retornaria a Judá, quando o Senhor trouxesse o Seu povo
de volta de Babilônia.
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