JOSUÉ 22
“1 Então Josué chamou os rubenitas,
os gaditas e a meia tribo de Manassés,
2 e disse-lhes: Tudo quanto Moisés,
servo do Senhor, vos ordenou, tendes observado, bem como tendes obedecido à
minha voz em tudo quanto vos ordenei.
3 A vossos irmãos nunca
desamparastes, até o dia de hoje, mas tendes observado cuidadosamente o
mandamento do Senhor vosso Deus.
4 Agora o Senhor vosso Deus deu
descanso a vossos irmãos, como lhes prometera; voltai, pois, agora, e ide para
as vossas tendas, para a terra da vossa possessão, que Moisés, servo do Senhor,
vos deu além do Jordão.
5 Tão-somente tende cuidado de
guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, servo do Senhor, vos
ordenou: que ameis ao Senhor vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos,
guardeis os seus mandamentos, e vos apegueis a ele e o sirvais com todo o vosso
coração e com toda a vossa alma.
6 Assim Josué os abençoou, e os
despediu; e eles foram para as suas tendas.
7 Ora, Moisés dera herança em Basã à
meia tribo de Manassés, porém à outra metade Josué deu herança entre seus
irmãos, a oeste do Jordão. E quando Josué os enviou para as suas tendas os
abençoou
8 e lhes disse: Voltai para as vossas
tendas com grandes riquezas: com muitíssimo gado, com prata e ouro, com cobre e
ferro, e com muitíssimos vestidos; e reparti com vossos irmãos o despojo dos
vossos inimigos.
9 Assim voltaram os filhos de Rúben
os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés, separando-se dos filhos de Israel
em Siló, que está na terra de Canaã, para irem à terra de Gileade, à terra da
sua possessão, de que foram feitos possuidores, segundo a ordem do Senhor por
intermédio de Moisés.
10 Tendo chegado à região junto ao
Jordão, ainda na terra de Canaã, os filhos de Rúben os filhos de Gade e a meia
tribo de Manassés edificaram ali, à beira do Jordão, um altar de grandes
proporções.
11 E os filhos de Israel ouviram
dizer: Eis que os filhos de Rúben os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés
edificaram um altar na fronteira da terra de Canaã, na região junto ao Jordão,
da banda que pertence aos filhos de Israel.
12 Quando os filhos de Israel ouviram
isto, congregaram-se todos em Siló, para subirem a guerrear contra eles.
13 Então os filhos de Israel enviaram
aos filhos de Rúben aos filhos de Gade e à meia tribo de Manassés, à terra de
Gileade, Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote,
14 e com ele dez príncipes, um príncipe
de cada casa paterna de todas as tribos de Israel; e eles eram os cabeças das
suas casas paternas entre os milhares de Israel.
15 Foram, pois, ter com os filhos de
Rúben e os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés, à terra de Gileade, e
lhes disseram:
16 Assim diz toda a congregação do
Senhor: Que transgressão é esta que cometestes contra o Deus de Israel,
deixando hoje de seguir ao Senhor, edificando-vos um altar para vos rebelardes
hoje contra o Senhor?
17 Acaso nos é pouca a iniqüidade de
Peor, de que ainda até o dia de hoje não nos temos purificado, apesar de ter
vindo uma praga sobre a congregação do Senhor,
18 para que hoje queirais abandonar
ao Senhor? Será que, rebelando-vos hoje contra o Senhor, amanhã ele se irará
contra toda a congregação de Israel.
19 Se é, porém, que a terra da vossa
possessão é imunda, passai para a terra da possessão do Senhor, onde habita o
tabernáculo do Senhor, e tomai possessão entre nós; mas não vos rebeleis contra
o Senhor, nem tampouco vos rebeleis contra nós, edificando-vos um altar afora o
altar do Senhor nosso Deus.
20 Não cometeu Acã, filho de Zerá,
transgressão no tocante ao anátema? e não veio ira sobre toda a congregação de
Israel? de modo que não pereceu ele só na sua iniqüidade.
21 Então responderam os filhos de
Rúben os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés, e disseram aos cabeças dos
milhares de Israel:
22 O Poderoso, Deus, o Senhor, o
Poderoso, Deus, o Senhor, ele o sabe, e Israel mesmo o saberá! Se foi em
rebeldia, ou por transgressão contra o Senhor não nos salves hoje;
23 se nós edificamos um altar, para
nos tornar de após o Senhor, ou para sobre ele oferecer holocausto e oferta de
cereais, ou sobre ele oferecer sacrifícios de ofertas pacíficas, o Senhor mesmo
de nós o requeira;
24 e se antes o não fizemos com
receio e de propósito, dizendo: Amanhã vossos filhos poderiam dizer a nossos
filhos: Que tendes vós com o Senhor Deus de Israel?
25 Pois o Senhor pôs o Jordão por
termo entre nós e vós, ó filhos de Rúben e ó filhos de Gade; não tendes parte
no Senhor. Assim bem poderiam vossos filhos fazer com que os nossos filhos
deixassem de temer ao Senhor.
26 Pelo que dissemos: Edifiquemos
agora um altar, não para holocausto, nem para sacrifício,
27 mas para que, entre nós e vós, e
entre as nossas gerações depois de nós, nos sirva de testemunho para podermos
fazer o serviço do Senhor diante dele com os nossos holocaustos, com os nossos
sacrifícios e com as nossas ofertas pacíficas; para que vossos filhos não digam
amanhã a nossos filhos: Não tendes parte no Senhor.
28 Pelo que dissemos: Quando amanhã
disserem assim a nós ou às nossas gerações, então diremos: Vede o modelo do
altar do Senhor que os nossos pais fizeram, não para holocausto nem para
sacrifício, porém para ser testemunho entre nós e vós,
29 Longe esteja de nós que nos
rebelemos contra o Senhor, ou que hoje o abandonemos, edificando altar para
holocausto, oferta de cereais ou sacrifício, afora o altar do Senhor nosso
Deus, que está perante o seu tabernáculo.
30 Quando, pois, Finéias, o sacerdote,
e os príncipes da congregação, os cabeças dos milhares de Israel que estavam
com ele, ouviram as palavras que lhes disseram os filhos de Rúben os filhos de
Gade e os filhos de Manassés, ficaram satisfeitos.
31 Então disse Finéias, filho de
Eleazar, o sacerdote, aos filhos de Rúben aos filhos de Gade e aos filhos de
Manassés: Hoje sabemos que o Senhor está no meio de nós, porquanto não
cometestes tal transgressão contra o Senhor; agora livrastes os filhos de
Israel da mão do Senhor.
32 E Finéias, filho de Eleazar, o
sacerdote, e os príncipes, deixando os filhos de Rúben e os filhos de Gade,
voltaram da terra de Gileade para a terra de Canaã, aos filhos de Israel, e
trouxeram-lhes a resposta.
33 E com isso os filhos de Israel
ficaram satisfeitos; e louvaram a Deus, e não falaram mais de subir a guerrear
contra eles, para destruírem a terra em que habitavam os filhos de Rúben e os
filhos de Gade.
34 E os filhos de Rúben e os filhos
de Gade chamaram ao altar Testemunha; pois, disseram eles, é testemunho entre nós
que o Senhor é Deus.” (Js 22.1-34).
A guerra havia terminado e a
conquista de Canaã completada, e então estavam agora os filhos de Ruben, Gade e
da meia tribo de Manassés liberados da palavra que haviam empenhado a Moisés na
presença do Senhor (Nm 32.32), que somente retornariam à sua possessão na
Transjordânia, depois de terem guerreado juntamente com seus demais irmãos
israelitas em Canaã, e conforme haviam reafirmado a Josué no início das
campanhas militares, para conquistar a terra prometida (Jos 1.16).
Portanto, Josué os despediu para os
seus territórios do outro lado do Jordão.
Muitos anos haviam se passado porque
a guerra durou muito tempo, mas como bons soldados, permaneceram em seus postos
até que fossem liberados pelo seu general.
Eles estavam afastados de seus lares
e privados da companhia de suas esposas e filhos, empenhados nas guerras do
Senhor, e nós, de igual modo, neste mundo, por mais atraente e desejável que
seja a casa de nosso Pai eterno, e correta a aspiração de que voltemos logo
para a nossa morada definitiva, entretanto cumpre continuar no bom combate da
fé guerreando sob a bandeira do amor de Cristo, até que ele dispense os nossos
serviços para Ele neste mundo, por termos cumprido de modo satisfatório o nosso
ministério e combatido o bom combate, guardando a fé, tal como fizera o
apóstolo Paulo.
Josué não despediu os rubenitas,
gaditas e manassitas de mãos vazias, mas deu a parte que lhes cabia no despojo
de guerra, com muitas riquezas e gado, e de igual modo o nosso Amado Jesus nos
recompensará com galardões as batalhas espirituais que tivermos vencido em Seu
nome neste mundo, quando tivermos de deixá-lo, para estar com Ele para
sempre.
Estas tribos que residiriam do outro
lado do Jordão, para testemunho das gerações futuras, de que eram também
israelitas e participantes do mesmo altar de Deus, construíram um modelo de
altar parecido com o do tabernáculo, não para apresentarem ofertas e
sacrifícios no mesmo, pois isto era vedado pela Lei de Moisés, pois todo o
serviço religioso deveria ser realizado no altar do tabernáculo.
Entretanto, houve um mal entendido
das intenções deles pelas demais tribos de Canaã e eles se dispuseram a
guerrear contra eles, por julgarem que estavam pretendendo estabelecer a sua
própria forma de culto e de adoração, que em não sendo validada e aceita por
Deus, seria vista como uma forma de adoração a outros deuses.
Mas uma comissão liderada por
Finéias, filho do sumo sacerdote Eleazar, filho de Arão, indo ter com eles,
tudo foi esclarecido e puderam revelar quais eram as suas reais intenções. Não
de se rebelarem contra a Palavra de Deus ordenada através de Moisés, mas
simplesmente darem testemunho a seus filhos no futuro, que apesar de estarem
separados das demais tribos pelo rio Jordão, eles tinham parte com Israel e
deveriam viver de acordo com tudo aquilo que lhes foi ordenado pelo
Senhor.
O zelo santo demonstrado pelas tribos
para honrar a Deus e ao Seu altar do tabernáculo em Siló, deveu-se sobretudo ao
temor do castigo que poderia sobrevir a toda a nação, por causa de uma possível
transgressão por parte das tribos da Transjordânia.
Eles sabiam quão rígida e severa era
a lei relativa ao lugar sagrado, e que seria uma grande afronta a Deus escolher
um outro lugar para a apresentação dos sacrifícios.
Eles recordaram o que ocorreu com a
adoração de Baal-Peor em que o Senhor destruiu 24.000 pela praga.
E recordaram também do que sucedeu a
toda a nação por causa do pecado de Acã em guardar o anátema em sua tenda.
Certamente eles tinham em vista uma visitação daquilo que estavam pensando ser
uma iniqüidade, com duros juízos, que sobreviriam a todos da parte de Deus.
Quantas bênçãos
deixam de ser recebidas, e quase ou nenhum progresso fazem muitas Igrejas, e
são disciplinadas com juízos do Senhor, com muitos enfermos e muitos que morrem
prematuramente, porque tal como a Igreja de Corinto, violam a forma de adoração
aceitável por Deus, por falta de reverência, ou por práticas que transgridem
frontalmente o modo e o espírito adequados à adoração que são compatíveis com
tudo o que está revelado na Palavra de Deus.
É certo que
estamos numa Nova Aliança, e que por causa da longanimidade que tem sido
exibida por Deus em face do sacrifício de Cristo, Ele tem tolerado muitas
aberrações e práticas, que são completamente contrárias a uma verdadeira
adoração, mas cabe refletir que apesar de os termos da Aliança terem sido
mudados, Deus não mudou, continua sendo o mesmo Deus santo, justo, criterioso,
que se agrada daqueles que fazem a Sua vontade e obedecem à Sua Palavra.
Neste caso, se
aplicam as palavras do apóstolo Paulo em face da idolatria dos coríntios: “Não
podeis beber do cálice do Senhor e do cálice de demônios; não podeis participar
da mesa do Senhor e da mesa de demônios. Ou provocaremos a zelos o Senhor?
Somos, porventura, mais fortes do que ele?” (I Cor 10.21,22).
É possível pois,
mesmo estando debaixo da graça, por se estar numa Nova Aliança com Cristo,
provocar o zelo e a ira do Senhor por motivo de uma falsa adoração. E sabemos
que o Senhor corrige a seus filhos assim como faz qualquer pai zeloso para o seu
bem.
As coisas
experimentadas por Israel foram registradas na Bíblia para nossa advertência,
como diz o apóstolo Paulo no mesmo capítulo (décimo) desta primeira carta aos
coríntios, nos versos 1 a 11.
Portanto, no tocante às coisas das quais devemos nos
guardar para não provarmos o desagrado de Deus, a Antiga Aliança serve de uma
boa e adequada ilustração, e faremos bem em atentar a todos os seus termos, não
nos iludindo que podemos viver desordenadamente e escapar da correção dolorosa
de Deus a pretexto de estarmos debaixo de uma Nova Aliança.
Se é verdade que
por um lado, o fato de estarmos na graça nos livrou de muitas obrigações da
Antiga Aliança, sobretudo as cerimoniais, e nos livrou também de termos que
guerrear fisicamente em nome de Deus contra os seus inimigos, como os
israelitas deviam fazer debaixo dos termos daquele antigo pacto, por outro
lado, as exigências de andarmos de modo ordeiro, santo, obediente e reverente
diante de Deus, em nada mudou.
Não devemos nunca
esquecer que Deus vela sobre a Sua Palavra para a cumprir, e que Ele é muito
zeloso das Suas instituições e não fará vistas grossas para o nosso
pecado.
JOSUÉ 23
“1 Passados muitos dias, tendo o
Senhor dado repouso a Israel de todos os seus inimigos em redor, e sendo Josué
já velho, de idade muito avançada,
2 chamou Josué a todo o Israel, aos
seus anciãos, aos seus cabeças, aos seus juízes e aos seus oficiais, e
disse-lhes: Eu já sou velho, de idade muito avançada;
3 e vós tendes visto tudo quanto o
Senhor vosso Deus fez a todas estas nações por causa e vós, porque é o Senhor
vosso Deus que tem pelejado por vós.
4 Vede que vos reparti por sorte
estas nações que restam, para serem herança das vossas tribos, juntamente com
todas as nações que tenho destruído, desde o Jordão até o grande mar para o pôr
do sol.
5 E o Senhor vosso Deus as impelirá,
e as expulsará de diante de vós; e vós possuireis a sua terra, como vos disse o
Senhor vosso Deus.
6 Esforçai-vos, pois, para guardar e
cumprir tudo quanto está escrito no livro da lei de Moisés, para que dela não
vos desvieis nem para a direita nem para a esquerda;
7 para que não vos mistureis com
estas nações que ainda restam entre vós; e dos nomes de seus deuses não façais
menção, nem por eles façais jurar, nem os sirvais, nem a eles vos inclineis.
8 Mas ao Senhor vosso Deus vos
apegareis, como fizeste até o dia de hoje;
9 pois o Senhor expulsou de diante de
vós grandes e fortes nações, e, até o dia de hoje, ninguém vos tem podido
resistir.
10 um só homem dentre vós persegue a
mil, pois o Senhor vosso Deus é quem peleja por vós, como já vos disse.
11 Portanto, cuidai diligentemente de
amar ao Senhor vosso Deus.
12 Porque se de algum modo vos
desviardes, e vos apegardes ao resto destas nações que ainda ficam entre vós, e
com elas contrairdes matrimônio, e entrardes a elas, e elas a vós,
13 sabei com certeza que o Senhor
vosso Deus não continuará a expulsar estas nações de diante de vós; porém elas
vos serão por laço e rede, e açoite às vossas ilhargas, e espinhos aos vossos
olhos, até que pereçais desta boa terra que o Senhor vosso Deus vos deu.
14 Eis que vou hoje pelo caminho de
toda a terra; e vós sabeis em vossos corações e em vossas almas que não tem
falhado uma só palavra de todas as boas coisas que a vosso respeito falou o
Senhor vosso Deus; nenhuma delas falhou, mas todas se cumpriram.
15 E assim como vos sobrevieram todas
estas boas coisas de que o Senhor vosso Deus vos falou, assim trará o Senhor
sobre vós todas aquelas más coisas, até vos destruir de sobre esta boa terra
que ele vos deu.
16 Quando transgredirdes o pacto do
Senhor vosso Deus, que ele vos ordenou, e fordes servir a outros deuses,
inclinando-vos a eles, a ira do Senhor se acenderá contra vós, e depressa
perecereis de sobre a boa terra que ele vos deu.” (Js 23.1-16).
Este capítulo e o seguinte apresentam
o discurso de despedida que Josué pregou aos israelitas quando já estava em
idade bem avançada e pouco antes da sua morte.
Não se diz em qual lugar este discurso
foi pronunciado, mas podemos supor que tenha sido em Siló, onde o tabernáculo
se encontrava pelo mandado de Deus.
Josué sabia que estava bem próximo o
tempo da sua partida, pois contava com 110 anos (Js 24.29) e ele usa a idade
avançada como argumento para ser ouvido pelos israelitas e ser devidamente
considerado nas suas palavras, pois sabia que em breve já não estaria mais na
companhia deles, e então, como fizera o apóstolo Pedro (II Pe 1.13), enquanto
ainda se encontrava neste tabernáculo terreno, empenhou-se em aproveitar todas
as oportunidades para trazer à memória dos crentes qual é o dever do qual estão
incumbidos por Deus.
A síntese do seu discurso apontava
para a necessidade dos israelitas perseverarem na verdadeira fé e adoração ao
Deus de Israel, pois o sucesso, a prosperidade, a plenitude temporal e
espiritual do povo de Deus sempre dependerá disto e muito mais disto do que
tudo o mais que se possa referir para tal objetivo.
É uma regra do céu, uma lei celestial
imutável que ao homem está ordenado que em primeiro lugar busque as coisas
relativas ao reino de Deus e à sua justiça.
E para tal propósito Josué leva-os a
refletirem sobre todas as coisas que Deus havia feito por eles, fazendo deles
instrumentos em suas mãos para subjugarem nações maiores e mais poderosas do
que eles.
E Josué lhes lembrou que, portanto,
foi o Senhor que havia pelejado por eles, já que pelo próprio poder não
poderiam ter prevalecido contra os seus inimigos.
Ele citou que ainda havia nações para
serem conquistadas em Canaã, depois da sua morte, mas que o Senhor daria a
vitória a eles, como vinha dando até então, se tão somente guardassem os
mandamentos que lhes foram dados através de Moisés.
Em suma, ele os exortou a trazerem
sempre em memória que o Deus deles se agrada da fidelidade do seu povo e por
ser Deus justo e zeloso não somente recompensa a fidelidade, como castiga a
infidelidade, de modo que estariam correndo grande perigo caso viessem a se
desviar dos caminhos do Senhor, porque em vez de subjugarem as nações que
restavam, acabariam sofrendo o mesmo destino que Deus havia reservado para elas,
em razão das suas práticas abomináveis.
Assim, apesar do dever ordenado da
lei de que se amasse o próximo, mesmo o estrangeiro, não deveria ser cumprido à
custa de mistura religiosa e moral, de modo que os israelitas viessem a se
entregar às mesmas práticas dos povos de Canaã.
As campanhas de guerra em que se
encontravam empenhados, sendo a espada de Deus contra a impiedade dos cananeus,
não excluía de modo algum o dever da lei de amarem o próximo como a si mesmos.
Ao amor precede a honra e a justiça.
O amor não folga com a injustiça, mas
com a verdade.
Amar portanto, segundo Deus, jamais
implicará em promiscuidade.
Assim, eles deveriam se separar das
iniqüidades ao redor deles, mas não do dever de que estavam incumbidos de serem
bênção para o mundo, revelando-lhe o modo pelo qual Deus deve ser honrado e
servido.
Deste modo, o dever ordenado de
guardar os mandamentos demandaria que Deus fosse amado diligentemente (v. 11),
e para tanto, cada israelita deveria se apegar a Ele (v. 8) através do esforço
em guardarem tudo quanto lhes fora ordenado.
Eles deveriam ter um cuidado especial
em não acrescentarem nenhuma forma de adoração supersticiosa ao culto de Deus,
conforme estava prescrito na lei.
Eles não deveriam se familiarizar com
os idólatras casando-se com eles e nem participando de quaisquer dos banquetes
pagãos deles, contaminando-se assim com as suas práticas.
Nem sequer deveriam pronunciar os
nomes dos falsos deuses que eles adoravam, de modo a não lhes tributar a mínima
honra, porque somente o Senhor é digno de adoração, pois não há fora dEle,
nenhum Criador e Senhor das almas dos homens. Ele criou o homem para Si e
portanto, somente Ele é digno de adoração.
Deus permaneceria imutavelmente fiel
a Israel e às promessas que lhes fizera desde os patriarcas e este era o maior
argumento para o dever da perseverança deles, tal como faz o autor de Hebreus (Hb
10.23).
Nenhuma só palavra que Deus havia
prometido deixou de ter cumprimento.
Deste modo, deveriam considerar
seriamente que assim como Ele havia trazido sem falta tudo de bom que havia
prometido caso fossem obedientes, de igual modo traria todos os juízos que
havia proferido na lei através de Moisés no caso de desobediência, e isto
culminaria com a expulsão deles da terra que lhes havia dado por promessa (v.
14 a 16).
Deus havia formado a nação de Israel
para um propósito específico, e a posse de Canaã estaria associada a este
propósito.
Caso se desviassem da missão de que
estavam incumbidos, seriam dispersos daquele território como sinal da sua
infidelidade, de modo que a santidade e justiça de Deus fossem neles vindicadas,
quanto a que todas as demais nações soubessem que o Deus de Israel, nada tinha
a ver com a apostasia do seu povo, e que não aprova de modo algum as práticas
abomináveis às quais eles se entregaram.
Foi para o mesmo propósito que o
Senhor, no tempo apropriado, formou nações evangélicas no continente americano,
quando a fidelidade a Ele no mundo antigo havia esfriado, e por terem se
voltado para o materialismo.
Os EUA, que deram os primeiros passos
dentro desta direção divina de ter feito deles uma nação independente e
soberana começaram a se desviar da sua vocação desde o século passado, e nações
que eram predominantemente de tradição católico romana no continente sul
americano, também foram tornadas independentes da dominação católico romana,
havendo separação entre religião e estado, de modo que o catolicismo não fosse
mais a religião oficial do continente, e o protestantismo evangélico tem
crescido assombrosamente no continente, sinalizando para o mundo, especialmente
o Brasil, que Deus tem preparado um novo conjunto de nações para esta hora, com
a grande missão de evangelização do mundo, e de dar o testemunho do modo pelo
qual Ele deve ser servido e adorado.
Cabe lembrar que isto não consiste
portanto em simples formas de adoração pública, mas em se guardar a Palavra de
Deus, tal como fora ordenado aos israelitas e a todos aqueles que em qualquer
época, são chamados pelo Senhor para fazerem parte do Seu povo, da grande nação
sacerdotal dentre as demais nações da terra, com a grande missão de revelar ao
mundo qual é o caráter do único Deus verdadeiro, através do testemunho de suas
próprias vidas.
JOSUÉ 24
“1 Depois Josué reuniu todas as
tribos de Israel em Siquém, e chamou os anciãos de Israel, os seus cabeças, os
seus juízes e os seus oficiais; e eles se apresentaram diante de Deus.
2 Disse então Josué a todo o povo:
Assim diz o Senhor Deus de Israel: Além do Rio habitaram antigamente vossos
pais, Tera, pai de Abraão e de Naor; e serviram a outros deuses.
3 Eu, porém, tomei a vosso pai Abraão
dalém do Rio, e o conduzi por toda a terra de Canaã; também multipliquei a sua
descendência, e dei-lhe Isaque.
4 A Isaque; dei Jacó e Esaú; a Esaú
dei em possessão o monte Seir; mas Jacó e seus filhos desceram para o Egito.
5 Então enviei Moisés e Arão, e feri
o Egito com aquilo que fiz no meio dele; e depois vos tirei de lá.
6 Depois que tirei a vossos pais do
Egito viestes ao mar; e os egípcios perseguiram a vossos pais, com carros e com
cavaleiros, até o Mar Vermelho.
7 Quando clamaram ao Senhor, ele pôs
uma escuridão entre vós e os egípcios, e trouxe o mar sobre eles e os cobriu; e
os vossos olhos viram o que eu fiz no Egito. Depois habitastes no deserto
muitos dias.
8 Então eu vos trouxe à terra dos
amorreus, que habitavam além do Jordão, os quais pelejaram contra vós; porém os
entreguei na vossa mão, e possuístes a sua terra; assim os destruí de diante de
vós.
9 Levantou-se também Balaque, filho
de Zipor, rei dos moabitas, e pelejou contra Israel; e mandou chamar a Balaão,
filho de Beor, para que vos amaldiçoasse;
10 porém eu não quis ouvir a Balaão;
pelo que ele vos abençoou; e eu vos livrei da sua mão.
11 E quando vós, passando o Jordão,
viestes a Jericó, pelejaram contra vós os homens de Jericó, e os amorreus, os
perizeus, os cananeus, os heteus, os girgaseus, os heveus e os jebuseus; porém
os entreguei na vossa mão.
12 Pois enviei vespões adiante de
vós, que os expulsaram de diante de vós, como aos dois reis dos amorreus, não
com a vossa espada, nem com o vosso arco.
13 E eu vos dei uma terra em que não
trabalhastes, e cidades que não edificastes, e habitais nelas; e comeis de vinhas
e de olivais que não plantastes.
14 Agora, pois, temei ao Senhor, e
servi-o com sinceridade e com verdade; deitai fora os deuses a que serviram
vossos pais dalém do Rio, e no Egito, e servi ao Senhor.
15 Mas, se vos parece mal o servirdes
ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram
vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra
habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
16 Então respondeu o povo, e disse:
Longe esteja de nós o abandonarmos ao Senhor para servirmos a outros deuses:
17 porque o Senhor é o nosso Deus;
ele é quem nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da
servidão, e quem fez estes grandes sinais aos nossos olhos, e nos preservou por
todo o caminho em que andamos, e entre todos os povos pelo meio dos quais
passamos.
18 E o Senhor expulsou de diante de
nós a todos esses povos, mesmo os amorreus, que moravam na terra. Nós também
serviremos ao Senhor, porquanto ele é nosso Deus.
19 Então Josué disse ao povo: Não
podereis servir ao Senhor, porque é Deus santo, é Deus zeloso, que não perdoará
a vossa transgressão nem os vossos pecados.
20 Se abandonardes ao Senhor e
servirdes a deuses estranhos, então ele se tornará, e vos fará o mal, e vos consumirá,
depois de vos ter feito o bem.
21 Disse então o povo a Josué: Não!
antes serviremos ao Senhor.
22 Josué, pois, disse ao povo: Sois
testemunhas contra vós mesmos e que escolhestes ao Senhor para o servir.
Responderam eles: Somos testemunhas.
23 Agora, pois,-disse Josué-deitai
fora os deuses estranhos que há no meio de vós, e inclinai o vosso coração ao
Senhor Deus de Israel.
24 Disse o povo a Josué: Serviremos
ao Senhor nosso Deus, e obedeceremos à sua voz.
25 Assim fez Josué naquele dia um
pacto com o povo, e lhe deu leis e ordenanças em Siquém.
26 E Josué escreveu estas palavras no
livro da lei de Deus; e, tomando uma grande pedra, a pôs ali debaixo do
carvalho que estava junto ao santuário do Senhor,
27 e disse a todo o povo: Eis que
esta pedra será por testemunho contra nós, pois ela ouviu todas as palavras que
o Senhor nos falou; pelo que será por testemunho contra vós, para que não
negueis o vosso Deus.
28 Então Josué despediu o povo, cada
um para a sua herança.
29 Depois destas coisas Josué, filho
de Num, servo do Senhor, morreu, tendo cento e dez anos de idade;
30 e o sepultaram no território da
sua herança, em Timnate-Sera, que está na região montanhosa de Efraim, para o
norte do monte Gaás.
31 Serviu, pois, Israel ao Senhor
todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que sobreviveram a Josué e
que sabiam toda a obra que o Senhor tinha feito a favor de Israel.
32 Os ossos de José, que os filhos de
Israel trouxeram do Egito, foram enterrados em Siquém, naquela parte do campo
que Jacó comprara aos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de prata, e
que se tornara herança dos filhos de José.
33 Morreu também Eleazar, filho de
Arão, e o sepultaram no outeiro de Finéias, seu filho, que lhe fora dado na
região montanhosa de Efraim.” (Js 24.1-33).
Josué já havia se despedido
solenemente dos israelitas, no capítulo precedente, mas aprouve ainda ao Senhor
usá-lo como profeta para passar em revista diante do povo, de forma resumida, a
aliança que havia feito com eles desde os patriarcas, e o modo em graça como
havia agido com eles subjugando os seus inimigos, não pela sua espada e força,
mas pela Sua própria determinação e poder.
As tribos de Israel haviam sido
convocadas por Josué para estarem reunidas em Siquém, e foi nesta ocasião que o
Senhor o usou profeticamente para lhes dizer as palavras registradas nos
versos 2 a 14.
A assembléia, como no capítulo
precedente, foi composta pelos anciãos, cabeças, juízes e oficiais de Israel. E
a escolha de Siquém em vez de Siló como local de reunião, provavelmente se
prendeu ao fato de Josué encontrar-se debilitado pela idade avançada, e Siquém
ficava mais próximo de sua cidade de Timnate-Sera do que Siló.
Além disso, Siquém era a localidade
onde havia sido sepultado Abraão e Sara, sua esposa, Isaque e Jacó, e por esse mesmo motivo, os
ossos de Josué que haviam sido transportados do Egito seriam sepultados na
mesma região (v. 32).
As últimas palavras do livro de
Josué, constantes deste capítulo, consistem no registro da revelação escrita, da
Palavra autorizada e canônica de Deus, como testemunho de que Israel havia sido
levantado como nação, tendo sido formado pelo Senhor a partir de Abraão,
conforme Sua própria determinação e desígnio divinos, com o principal propósito
de ser honrado por eles perante todas as nações, de modo que testemunhassem
através dos mandamentos que lhes foram dados para guardarem acerca do caráter e
pessoa do Deus que eles serviam.
Não foi portanto somente para o bem
de Israel que estas palavras estão registradas na Bíblia, mas para o bem de
todas as gerações de pessoas que sejam chamadas pelo Senhor para servi-lO.
Toda pessoa ou mesmo nação constituída por Deus para dar testemunho dEle
terá que fazê-lo através de um sincero e verdadeiro compromisso com a vontade
revelada do Senhor. Tal como Ele revela neste capítulo, ao exigir de Israel o
que lemos no verso 14 depois de ter passado em revista o modo como constituíra
a nação e como lhes havia protegido contra os seus inimigos e lhes dado posse
na terra de Canaã conforme havia prometido.
“Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com
sinceridade e com verdade; deitai fora os deuses a que serviram vossos pais
dalém do Rio, e no Egito, e servi ao Senhor.” (v. 14).
São estas as palavras que fecham a
profecia que foi proferida por Josué aos israelitas. Nela fica destacado o
dever de temer ao senhor e de servi-lo com sinceridade e verdade, rejeitando
todo tipo de idolatria que possa ser nomeada, para que somente e exclusivamente
Ele seja adorado e servido, segundo tudo o que tem determinado para ser
cumprido pelo Seu povo.
Na Antiga Aliança, os israelitas
estavam compromissados a mandamentos civis e cerimoniais, aos quais não estamos
mais compromissados na Nova Aliança, em razão de terem sido cumpridos em
Cristo, mas Jesus deixou muitas coisas para serem observadas e cumpridas pela
Sua Igreja, conforme lemos em Mt 28.19,20:
“Portanto ide, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”.
Há portanto não apenas o dever
ordenado de pregar o evangelho e fazer discípulos em todas as nações, mas
também de batizá-los e lhes ensinar a observarem todas as coisas que Jesus nos
ordenou, coisas estas que estão registradas na Bíblia.
Por isso, Josué não colocou para os
israelitas a questão de servir a Deus em termos relativos, senão absolutos,
pois deixou claramente marcado para eles que não se pode servir ao Senhor senão
por uma verdadeira aliança com Ele, e que não podemos servi-lo quando estamos
compromissados com outros deuses (v. 15).
Josué, como havia feito ao longo de
toda a sua vida, havia tomado a decisão de servir ao Senhor juntamente com toda
a sua casa, e continuaria a fazê-lo até o seu último suspiro.
Não se pode participar ao mesmo tempo
da mesa do Senhor e da mesa dos demônios, pois são auto-excludentes.
Entretanto, há muitos que pensam que
podem ter um pé no mundo e outro na Igreja.
Em relação a isto, o critério do
verdadeiro culto de adoração é o mesmo tanto no Velho quanto no Novo
Testamento. Ou se serve ao Senhor nos termos que Ele mesmo fixou em Sua
Palavra, ou então estaremos servindo aos nossos próprios interesses, exclusivamente
aos homens e até mesmo aos demônios.
Por isso é preciso ser criterioso e
ter toda a diligência em se seguir ao Senhor, consoante o que Ele tem
determinado na Sua Palavra.
“Não podeis beber do cálice do Senhor
e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de
demônios.” (I Cor 10.21).
Assim, quando Josué propôs aos
israelitas as palavras que lemos no verso 15: “Mas, se vos parece mal o
servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a
quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus,
em cuja terra habitais.”, o que ele tinha em vista não era oferecer uma forma
alternativa, uma opção de forma de adoração a eles, a saber, se quisessem
poderiam adorar a Deus ou aos falsos deuses.
Não, não era e não poderia ser isto
de modo algum, mas isto a que nos temos referido que é impossível poder servir
ao Senhor quando se está compromissado com formas de adoração diferentes
daquela que Ele fixou na Sua Palavra.
Tanto era este o alvo de Josué, que a
resposta dada pelos israelitas foi a que
nós lemos no verso 16 a 18: “Longe esteja de nós o abandonarmos ao Senhor para
servirmos a outros deuses: porque o Senhor é o nosso Deus; ele é quem nos fez
subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, e quem
fez estes grandes sinais aos nossos olhos, e nos preservou por todo o caminho
em que andamos, e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos. E o Senhor
expulsou de diante de nós a todos esses povos, mesmo os amorreus, que moravam
na terra. Nós também serviremos ao Senhor, porquanto ele é nosso Deus.”.
Mas Josué queria deixar bem marcado
para eles, sabendo que estava prestes a deixar este mundo, que não basta a
firme deliberação de não negar o Senhor, por não se seguir outros deuses. É
necessário muito mais do que simplesmente isto. É preciso ir muito além, pois
não haverá verdadeira adoração caso tenhamos em vista tão somente não amarmos o
mundo, não praticarmos imoralidade e todas as formas de práticas abomináveis
relacionados ao pecado, pois é preciso também se dedicar à prática do bem, e
este consiste basicamente em se aspirar pela santidade que há no próprio Deus,
fazendo aquilo que Lhe é agradável, e por um sincero amor a Ele, decorrente de
um verdadeiro caminhar na Sua presença e Palavra. Se faltar isto, não poderá
haver verdadeiro serviço a Deus porque estaremos afinal de contas tentando
agradar a nós mesmos e não a Ele.
Por isso Josué insistiu em afirmar que eles não poderiam servir ao
Senhor se não o fizessem em santidade de vida e sem dividir realmente a
adoração exclusiva devida a Ele com quaisquer divindades.
E o povo reafirmou que serviria
somente ao Senhor, e não prestaria culto a falsos deuses.
Então Josué lhes ordenou que tirassem
do meio deles quaisquer deuses estranhos, para que pudessem servir de fato ao
Senhor.
E eles afirmaram de novo que
serviriam somente ao Senhor e obedeceriam à Sua voz.
Então, em face de tal afirmação,
Josué os levou a firmarem uma aliança solene dando leis e ordenanças ao povo, e
registrando as palavras do pacto que haviam feito no livro da lei do Senhor.
Além disso, tomou uma grande pedra e
a colocou debaixo do carvalho que estava junto ao santuário de Deus, como
testemunho daquela aliança que havia sido realizada, na qual os israelitas
reafirmaram que perseverariam no cumprimento do dever que tinham assumido voluntariamente em servir ao
Senhor.
Eles não foram forçados a isto,
porque ficou colocado de modo muito claro a eles que não se pode servir a Deus
e a outros deuses.
Quando se está dando honra a outros
deuses, automaticamente anulamos a aliança que tínhamos com o Senhor.
Assim como os laços do casamento são
quebrados pelo adultério. Sempre é o homem que quebra a aliança, porque Deus
sempre permanece fiel à aliança que fez conosco.
Ele não pode negar a Si mesmo, porque
é perfeito em Seu atributo de fidelidade. E a fidelidade deve ser voluntária e
não imposta, porque onde não há liberdade não há verdadeiro amor, e não se pode
enganar a Deus pretextando um amor que na verdade será falso, se lhe faltar
este caráter voluntário e livre.
Deste modo, não somos convertidos por
ameaças ou por imposições de Deus, que violentem a nossa própria vontade.
Se alegamos servi-lo porque fomos
forçados a isto, na verdade estamos nos enganando, porque não haverá aí
qualquer serviço que seja de fato aceitável a Deus.
Como já dissemos, Ele não se deixa
levar pela falsidade, hipocrisia e interesse dos homens.
Ele requer sinceridade, honestidade e
verdade no nosso relacionamento com Ele, pois sendo santo e justo, não pode
haver verdadeiro relacionamento caso não seja sempre nestes termos.
Querido irmão, tem sido muito inspirador frequentar sua pagina com as exegeses dos capítulos de Josué. Uma benção para mim e para muitos com quem compartilho. Deus te abençoe
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